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Foto de diny

AMOR PAIXÃO

AMOR PAIXÃO

Ahhh...que frio!
que estranho fastio de amor é esse?!
onde estás verde dos meus sonhos?
ah...o que em delírios te proponho;
amor vem tirar essa tortura de meu coração!

Amor...paixão isso sim!
e que paixão!

Paixão que eu julguei perdida,esquecida
evitei mesmo até te ouvir
mas o verde a vida;
só se for com o coração,
completamente embriagado de ti.

Mesmo que continue a viver
sem te poder ver
sem te poder abraçar
sem te poder ter.

Ainda que eu não passe mais
cada segundo a desejar-te
a sonhar-te, a amar-te,
feito louca, como antes.

A tua boca, meu amor
Ah a tua boca,
o teu sorriso lindo
a voz
os olhos verdes
me fazem ansiar!

Ah deixa-me ouvir a tua voz
bem no meu ouvido
sussurrando com doçura
com emoção: pra eu te amar
até não mais poder...

Deixa eu te ver feliz
meu amor
que no embalo desse sonho
fecho os olhos...
minhas mãos deslizam sobre ti...
então sorrir, com o mais belo de teus sorrisos,
Ah sorrir...eu te preciso!

Sentir, admirar, tocar
um beijo nos olhos, um afago
suaves carícias
abraçar assim; colada a ti
provocando delícias.

Fazer-te delirar com meus carinhos
e com doce loucura
beijar assim devagarinho
demorado e quente
e apaixonado.

E assim desse jeito sussurrar
...eu te amo...
e sentir tua respiração ofegante
por me amar até não mais poder
mesmo que por um instante!

Ah te abraço com doido carinho!
e com tuas mãos na minha pele,
quem vai se importar?
devolvo tuas delicias
bem mansinho...
teu beijo,
teu sorriso gostoso
te amo...
quer saber?
te adoro!

amor paixão...

