Rosas

Foto de Sérgio Carapeto

Nos que te amamos

Nos! Que te amamos loucamente,
Como em simples delírios,
Esperamos simplesmente,
Colher entre rosas, lírios.

Nos! Que te queremos,
Como a oiro e diamantes,
Desejamos-te só a ti,
Invejando teus amantes.

Nos! Que morremos de desejo,
Quando estamos ao pé de ti,
Morremos por um beijo,
Morremos só por ti.

Nos! Que morremos por amor,
Quando estamos a teu lado,
Morremos por ti oh flor,
Morremos por ser amado.

Foto de Carmen Lúcia

Versos inversos

Meus versos são o inverso dos teus,
Falam de um amor ímpar, de um só par...
Enquanto que os teus são profanos,
Insanos ,mundanos...teu jeito de amar!
Meus versos são o inverso dos teus...
São luz das manhãs...os teus, Sol e Deus!
Meus versos são cheios de amor e verdade
E os teus revelam malícia, obscenidade...
Meus versos me levam a aninhar-me em teus braços
Teus versos exigem mais que um simples abraço...
Enquanto falo de poesia...te entregas à orgia,
Se versejo sobre flores...tu queres sugar o mel,
Colhido por beija-flores,tentando atingir o céu...
Meus poemas são intensos,os teus são rasos e tensos,
Porque colho as rosas do dia...e tu,a hipocrisia...
Que te fantasia,que te extasia...e te distancia.
Escrevo para extravasar a alma,palavras do coração...
E tu, pelo prazer da carne,desejo que arde,fogo e paixão!
Somos o reverso do inverso...o oposto escrito em versos.

Foto de Ivy Gomide

TARDES DE INSENSATOS PENSAMENTOS

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TARDES DE INSENSATOS PENSAMENTOS

Hoje ao cair da tarde
percebi.
as margaridas estão abertas.
soletram letras que eu não disse.

Guardo medos
respiro páginas in pensadas
de um romance inacabado.
folheio a mente
acordo silêncios porosos.

Instigantes, violentos, irradiantes.
caminha a meu lado
intruso e ofegante...

Hoje ao cair da tarde
fundi-me em jasmins
virei pétala
voei, deslizei
rasguei dores
pousei.

Hoje ao cair da tarde comi rosas
e não sangrei
apenas em vermelho
um blue velvet verti e
em suspiro
degluti.

__Maio/2007__
Ivy Gomide

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Foto de Carmen Lúcia

O catador de pensamentos

Mal amanhecia o dia
Lá ia seu Rabuja,
Com ar de ranzinza,
trajado de cinza
com um saco na mão.
Passava sob as janelas
de todas as ruelas,
caçando ilusões.
Suprimir sofrimentos,
catar pensamentos
caídos no chão.
Havia de todos os tipos;
alegres,pesados,sofridos,
sombrios,leves,vazios,
em grande profusão.
Catava-os com muito carinho,
colocando-os um a um
dentro do saco,no chão.
E antes de cair a noite
voltava para casa,
com enorme satisfação.
Embora cansado,queria
fazer de seu sonho,realização.
E nas prateleiras da sala,
distribuía com gala,
pensamentos mil...
Dispostos em ordem alfabética,
Sem nada de rima ou métrica,
com gesto febril.
Na A,pensamentos de Amor,
Na B,de beleza interior,
Na C,compaixão,comunhão,
Na D,desapego,doação...
Os pensamentos doentes
eram todos separados,
pois,por ele eram tratados,
com zelo,cuidado e aparato.
E quando chegava a hora
era o momento de glória...
Num raro jardim secreto,
plantava todos pensamentos
já livres de sofrimentos.
Com um sorriso discreto
tratava-os com grande afeto.
Então vinha a Primavera
com seu poder de transformação;
cada pensamento virava
linda rosa em botão...
E de seu Rabuja,o jardim,
Era beleza sem fim...
Canto de passarinhos
que saíam de seus ninhos
Pra voar por entre as flores,
rosas de todas as cores.
E quando de lá partiam,
em seus biquinhos cabiam
as mudas que então espalhavam
em cada canto da cidade.
As rosas se multiplicavam,
os pensamentos se uniam
num misto de amor e felicidade...

