(Soneto decassílabo)
Gracioso, tão lindo, meu baluarte.
Amor tão sublime, desejo obter.
Trouxera a maré do mar do viver.
No agora e no eterno, desejo amar-te.
No campo, tu és flor, na cascata, espuma.
Olhei ao redor, meu sol apagou,
Foi só perceber, tua luz me deixou.
Razão p'ra dizer, efêmera bruma.
A flor que antes um perfume exalou,
Murchou, caída em terra, esvaiu-se a vida.
E agora, seu cheiro acre é-me um ardor.
Teu amor é essa flor homicida,
Matou a si, em sua dor, me levou.
Um dia viver, essa é minha lida.
Marcos Henrique