Enviado por Paulo Zamora em Sex, 06/03/2009 - 13:10
Quando você tem toda razão
Você está coberto de razões quando pensa em uma nova vida, quando sabe que já se cansou das mesmas situações e caminhos que não o levaram a lugar nenhum. O que seria a sua nova vida? Simplesmente decidir seu rumo; fazer correções necessárias, ser seletivo quanto a amizades; enfim, fazer um auto-exame de sua personalidade e redescobrir portas e janelas, novas estradas...
Mudar atitude é mudar comportamento.
Mudar de vida é almejar novos sonhos; é luta para se fazer reconquistas; recuperar algo que se perdeu, mas que ainda tem tempo para reencontrar...
Você tem toda razão quando fica refletindo sobre a vida, vendo seus desafios, erros e sabe ainda que trilhar uma nova estrada vai depender dos esforços, sim, de uma luta incomparável; onde você enfrenta você mesmo; porque você decidiu. A verdade é que a vida é feita de decisões; e sempre mais uma define seu próximo passo. Se você reclama e acredita que a vida está sem sentido, pergunte-se; o que eu estou fazendo para melhorar minha vida? Tenho sido brando, compreensivo? Será que tenho amado como deveria? Quais os caminhos para mudar tudo isso? De repente a gente se perde em meio tantos assuntos, tristezas, e fica como sendo impossível mudar tudo, mas é preciso uma esperança e uma mudança talvez radical de vida; é rever conceitos; é sonhar o melhor mesmo que tudo já pareça perdido. Você tem razão quando acha que já tem que dar um basta naquelas coisas que já estão sem valor, você não quer formalidades, quer vida nova; mas não pode se esquecer; que tudo depende somente de você...
(Escrito por Paulo Zamora em 06 de Março de 2009)
Amor Imperativo
Ainda não sei o que vai restar desse apaixonado, revendo conceitos de amor, as dores no peito estremecem almas perdidas e confundidas, mas tal qual ciúme e a brandura de um mesmo coração correndo perigo... (Paulo Zamora)
E este mesmo perigo alucina-me , colocando em perigo os meus sentimentos imaginários, sonhando com a possibilidade de um dia senti-la em meus sonhos, mas tudo passa... (Alex F. Soares)
Fui embora deixando tantos poemas de amor, e você participou como fada na minha história, onde sofri de uma forma irreparável; onde vou estar com o passar dos anos? Distante de você? Ou ainda procurando reacender imagens lindas do nosso eterno passado... (Paulo Zamora)
Impressionado comigo mesmo, não consigo viver sem ao menos imaginar que um dia viverei sem pensar em seu cheiro demasiado que me fortalece, e ainda mais quando tenho a impressão que você viveu em minha vida... (Alex F. Soares)
Em que você está pensando? Nesse tempo? Noutras épocas em que esse amor estava presente em você? É amor imperativo, comumente; passivo e fraterno amor; lembre do seu coração e da emoção de encontrar alguém para amar. Um dia ainda vou te encontrar... (Paulo Zamora)
Três Lagoas 03 de Março de 2009
A pureza de uma amizade verdadeira
A pureza de uma amizade verdadeira nem sempre é vista por aqueles que estão ao lado de quem nunca mede esforços para fazer o possível, e quem sabe até mesmo o impossível. Pra que dar amizade a quem não acredita nela? Primeiro temos que acreditar e depois falar dessa amizade como sendo importante, porque é assim; importante.
Amizade verdadeira não se confunde.
O amigo acredita em você.
Alguns preferem nos fechar em uma caixinha do que abrir o coração para nos entender.
Quando a solidão bate a gente precisa de um amigo.
Quando você não encontra a quem conversar sobre os seus assuntos mais pessoais, então; você procura um amigo, sabendo que ele é a pessoa certa para entender você; e quando você vê o perigo à sua frente, alerta, aplica conselhos; porque grandes amigos podem ser eternos...
