Pele

Foto de Rosinéri

TRAIDA EM PENSAMENTO

Teus olhos cor do mar
Me encantaram quando os vi
Teu cabelo cor da noite
Me veio ensombrar a vida

Vivo esta paixão doentia
Toda a noite e todo o dia
Não consigo tirar-te da mente
Desde o primeiro dia

Ao sol recordo tua pele
Bronzeada e tão macia
Á noite quando me deito
Sinto um cheiro que inebria

Sei que me amas
Sei que me queres
Mas sinto que pensas
Nas outras mulheres

Recorda o momento
Em que escrevo este poema
Pois será o primeiro dia
Do resto das nossas vidas.

Deitada no nosso leito
Com a minha cabeça em teu peito
Sinto que já fui traída
Nem que seja em pensamento.

Foto de pttuii

Eles comem tudo, e não deixam nada

Quase no final de 2008, quem pega nas rédeas da quadriga portuguesa está na casa dos 50 anos. Apeteceu-me dissertar sobre quem já chegou à meia idade, e tem hoje de acordar todos os dias com preocupações de governação. No final dos anos 60, quando o mundo se decidia entre dar a vitória à ideologia do amor, ou abraçar o ‘american way’ conservador de Dickie Nixon, os ‘putos’ que hoje andam de BMW comprados por atacado, eram simples pirralhos. A televisão dava-lhes o ‘Franjinhas’, e o futebol resumia-se a versões infladas do Benfica-Sporting. Nas escolas, as figuras do senhor professor doutor, e do senhor almirante líder da república, abençoavam os meninos, olhando de alto para salas amplas mas cinzentas. Chegou Abril, e os meninos despiram a pele dos filhos de Salazar, e vestiram o destino de reconstruir uma nação. Descolonizar, desenvolver, e democratizar, foram desígnios abraçados, acarinhados. Mas,....a ditadura do mas sempre a mandar na genética Lusa. O Outono de 1975 chegou, e outros ventos começaram a moldar o presente dos nossos actuais preparadores do futuro. Com a adolescência vieram as febres europeias. Na Suécia cantava a dupla Agneta e Frida, que o mundo aprendeu a conhecer como ABBA, e em Portugal o senhor das bochechas mandava os jovens pensar em grande. A gaveta, o tal interminável compartimento para onde foi deitado o socialismo do Barreirinhas e do General Maluco, começou a fechar-se, e outra abriu-se em seu lugar. Agora interessava apanhar o pelotão da frente. A CEE do eixo Paris, Londres e Bona, ganhou laivos de ‘role-model’ no país de Camões. A idade adulta dos governantes do século XXI chegou com uma troca alucinante de ‘Jotas’. Nada de vermelho, tudo de rosa, e cada vez mais de laranja. Nas rádios já arranhava o novo rock português, e o José Cid não nos deixou ficar mal na Eurovisão. Portugal ganhou até um mártir. Em Camarate, o primeiro-ministro que prometeu mudar Portugal perecia, num mar de chamas, e com ele foram a enterrar as esperanças de que o rectângulo que um dia foi de Viriato, poderia no futuro vir a ser um laboratório de ensaio de práticas liberais. Virou-se ao centro. O homem das bochechas voltou, e abriu caminho para o paraíso. Um simples algarvio, que um dia resolveu ir à Figueira da Foz testar o carro novo, saiu de lá líder do partido do futuro. Os últimos 15 anos do século XX, em Portugal, foram de arranque imparável. Ninguém nos segurava. E já ninguém conseguia segurar os ‘trintões’. Vieram os primeiros lugares de responsabilidade, as primeiras concessões aos amigos, os primeiros condomínios fechados comprados a pronto pagamento. Os anos passam, os vícios entranham-se, e hoje os meninos rabinos do ‘flower power’ dominam tudo.