Foto de Ednaschneider

Duas Mulheres

Duas Mulheres

Você ama duas mulheres
Uma conhecida outra anônima.
Ambas te querem
Para compartilharem a vida, e a fama.

A vida comum do dia -a-dia
A anônima quer.
A outra que escreve poesias
Expõe nas palavras seu desejo de mulher.

A anônima é tranqüila é carente
A poetisa tem romantismo
Ambas te amam loucamente
Cada qual amando com seu estilo.

Ambas entregam-se sem medo
Pois te desejam profundamente
Não guardam segredo
Querem você eternamente;

Com qual delas ficarás?
Você, que elas tanto amam!
As duas ao seu amor te chamam.
Qual delas escolherás?

Faço uma sugestão
Escolha as duas
Pois elas apenas uma são
E são tuas
E te amam com grande emoção.

Ela é anônima e famosa
Simples e carinhosa
Ela é modesta e fogosa
Que escolhe entre rimas e prosas
Ofertam-te de maneira formosa:
As belas poesias tal como rosas.

Fundem-se e juntam-se
As duas se tornam cúmplices
E nesse amor tríplice
Deliciam-se.
Você e ela(s) simplesmente.

26/06/07
Joana Darc Brasil* *direitos reservados à mesma®

Foto de Carmen Lúcia

Caminhada

Começa a largada...
A todos é dado o sinal de partida...
Princípios de vida se espalham na ida,
Viagem que não deve ser interrompida,
Adiada ou antecipada...irreversível corrida.
São tantos os caminhos...todos os desafios...
Ao que persiste a estrada é curta...
Tempo exato de cumprir a labuta.
Longa e árdua ao que desiste da luta,
Na certeza da hora incerta...
Pelo medo que em seu peito aperta.
Há o que fica parado...
Acorrentado,alienado
A preconceitos e pecados...
Tempo precioso, desperdiçado
E jamais recuperado.
Em qualquer que seja a estrada,
Nela ficarão as marcas
Das rosas plantadas,regadas,colhidas,
Do sangue vertido, espinhos doridos
Dos evoluídos,dos desprendidos,dos atrevidos.
Caminhada que enaltece,não sendo em vão,
Entre lírios e pedras que forram o chão,
Sem esmorecer ou retroceder.
Parar é morrer...
Ande,caminhe,persista,
Mesmo pra lugar que não exista,
Ou que possa ser encontrado...
Até mesmo sonhado...
Sem saber se irá chegar,
Ou onde vai dar...

Foto de Remisson Aniceto

Fantasia (para Rosangela de Fátima)

Ó bela Flor, purpúrea, serena,
De sutil formosura, eflúvio de rosas...
Desvelada Flor, sublime, amena,
Mescla escarlate das veias ardorosas.

Ó infinita Flor, plácida, aérea,
Rubra Flor dos meus anseios...
Visão indelével, magicamente etérea,
Lampejo de cor dos devaneios...

Ó Ros`angelical, rósea Flor mirim,
Fulgente glória dos meus sonhos,
Cobre-me com pétalas carmim!

Ó majestosa Flor, pujante e sincera,
Sê real! Dissipa a névoa do medonho,
Ó inefável Flor de Quimera...

Foto de Sadman

Lagrimas de Poeta

Uma noite vazia com um violão
Numa estrada escura e sombria
Com uma dor no peito que não que calar
Perdido na noite de meus pensamentos
Uma lua cheia um olhar vazio
Por essa estrada que vou noites a fio
Sem sentido sem um rumo
Vou seguindo uma canção
Que me conta a solidão
De estar aqui sobe a lua
O poeta segue sem direção
Deixando um rastro de lagrimas e dor
Por onde brotam rosas por um amor
Lagrimas na noite derramadas em vão
Caem no asfalta da estrada da solidão
Vozes no escuro vindas de todas direções
Dizem-me apenas se afaste da escuridão
Pois nela sua vida é depressão
Siga as estrelas vá para o luar
E peça para ela seu coração
Mas a rosas não param de brotar
Das lagrimas que o poeta
A de derramar......