A pureza de uma amizade eleva nossa personalidade, o amigo verdadeiro é uma referência em nossa vida, é alguém com quem sempre se contar, porque seu coração é grande em compreensão; e quando feri-lo por motivos banais, permita a você ver as realidades do que é este sentimento; não tem como ser amigo de quem não o considera, você quer como amigo alguém que se importe; e que acredite em você; na sua amizade verdadeira.
(Escrito por Paulo Zamora em 01de Março de 2009)
Suas maldades
Eu nunca mais vou esquecer essas maldades vindas de ti. Me olhe de olhos fechados, sei que você pode; perdoe das vezes que implorei para você ficar comigo, isso não se chama amor, e no mundo não existe somente você, meu anjo que se perdeu...
Outro instante que não impossibilita de pensar na sua pessoa. Na verdade você nunca me quis, e se amou escondeu de mim; ao me redor nada vezes nada, estou vagando pelo infinito, o tempo que fiquei contigo foi somente tempo perdido; nem as declamações tocaram seus pensamentos.
Eu juro que nunca mais vou esquecer essas maldades, infantilidade, destrutivo, incapacidade da minha parte, você não gosta do meu olhar, tampouco do meu beijo, será que é mesmo assim? Posso estar equivocado, magoado no momento, mas eu nunca mais, nunca.. nunca mais vou esquecer essas maldades que fez comigo.
(Escrito por Paulo Zamora em 24 de fevereiro de 2009)
Amor com princípios
Se você se voltasse e me tocasse meu corpo iria estremecer; iria contra todos os meus princípios, seria descontrolado e pensaria somente no desejo.
A mesma chama arde me nós dois, vencer a quem se tudo fosse realizado? Os raios iriam cair nas nossas cabeças, e quando o arrependimento me procurasse para conversar, não teria para onde fugir; meus princípios atingiram-me no momento certo; não deixei a emoção mandar em mim, mas quando continuei carregando você no meu coração era como se tudo fosse paixão impossível, o que na verdade é.
Como poderia eu pensar em você e deixar de viver um momento ou uma emoção prazerosa que se recordaria para sempre?
Fui ao súbito, ao flagelo, ao ponto mais alto e pular para cair entre as nuvens; eu não poderia me guiar pelo sentimento, quando era claro tanto amor por você no meu coração. Se você se voltasse e pelo menos acariciasse a minha mão, não teria agüentado; teria feito amor, e isso faria feliz minha emoção, mas de que valeriam meus princípios? Preferi sair de perto, ficar pensativo por momentos, me arrepender de perder o momento, se é que seria esse o propício momento para esse amor, que teve que se sufocar e mentir que acabou...
Se você se voltasse e me desse um beijo teríamos esquecido dos princípios e hoje viveríamos num mundo desabado; sem frases, sem ninguém por perto, seríamos a própria loucura em vida. Ainda bem que você não se voltou...
(Escrito por Paulo Zamora em 15 de fevereiro de 2009)
Enviado por Paulo Zamora em Sex, 06/03/2009 - 13:07
Quando você tem toda razão
Você está coberto de razões quando pensa em uma nova vida, quando sabe que já se cansou das mesmas situações e caminhos que não o levaram a lugar nenhum. O que seria a sua nova vida? Simplesmente decidir seu rumo; fazer correções necessárias, ser seletivo quanto a amizades; enfim, fazer um auto-exame de sua personalidade e redescobrir portas e janelas, novas estradas...
Mudar atitude é mudar comportamento.
Mudar de vida é almejar novos sonhos; é luta para se fazer reconquistas; recuperar algo que se perdeu, mas que ainda tem tempo para reencontrar...
