Quimera

Foto de Rosamares da Maia

POEMA EM E

POEMA EM E

Eu que te amei em eloquente silêncio,
E tantas vezes te falei nas entrelinhas,
Eu que tanto me neguei a te amar,
Em acabrunhado e disfarçado recato,

Em pranto vertido, contido e solitário.
E tantas vezes deixei partir-se o meu peito,
Enquanto teus olhos me convidavam.

Em ensaios do nascer da luz ao amanhecer,
Entrelacei as tuas mãos nas minhas.
Estremeci ao toque do teu corpo no meu.

E cedi às emoções de beijos e paixão,
Enfeitando o castelo dos nossos sonhos.
Era só quimera frágil que se desmanchou.
Efêmeros sopros do vento na bruma.

Errante amor sem pilares de sustentação.
Espúrio e devotado só ao templo da paixão.
Estúpido coração! Crédulo e inconsequente.

Ensaios de lágrimas com o sol poente.
Entrelinhas da morte em vidas entrelaçadas,
E meu coração só, para sempre descrente.

Rosamares da Maia

Foto de Elias Akhenaton

Bons Sonhos!

Acreditemos nos sonhos, em sua magia,
Pois eles nos pertencem, com certeza.
Um sonho após outro, um novo a cada dia,
Cada um com seu colorido, sua beleza.

Quando a aurora mística raiar no horizonte,
Que tenhamos dentro de nós, a esperança;
No labor, no sonho, mas erguendo à fronte.
Ensina os pais desde os tempos de criança

Dizem que o sonho é ilusão, uma quimera.
Só que nos faz feliz, a cada nascer do sol!
Falo do sonho bom - dar sabor a vida, tempera.

Mesmo que não se realize, sonhar valeu a pena.
E quando os passarinhos cantarem ao arrebol,
Que venham os sonhos colorir à noite serena.

-**Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com.br/
http://eliasakhenaton2.blogspot.com.br/

Foto de Elias Akhenaton

Doce Lembrança

Hoje eu tive uma doce e terna lembrança,
Que chegou silenciosa como à brisa da manhã...
Recordações de outrora do tempo de criança,
Onde brincava despreocupado com o amanhã.

Liberei os pensamentos, não era uma quimera;
Castelos de areia na praia – quanta inocência!
Bolinhas de sabão no ar de primavera.
Uma época memorável de minha existência.

Continuarei lembrando, é eterna esta emoção...
... Já se passaram tantos longos anos.
São retratos da vida guardados no coração...

De um tempo bom que não volta mais,
Ainda que fale à criança, só que com planos;
Penso no futuro e busco no labor, meus ideais.

-**-Elias Akhenaton-**-
“Um peregrino da vida, pescador de emoções.”

Foto de Paulo Gondim

Soneto da ilusão

Soneto da ilusão
(Paulo Gondim)
09/02/2013

Quando eu me perco de ti, nada sou
As horas passam lentas, um minuto é um dia
O sono foge e, se durmo, tu me vens
Em sonho, nessa viagem de pura fantasia

Quando me encontro contigo, tudo sou
A esperança renasce, a paz prevalece
A vida toma rumo, os dias são mais claros
Quando estou perto de ti, tudo floresce!

São assim nossos momentos, pura paz
O mundo se faz inerte só para nos ver
Pois é assim que tua presença me faz

Embora seja sonho de um bem querer
Simples quimera que a ilusão me traz
Que seja sonho, para não te perder

Foto de EsperancaVaz

A NOITE

Imprevisível ela chega todos os dias
Assalta-me e choro em seu ombro
Deito em seu colo e descanso suave
Minha tristeza de solidão efêmera

Na esperança de ver o sol brilhar
Trazendo luz e certeza de vida
Pra deitar minha alma no amor
E acariciar sonhos de quimera

Infinitos noturnos, acaso crepuscular
Obscuridade de insônia no alvorecer
Feito criança queima meus sentidos
Com tua magia entranhas meu leito

Vazio catre de sonhos e desejos
Que ofuscam minha dor em lampejo

03/09/2012.
poesia registrada
(Esperança Vaz)

Foto de Allan Dayvidson

QUIMERA

"Alguém já disse que o todo não é igual a soma das partes. Uma pessoa não é mero amontoado de características dispostas aleatoriamente como uma fera mitológica, mas sim uma composição na qual os elementos se comunicam, interagem e muitas vezes até se rejeitam... Ninguém é uma Quimera..."

QUIMERA
-Allan Dayvidson-

Olha minha cara,
sou o velho fedelho de sempre,
pretensioso e fora de moda.
Acredite, é o melhor que tenho a oferecer.

Meu Allstar não faz barulho,
meu nome não faz soarem violinos,
e meu coração vem num embrulho
feito dos velhos jornais que roubei de você.

Mas sou um arranha-céu nas fundações,
repleto de sonhos e grandes concessões,
estigmatizado e monitorado por eras,
o único de uma espécie tratado por quimera.

Tenho amigos de uma vida inteira;
tenho guardiões de tantas maneiras;
tenho comparsas, assaltantes de geladeira;
e um mundo inteiro tentando me empurrar da beira.

Mas sou um traço de vários autores,
os escombros de três amores,
um novo pigmento feito de muitas cores,
um elemento raro tratado por quimera.

E você tenta me alimentar
como quem alimenta uma fera enjaulada,
como se soubesse melhor que eu qual é a fome que me governa...

Eu já estive na instituição de adestradores,
no território de impiedosos caçadores,
no jardim de amantes amadores
e no coração de corajosos admiradores

Mas não sou as formas das esculturas;
ultrapasso a leviandade das caricaturas;
escapo aos moldes e às velhas conjecturas;
sou uma vertiginosa espiral tratada por quimera...

Sou um fenômeno sem precedentes
e de uma inocência quase indecente;
um resultado que desafia sua própria equação;
um homem em permanente construção tratado por quimera.

Foto de Arnault L. D.

De amor e primavera (Louco de amor)

Por amar, eu fiz loucuras,
fiz torturas em mim mesmo.
Afaguei facas e leões,
tropecei noites escuras
e vaguei, feliz e a esmo.
Feito a dançar canções...

Por amar, pintei miragens
do que vi, um quadro lindo.
Por amar e apenas pelo amor,
dei passos para além das margens
e voei um pouco, ao céu caindo
em derramar-se em pétalas de flor.

E fiz, todas as loucuras
que a verdade desconhece.
Pois, se esquece das ternuras
de amar além da prece...
Reza a alma a ti e cessa em juras,
a fiar que o tempo cesse.

E ando assim... O louco.
Que não sabe pouco, apenas muito...
E trago em rédia solta
o dizer sandices, mas, não minto.
Pois, são reais a mim; avulto...
O que é; por causo do que sinto.

Sei, sou e sabes-me, enlouquecido.
A fazer o que se espera
de alguém que é perseguido
pelo anjo, sonho e a quimera
que chamo apenas de sentido,
de amor... De amor e primavera.

Foto de Elias Akhenaton

Trovas esparsas 2

IV - O amor não é quimera

O amor não é uma quimera,
Deve-se sentir no coração,
Não apenas na primavera,
Mas em todas as estações.

-**-Elias Akhenaton-**-

V - Doce desejo

Dentro do meu coração
Tenho muito p’ra de dar...
Afeto, carinho e atenção,
Doce desejo de te amar.

-**-Elias Akhenaton-*

VI - A emoção da poesia

A poesia é concebida
Na nascente do coração.
Não dar p’ra ser medida
À correnteza da emoção.

-**-Elias Akhenaton-**-

VII - Menino beija-flor

Sou beija-flor peregrino
Com o peito cheio de amor;
Um passarinho menino
Namorando sua bela flor.

-**-Elias Akhenaton-*

VIII - Deus nossa proteção

Na estrada da vida
Anda-se com esperança;
Deus Pai é nossa guarida,
Desde o tempo de criança.

-**-Elias Akhenaton-**-

IX - A beleza do poeta

No coração do poeta
Revela-se a pureza;
Do peito para a caneta,
Verdades de sua beleza.

-**-Elias Akhenaton-**-

X – O Poeta e a Amizade

O poeta tem amor profundo,
No peito a flor da amizade,
Exala seu aroma fecundo,
Com doce simplicidade.

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Marilene Anacleto

Asas de Manteiga

Asas de manteiga, atraídas pela beleza
Das ondas esmeraldadas, mergulha com firmeza.

E, com as asas pesadas, traída pela pureza
Da luz, pelo sol acesa, crê-se no mar afundada.

Mão generosa chega, toma firme a borboleta.
Com um sopro delicado torna-lhe as asas secas.

Leva-a às dunas distantes com vigorosa relva.
As asas já movimenta, retorna à vida primeva.

Quisera que em meus amores, esfacelados de sonhos,
Houvesse uma mão amiga para me tirar do abandono.

Voaria sobre dunas douradas e, com brilhantes asas leves,
Viva um novo amor no tapete orvalhado de relva.

Estive assim tão presa num espelho que não era.
E, meu intenso amor foi apenas uma quimera.

Foto de Melquizedeque

Quimera

Um soneto retumbante encontra-se escrito no instante do meu olhar com o teu
Pois alegorias e falanges que percorrem a tua pele ao tocar-me traz o arrepio
Não sei se sinto o que me parece ser, ou apenas estou iludido. Talvez seja!
Face a face contigo me sinto perdido, já não sei mais se sou íntegro ou profano
Torna-se deusa da vontade e meu ímpio desejo jorra-se amiúde

Há um magnetismo em ti inerente. Tu és a bela e a fera, e eu as vírgulas do conto
Ao me achar em tuas andanças, eu era uma frágil criança em um berço de ébano
Não sabia se no frio chorava ou se demonstrava incontrolável alegria
Frágil e intocável fui carregado nos dorsos de dolosas fantasias
Por motivos não clarificados me vi entrelaçado na sinfonia dos seus beijos

Hoje cresci e ceio na mesa de meus inimigos. A cascata de medos já não me submerge
Minha vontade é explícita, fraudulenta e incontrolável. Tu fazes a chama reascender!
Quando estamos juntos, de tudo falamos, porém, nada é dito
Tua beleza é a própria transcendência. Estou definhando pela peçonha de seus lábios
Teu corpo seduz minha inocência. Diante de ti percorro do romance à tragédia
És tu um Belerofonte encantado e, também, uma malevolente Quimera.

(Melquizedeque de M. Alemão, 11 de junho de 2011)

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