Você se inclina em minha direção.
É quase um beijo, sua respiração.
Seu braço impetuosamente cruza a mesa.
Quem dera a desculpa fosse me alcançar
E não a sobremesa.
Você olha meus lábios,
Explora minha pele.
Mas nesta noite o amor cheira a "jamais revele".
Sua voz tem ritmo;
Suas palavras, faíscas.
Você se declara aos pedaços, apenas iscas.
Não precisa dizer nada,
Eu já sei.
Mas permita-me, ao menos, escrever um poema dessa vez.
Meu amor, quando você terminar,
Despeça-se de mim como eu mereço.
Meu amor, quando o amor terminar,
Aceito e cedo ou tarde esqueço...
Meu amor...
Você é real,
Você é cruel,
Você é incrível...