Perfume

Foto de Rodrigo Lima

Sou do Olhar

Sou do olhar
Ando pela noite
A mão na tua perna
Desço e subo no teu coração
Carinhoso da emoção
Triste da razão
Sempre vou lembrar da madrugada
Janela entreaberta
Corre, pega água
Geladeira com os pés descalços
Luz da cozinha, abraço nu
Beijo descabelado
Corre para cama
O perfume da tua pele no ar
E sorriso de êxtase
Acabou? Dorme aqui
Deita no meu ombro
E me chama de teu amor

Foto de Arnault L. D.

O corpo do beijo

Quando meus lábios tocaram
a pele de seu rosto,
o canto de sua boca,
meus olhos se fecharam.
Por não precisarem ver, sabiam...
A ideia... Apenas uma.
Os pensares resumidos ao beijo.
A abandonar-me a cada sentir
de suas mãos e minhas mãos,
costas, seios, desejo e calor,
perfume, cabelo e detalhes.
A se unir, fundindo-se aos meus.
E o beijar não mais beijava, era mais...
Tocava-lhe a alma e a minha se perdeu.
Entre a doce fome de amores
a nos devorar e servir...
E não mais a queria,
pois era você, eu, em simbiose...
Apenas eu, ou você, tanto importa
nos resumindo num outro, em único.
Em catarse, fui o prazer de sentir
e o responder de seu prazer.
beijando como se amamenta... Faminto.
Negando de toda filosofia,
de todo entendimento e ego.
Eu era apenas aquele que a beijava
e mais, eu fui o próprio
e só... O beijo,
o corpo do beijo.

Foto de Carmen Vervloet

Campo de Girassóis

Hoje as folhas se espalham sobre o caminho
mas, o ar ainda guarda um perfume de primavera...
De mãos dadas como dois românticos velhinhos
continuamos a almejar nossas infindas quimeras.

Deixamos para trás mágoas que oprimem,
coisas inúteis que sobrecarregam a caminhada...
Os nossos olhos o amor maduro exprimem
mesmo que nossas bocas fiquem caladas.

Um campo de girassóis abre-se à nossa espera,
sinal de que não importam as rugas da face...
No inverno ainda se colhe primavera
desde que permitamos que o sonho nos abrace.

Foto de MarcosHenrique

A Flor Exaurida


(Soneto decassílabo)

Gracioso, tão lindo, meu baluarte.
Amor tão sublime, desejo obter.
Trouxera a maré do mar do viver.
No agora e no eterno, desejo amar-te.

No campo, tu és flor, na cascata, espuma.
Olhei ao redor, meu sol apagou,
Foi só perceber, tua luz me deixou.
Razão p'ra dizer, efêmera bruma.

A flor que antes um perfume exalou,
Murchou, caída em terra, esvaiu-se a vida.
E agora, seu cheiro acre é-me um ardor.

Teu amor é essa flor homicida,
Matou a si, em sua dor, me levou.
Um dia viver, essa é minha lida.

Marcos Henrique

Foto de Vanda Raimundo António

Falta de um amor

Hoje senti a falta de um amor
Um amor que me faz acreditar
Um amor que me deixa ansiosa
Um amor que me dê aquele friozinho na barriga
Um amor com um tom de Perfume
Um amor que me faz sorrir e chorar
Hoje senti falta de um amor
Hoje senti a falta do amor que senti por ti!!

Foto de Carmen Vervloet

Chuva de Lembranças

Como é bom ter olhos para ver o mundo!
O céu nublado, olhado de um jeito profundo,
escoando chuva miúda, límpida, fina...
Regando meu amado jardim, com água tão cristalina!
O verde relaxante das folhagens que vem e vão
contrastando com flores coloridas que gratuitamente se dão...
Flores e folhagens unidas num perfeito casamento,
embalando sonhos lindos, trazendo a tona latente sentimento.

Volto ao tempo de infância
e a chuva, as flores, o cheiro de terra molhada,
me trazem a saudade, o perfume, a fragrância
dos tempos felizes de criança, vividos na casa caiada.

Vejo-me a caçar borboletas...
O riso fácil, os pés descalços pisando a lama macia!
Ouço a voz de mamãe: “Menina sem juízo, vais ficar doente”!
E a voz de papai, que para ouvir novamente tudo daria:
“Velha, deixe a menina, isto faz bem, ela está contente”!

E nas noites bordadas de chuva,
papai, velhas histórias de família, a contar...
E eu agachada a seus pés, excitada,
com os olhos quais raios de sol a brilhar,
queria saber de tudo, queria eternizar o momento,
para sentir da sua voz o calor...
Que no frio da minha terra me aquecia com amor.

