Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!
Um dia Deus decidiu bem lá no céu, dar alguns dons gratuitos
Como já muitos tinham os recebidos e não fizeram uso deles
Deus voltou a ponderar e ordenou aos anjos ajuda na terra
Os anjos, apenas ajudaram, escolheram e marcaram-nos...
Nos testes foram implacáveis, não perdoaram nada de nada
Colocaram pedras afiadas nos seus caminhos, ferindo-os
Provocaram tempestades gratuitas, calunias e desespero
Apenas fizeram que o amor não fosse ofertado a eles...
Eram milhares de homens e mulheres na terra, chorando!
Aflitos, sem créditos e sem direção no seu caminho, esquecidos
Alguns buscaram as forças em seu acreditar, no poder do Pai
Trabalharam a sua espiritualidade sem nunca duvidarem, dele...
As fortes dores acalmavam a medida que o poeta despejava
Tudo que sua alma continha, tudo que sua alma almejava
A luz se fez presente, os anjos sorriram, as crianças brincaram
Pela paz que cada poema confortava na alma de quem o lia...
Então Deus achou que era preciso melhorar a esperança da vida
Entrou nos corações dos que ainda acreditam nos milagres de amor
Inspirou-os, levando-os a descrever as benções dos céus e alegria
Transbordando palavras gratuitas de amor, palavras de gratidão...
E Deus ainda não estava satisfeito com tudo que construiu no poeta
Envia seu anjo Lúcifer, para que ele seja provado ao mais alto nível
Tirando-lhe tudo, desnudando até sua alma, nada deixando ao acaso
Fazendo da vida do poeta um verdadeiro inferno, será que ele acredita?
No que ele sente e escreve, no mundo que ele descreve, no seu mundo
Entre lágrimas de sangue, sem duvida de seus sentidos e escrita, continua
Sem nunca duvidar dos desígnios de Deus para ele proferidos e ordenados
E ai ele se entrega de coração ao rubro e mente inquieta a sua escrita aqui.