Sadman

Foto de Boemio

Bianca Del'Plagio

Bianca, mulher de cinco estrelas,
Com pérolas no pescoço, anéis de ouro,
Casaco listrado de zebra,
Bebe somente e tão unicamente vinho de porto,
Gosta de festa de glamour
E na torta não dispensa o glacê,
No dente aplica flúor,
Sai todo dia a meia noite pra ninguém perceber
Que também se interessa por samba de mesa,
Jazz e blues, seus lindos olhos azuis
Brilham ao ver com tal clareza
O samba que envolve seus delicados
Passos de realeza,
Quando ela menos nota
Já está com o suor da dança na veia,
Bianca, mulher de poucos homens
Tem um gosto sofisticado
Por seu pulso eletrizado
Prefere outras mulheres
Que a alma lhe revele,
Acredita ser assim
O único modo de ser feliz,
Bianca mulher trabalhadora
E que gosta muito de seu trabalho,
É dona de uma empresa prestadora
De serviços ao mais intimo labor
E mais tarde horário,
Atende as criancices dos velhos,
A meninice dos adultos,
A cafonice dos jovens de terno
Enfim atuam em todo mundo
Bianca mulher de muitas batalhas
Nasceu sob uma estrela desafortunada
Em sua casa pra comer não tinha nada,
Sua mãe morreu quando a ela deu a luz
Seu pai a pegou para criar sozinho
E por muitas vezes acusou Jesus
De tê-lo abandonado no caminho,
Aos 40 morreu de câncer no pulmão
Deixando Bianca só com as contas pra pagar
E com um partido coração
Por seu pai no quintal ter de enterrar,
Saiu bem cedo pra vida
Com 13 anos já se sentia sofrida
Caminhava na vastidão da praia
Quando um moço vistoso e pomposo
Puxou pra si sua saia
E lhe ensinou como se tornou vitorioso,
Bianca naquele dia perdeu a pouca pureza que lhe restava
Conheceu a dor e se aliou a quem lhe mostrou: o deputado,
Que logo lhe emprestou seu dinheiro roubado,
Para Bianca construir o seu tão suado
Hotel do consulado,
Bianca que depois matou de prazer
O deputado aposentado
Tentou ao mesmo cargo concorrer
Só que sem resultado,
Bianca mulher que resolveu olhar pra traz
E tentar ver seu pai lhe sorrindo
Sua mãe ao seu lado lhe fazendo carinho,
E Bianca se sentiu fraca e deprimida
Por que então sentiu sua vida
Assim sem ser vivida,
Viu os carros pela vitrine da suíte presidencial,
As rosas brancas na sacada da janela,
O lençol de cama rosa colossal
E sentiu o cheiro que exalava da vela
Que queimava no seu quarto,
Bianca chorou, minguou e no seu luxo
Despediu-se do mundo aos 33
Mas antes da escuridão se apossar de sua alma
Gritou um grito que foi por todo o tempo abafado
“_Eu sou: Bianca Del’plagio...” E continuou a sorrir...

Foto de yurirbraz

Maldita Princesa Cadáver

Maldita Princesa Cadáver

Yuri Rodrigues

Morta, gelada neste caixão,

Linda como as rosas que a enfeitam,

E eu aqui, apodrecendo em vida

Com o amor que fez nascer e mim.

Maldita! Mesmo defunta, me atormenta,

Quero os seus lábios gelados

Esquentando os meus com a paixão eterna.

Não pude resistir aos seus encantos

E olhe onde eu parei

Definhando-me de amor

Por uma bela princesa

Que adormece no vale dos mortos.

Eu te amo... E te odeio!

Quero que feneça nas trevas

E sinta o amargo da escuridão.

Viva no meu mundo.

Maldita princesa cadáver!

Por que quis que me apaixonasse por você

Se não tinha intenção de me amar?

Maldita! Eu ainda te amo!

Plantarei ao lado de seu túmulo,

Uma rosa, vermelha como o sangue,

Que jamais morrerá.

Será o meu espírito,

Velando-te nas noites que se findarão,

Admirando o seu corpo em decomposição

E te odiando...

Por que fizestes por ti, me apaixonar.

Maldição!

Eu ainda a amo.

Durma em paz, bela princesa cadáver...

Eu a encontrarei nas trevas,

De onde eu nunca deveria ter saído.

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