Pedras

Foto de Inês Santos

Viajem inconstante

A viagem,nem correu bem nem mal...
Foi correndo...
como as ondas do mar....
para cima e para baixo...
para a frente e para trás...
trouxe água no olhar...
Foi o rebento final...

o mar é a minha alma....
nas pedras vai batendo...
Numa noite escura e calma...
Que constante viagem...
por vezes pacifica e fugaz...
Foi um momento de viragem...
que levou no imenso a minha paz...

Foto de Marta Peres

Leitura

Leitura

Ando com os olhos cansados
Das leituras dos jornais,
Infectam mentes esclarecidas
Ou não, deixam olhos sem esperança!

Vejo as águas do rio correndo para o mar,
Flores que crescem no jardim, matas
campinas e nas pedras das montanhas,
O céu azul e o verde das árvores e relvas
E samambaias da varanda, a renovação
Das montanhas.

De nada vale leituras sarcásticas!
Perco tempo deixando de ouvir o cantar dos
Pássaros, notícias que os pombos nos trazem,
O vôo das andorinhas, anúncio em folhas verdes
Das minhas mangueiras.

Não quero informações perniciosas,
Pervertidas e mentirosas,
Cansei-me de notícias enganosas!

Marta Peres

Foto de JGMOREIRA

MESES

MESES

Saio de dezembro atrasado
Vestindo um janeiro apertado
Já quase chegando a março
Pulando fevereiro aos pedaços

De abril faço azuis e maio
Junho marrom, de desmaio
Julho sem gosto quase insosso
Imitando agosto, o do desgosto.

Setembro é mês de virada
Ridícula parada armada sem graça
De casa nem saio, me cubro
Adormeço esperando outubro

Que passa desvairado, nem lembro
Arrastando às pressas a cruz de novembro
Para atirá-la ás costas do Nazareno
Que morreu no coração de dezembro

Assim levo meu tempo, sem pensar em nada
Aguardando uma época mais naturada
Aguardando que chegue um dia de vento
Que sopre tempo para não matar o tempo

Tempo que transborda pela vida
Como água na fonte esquecida
Aos poucos criando limo
Que cobre do fundo ao cimo

As pedras não se mexem, estagnadas
Nessa poça de água parada
Que não corre para nenhum rio
À espera de que voltes, meses a fio.

Foto de ek

11.01.08 - Edson marques - Mude.

Nunca escondo meus leitores de si mesmos: eu apenas mostro-lhes a parte pura que se perde dentro deles. Sou no fundo um garimpeiro de verbos incendiados... E só gosta de me ler quem já tem brilho e não se assusta.

Mas se eu não transformar em Arte as emoções, não terei coragem de abrir meu peito inteiro e de ser lido com ternura por você. Por isso, só me mostro mesmo após o meu espanto, e só te dou estas palavras loucas depois que as refino, alegremente.

Porque, se eu primeiro não polir as minhas pedras com amor e precisão, como poderia eu querer trocá-las por essa tua tão preciosa luz diamante?

Edson Marques

visite: http://mude.blogspot.com/

Foto de Noslen

Razão de viver...

O meu amor por ti é como uma planta ao nascer,
mesmo entre duas pedras teima em crescer.
Sinto-me como um poldro selvagem,
que para um riacho saltar precisa ganhar coragem.

Quero que sejas a mãe dos meus filhos,
minha companheira para toda a eternidade.
Serás minha guia por entre os trilhos,
meu porto de abrigo em dia de tempestade.

Quero estar ao teu lado ao envelheceres,
ser o teu lenço quando chorares.
Serei a tua alegria quando sorrires,
serei a tua bengala para te apoiares.

Quero ser o ombro amigo onde te podes lamentar,
ser a tua almofada onde vais adormecer.
Serei o calor do teu dia ao acordar,
serei a tua luz ao anoitecer.