Finalmente, 40 anos depois, a canção do Zeca assenta que nem uma luva àrealidade ‘tuga’.
“Eles comem tudo, eles comem tudo, e não deixam nada”.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Lençóis...pra que ? Due Rozeli Mesquita & Edson dos Santos

Pra que serve lençóis
se jogados ao chão
deixa meu corpo em flerte
num frenesi desajeitado
(Rozeli Mesquita)

e se entro no teu quarto
No ritmo da descompostura
desforro tua cama
para desnudar teu prazer
(Edson dos Santos)

O silencio incomoda
arranca meus gemidos
crava-me os dentes
te deixo entrar em mim
(Rozeli Mesquita)

eu fico todo saliente
e arrebento meus botões
contigo na cama
desconhecemos lençóis
(Edson dos Santos)

Eles, brancos de algodão
na entrega dos nossos corpos
ficam rubros, envergonhados
invejosos ... ficam molhados
(Rozeli Mesquita)

e pela força desse tesão
eu faço qualquer loucura
amoleço teu desejo
quando a coisa fica dura
(Edson dos Santos)

Desvenda-me
Mudo rotas, mudo caminhos
nos lençóis cravo as unhas
Corpos em desalinho
(Rozeli Mesquita)

em ti derramo esse gozo
pelo prazer de contigo gozar
e nesse momento de gloria
eu me perco nesse teu balançar
(Edson dos Santos)

Nos alvos lençóis
Teu cheiro permanece
Denunciam com o gozo
Detalhes do nosso amor
(Rozeli Mesquita)

os lençóis jogados ao chão
enquanto a gente se amassa
e eu penetrando teu corpo
numa sanha profana e devassa
(Edson dos Santos)

Perfeição de prazer
Na pele macia
E as manchas nos lençóis
nosso amor denuncia
(Rozeli Mesquita)

Lençóis...pra que ?

Foto de von buchman

AO MEU ANJO DO PECAR E MEU ETERNO SONHAR...

És meu anjo do pecar e do meu desejar,
assim te qualifico querida...
És a minha eterna paixão,
és minha musa,
o meu eterno amar...

Mui carinhosa e dengosa,
muitas virtudes sei que tens,
e um dia irei explorá-las...

Teu doce coração, mesclado com uma pitada
de sensualidade de teus olhos,
mais a sedução de teus carnudos lábios
e a tesão de teu desejado corpo...
Não demorou muito,
para que eu por ti
viesse a me apaixonar . . .

Envolveste-me com teus encantos....
Foste sutil no teu desejar...
Em cada palavra tua seduziste-me
e levaste-me a te amar...

Hoje olho e vejo o quanto estou a te amar...
Tuas canções de amor...
Teus poemas de sedução...
Ah...Teus versos de paixão, me levaram a um louco desejar...
Aos poucos, fizeste-me teu cativo em meus dias de solidão...
Tento lutar contra meu destino que é um dia a teu lado vir a ficar...
Tudo leva a crer que és o meu sonho e o meu desejar...

Minha paixão, sofro com tua ausência ...
Minha senhora do amar,
vivo na vontade de ter-te e a teu lado ,
em um leito de amor,
vir a me realizar...

És o meu eterno amar...
A cada dia vejo que tomaste
conta dos meus versos e rimas,
que sem você de musa , meus rabiscos
a nenhum lugar iriam chegar...

Que mais posso te dizer, minha deusa?
Que amo te ler...
Viajo no teu versejar...
Em cada poema teu meu gostoso realizar...
E teus poemas eróticos , levam-me ao delirar,
Fecho meus olhos e posso até sentir-te..
O teu cheiro sedutor...
A maciez de tua voz...
O desejar de teu corpo....
A delicia do teu néctar do excitar...
É uma loucura, mas te amo assim,
nada posso evitar...

Não consigo me esquecer do teu primeiro olhar...
Tua voz ecoa no meu peito e me leva a te desejar...
A delicadeza de tua pele é um balsamo para meu amar...
Teu corpo nu sobre minha cama é e será meu eterno desejar...