Você tem toda razão quando fica refletindo sobre a vida, vendo seus desafios, erros e sabe ainda que trilhar uma nova estrada vai depender dos esforços, sim, de uma luta incomparável; onde você enfrenta você mesmo; porque você decidiu. A verdade é que a vida é feita de decisões; e sempre mais uma define seu próximo passo. Se você reclama e acredita que a vida está sem sentido, pergunte-se; o que eu estou fazendo para melhorar minha vida? Tenho sido brando, compreensivo? Será que tenho amado como deveria? Quais os caminhos para mudar tudo isso? De repente a gente se perde em meio tantos assuntos, tristezas, e fica como sendo impossível mudar tudo, mas é preciso uma esperança e uma mudança talvez radical de vida; é rever conceitos; é sonhar o melhor mesmo que tudo já pareça perdido. Você tem razão quando acha que já tem que dar um basta naquelas coisas que já estão sem valor, você não quer formalidades, quer vida nova; mas não pode se esquecer; que tudo depende somente de você...
(Escrito por Paulo Zamora em 06 de Março de 2009)
Amor Imperativo
Ainda não sei o que vai restar desse apaixonado, revendo conceitos de amor, as dores no peito estremecem almas perdidas e confundidas, mas tal qual ciúme e a brandura de um mesmo coração correndo perigo... (Paulo Zamora)
E este mesmo perigo alucina-me , colocando em perigo os meus sentimentos imaginários, sonhando com a possibilidade de um dia senti-la em meus sonhos, mas tudo passa... (Alex F. Soares)
Fui embora deixando tantos poemas de amor, e você participou como fada na minha história, onde sofri de uma forma irreparável; onde vou estar com o passar dos anos? Distante de você? Ou ainda procurando reacender imagens lindas do nosso eterno passado... (Paulo Zamora)
Impressionado comigo mesmo, não consigo viver sem ao menos imaginar que um dia viverei sem pensar em seu cheiro demasiado que me fortalece, e ainda mais quando tenho a impressão que você viveu em minha vida... (Alex F. Soares)
Em que você está pensando? Nesse tempo? Noutras épocas em que esse amor estava presente em você? É amor imperativo, comumente; passivo e fraterno amor; lembre do seu coração e da emoção de encontrar alguém para amar. Um dia ainda vou te encontrar... (Paulo Zamora)
Três Lagoas 03 de Março de 2009
A pureza de uma amizade verdadeira
A pureza de uma amizade verdadeira nem sempre é vista por aqueles que estão ao lado de quem nunca mede esforços para fazer o possível, e quem sabe até mesmo o impossível. Pra que dar amizade a quem não acredita nela? Primeiro temos que acreditar e depois falar dessa amizade como sendo importante, porque é assim; importante.
Amizade verdadeira não se confunde.
O amigo acredita em você.
Alguns preferem nos fechar em uma caixinha do que abrir o coração para nos entender.
Quando a solidão bate a gente precisa de um amigo.
Quando você não encontra a quem conversar sobre os seus assuntos mais pessoais, então; você procura um amigo, sabendo que ele é a pessoa certa para entender você; e quando você vê o perigo à sua frente, alerta, aplica conselhos; porque grandes amigos podem ser eternos...
A pureza de uma amizade eleva nossa personalidade, o amigo verdadeiro é uma referência em nossa vida, é alguém com quem sempre se contar, porque seu coração é grande em compreensão; e quando feri-lo por motivos banais, permita a você ver as realidades do que é este sentimento; não tem como ser amigo de quem não o considera, você quer como amigo alguém que se importe; e que acredite em você; na sua amizade verdadeira.
(Escrito por Paulo Zamora em 01de Março de 2009)
Suas maldades
Eu nunca mais vou esquecer essas maldades vindas de ti. Me olhe de olhos fechados, sei que você pode; perdoe das vezes que implorei para você ficar comigo, isso não se chama amor, e no mundo não existe somente você, meu anjo que se perdeu...