Hoje sem ti apetece-me chorar,
vou passar o dia a escrever.
Para toda a vida vou te amar,
és a minha razão de viver…

PS: editei este poema pois sem querer estava inscrito a concurso e eu nao escrevo para competir ja esta retirado...

Foto de Carmen Vervloet

Ano Novo Peregrino

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

Ano Novo Peregrino

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet

Foto de Cecília Santos

LUA_NUA

LUA_NUA
#
#
#
Lua nua, e tão bela.
Suas formas, encanta
e fascina.
Redonda, mínima, nova.
crescente transparência.
Linhas de lua nua.
És tão dourada e perfeita.
Lisa como pedras banhadas
pelas águas do rio.
Curvas sutis, claridade que
não se apaga.
Se veste, transveste,
transmuta.
Sombra iluminada que
reflete tanto.
Mas não acompanha
meus passos.
Passa pelas sombras
da noite.
Resplandecendo sua
claridade.
Bate à porta do meu
coração solitário.
De todas as luas que
admirei.
De todos os sonhos
que idealizei.
Tu fostes a lua nua
que invejei.
Pois tua nudez.
E igual a nudez,
da minha alma.
Oh! lua nua tão linda!!!
Solitária como minh'alma nua!!!

Direitos reservador*
Cecília-SP/12/2007*

Foto de Cecília Santos

SOU SIMPLESMENTE

SOU SIMPLESMENTE
#
#
#
Sou uma pessoa comum
Tenho idéias comuns.
Mas tenho uma grande missão
De fazer as pessoas felizes.
Minha alquimia interior
Me dá o poder de transformar
Lágrimas em sorrisos
Musicas em poesias
Tristezas em alegrias
Vendaval em brisa mansa.
Sou como o rei Midas.
Tudo que toco se transforma
Transformo choro em gargalhas
Um simples abraço num doce aconchego.
Os caminhos não são de pedras
São de pétalas macias.
O rancor do coração, é só meiguice
Os sonhos, são realidades
A saudade é só melancolia.
A distância somos nos que fazemos
O amor, esse é infinito
Por isso jamais será instinto.
Ensino o amor
Dou o calor.
Ensino o sorriso
Dou alegria.
Mostro a tristeza
Ensino secar as lágrimas.
Crio o amor!
Crio vidas!
Crio filhos!
Não sou Anjo
Não são sou Fada
Não sou heroína.
Sou simplesmente.
M Ã E !!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2007*

Foto de Maria Goreti

É NATAL

É NATAL

É Natal!
Sinos dobram na Catedral!
O coral entoa o “GLÓRIA”.

Lembro-me do dia do meu casamento.
Um verdadeiro conto de fadas!
A limusine me esperava na porta da igreja.
Meu vestido branco, cuja blusa de renda guipure fora ricamente rebordada com pérolas e pedras semi-preciosas, tinha saia farta, em shantung de seda pura e detalhes em palha de seda plissada. Atrás, um grande laço de cetim arrematava a cintura. Na cabeça, o longo véu descia em forma de cascata e percorria toda a extensão do corredor da Catedral.
A tiara em pedras semi-preciosas era digna de uma princesa!
Meu noivo, de fraque, mais parecia um lorde inglês!
A igreja lindamente decorada! Lírios, jasmins e ramos de alfazema davam um quê de tranqüilidade, ao mesmo tempo purificavam e perfumavam o ambiente.
A cerimônia foi realizada ao som de orquestra e coro. Ah! A Ave Maria!
No salão de festas tudo era perfeito!
A mesa com o bolo decorado, recheado de nozes e baba-de-moça e, sobre ele, um casal de pombinhos com as alianças nos bicos. As lembranças eram miniaturas do bolo. Que delícia estavam os bombons, os quindins, as trufas, os bem-casados, os macarrones, as balas de alfenins!
No jantar, os garçons serviram do scargot ao faisão, mas também havia um filé de salmão, para aqueles convidados que jamais ousam provar novos sabores.

