O vento me trouxe uma canção diferente essa manha
pois me fez lhe acordar, sentindo na cama o frio da solidão.
Sussurrou em meu ouvido as frases da tristeza
banhando meu rosto com as lagrimas da emoção.
O vento hoje quando tocou meus cabelos desalinhando-os
me fez lembrar suas mãos suaves tocando meu rosto.
Minhas vistas se turvaram pelas lagrimas que caíram
marcando o chão de terra com o fruto do meu desgosto.
O vento passando ligeiro, sem trégua ou piedade
arrancou flores mortas que jaziam em um velho jardim.
Minha visão tornou-se nublada e acreditei estar sonhando
por não crer que tantos sonhos pudessem ter fim.
Mas o vento não deixava que eu duvidasse de sua força
pois em meu ouvido continuava a triste melodia a cantar.
Falando seu nome como prece sentida no mais alto dos céus
ofertou aos meus olhos a uma nova forma para se expressar.
Assim minhas lagrimas correram soltas ao sabor do vento
fazendo meu peito acompanhar a melodia com tal intensidade,
que o mundo ouviu os soluços do meu pobre coração
quando este entoava os seus versos de amor, ao deus da saudade.
Enviado por Sonia Delsin em Qui, 30/10/2008 - 13:36
UMA JANELA ESCANCARADA
A janela está voltada para o sul.
E o vento a balança tanto.
De olhos pregados no teto sinto o vento.
Abriu-se a janela.
Abriu-se.
Desvio os olhos para as estrelas que tremulam.
Fito a lua que se faz crescente.
Passa cada pensamento pela cabeça da gente.
Me vejo caminhando em direção a janela.
Me vejo a olhar o jardim.
Me vejo no jardim.
De braços dados com alguém do passado.
É sim.
Ele está do meu lado.
E me abraça.
Me enlaça.
Meu coração é uma brasa.
Queima meu peito.
Arde.
Grito.
Tempo, guarde.
Guarde esta lembrança.
Guarde.
As estrelas tremulam.
Minhas carnes pulam.
Estou tremendo.
Sofrendo.
No vazio inglório e inerte, ouço tua voz!
Choro compulsivo em lágrimas secas no leito,
Sufoca-me o ar, nessa demência insone e atroz.
Onde estás? Arranca de mim o que resta em meu peito.
Sem meu corpo efêmero, minh'alma envolta no véu,
Aflição, angústia em ti nessa busca intensa.
Murmúrios deletérios na negritude do céu.
Sombras que sopram ao vento a saudade imensa.
Teu silêncio gélido desgraça meus dias e noites.
Livre do corpo moribunda... Busco-te, meu amor!
Sigo nessa espera intrépida, de abismos e açoites.
Submersa nesse sono letárgico, fico a tua mercê.
Oh! Por que não ouves em meu sonho, o meu clamor?
Estarei eu, morta ou viva? Responda-me, por favor!
(Lu Lena )
CLAMOR DE OUTONO
Vejo apenas alguns fragmentos no retrós
Dos fios que interligam a minha e tua vida.
Ouço o grito insone e saudoso de tua voz
Que desperta - me deste sono para a lida
Sob o zunido desse vento intenso e veloz,
Que me traz lembranças e imagens já vividas
Que revejo em rápido flash de muitos nós
Da nave que singra o mar de tua alma sentida
Trazendo do céu para a terra e a todos nós
A chuva de prata outrora prometida
Cuja luz iluminará as sombras do albatroz
E afastará a ave de rapina que abatida
Fugirá ou cairá aos pés da águia e do condor feroz
Que se postam lado a lado de forma intrépida.
Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 29/10/2008 - 21:50
Preciso de uns minutos com você...
A sós...
Ouvir a sua voz
bem perto...
Estremecer...
Sentir seu hálito quente
a arrebatar-me o momento
e num devaneio eloqüente
pensar que faço parte de seu ser...
Preciso de uns minutos com você...
Longe do mundo...
Acima de qualquer querer...
Pôr sua mão em meu peito,
mesmo sem jeito...
Deixá-lo transparecer,
transcender...