Minha deusa do erotismo...
Meiga envolvente , sedutora
Fetiche para minha carne e meu amar...
Teus cabelos sedosos se fazem cúmplices
das minhas fantasias e realizações ...
Vem a mim, meu eterno amor,
não me faça tanto te esperar...

Mais uma noite solitária na minha cama vazia ...
Noite de lástima e de lágrimas do meu amar...
Me sacio ao escrever uns versos de amor e paixão,
para seduzir teu doce coração ....
Quem dera que minhas frias noites viessem
a ter o alento do teu corpo e do teu gostoso amar...
Beijos de paixão e meu puro carinho quero te dar...
Não demores meu amor...
Venhas me realizar...

. . . . . . . . . . . . . .
Tenhas meu eterno amar e meu mais ousado desejar...
Beijos e mimos de paixão
de quem nunca poderá esquecer-te
ou deixar de amar-te..
ICH LIEBE DICH ...
do Von Buchman

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" MULHER FLOR"

****
***
**
*
Assim como um
Beija-Flor,
Você,
Cheira-me,
Rega-me,
Apega-se,
Entrega-se.

Fertiliza-me,
Aduba-me!

Cobre-me,
Com cuidados.

Molha-me
Encharca-me
A raiz.

Toca-me
Com as pontas
Dos dedos.

Senti o veludo
De minha pele
Como se fosse,
Pétalas.

Não se intimida
Com os espinhos,
Arrisca-se a
Fazer carinhos.

Descobre a fonte
Do meu néctar.
Embriaga-se
Nesse mel.

Delira com
O perfume
Que exalo.

Rende-se
Ao capricho
De uma Flor.

Será mulher?
Ou será uma Flor?

*-* A Flor de Lis.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de pttuii

Escarreta

O homem da barba que quase existiu acordou. De uma espreguiçadela abraçou as únicas quatro paredes pequenas que aguentavam levar com lamentos insuportáveis, incontrolavelmente tristes. Estavam pintadas de um azul ocre, desmaiado por rituais de querelas emocionais com riachos de tinto estragado.
A parcela de religião fundada em mini-obrigações morais tinha a forma habitual:
- o crucifixo que ganhou por piedade do dono da tasca da esquina pendia, prestes a uma queda fatal.
Uma camisa de xadrez difícil de definir, amargamente pousada em cima de calças de sarja rasgadas nos joelhos, concretizavam o guarda roupa necessário para o dia. A cadeira torta, a única herança de duas pessoas que fizeram o desfavor de cagar o mundo com uma bosta de duas pernas e dois braços, suportava um peso ridiculamente difícil de definir.
Quatro passos tortos, inevitáveis num rumo de auto-destruição anunciada, e um rio de substância amarelecida e odorenta a descer pelo cano abaixo.
Comichão na alma, socorre-se de três ou quatro experiências de humidificação de um rosto disforme.
Fica uma barba. Comichão no lóbulo direito. Puxar a escarreta que exige liberdade. O pregão da varina alimenta desejo de fuga. Esganiça tranquilidades. Mata bem fazeres de uma alma moribunda.
Dois segundos entre fechar último botão de camisa, e rodar maçaneta acobreada da porta para o universo. Um baque suave, e o violento estupro de raios de sol cada vez mais arroxeados. Num sentido de morte lenta e agoniante. Tonto e periclitante confronto com dois vãos de escadas, e novo contacto com uma maçaneta acobreada. Serão rios de luz assassina que banharão o homem da barba que quase existiu.
Quase que se afoga, para nunca mais voltar, mas não... Acode-o um suave roçar de pele de gato no tornozelo. Nova escarreta que se emancipa na calçada da viela. Antro de desgaste emocional, a taberna da esquina. Faz calor. Mas uma coisa suave, que aquece os pêlos da alma moribunda.
Dois arrastados da vida miram uma bola vermelha, que parece lutar para não ficar sem o que a agarra à gravidade. Contacto com uma folha de papel amarelecida. Coisa inútil, chamada calendário. Parece ser 25. Mês quatro. Ano mil, que já passou dos novecentos, e mais setenta e quatro.
Resume tudo o que escrevi. Para deixar em aberto o que ficou por dizer. Não é muito. Mas talvez possa ser. Depende dos olhos que estão por trás dos olhos de quem interpreta.

