Pés

Foto de Xaverloo

A Secessão dos Erros

#
#
#
#
Sem tocar os pés no mesmo chão
Sem mais os mesmos
Sem mais palavras
Apago dissilábicas que

A marram
M altratam
O bscurecem e
R asgam o peito de quem se atreve a acreditar.

Deixo-as apagadas para não destilar os vícios da velha linguagem
Que impregnam canções e poemas.
Agora escolho redestinar meus olhos
Redesenhar as curvas do caminho
Pintar o céu de outra cor
Pois me cansei do azul.

E faço a hora de sem mais ou menos
Sem incertezas
Sem tropeçar em letras que

A marram
M altratam
O bscurecem e
R asgam o peito de quem se atreve a se entregar

Resistir ao ópio de toda linhagem humana
Que em quatro letras escraviza.

Xaverloo

Foto de Carmen Vervloet

Canção da Vida

Cantei... Cantei... E pensei ser eternamente feliz...
Andei por caminhos cobertos por flores
nos palcos da vida sem me fazer de atriz...

Sonhei... Sonhei... Pisei o destino com meus pés de acaso...
Enxerguei a vida com todas as cores,
levitei sobre o mar, o sol, o arco-íres, o ocaso...

Sorri... Sorri... Bebi alegrias, sorvi felicidade,
envolvi-me com o manto do infinito,
nos fios do tempo tecendo amizades...

Sofri... Sofri... Na longa jornada desta vida...
Sepultei tantas vezes meu coração aflito,
mas caminhei sem nunca desistir da lida.

Chorei... Chorei... Senti a dor sem me fazer de duro,
enfrentei de peito aberto todos os conflitos,
sorvi com delícia tudo que era puro.

Foto de CarmenCecilia

PARIS É UMA FESTA...FOTOGRAFIA E HOMENAGEM

Paris é uma festa é uma homenagem a Cidade Luz e ao grande amigo arquiteto e fotógrafo Roberto Matheus por seu aniversário.

Fotos magníficas e de uma beleza ímpar. Um verdadeiro cartão postal dessa cidade maravilhosa.

E o que diria Ernest Hemingway:

Sem a intensidade da paixão,
a vida é, sem dúvida,
uma cilada cujo limite
é a comodidade,
cuja verdade
é o medo de ir demasiado longe"

Ernest Hemingway

Sans l'intensité de la passion,
la vie est sans aucun doute
un piège dont la limite
est la commodité,
dont la vérité
est la crainte d'aller trop loin "

Ernest Hemingway

Magnifique!
La vie est belle, Paris est une fête!

Carmem Cecilia

"Uma viagem não se inicia quando se cai na estrada e não termina quando se chega ao destino estabelecido. Ela começa muito antes, e na prática nunca termina. Já que a fita magnética da memória continua girando na cabeça".
(Ryszard Kapuscinki)

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
(Amyr Klink)

Foto de Arnault L. D.

A dama a quem devoto

Olha só, teu campeão ferido,
trôpego de lutas e em farrapos.
Esperando só te ver sorrindo,
armadura, arruinada, em trapos...

Sou assim, um cavaleiro errante,
a defesa da honra da dama,
mas, se encontra o bravo tão distante,
que apenas ele ainda a ama.

Mesmo assim, o apaixonado enfrenta,
justa inglória e duelos tantos...
No ostracismo, as vezes desalenta,
mas não rende-se, é como os santos.

A donzela, nele nem mais pensa,
mas a ela, zela a jura que fez.
A lágrima que cai e mais densa,
que todo sangue que ver-te em sua tez.

Sou o teu cavaleiro em pedaços,
a manter-me a ti fiel e nobre,
magro e marcado pelos aços,
Se me veres, vês somente um pobre...

Mas deixa assim pensar, a ignorar.
Cala em si, em segredo quem era,
segue sendo tal desconhecido...
Mas feliz, pois seu riso fizera.