E em cada gota de chuva, que cai no meu jardim,
lembranças de momentos vividos
brancos, imaculados como o jasmim.
Momentos de ternura que voaram ligeiros
como os pássaros que agora da chuva querem se abrigar...
Momentos de aconchego
que só o calor de uma família feliz pôde dar!

Momentos que no tempo passaram...
Mas em mim eternamente ficaram...
Momentos do passado, mas que em mim estão presentes...
Momentos que me questionam,
quando num futuro ameaçador penso estar ausente.
Tantos momentos felizes,
incontáveis como as gotas de chuva
que agora o céu escoa...
Momentos cristalizados no coração da menina
que continua correndo atrás da borboleta esperança que voa...

Foto de vadowisa

De olhos fechado

De olhos fechados vi seu rosto angelical
No meu corpo inerte senti seu suave toque
Um perfume divino dominou o meu ofato
Tal convidativo cheiro vinha de voce
Deitado na cama te vi em cima do meu corpo
Desprovida de roupas te vi como veio ao mundo
Vi muito alem da nudes do seu corpo
Pois sua alma tambem estava nua
E vi como e grande o grau de pureza do seu espirito
Com um beijo me conectei a voce
Senti sua energia fluir na minha pele
Tudo era tao perfeito simplesmente maravilhoso
No meu ouvido voce veio sussurar
Te amo te adoro mas esta na hora de acordar
De olhos abertos despertei e no despertar voce se foi
De volta a realidade continuo na batalha para te conquistar
Sonhar com a pessoa que se ama acalma a alma conforta o coração
E por isso que luto para meu sonho realizar
E com voce minha amada um dia irei de ficar

Foto de Marilene Anacleto

Madressilvas para Alexandra

Ah! Que perfuuuumeeeee!

Dançam as perfumadas asas
Dos silfos e leves fadas,
Convencem o sopro do vento
A sacudir meus sentimentos.

Quantas flores! Tanto perfume!
Não há manhã nem noite
Que deixe de me aproximar,
Agradecer, saborear
O seu perfume da paz.

Branquíssimas e bem seguras,
Amadas dos beija-flores.
Passa o tempo, amadurecem,
E caem por terra, de amores.

Antes que cheguem a cair,
Amarelecida de olores,
Um chazinho com três flores,
E os beijos dos beija-flores.

Foto de Delusa

Cavaleiro errante

Meu cavaleiro errante
Tua espada é o vento
Teu cavalo o pensamento
Que te leva tão distante
Nessa longa caminhada
Em teu cavalgar ofegante

És o cavaleiro errante
Numa longa cavalgada
E nesta teia que me visa
Eu fiquei apanhada
Envolta na tua brisa
Sou a princesa encantada

Brisa do meu pensamento
Alívio de uma dor
Teu perfume de flor
É mezinha do meu tormento
A chave do meu sentimento
É o teu verdadeiro amor

Delusa

Foto de Paulo Gondim

Cordel absurdo

CORDEL ABSURDO
Paulo Gondim
13/0/08/2011

Naveguei os sete mares
Com remos de girassol
Corri quase duas léguas
Num jogo de futebol
Vi você naquela rua
Se desviando da lua
Que quase encobria o sol

Tomei um chá de cebola
Me banhei na camarinha
Um sujeito me acordou
E perguntou o que eu tinha
Disse a ele: tava sujo
Fedendo mais que sabujo
De ciúmes da vizinha

Deixei o barco na praia
Os remos botei num vaso
Olhei a lua no céu
Cai num buraco raso
Nem era dia nascido
Sai dali escondido
Escapei por mero acaso

Foram três dias de luta
Acabei num cemitério
Na festa de aniversário
Do coveiro Eleotério
Mais de três almas penadas
Andavam pelas calçadas
Desfazendo seus mistérios

A vizinha quando soube
Que dela tinha ciúme
Foi falar com o coveiro
Que lhe vendeu um perfume
E perguntou pela lua
Descoberta, quase nua
Quebrando qualquer costume

Aquele chá de cebola
Me fez doer a barriga
Vi a nudez da vizinha
Que vive a fazer intriga
Comprou três cachorros pretos
Pendurou em dois espetos
E o milho já deu espiga

Eu parei de navegar
A vizinha foi embora
Os cachorros se afogaram
Um morreu de catapora
O coveiro ficou surdo
Com esse verso absurdo
Que chegou fora de hora.

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