Outro instante que não impossibilita de pensar na sua pessoa. Na verdade você nunca me quis, e se amou escondeu de mim; ao me redor nada vezes nada, estou vagando pelo infinito, o tempo que fiquei contigo foi somente tempo perdido; nem as declamações tocaram seus pensamentos.
Eu juro que nunca mais vou esquecer essas maldades, infantilidade, destrutivo, incapacidade da minha parte, você não gosta do meu olhar, tampouco do meu beijo, será que é mesmo assim? Posso estar equivocado, magoado no momento, mas eu nunca mais, nunca.. nunca mais vou esquecer essas maldades que fez comigo.
(Escrito por Paulo Zamora em 24 de fevereiro de 2009)
Amor com princípios
Se você se voltasse e me tocasse meu corpo iria estremecer; iria contra todos os meus princípios, seria descontrolado e pensaria somente no desejo.
A mesma chama arde me nós dois, vencer a quem se tudo fosse realizado? Os raios iriam cair nas nossas cabeças, e quando o arrependimento me procurasse para conversar, não teria para onde fugir; meus princípios atingiram-me no momento certo; não deixei a emoção mandar em mim, mas quando continuei carregando você no meu coração era como se tudo fosse paixão impossível, o que na verdade é.
Como poderia eu pensar em você e deixar de viver um momento ou uma emoção prazerosa que se recordaria para sempre?
Fui ao súbito, ao flagelo, ao ponto mais alto e pular para cair entre as nuvens; eu não poderia me guiar pelo sentimento, quando era claro tanto amor por você no meu coração. Se você se voltasse e pelo menos acariciasse a minha mão, não teria agüentado; teria feito amor, e isso faria feliz minha emoção, mas de que valeriam meus princípios? Preferi sair de perto, ficar pensativo por momentos, me arrepender de perder o momento, se é que seria esse o propício momento para esse amor, que teve que se sufocar e mentir que acabou...
Se você se voltasse e me desse um beijo teríamos esquecido dos princípios e hoje viveríamos num mundo desabado; sem frases, sem ninguém por perto, seríamos a própria loucura em vida. Ainda bem que você não se voltou...
(Escrito por Paulo Zamora em 15 de fevereiro de 2009)
As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.
Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.
Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.
Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.
Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.
Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.
Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano.
Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.
Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza, e admiram a dádiva que é ser mulher!
As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.
Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.
Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.
Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.
Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.
Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.
Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano.
Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.
Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza, e admiram a dádiva que é ser mulher!
*
*
*
As escolhas estão em minhas mãos
E o horizonte me oferta caminhos intensos
Escolho o sol? Escolho a chuva ?
Posso escolher! Sou mutante.
A liberdade sopra minha face
Arrisco. Escolho.
Um ponto de vista do mundo
Posso escolher! Sou mutante
Minhas escolhas ...espelho íntimo
Escolhas difíceis. Escolhas fáceis...
Conseqüências...
Sucesso. Fracasso. Sorrisos. Lágrimas
Portas se abrem...Portas se fecham
Rotas confusas, caminhos áridos
Caminho só ou caminho acompanhado?
Não há definitivo. Há escolhas
Medo, angústia! Sonho, atrevimento
Errei? Traço novo rumo
Acertei? Champanhe à todos
Não há definitivo. Há escolhas.
Enviado por Joaninhavoa em Qua, 25/02/2009 - 01:06
*
PESADELO
*
Consegui rir.
Se fosse preciso dizer de que me ria
ou qual o motivo não saberia
Na minha imaginação
apenas se sucediam em repetição
imagens tuas! Soltas
Calmas melodias nuvens turvas
confusas
O meu desejo era dormir.
Sem me dar conta
Já te tinha em mim e sentia a urgência
Em dizer-te “O quanto
e como te amo”.
Abrandei na respiração
Controlei a pulsação e simulei ao relento
Uma chuva de pontapés em todas as direcções
Por fim saí para a rua
Veio-me um cheiro forte a excremento
de cavalo salpicado no passeio
Ofereci socos às portas
Esfolei os nós dos dedos nas fachadas
E gritei numa cólera incontida
De só querer a verdade!