Fazê-lo sentir meu coração
extasiado...
O frêmito de minha emoção,
desencadeado...
Amor e paixão!
Ficarei calada, hipnotizada...
Meus olhos falarão por mim;
eles sabem exatamente as palavras
que não conseguiria dizer...
Revelarão meu sentir...
Se acaso ouvir uma canção,
é minha alma a sorrir
solfejando o do, re, mi...
Apenas uns minutos com você
Será o bastante para perceber
desse meu amor, a imensidão...
E depois desse meu ato atrevido,
mesmo que não tenha entendido,
porei meus pés no chão...
No vazio inglório e inerte, ouço tua voz!
Choro compulsivo em lágrimas secas no leito,
Sufoca-me o ar, nessa demência insone e atroz.
Onde estás? Arranca de mim o que resta em meu peito.
Sem meu corpo efêmero, minh'alma envolta no véu,
Aflição, angústia em ti nessa busca intensa.
Murmúrios deletérios na negritude do céu.
Sombras que sopram ao vento a saudade imensa.
Teu silêncio gélido desgraça meus dias e noites.
Livre do corpo moribunda... Busco-te, meu amor!
Sigo nessa espera intrépida, de abismos e açoites.
Submersa nesse sono letárgico, fico a tua mercê.
Oh! Por que não ouves em meu sonho, o meu clamor?
Estarei eu, morta ou viva? Responda-me, por favor!
Frio amanhecer sem a tua presença, a cama vazia, desfeita e despida da tua essencia e do teu calor na imperdoavel lembrança de noites de amor, rasgando o meu peito com a tua cruel saudade.
Nos amamos no espaço deste quarto e entre os muros desta casa, eu tantas vezes perdido na tua sensualidade e na insana paixão existente desde aquele nosso primeiro olhar quando o mundo deixo de existir e de fingir.
Você foi a minha mais perfeita decisão, a minha mais bela canção e meu mais doce amar, um amor que nasceu para ser meu complemento neste puro sentimento que hoje somente é solidão a dois.
Enviado por Arion Do Vale em Seg, 27/10/2008 - 00:53
Olhar Profundo...
Nesse olhar profundo vejo como você e especial para mim.
Nesse olhar vejo como eu gosto de ti.
Nesse seu olhar vejo como quero você ao meu lado pra sempre.
Nesse seu olhar vejo como meus dias vão ser daqui pra frente ao seu lado.
Meu olhar por você será sempre sincero e puro.
Uma sinceridade que me faz senti uma coisa em meu peito nada sentido antes.
Seu olhar me faz me sentir muito bem.
Seu olhar me faz sentir você de uma forma maravilhosa.
Seu olhar me faz te quere de uma forma que só meu coração pode explica.
Seu olhar me faz te beija de uma forma que faz você ficar tonta.
Seu olhar me faz ir ah Lugares aonde nunca fui antes.
Seu olhar e maravilhoso.
Seu olhar me faz olhar para minha vida de uma forma incrivelmente pura e sincera.
Seu olhar me faz querer ver você de uma forma que me faz chora.
Seu olhar e tudo pra mim.
Seu olhar será meus olhos em minha vida.
Seu olhar será meu guia...
TE AMO MEU ANJO...
Enviado por Carmen Lúcia em Seg, 27/10/2008 - 00:49
Se grossas lágrimas rolaram em minhas faces
É porque ainda sentia a dor do desalento
Mostro-me como sou, livre de disfarces,
Olhar perdido a esmo, tristonho e nada vendo.
Se já não sei sorrir, prá que fingir?
Se o riso é conseqüência de uma ação coerente
De um estado d'alma, que consequëntemente,
Transmite emoções que vibram, veementes...
Se já não sei amar, que culpa tenho?
Se amar eu conjuguei e vivenciei em qualquer tempo,
Mas o gerúndio...o tiraram de meu peito
E o futuro, como efeito, já não terá mais jeito.
Agora sou robô, criado e programado...
Liga-se um botão e faço o que foi traçado,
Objeto útil, usufruto, ser mal amado,
Causa e efeito, desrespeito do vil descaso.