Foto de betimartins

O Chico e seu amigo Jesus

O Chico e seu amigo Jesus

Era uma vez um lindo casal da aldeia que resolveu ir mostrar a cidade e os seus atributos que ela oferece por tanta diversão. O seu menino tinha apenas cinco anos, um belo rapaz com seus cabelos loiros e cacheados, olho negro, quase preto e muito alegre Seus pais os chamavam de reboliço, porque ele não parava quieto e tudo queria saber e aprender.
Eles o levaram a cidade para mostrar o Parque Zoológico e também o parque aquático, que ele via nas revistas e tanto queria conhecer. Era estranho com os bichos, parecia que falava com eles, não podia ver nenhum abandonado ou doente que logo levava para casa e o curava. Depressa arranjava donos para eles com aquele jeito meigo e sábio de falar.
Era o José Francisco, José era nome do seu avô paterno e Francisco de seu avo materno, era o encanto da família embora da aldeia fossem bastante abastados e cultos.
Foram no seu automóvel novo, levaram três dias para chegar à cidade, pensaram em passar a Páscoa lá e ir ver alguns amigos e família.
O José Francisco estava impaciente, queria apenas ir logo que chegasse a cidade ver os seus amiguinhos, porque os animais eram os seus melhores amigos.
- Mama, olha ali, estamos pertos já vemos placas de publicidade.
Aos pulos e inquieto ele não demonstrava qualquer cansaço apenas queria ir ver o Zoológico, seu pai, olhava-o pelo espelho refletor, sorrindo olhando sua esposa, pensando como tinha sido abençoado por Deus ao dar tão bela família.
Levantaram cedo do hotel, para chegar ao Parque o cedo possível para seu menino aproveitar tudo como era seu desejo. Entre os dois eles já tinham pensado que iriam o levar mais que um dia para compensá-lo por se portar tão bem com todos.
O pai feliz exclama!
- Chico já chegou, olha ali, olha e já vês a reserva, já estamos mesmo a chegar.
Seu rosto iluminava com tanta felicidade, era o momento que tanto desejou e ansiou.
Estacionaram seu carro e agarrando as mãos do pequenino Chico, entram e foram mostrar o parque.
Não sem antes sua mãe e seu pai darem explicações que não devia tirar as suas mãos e estar sempre perto deles. Obediente ele concordou, mas ele só queria ir depressa à sua aventura.
Ele viu os tigres, rinocerontes, ursos, leões, elefantes, zebras, pandas, girafas, macacos, renas, lobos, porquinhos da índia, viu uma demonstração dos dinossauros ao vivo, que assustava. O que ele mais perdeu tempo foi com os passarinhos, ele adorava o que via ali, logo chegou ao parque aquático, encantado ele pode ver golfinhos, uma tratadora, deixou-o tocar neles e estranho eles tinham um comportamento estranho, tipo uma adoração o que o menino mandasse fazer eles faziam parecia entender sua linguagem.
Feliz ele queria nunca mais sair dali, seus pais quase que o arrastavam, para mostrar tudo o resto. Afinal ele queria ver os outros animais marinhos, tinha ainda as focas, as lontras, as tartarugas, as raias, os tubarões os peixinhos que andavam por ali e os corais que tanto queria ver de perto.
Já era muito tarde e ainda faltava ver os repteis o Chico não queria ir embora sem os ver, correndo lá conseguiram mostrar, mas teve sorte ele não gostou muito deles e então das cobras ele só queria ir embora dali.
Logo chegaram à casa dos primos, que alegria apenas os via no Natal e iam os ver agora na páscoa. Que correria, que barulho, também com seis crianças quase todas de idades com diferença de um ano entre eles, era uma alegria total.
Foram descansar para depois jantarem juntos, estavam exaustos precisavam de um banho e o pequenino Chico também.
Desfizeram as malas afinal eram mais uns dias que ali iam ficar e Chico foi a sua mala e tirou um livro, o livro de Jesus, sorrindo ele diz mamã eu vou conversar um bocadinho com ele afinal tenho que lhe contar o meu dia e agradecer também.
Sentadinho na sua cama ele conta seu dia, sorri e mantém uma conversa como se estivesse Jesus ali com ele, agradece e beija o seu livro, colocando-o na sua cabeceira da sua cama.
Jantaram, foram dormir, pois estavam muito cansados, de manha acordaram com o barulho das crianças a brincarem no jardim, tranqüilizaram os pais dizendo que ele já tinha almoçado e que estava com seus primos que estava uma empregada a cuidar deles.
Respiraram fundo agora tinham um pouco de tempo para eles mesmos e saíram para dar uma volta.
No meio da algazarra andavam a brincar ao esconde, esconde, ganhava o que mais escondesse bem, Chico fugiu para bem longe da casa, viu uma capela velha, abriu com dificuldade a porta, entrou. Ficou maravilhado, apesar de velho era lindo apenas estava mal cuidado. Por momentos ele esqueceu a brincadeira, sentou-se num banco em frente a um altar onde tinha Jesus sorrindo e de mãos entendidas para ele. Ele conversou com seu amigo Jesus saiu do altar e veio se sentar do seu lado, juntos eles riram, juntos cantaram e estando já muito cansado Jesus pega nele no colo e o abraça.
Ele dormiu, ele não sabia se estava a sonhar ou era imaginação, mas ele estava num lugar lindo, cheio de flores, animais que falavam e todos tinham asas e voavam.
Jesus olhava para ele sorrindo, colocando devagar no banco da capela e voltou para seu altar.
Todos estavam em alvoroço, assustados ninguém encontrava o Chico e seus pais estavam a chegar a casa para almoçar, que iriam fazer, mas ele não tinha como sair dali.
Voltou a ver toda a quinta e alguém se lembrou da velha capela e foram a correr. Abriram a porta, lá estava ele, dormindo no banco em frente ao altar, Acordou ele ao levantarem e ele triste resmunga:
- Porque me tiraste do colo de Jesus? Eu estava tão bem no seu colo.
Pasmados e surpresos por tudo isso eles falaram apenas.
- Calma! Tu estavas a sonhar, um lindo sonho, mas não passou de um sonho
Engraçado, o dia passou e todos respiram de alivio, por tudo ter dado certo. No dia seguinte eram vésperas de páscoa e todos foram à missa na igreja próxima. O Padre começou a ler o evangelho e fala que Jesus morreu pregado na cruz, fala de novo e Chico grita no silencio:
- Mentira, Jesus não morreu não, ontem ele esteve a conversar comigo e até adormeci no seu colo.
Todos olhavam para o Chico e abanavam a cabeça. Pobre criança que devia estar doente
Seus pais mandaram Chico se calar, ralhando pela sua falta de respeito.
Triste ele ainda tenta responder:
- Mas mamã foi verdade...
Ninguém acreditou nele, ninguém, triste ele foi para seu quarto e chorou.
Jesus voltou a pegar nele e sorriu dizendo não faz mal Chico, fica um segredo nosso eles não acreditam, pois não me sentem no seu coração.
Afagando seus cabelos, Jesus falou:
- Feliz páscoa para ti, meu lindo anjo.
Chico sorriu feliz e voltou adormecer...

Foto de Cesar Jardim

Despedida

Nesta noite eu posso ver as estrelas,
nesta noite eu posso te ver brilhar,
Escute o que eu tenho a lhe dizer,
para talvez depois me perdoar.

O tempo pasa tão depressa,
o tempo voa e corre em suas mãos,
O que será que estamos esperando,
pra decidir o que nos diz a razão.

Olhe agora dentro de sí,
sinta o seu coração bater,
Pense em nós dois e volte a sorrir,
nunca é tarde para deixar de sonhar sem fim.

Não faça a escolha errada,
pra se arrepender depois,
Siga apenas,
O que o seu coração lhe diz.

Mesmo estando tão distante,
ainda ouço a sua voz.
Ainda olho o seu retrato,
mesmo estando tão longe,
sei que ainda espera por mim.

Meus dias custam a passar,
Só consigo pensar em você e nada mais.
E nada mais me alegra mais,
em saber que você ainda me ama.

Foto de bluecloak

...

Da ponta dos dedos vem o anseio pelo toque no ar perfumado ao teu passar.
De uma janela aberta no tempo grito o teu nome
Como um poeta que grita as angustias para o papel,
ser poeta sem rimar, sou eu para te amar.
O teu rochedo que agora é o meu coração, estás enraizado e protegido...
Contra todas as intempéries dou o meu corpo à tua protecção
Não sei, nem quero saber viver sem o nosso amor que me arromba a memoria ao primeiro pensar.
Na sua dimensão sinto-me um himalaia de felicidade.
O que me vem da alma é o mais virgem sentimento de amor
Sou a rima do teu verso..................................................
Sou a vida por ti poetizada..............................................

Foto de Marilene Anacleto

Porque Queres Saber Meu Tudo

*
*
*
*
Por que queres saber meu tudo?
Para transformá-lo em nada?
Andarei em estado desnuda,
Descalça na dolorida estrada?

Há coisas muito escondidas
Contar a alguém impossível
Guardadas a sete chaves
Em um caderno invisível.

O que sou, eu mesma nem lembro,
Devo estar num arquivo perdido.
Não sei do atalho, perdi a senha,
Sou de mim mesma esquecida.

Meu sangue flui com as águas,
Pulsa o coração nas estrelas,
Suor são as minhas lágrimas:
Só em gotas posso tê-las.

Sou a luz do alvorecer,
Sou diamantes no lago,
A lua do anoitecer,
Despedida do dia cansado.

Encontrei o amor verdade
Por mãos de belas mensagens.
Perdi-me em meio a encantos
De luz e felicidade.

Por que queres saber algo
De alguém indecifrável?

Marilene Anacleto

Foto de BRUCE ALEX

Ambição

Perceber o quanto ter para viver é ser sábio
Exigir o perfeito é querer ter o desnecessário
É sofrer com seus efeitos colaterais.
Críticas são fáceis diante das suas facilidades
É preciso saber facilitar toda complexidade
Conseguir enxergar a essência da vida: simplesmente existir.
Acordar para viver e não para apenas dormir!
Ter uma sensibilidade visualmente auditiva
É dia-a-dia compreender toda divindade
Definitivamente compreender que vivemos
No mais perfeito dos lugares!

Foto de Leidiane de Jesus Santos

Olho por Olho, Dente por Dente!

Se eu sou
A ovelha negra
Que feri,
Também sou
O cordeirinho
Que é ferido.
Se sou a estaca
Que faz sangrar
O coração,
Também por estacas
Meu coracção sangra.
Se eu sou pedra
Se eu sou pau
Apedrejada
E a pauladas
Me tornei
Sou de carne
Sou de osso
Sou de alma
Sou de espirito
Assim como todos.
Se eu errar
Se eu me enganar
Se eu me ferrar
Se eu amar
Se eu odiar
Não é da conta
De ninguém.
Se mentem
Se rezão
Se sofrem
Se vivem
Se riem
Se gritam
Não quero
Nem saber.
Olho por Olho,
Dente por Dente.

Foto de Marilene Anacleto

Moço Solitário

*
*
*
*
Moço solitário
No barco pensativo
O que será que faz
Deste modo inativo?

Será fome de comida
Ou de mostrar valentia?
Será fome de solidão
Para pensar no dia-a-dia?

Será que procura repouso
No estranho balanço das ondas?
Ou prefere viver com peixes
Em vez de viver com homens?

Ninguém é capaz de saber
Por certo os motivos seus
Quiçá afastou-se do povo
Para encontrar o seu Deus,
Que acredita, encontrará
Na mulher dos sonhos seus.

Marilene Anacleto
05/01/2000

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XXXVIII - Brota o Cravo

O tempo lentamente passava
e sua semente não brotava.

A Rosa começou a ficar preocupada,
não entendia por quê tanto demorava.

Tudo isso era uma mistura de sensações.
Tantas coisas acontecendo, tantas emoções.

Enquanto simplesmente esperava,
lembrava do Tigre que tanto amava.

Sentia a sua presença constantemente.
Estava em seus pensamentos, em sua mente.

Lembranças de um passado de felicidade,
que durariam por toda a eternidade.

Sua divagação foi interrompida,
quando viu que chegara a hora da vida.

A sua semente estava brotando,
finalmente seu sonho estava se realizando.

Angústia, felicidade, medo e coragem.
Todas conflitavam em uma mesma imagem.

Daquela semente, brotou um lindo resultado.
Nascera finalmente o seu lindo Cravo.

O Jardineiro frio e sem reação,
ao ver o Cravo, entregou-se a emoção.

Após passado a ebulição do nascimento,
a Rosa esperou o melhor momento.

Precisava passar um recado.
Pediu ajuda a um pequeno pássaro.

Queria que o Tigre fosse o primeiro a saber,
que o seu lindo Cravo acabara de nascer.

Mostrar a ele o quanto era importante
e que ambos estavam bem naquele instante.

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