É Natal!
Os sinos voltam a badalar na Catedral.
O coral entoa “AVE MARIA”.

Ontem foi o meu aniversário, por isto estou muito feliz!
A decoração estava uma beleza! Muitas flores, balões de gás e luzes coloridas.
O bolo sobre a mesa era de brigadeiro e os doces, compotas das mais variadas – jenipapo, jaca, laranja-da-terra, limão, figos, pêssegos, goiabas, mamão com coco, abóbora...
Muitas frutas frescas também compuseram a mesa.
O cheirinho de churrasco invadira o ambiente. Caipirinha e cervejinha gelada para refrescar.
Os convidados chegavam trazendo lindos e valiosos presentes. O DJ era animadíssimo e a festa rolou até altas horas.
Optei por um churrasco para recordar os meus tempos de menina humilde.

É Natal!
Os sinos dobram pela terceira vez.
O coral entoa “NOITE SANTA”.

Na semana que vem será a vez de comemorarmos o aniversário do meu marido. Para tal mandamos matar um novilho, três borregos, dois leitões, dez galinhas e um cabrito. Encomendamos alguns barris de chopp, vinhos e refrigerantes. Contratamos uma banda para tocar. Decidimos fazer a festa na nossa fazenda. Uma comemoração simples, apenas para os amigos mais íntimos.

É Natal!
Na Catedral, o padre espera os fiéis para a tradicional Missa do Galo.
O Coral canta “NOITE FELIZ”.

Desta vez não iremos comemorar.
Sou do tempo em que o Natal era comemorado com Missa do Galo, ceia e sapatinhos nas janelas para esperar o Papai Noel. Armávamos o presépio, junto com papai e mamãe e montávamos nossa árvore, com bolas e lâmpadas coloridas, piscas-piscas e direito à neve de algodão.
Hoje o velho barbudo trocou o gorro pelo boné, o trenó pela motocicleta e não traz mais presentes para as criancinhas... Hoje ele rouba os presentes delas e, se não se cuidar, acaba sendo assaltado.
Fizemos um balanço das notícias do ano. Violência em todos os lugares, acidentes de aviões e trânsito, mulheres prostituídas, crianças abandonadas, balas perdidas, seqüestros, famílias desfeitas, incêndios, terremotos, enchentes, nevascas, aquecimento global, balas perdidas, jovens drogados, políticos corruptos, doenças, falsos médicos, fome... E ainda tem gente que sai alheia a tudo, a gastar com presentes caríssimos, roupas e comidas para festejar o Natal!
Sejamos solidários com nossos irmãos carentes. Com tanta miséria, não dá pra pensar em gastar com festas. Tudo isto é muito triste!
Presentes...!
Meu marido acaba de me presentear com um enorme diamante!

É Natal!
A missa do galo está terminando. Agora não é mais à meia-noite. Começa mais cedo por uma questão de segurança(?).
O coral canta “ENTÃO É NATAL”.

Semana que vem é réveillon e vamos comemorar a entrada do novo ano em casa de amigos, quando aproveitaremos para combinar as nossas férias. Ainda não sabemos para onde iremos.
Logo chegará o Carnaval! Já mandei desenhar minha fantasia e também a do meu marido e das crianças. Vai nos custar uma pequena fortuna, mas iremos arrasar no desfile de fantasias! Meu marido e eu competiremos na categoria luxo e as crianças na categoria originalidade.

É Natal!
A Missa do Galo terminou.
Enquanto os poucos fiéis se retiram da igreja...
O coral canta “PARA NÃO SER TRISTE”.

É... Hoje é Natal!
Não iremos festejar.
Depois, festejar para quê? O quê?
Ouvi dizer que é aniversário de um “tal” Jesus.
Por acaso, você sabe quem é?

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 22/12/07
.......

DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE MUITAS ALEGRIAS, NA PAZ DE CRISTO!

Maria Goreti.

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