Passageiros

Foto de Siby

Passageiros do tempo

Merecem um respeito profundo,
Todos aqueles que na vida marcam,
Que deixam algo de bom onde passam,
Destacam-se porque deixam melhor o mundo.

Solidários, só fazem o bem na vida,
Na vida e no tempo são passageiras,
Como bons ventos, passam ligeiras,
Sabem que nada levam na despedida.

O tempo faz a tristeza passar lenta,
E a alegria parece passar tão ligeira,
Mas o tempo é igual em uma ampulheta.

Se é largo ou estreito o caminho onde passamos,
Como o curso da areia em uma ampulheta,
Na vida, passageiros do tempo, todos somos.
(Siby)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 9

Por três exatos milésimos, simultâneos, milimétricos, Dimas e a torta, seguros de toda a sorte, sentiam-se maiores que a morte. Mas então a dona Clarisse, e ela é escrita assim mesmo com dois "ésses", para que exista um ar mais nacional-socialista ao texto, interrompeu a alegria. O erro é proposital e sempre foi. Esse texto é um erro. Ele começou como uma história de amor, passou ao gênero fantástico, ameaçou ser sociológico, ou até mesmo filosófico. Meu aviso, aos que aguardaram um final para isso, é que essa estória ao menos não terá um desfecho religioso. Deus, e Ele fez os judeus, os cristãos, os muçulmanos, Deus não me orientou em que época situar os acontecimentos aqui descritos, se são verdadeiros, falsos, se é em primeira, segunda ou terceira pessoa. Mas assim segue. Eis o fogo em seu rosto, meu amigo.
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- Antes de a gente morrer, vou lhe dar o maior presente que se dá.

A torta se torna bonita por um instante.

- O maior presente que uma pessoa pode receber é um nome. Um nome é a identidade de um ser, é a sua alma expressa em um tempo. Um nome, e qualquer nome serve, desde que seja um nome, confere para a pessoa aquilo que há de mais sagrado, que é a sua consciência em fazer parte do mundo, que é se definir, que é ter valor, dignidade, no meio do lixo ou no meio da abastança. Eu vou te dizer o meu nome, Dimas. A única prova do meu amor por você é o meu nome, pois o seu eu já tive o prazer de ter nos meus lábios passageiros.

A vilã interrompe a sequência brechtiana.

- Chega. É hora de morrer.

- Não é.

- É.

- Não é.

- É.

- Então morra primeiro.

A infantilidade da disputa entre as duas meninas tornou uma grave situação de pavor em uma briguinha idiota por razão e sentimento. Mas os presentes e principalmente o autor não se importam com tanto. As mulheres serão sempre reducionistas. Sempre vão turvar as palavras em seu favor, na sua fragilidade superior, na sua sinceridade que nunca menciona tudo. A mulher é o tipo mais fascinante de ser humano, pois nunca em momento nenhum de suas vidas vão reconhecer que são um. Dimas era sonso e manipulável. O perfeito exemplo do que idealizaram Sade e Masoc, ainda que não os tenha lido, bem como os cinquenta tons do cinza, Dimas representa o herbivorismo, o verme que carregamos e nos faz sobreviver em um planeta de falsidades e maravilhas inigualáveis. Ele toma a oportunidade, para se tornar o homem que sempre quis e nunca teve forças para alcançar.

- Lasque-se. Ou foda-se. Vamos sair daqui.

Os capachos se tornavam capachos até segunda ordem. O líder agora mudou de cara.
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E a guerra tomou a tudo e a todos, como já fora imaginado. Não vou descrever o ocorrido, já escrevi oito capítulos, imagine o grande espetáculo, você pode fazer muito melhor que eu. A trama saiu totalmente do meu controle, e o prazer de quando isso acontece é surreal, arcadiano, barroco. Bombas aéreas, pessoas espatifando, "epitafiando", bacanais, como na época da peste negra, uma fila em frente a um campo de concentrações, de lamentações. Músicas ressoavam, vidas tomando e perdendo forma. Tudo dentro de si, da sua cabeça pensante, dos dez por cento que a sua alma declara que usa para a sua consciência, aquilo que você esconde de si mesmo, que não se lembra para a sua própria segurança. Os seus antepassados clamam por serem recordados, os seus antecessores clamam para sentir o calor do nosso Sol. Não se sinta culpado. Você é só uma pessoa, uma pessoa com os complexos e desejos, eu também, não se cobre perfeição alguma, eu vou repetir a palavra pessoa e aquelas que forem necessárias quantas vezes forem necessárias, ainda que não acrescente nada na sua vida. Voltarei agora ao diálogo, compreenda você ou não.
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- Corram, carreguem os que puderem, mexam-se todos, continuem a passagem!

Dimas resplandecia em utilidade.

- O meu nome é Tânia e eu te amo. Eu te amo e sempre vou te amar. Nunca se esqueça que eu te amo. Eu te amo e quero você, vou te prender se for preciso, e vou te prender se não for.

Os corpos seguiam no jogo do trabalho e na dança das mãos.

- O meu nome é Tânia, podia ser outro, mas agora é Tânia. Escute-o. É o que eu tenho pra te dar agora. Pode ser que mude, pode ser que se torne outra coisa com os anos. Mas é o amor que eu tenho para o momento.

Clarisse fugiu com seus olhos laranjas, seu nariz de porco, suas pernas de bode. Ela ficou feia e sem brilho. Talvez o anonimato deveria recuperá-lo.

A torta tinha uma aura que lhe cobria a pele. Era uma linda monstra, uma linda e esplendorosa monstra.

- Dimas, eu te quero para até depois do último dos seus dias.

Não havia tempo hábil para a recíproca.

- Corram, corram todos os que puderem...
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O texto não se define nem erudito nem popular. E ele acabou dessa maneira.

- Eu voltarei, pois só é forte aquele que subjuga o outrem, aquele que tem o poder e o tenta até o último suspiro, aquele luta com o destino na ansiedade de ser imortal definitivamente.

Clarisse dá margem para mais um capítulo, distanciando-se completamente da jovem na qual foi inspirada.

Foto de poetisando

Dizem que a vida é curta

Só que não é bem verdade
Pode ser para alguns
Não para quem vive de felicidade
A felicidade que se procura
Tantas vezes ela está disfarçada
Que podemos até passar por ela
E ela não nos querer dizer nada
Assim passamos a nossa vida
Em viagens que foram sonhos
Ao presente deixámos passar
Um amor que não tivemos
A vida que não vivemos
Não demos pela vida passar
Como uns meros passageiros
Tivemos medo de viver a vida
De expressar o que sentimos
Com medo de um dia morrermos
Acabamos por deixar morrer
O que temos dentro da gente
Enquanto a vida vivemos

De: António Candeias

Foto de vânia frança flores

SAUDADES

saudades saudades saudades..
É O que hoje sinto.saudades de coisas que nunca tive de coisas .
Que quem sabe não terei..então fico eu só na saudade de ter de ver de tocar.
Não ter saudades de nada
É não ter nada na vida!
é uma vida parada.é uma saudade enganada enganando que sente.
Bom... saudades normalmente está associado a coisas boas. Fico meio estranha eu ter saudades de alguma coisa que nunca vi, nunca tive e nunca existiu. Como vou saber se era bom?mas imagino que seria bom.
A saudade transforma qualquer música em motivo para pensar naquilo que partiu dentro de um avião, que nunca deveria decolar, nem por decreto do Papa. Saudade é emoção indivisível, razão incontestável para relembrar o gosto inesquecível daquela pessoa que mudou nossos passos, gestos e hoje, infelizmente nos considera gasto, empoeirado. A saudade é a sombra maldita que não precisa da luz solar para nos seguir por cada calçada da vida. Ela repousa num banco de passageiros vazio, dorme em nossa insônia, esconde-se nos presentes que prendemos em caixas lacradas, blindadas pelo medo de encarar as memórias boas.saudade as vezes ela machuca
a mente a gente nos deixa triste as vezes contentes..
saudades de coisas presente de pessoas ausentes.
Ah, quantas saudades, quantas loucuras, quantos delírios, quantas contrariedades, quantas coisas por resolver...Será que um dia eu vou sobre tudo isso a verdade saber ?

Foto de Anderson Maciel

EM SOLIDÃO PERPÉTUA

Olho para o céu nublado e vejo o seu belo rosto desenhado entre às nuvens, sua feição radiante, seus traços desenhados por um perfeito artista. Começo a pensar em nossos momentos juntos e percebo que as nuvens vão se desfazendo e formando uma imagem triste e obscura, transmitindo um sentimento de dor e não de alegria como antes tinha visto, me fazendo lembrar que todos esses momentos foram passageiros e que você foi apenas algo que apareceu para tocar no intimo do meu coração me fazendo sentir o quão bom é não amar, não sofrer por amor e não se sentir magoado pela perda, mas a valorizar a inutilidade da vida e ser feliz de uma forma diferente aonde ter alguém não é o centro, mas viver sozinho em solidão perpétua. Anderson Poeta

Foto de José Herménio Valério Gomes

A estação do sul

Faz tantos anos
Jà correu tanto tempo
E ainda nos amamos
Do mesmo jeito.
Ainda hoje me pergunto
Quando tenho a noite sò para mim
E esta faz tantos anos de luto
Por algo meu que se encontra em ti.
Onde foi que eu errei com o nosso mundo
Serà que o amor è mesmo assim
Quando um de nòs sofreu e està sofrendo
Por um infinito sentimento, que nasceu num jardim
E faz tantos anos,correndo com o tempo.
Ficaram nesta longa viagem das nossas vidas
Dois corações unidos por destinos diferentes
Jamais tu no meu foste esquecida
Foste o meu passado sempre presente.
E quando as estrelas pareciam não mais voltar
Naquelas que eu chamo de minhas noites
Vi uma pequena ,maior luz brilhar
Direcionando-me para onde tu fostes.
E acordando deste meu sonho tonto
Onde senti pròximo aquele verão de cèu e mar azul
As palavras os olhares no nosso encontro
Naquela estação do sul.....
( envolvidos entre a espera dos passageiros)
zehervago 22-09-2011

Foto de luzimar xavier

PAIXÃO É COMO FOGUEIRA: TEM TEMPO CERTO PARA SE EXTINGUIR.

Realmente existem exceções mas, principalmente para quem têm experiência de vida, não é
O comum ouvir-se que o unir-se de forma “urgente, urgentíssima”, ou
Seja, “olhou, gamou, casou”, deu certo. E é justamente esse
Imediatismo que contribui, infelizmente, para que
Não dê certo um relacionamento que tinha aparência de
Estável. Sabe porque? Falta de planejamento. Pelas palavras do famoso escritor Lauro
Trevisan em seu livro “AME”, ele relata que os
Especialistas em matrimônio afirmam que “é comum sabermos que

Duas pessoas quando resolvem se casar, esse começa em tempo de paixão
Impetuosa em que só existem dois seres no mundo,
Apaixonadíssimos, donos desse mesmo mundo, invejados por todos os
Seres do planeta e até pelos deuses: ELA E ELE,

De forma que o mundo passa a ter apenas
O tamanho dos dois. Torna-se assim,
Sem dúvida, completamente inadmissível não

Se comunicar de hora em hora, correndo, portanto,
Até o risco de ‘morrerem de saudade’. Os beijos são contados por atacado porque,
No varejo, é sinal de desamor. E os outros? Ora, os outros ficaram do
Tamanho da cabeça de um alfinete”. Bonito esse relato, não? Pessoas que tenham
O mínimo de sensatez: maravilhoso, excelente, magnânimo,
Sabermos que tal fase realmente existe; mas união entre duas pessoas têm que ir além da fantasia.

Porque quando se cai na realidade e se vê que foi ótimo ter vivido momentos tão sublimes, mas que infelizmente foram passageiros, então chega-se à conclusão de que foi um erro não procurar ter dado tempo ao tempo para se conhecerem melhor. Por isso que torna-se necessário evitar o “olhou, gamou, casou”.

TENHA ESSAS EMOÇÕES REPENTINAS MAS, PORÉM, DÊ TEMPO AO TEMPO. É PRECISO SE CONHECEREM MELHOR. UM ANO, DOIS... NÃO É O BASTANTE.

Elixis - 07/04/08

Foto de Edigar Da Cruz

Lindos São Os Sonhos

Lindos São Os Sonhos

Sonhos que eternizamos de amor e paz
São os lindos sonhos incumbidos de feições
amor perfeitos
Que foram ou são resoluções a vida
Lindos sonhos passageiros que passam a mente
De momentos de luz e paz..
Tempos que se foi para não voltar mais.
Marcas exaladas na alma marcada
Amor e paixão
Vontades e os desejos que se foram..
Dos sonhos lindos que se foram
Feito um encontro de Céu e Mar.
De Lua e o Sol..
Sonhos que não obersevamos fadas
Ou doentes feitos um Peter Pan ou um singelo Smoffers
Sonhos passados de marcas eternos
Que vem a lembrança aquela singela imagem anexa.
De conto de amor de uma viagem guiada
Que não sabe o quando vai voltar..
Para adjunto viajar-nos mesmo sonho
Adjunto a FELICIDADE
VIAGEM NO MUNDO DOS SONHOS
Hora de voltar para realidade dos sonhos reais

Autor:Ed.Cruz

Foto de SATURNNO

Passageiro do Tempo

Sou fruto do imperador dos momentos
Do grande criador dos instantes
O tempo é um trem que jamais volta
Sou apenas um viajante

E sentado ao lado da janela desse trem
Olho a vida passageira em meio a outros passageiros
Tudo passa e nem tudo se vê
Em uma soma de detalhes sorrateiros

Olho para trás e vejo
Que o trem da vida avança
Percebo-me na metade da viagem
Enquanto há vida espero abonança

Três quartos se passaram
A estação final já não está tão longe assim
Reflexões, decepções e realizações
Estou pronto para o fim

Ao desembarcar na derradeira estação
Para a minha admiração o final se revela fictício
E o fim da vida apenas um artifício
Pois assim, passo a outra dimensão

João F..R. 17/03/2011

Foto de ushihaxandre

AINDA SIM PENSAMENTOS

Pensamentos que castigam, pensamentos que nos culpam
Pensamentos que maltratam, pensamentos que abalam
Pensamento que deixamos, pensamentos que esperamos

Pensamentos que tentamos, pensamentos que buscamos
Pensamentos mundanos, pensamentos profanos
Pensamentos de derrotas, pensamentos de Victorias

Pensamentos dolorosos, pensamentos corajosos
Pensamentos irreais, pensamentos anormais
Pensamentos verdadeiros, pensamentos passageiros
E ainda sim pensamentos!

ALEXANDRE FERNANDES

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