Foto de Sonia Delsin

ADEUS, MEU AMOR

ADEUS, MEU AMOR

Quando eu deixei você entrar em minha vida
não pensei o quanto seria difícil um dia vê-lo dela sair.

Quando o conheci me encantei com você.
Você também se encantou comigo.

Tudo entre nós sempre foi tão fácil.
Nunca precisamos dizer muita coisa um ao outro.

Nossas mãos falavam por nós.
Nossa pele se amava.
Nossos corpos juntos formavam um só ser.
A harmonia fazia de nós o casal ideal.

Vivíamos grudados que é como querem viver os namorados.
O amor não podia morrer... era ele que nos fazia viver.

No dia que ventou forte em nossa vida não me dei conta de que a tempestade estava destruindo um sentimento tão lindo.

Você desviou-se de um caminho que havíamos traçado.
Já queria estar do outro lado.
O encanto havia acabado.

Vi você a procurar outra... pra amar.
Tentei até me enganar.
Porque só em você eu havia colocado todo o meu querer.
Me esqueci que existia o sofrer...

Foto de NiKKo

Amor, um segundo no infinito.

Que teu olhar encontre o meu e por um segundo
que o infinito pare e concentre em mim sua força vital.
Que o pulsar da terra se assimile ao bater de meu coração
que o sol e a lua se encontrem em um eclipse total.

Que tua boca ao tocar na minha guarde o meu segredo
e na minha pele fique perpetuado o seu calor.
Infundindo em mim o gosto de canela e cravo,
gravando em minha alma os acordes do amor.

Que teus braços sejam as minhas correntes e algemas
que carinhosamente me prendem e não me deixam fugir.
Que tua mão pequena e fria desenhe nas minhas, as letras
da própria historia que o tempo escreveu a sorrir.

Que nosso amor se faça mansamente e por tempo infinito
e tornem um único ser nossos corpos, almas e corações.
Que nosso respirar seja como o vento da madrugada,
e que todos aqueles que nos verem percebam as nossas emoções.

Que teu amor me guie e seja meu farol nas noites escuras
que este sentimento que lhe tenho, seja conforto e paz.
Porque sua presença aquece e encanta meu dia
porquê quero a todos dizer o quanto bem você me faz.

Que nossos momentos de amor se eternizem e no infinito,
uma estrela brilhe cada vez que eu, TE AMO lhe falar.
Porque assim o universo se calará diante de tamanho sentimento
e em gotas de felicidade, sobre a terra irá se derramar.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Eu e Voce

Eu e você
Desejo e vontade
Liquido e língua
Amor e saudade

Eu e você
Meu centro, teu falo
Meu seios, tua boca
Meu corpo, tuas mãos

Eu e você
Fogo e paixão
Fantasia e realidade
Prazer e tesão

Eu e você
Dedos e dedilhar
Pele e pêlos
Amor e amar

Foto de Sirlei Passolongo

Além do tempo

A saudade que sinto de ti
ultrapassa a barreira da distância
ultrapassa o tempo...

[Eu que pensei que o tempo
seria a cura...]

Mas os momentos
se vestem da tua presença,
do cheiro da tua pele,
do gosto da tua boca...
do calor do teu hálito.

E ela se faz rotina dos meus dias
uma constante tortura
que o tempo não atenua,
mas pouco a pouco,
esvai meu riso...
Furta meu sono.

Nada que eu faça ou diga
alivia essa agonia.

(Sirlei L. Passolongo)

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