Joaninhavoa
(helenafarias)
25/02/2009
Publicado no Recanto das Letras em 25/02/2009
Código do texto: T1451218
Dedicado a J. Sempre me ensinaram que anjos têm asas, mas agora sei que isto não é verdade. Anjos também sofrem acidentes, caem e se machucam. Mas eu sei que você vai superar tudo isto, minha querida, e voltar a pisar com seus lindos pés este chão que é abençoado com seus passos.
- Mais alguma coisa, Barão?
Respondi negativamente, com um gesto. Pedro, meu mordomo de tantos anos pegou suas malas e saiu da mansão vazia. Olhei para aquelas paredes que antes estavam tão repletas de quadros, aqueles cômodos outrora adornados por móveis caros... Agora vazios. A mansão, herança de meus antepassados que agora pertencia a outra família, novos ricos que investiam nessas velhas mansões que resistiam ao tempo, à especulação, fomentavam sonhos e sofriam com o alto valor do IPTU.
Além do mais, minha antiga mansão precisava de empregados, e eu já não podia mais contratá-los. Aos 98 anos, só me restava partir como fizera Pedro. Mas a partida de Pedro tinha um destino traçado por sua aposentadoria. Quanto a mim, iria me aposentar da vida. Aproximei-me da janela e vi o mar lá embaixo. Uma linda vista para a praia particular que já não me encantava como antes, em minha infância e juventude. Em minha juventude antes de encontrá-la.
Sim, antes de encontrá-la. Foi um único encontro, e desde então eu quero que ele se repita. Ela me prometeu que viria me buscar, e cá estou esperando. Por isso, deixo a mansão e vou até a praia. A lua se reflete nas águas escuras do mar que, revolto, se choca contra a areia. Deito-me distante, recostado numa pedra, triste porque sei que ela não virá. Prometeu que viria me buscar, mas minha esperança de que sua promessa iria se cumprir, é em vão. Qual a razão de tornar a ver este velho, ela que está tão jovem e linda como antes? Sim, como naquela época...
Eu tinha vinte anos, naquela época, e estava no Rio de Janeiro, participando de um réveillon e gastando em demasia a fortuna de meus pais, como sempre fazia. O baile no grande hotel estava animado, com figuras de escol, todos bem vestidos. Lindas damas, gentis cavalheiros, nobres decadentes, empresários espertos, políticos corruptos, agiotas rapaces, toda a elite brasileira e estrangeira se encontrava comemorando a passagem de ano. Eu já havia beijado e agarrado em segredo mulheres casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, ou seja, tudo aquilo que é permitido a um descendente direto dos primeiros colonizadores da nação.
Uma donzela, filha de paulistas produtores de café, flertava comigo a todo instante. Esperei a hora certa de agir. Quando a moça olhou para mim e se dirigiu ao corredor que, naquele momento estava deserto já que todos se reuniam como gado nos últimos minutos do ano velho, percebi que deveria agir. Eu a segui com dificuldade, abrindo caminho entre a multidão de felizes e embriagados foliões. Já a perdera de vista e temi que não a encontrasse mais. Finalmente consegui ter acesso ao corredor, mas não a vi. Andei lentamente pelo corredor, sem ver a donzela. No caminho, encontrei seu lenço caído no chão. Percebi que uma surpresa não muito agradável poderia estar à espreita. Dei mais alguns passos, quando ouvi um gemido vindo atrás de uma das portas fechadas. Auscultei com atenção. Uma voz feminina tentava gritar por socorro, mas estava muito fraca. Tomei coragem e empurrei a porta, conseguindo abri-la.
A donzela estava desfalecida nos braços de uma garota vestida de negro. Fiquei estupefato, a princípio, mas depois fui tomado pelo horror. Do pescoço da donzela jorrava sangue, sua jugular fora atingida por algum objeto cortante. Então, com maior horror, notei que o corte partira dos dentes da outra garota. Recuei alguns passos. A garota largou o corpo da donzela, que tombou ao chão, e literalmente voou até mim. Caí para trás, ao chão, quando a garota me pegou pelo pescoço com a mão direita, enquanto sua mão esquerda amparou minha cabeça ao segurar minha nuca. Fiquei estendido no chão do corredor, com a garota sobre mim.
Foi assim que eu a conheci há mais de setenta anos. Ela me olhou profundamente. Seu corpo era esguio, ágil e leve. Sua pele morena e suave, as mãos, que seguravam meu pescoço e minha nuca, firmes. Os braços compridos e fortes. As pernas também fortes, as ancas discretas. Cabelos curtos e castanhos. Os pequenos seios comprimiam meu peito. Olhei diretamente em seus olhos. Eram negros como a noite. Nunca havia visto olhos de um tão belo negror. De sua boca, onde dentes alvos e perfeitos sorriam ironicamente para mim, exalava um aroma de morangos silvestres. Seu corpo tinha o cheiro do mato molhado que, na fazenda de meu pai, tanto alimentava meus sonhos infantis.
- Vale a pena deixar que você morra em meus braços? ela me perguntou com sua voz grave, mas com uma docilidade infantil.
Eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Fiquei extasiado com a beleza daquele ser misterioso. Ela me largou e se ergueu agilmente. Levantei-me também e, num gesto ousado, segurei-a pelo braço.
- Quem é você? consegui perguntar.
Ela me olhou como um felino. Desvencilhou-se de mim, mas eu tornei a segurá-la.
- Me solte! ela ordenou.
- Então, me diga quem você é. insisti, largando seu braço. Ela caminhou até a janela, e eu pensei que iria fugir. – Por favor. pedi. – Me diga quem você é.
Ela tornou a me olhar, veio até mim e me abraçou. Disse-me:
- Sua vida não existe. O que você faz é arrastar-se por este mundo ilusório. Mas você pode viver novamente.
Neste momento, ela me deu um beijo ardente no rosto e depois na boca. Apertei-a fortemente. Nunca tinha sido beijado daquela forma. Foguetes estouraram, gritos animados explodiram, pois chegara o novo ano. Não sei quanto tempo se passou, mas ouvi que algumas pessoas estavam vindo ao nosso encontro. Ela abriu os olhos negros. Quando nossos corpos se separaram, ela tornou a caminhar até a janela.
- Não vá. tornei. Apontei para o cadáver da donzela, estendido no outro cômodo. – Eu posso dar um jeito nisso.
Ela sorriu para mim.
- Você está tão morto quanto ela. disse. – Mas você pode viver novamente. E quando for morrer de verdade, virei te buscar.
Terminando de dizer estar palavras, saltou pela janela. Fiquei desesperado, imaginando que se suicidara. Estávamos quase no terraço do grande hotel. Mas, quando cheguei à janela, eu a vi voando... Sim, voando ela fez um rápido vôo contra a claridade da lua e desapareceu no manto da noite.
Gritos me despertaram de meu torpor. Acharam o corpo da donzela, as pessoas outrora alegres pela chegada do novo ano, estavam aterradas. Fui forçado a responder uma série de perguntas. Fui conduzido à delegacia, tive que lá voltar várias vezes, mas após algumas semanas minha inocência foi comprovada e me deixaram em paz.
Assim me lembrei das palavras de minha amada. Eu estava morto sim, pois tinha uma vida dependente dos sucessos de meus pais. Mas poderia viver novamente. E assim terminei meus estudos, formei-me, fui dar aula de filosofia num seminário e depois numa faculdade que acabou sendo incorporada, posteriormente, a uma universidade federal. Casei e tive filhos. Viajei pelo mundo. Mas meu único objetivo era reencontrar aquela garota. O tempo ia passando para mim, deixando suas marcas. Herdei uma fortuna de meus pais. Fiquei viúvo aos 59 anos. Quando ultrapassei os setenta anos doei meus bens a meus filhos, à exceção da mansão onde vivia, buscando evitar para eles o martírio de um inventário.
Estava me acabando, e não a via mais. Sempre olhava para a lua, sabendo que em algum lugar deste mundo ela voava contra sua claridade. Sabia que ela era a personificação do amor, mesmo sendo uma criatura sombria. Eu a amava mais do que tudo. O que importa se era um ser noturno? Ora, a claridade da lua só pode ser vista à noite, mas ela pertence ao sol que lança seus raios luminosos contra este frio satélite. E esta claridade lunar inspira histórias de amor e, claro, de lobisomens. De seres perdidos como eu. Eu estava perdido sim, pois minha vida, embora recuperada, não era completa sem aquela garota que eu encontrara há tantos anos.
Dissera para mim que viria me buscar quando eu fosse morrer de verdade. Por isso estou nesta praia. Já não tenho mais nada. Como eu disse, doei meus bens para meus filhos, exceto a mansão onde vivia, mas que agora eu a havia vendido porque não poderia levá-la para o túmulo, e depositara o dinheiro na conta bancária de meus netos. Dispensara os empregados, após lhes arrumar colocação em outras casas e empresas. Meu mordomo Pedro conseguira se aposentar. Tudo estava em ordem, mas eu não conseguia morrer assim, feliz, já que esperava por ela e ela não vinha.
Aqui estou olhando as vagas do mar que choca contra a areia da praia. Não me incomoda a pedra sobre a qual estou recostado, pois minha dor pela saudade é maior do que a dor que a pedra impinge a este corpo de velho. A lua está lá, como sempre, iluminada pelo sol. O mar negro se agita. E eu aqui, sozinho, sabendo que minha hora chegou, mas a promessa dela não será cumprida.
Neste momento de desespero, desesperança e descrença, sinto um toque de uma forte mão em meu ombro. Ergo os olhos e a vejo, jovem e linda como antes. Sorri para mim, seus olhos negros brilham em contraste com a lua.
- Eu não disse que viria? ela diz.
Sim, neste momento único ela cumpriu o que dissera no dia em que eu encontrei o verdadeiro amor. E agora posso também cumprir meu destino, tão diferente do dela que é viver para sempre, mas o cumprirei em seus braços. Sua mão roça meu ombro, e ela, ao voltar, me deu a paz.
Meia noite...
ao meu quarto me recolho
atrás de portas fechadas
quero um refúgio que seja seguro
quero a floresta em lugar da cidade
eu quero uma casa no campo
onde eu possa ficar do tamanho da paz
e tenha somente a certeza
dos limites do corpo e da alma
no meu jardim
Eu quero o silêncio!
à luz de velas acesas
ali respirar o amor, sinceridade
não vai ser em vão;
pelo menos sonhar acordada...
Ah!
A alegria de viver momentos lindos
De estar com amigos
De viver o amor
Que me encanta e me mantém atenta
Que me atenta a alma e acalenta o corpo
Que ensandece e estimula
A alegria de viver!!!
.
.
.
Todo o movimento
Do pensamento que busca a saudade e encontra
A felicidade
.
.
.
Sou aquela que busca
Procura
E jamais se contenta
Com portas fechadas
Corações amarrados
Perguntas pequenas
Quero o todo
O logo e o eterno
Quero perto quem me ama
E mantenho à mão meus inimigos
para praticar um pouco de sadismo
Mesmo que as mágoas se tornem muitas
Quero sempre a alegria
No dia-a-dia quero ser
Eu mesma e os outros todos
Que possam permanecer
na minha história
Que escrevo de quando em quando