Sou assim, teu campeão ferido,
a tombar por teu reino grandioso,
por amor, findo e não sou rendido
se morrer... Jardim farei viçoso.

Pois, meu corpo será ainda teu...
Para ti, fará a terra fecunda,
ao verde e à relva trarei apogeu,
grama fina, que a teus pés se afunda.

Foto de Allan Dayvidson

SÓ POR HOJE

"O último poema de uma coleção pessoal que chamei de Brainstorms... Este resume bem o que tentei falar nos outros... Viver, experimentar, não analisar cada aspecto separadamente para tentar se sentir menos vuneralvel. Não estou falando sobre existencialismo integral, sem pausas, sem reflexões, mas, sabe, é a vida, todos somos vuneráveis à ela... De vez em quando, apenas viva... "

SÓ POR HOJE
Por Allan Dayvidson

Estar ofegante me lembra que respiro.
A febre me remete a chuvas e delírios.
Quero chegar sem reservas bem perto do real.
Quero o presente como prato principal.

Uma vida em repouso na segurança de dissecar,
mas você é um quebra-cabeça que não pretendo remontar.
Não vou etiquetar cada fragmento do aqui.
Quero o melhor de tudo isso até hora em que acabar.

As cicatrizes podem pesar como arrependimentos
e, de repente, tudo que tememos é nos ferir.
As cicatrizes podem pesar como arrependimentos,
mas preciso seguir...

Sempre na ponta dos pés para não pisar em tristes memórias,
mas hoje o que quero é não me preocupar com velhas histórias.
Posso traçar cada caminho para perto ou para longe de você,
mas hoje não é definitivamente algo que eu queira prever.

Minha alma espreitando por cada porta entreaberta,
esquecendo que viver, em geral, não tem hora certa.
Quero ver este dia para além das frestas.
Estou cansado de viver limitado ao que resta.

Eu quero ter tudo!
Tudo agora, tudo aqui.
Quero sorrir e chorar!
Só por hoje,
começo e fim.

Foto de Allan Dayvidson

APENAS SER

"Jamais peça permissão para existir..."

APENAS SER
Por Allan Dayvidson

É hora de encarar fatos,
De parar de medir palavras
E dizer o que há muito tempo já falava.

Não dá para continuar na ponta dos pés.
Há tanto a ser alcançado na estrada,
Mas não dá para abandonar mais nada

(Não deixe seu coração para trás...)

Tendência cruel,
Essa de viver para nunca decepcionar,
Existir para sempre ceder seu lugar.

Agora, devolvo seu nome,
É o momento de sentir sua própria fome,
De viver o sentimento que nunca some

(Agarre sua liberdade...)

Prepare-se para sangrar,
Mas, dessa vez, você escolhe pelo que lutar,
Dessa vez, você é seu próprio lugar.

Nunca é tarde, nunca é desperdício,
Nunca é fácil.
Mas nada pior que viver como um triste cão dócil.

(Escute atentamente ao que você mesmo diz...)

O não dito importa.
Numa lâmina cega, só você se corta.
Então, nunca feche seus olhos
Para o notório em seu coração.

Não mate as palavras que pretende pronunciar.
Não sufoque o ar que gostaria de respirar.
E acredite em mim,
Um dia,
você estará pronto
Para apenas... ser.

Foto de Allan Dayvidson

NOVAS AMARRAS

"Às vezes, tudo que precisamos não é acertar, mas cometer erros novos..."

NOVAS AMARRAS
Por Allan Dayvidson

Perto demais para enxergar,
tudo que vejo são borrões familiares.
Pareço voltar ao mesmo lugar
enquanto os anos passam aos milhares.

Não posso continuar preso aos mesmos círculos,
encarcerado em uma vida que não me pertence.

Estou sempre sob o mesmo céu,
aquele do qual a queda é inevitável,
aquele onde as estrelas não dizem nada,
e a disposição das nuvens é sempre estável.

Não posso continuar chorando as mesmas lágrimas,
implorando para ser nocauteado de vez.

