Rosas

Foto de HELDER-DUARTE

Rosa de Saron

Cravos e rosas, uni-vos!
E vós tulipas e antúrios.
E vós, do campo lírios...
E nesse lugar, vós goivos!
Abraçai a Rosa de Saron,
Que mãe vossa é.
Ela vos dá todo o dom.
E a mim, também até.
Oh flores de distintas cores!
Com ela avançai, avancemos,
Sobre este jardim nosso e d´ela, trabalhemos.
Para que tenha, cores suaves
E nele, eternamente...
Gloriosos, cânticos, entoem as aves.
Então nele se sentirá...
Para todo o sempre...
Vosso perfume, que em nós permanecerá!

HELDER DUARTE

Foto de Marta Peres

Primavera

Primavera

Já é primavera e o sol lá fora brilha
De contentamento e felicidade,
Nosso jardim vestiu-se de flores
Enfeitando a porta com todas as cores,
doce suavidade...

É a primavera entrando em nossos corações
E sorrindo, entoando canção cantada por anjos
E soprada ao som dos ventos, toque sutil
De flauta doce, no ar poesia vibrando
Primavera, primavera, primavera...

Orquídeas abrindo e rosas em botão,
Nosso chão enfeitado de margaridas
E as hortências fazendo o caminho
por onde passamos e entramos na casa, onde
o amor chega junto com a primavera!

Marta Peres

Foto de Cecília Santos

VIOLETAS NA MINHA JANELA

VIOLETAS EM MINHA JANELA
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Na minha janela coloco lindas violetas.
São pequeninas e delicadas.
São rosas, brancas e furta-cores.
Cuido com carinho e muito amor.
Pois elas me fazem recordar você.
Em cada pétala encontro um sorriso seu.
Em cada fragrância um beijo seu.
E todas as manhãs, logo cedinho.
Abro a janela, deixo o sol lhes dar bom dia.
Companheiras de longos tempos.
Um belo dia suas flores caem.
Mas continuo cuidando, com o mesmo carinho
e amor de sempre.
Pois sei que em breve, novas flores nascerão.
E como a vida, as violetas renascem.
E mais uma vez minha janela ficará, lindamente
enfeitada e perfumada.
Em cada florada, encontro saudades.
Saudades de alguém que partiu.
Mas que não sumiu.
Em cada manhã que se anuncia.
Sei que em cada uma das minhas violetas
vou encontrar, um pedacinho de você!

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/2007*

Foto de Thiers R

>> Tépida Tez

Tépida Tez

Hoje acordei com gosto de alfazema
rosas e sedução na boca
estava só
dentro dos pensamentos.
nitidamente senti palavras
roçando-me a pele,
colando lábios quentes.
Pulei da cama com vontade de tê-las
O relógio gritava:
Você tem que ir...você tem que ir...
Vesti-me e saí.
As rosas duraram por todo dia.
trabalhei enebriado.
Juro, quero apenas encontrá-la
letra endiabrada
provocante e sedutora.
Quero lamber teus dedos
abraçar a tépida tez
palidez rósea e macia
vem que a lua nos espera.
enrolados comeremos maçãs
no pecado noturno
devorando e
transgredindo.

ThiersRimbaud>>
Junho2007>

Foto de Gaivota

* Metarmofose de rosas *

.
.

Mais uma mentira
escapa-me das mãos
viram meus pensamentos
andando por aí?
não se distraiam
os vírus atacam
na voz soturna
gritam
Detona!

Esmigalho-os
Queiram ou não
Deus?
dormia sono eterno
cotuquei-o
no primeiro
bocejo
disse-lhe -
Acorda!
a treva poderá consumi-lo

Até os dentes carregando fuzil
armo coragem
sinto na epiderme as dores do mundo
carrego no coração
luz pra escuridão

Não! Não sou vagalume
finjo de morto
saio à rua
alcanço a praia

Tiro a camisa
ouço-a palpitar
arranco-a

Caio ao mar
metamorfose de rosas
vermelhas pra te encontrar

RJ – 1°/09/2006
** Gaivota **

.

Foto de sagitariana.mgs

Educação

Educação

Um dia desses lemos em um adesivo colado no vidro traseiro de um veículo a seguinte advertência: "minha educação depende da tua"!

Ficamos a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa dessa forma.

Ora, se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto a quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos.

Ademais, se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seríamos apenas o resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fôssemos um espelho.

A educação é a arte de formar caracteres, e por conseguinte, é o conjunto de hábitos adquiridos. Assim sendo, como fica a nossa educação se refletir tão somente o comportamento dos outros como uma reação apenas?

O verdadeiro caráter é forjado na luta, na luta por dominar as más tendências, por não revidar uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.

Um amigo tinha o costume de dizer: "bateu, levou!" Um dia perguntamos se ele admirava os mal-educados que tanto criticava. Imediatamente ele se posicionou em contrário.

- É claro que eu não aprovo pessoas mal-educadas. Então questionamos outra vez:

- Se não os admira, porque você os imita?

Ele ficou um tanto confuso, pensou um pouco e respondeu:

- É, de fato deveríamos imitar somente o que achamos bonito.

Dessa forma, a nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos ainda da falta de educação dos outros.

Todos os ensinamentos do Cristo, a quem a maioria de nós diz seguir, recomendam apresentar a outra face. Imaginemos se Jesus tivesse ensinado: "se alguém te bater numa face, esmurra-lhe a outra", ou então "faz aos outros tudo aquilo que não desejas que te façam". Nós certamente não O aceitaríamos como modelo a ser seguido.

Assim sendo, lutemos por nos educar segundo os preceitos do Mestre de Nazaré, que diante dos momentos mais dolorosos de Sua vida manteve a calma e tolerou com grandeza todas as agressões sofridas.

Não nos espelhemos nos que não são modelos nem de si mesmos. Construamos o nosso caráter com os exemplos nobres.

Quando tivermos que prestar contas às leis que regem a vida, não encontraremos desculpas para a nossa falta de educação, nem poderemos jogar a culpa nos outros, já que Deus nunca deixou a Terra sem bons exemplos de educação e dignidade.

..............................

Não adotemos os constumes comuns que nada tem de normais. O normal é cada um buscar a melhoria íntima com os recursos internos e externos que Deus oferece.

As rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, se abrem para oferecer ao mundo o seu inconfundível perfume.

O sândalo, por ser uma árvore nobre, deixa suave fragrância impregnada no machado que lhe dilacera as fibras.

Assim, nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados

Foto de Sirlei Passolongo

Trocaram As Bonecas

Trocaram as bonecas

Já não se desenham luas como antigamente
Não há mais rosas nas capas de cadernos
Não há mais meninas sorrindo na janela

Já não se trocam abraços ingênuos
Nem brincam de ciranda ao anoitecer
Já não há meninas a brincar de boneca

A modernidade levou embora as bonecas
Pôs fim a ingenuidade das meninas na janela
Trocaram abraços ingênuos, por filhos na adolescência.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Ednaschneider

Doze

Trago doze rosas para teu dia
No teu rosto doze beijos
Doze cheios de desejos.
Uma dúzia de alegria.

Trago doze olhares de ternura
Com doze versos te desperto;
Feitos da forma mais pura.
E te espero de braços abertos.

Doze.O número da sorte.
Doze de junho vi meu rumo norte.
Onde oficializamos nosso amor.
E este número para eternidade ficou.

Joana Darc Brasil *
12 de setembro de 2007
Direitos reservados *

Foto de Edilson Alves

SAMIRA

Samira pensou que era
Um bonito beija-flor,
Esperou a primavera
Sentir das rosas o odor.

Samira tentou voar
Mais sem ter asas caiu
Ficou num canto a chorar
Pena foi, mas ninguém viu.

Samira agora era rosa
A primavera acabou!
Samira, pobre, sem prosa
Sentou num canto e chorou.

Samira agora se esquiva,
Agora seria o mar;
Novos horizontes se abriam
Nova forma desonhar.

Desceu a grande montanha
Nas àguas, ela se mira
Ninguém viu sua façanha,
Nunca mais se viu Samira!

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