Não quero passar por tudo isso novamente.
Não quero colocar meus pés sobre velhas pegadas.
Não irá acontecer como sempre aconteceu.
É o momento de quebrar os velhos padrões da estrada

Da próxima vez, serei surpreendido
por novas feridas para tratar
e novas amarras em minhas ataduras.

Da próxima vez, serei destemido
e não apenas indolente ao lutar.
Mas não usarei armaduras.

Foto de Carmen Lúcia

Morada da poesia

Ainda não sabia de poesia...
E seus olhinhos percorriam a fantasia.
Tudo podia...
Estar aqui ou alcançar estrelas
e sem nenhum esforço, conseguir tê-las.

Ainda não sabia de poesia...
E de seus passos, a mais linda coreografia,
de sua alma a expressão que traduzia
naquela dança, a vida que em si surgia.

Ainda não sabia de poesia...
Fixava seus olhos no desabrochar da flor
e a via pequena, gigante, de toda cor.
Nenhuma outra magia a tiraria desse torpor...

Ainda não sabia de poesia...
Seus pés descalços na água do mar
transformavam sal em açúcar
e as ondas brancas, golfadas de algodão-doce,
batizavam seu corpo de menina e moça.

Percebeu a poesia...
Ao descobrir o descompasso de seu coração.
Pulsações irreverentes, batidas diferentes,
e no papel
registrou o que sentia...

Sentiu a poesia...
Descobriu sua morada.
Por todos os cantos, recantos,
encantos e desencantos.
Viu-se cercada...

E a poesia mora
na lágrima que rola,
no sorriso que esconde a dor,
no riso anunciando amor.
No botão que se transforma em flor.

Ela está por toda a parte.
Basta apenas perceber
e do estado latente,
fazê-la acontecer.

_Carmen Lúcia_

Foto de Cecília Santos

Diz pra mim

Diz pra mim, qual é a cor dos seus sonhos.
A cor do seu riso, a cor do seu pranto.
Diz pra mim, se o seu céu é mais azul.
Se sua alegria é como um arco-íris.
Se seus pés tocam o chão, deixando rastros macios.
Diz pra mim, se as suas estrelas são mais brilhantes.
Se o seu sol tem mais raios e fulgores.
Se o amor no seu coração é amor que o meu.
Diz pra mim, gostaria de saber...
Pois pra mim, tudo perdeu o sentido e a cor.
Não vejo mais o céu colorido.
Não sinto mais a mesma alegria, tudo é sem graça e vazio.
Diz pra mim, quem canta ao seu ouvido, quem te faz um carinho,
quem te diz eu te amo!
Permita-me ser uma alma viajante, alar meus os sonhos pra chegar
até o seu céu.
Deixa-me ser a paz de ser capaz, de te levar minha ternura.
Deixa-me ser o amor pra contigo ficar.
E pra sempre no seu céu, contigo morar.

SP/06/2011*

Foto de Carmen Lúcia

Vendo o tempo se perder

Ter que ficar, querendo ir,
sabendo que o tempo passa veloz
ou que velozes, por ele, passamos nós,
nostálgica sensação de não ter sido,
não ter tido, não ter ido...
Em vida, morrido.
Querer voar tendo os pés plantados,
apenas idealizando um futuro
que já pertence ao passado...
Perdendo-me em irrealizações,
tempo longínquo arcado de esperas,
trazendo o presente carregado de quimeras.

Hoje, estrada curta pra tão longa caminhada,
aspirações tamanhas esboçadas
em avenidas traçadas rumo ao sol,
por tudo o que deveria ter andado,
não fosse o peso das asas quebradas,
arrastadas por dias ausentes de arrebol
e o arrependimento de não ter ousado,
não me ter ao mundo atirado,
não me ter perdido e me deslumbrado
sentindo as vibrações do inusitado,
vivendo a intensidade dos momentos
cabíveis aos sentimentos mais profundos.

_Carmen Lúcia_

Páginas

Subscrever Pés

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma