Enviado por Wilson Madrid em Qua, 28/05/2008 - 11:54
*
* HOMENAGEM À
* MINHA CIDADE
*
São Paulo locomotiva de luz solar, do luar e da garoa,
formigueiro agitado de gente operosa e muito boa,
universo do nosso gigante adormecido e querido Brasil,
brilhante guerreiro, branco, verde, amarelo e azul anil,
colmeia de estrelas valentes, nascidas para enfrentar a labuta,
caminheiros perseverantes que não desistem e vão à luta ...
São Paulo de Anchietas, paulistas e paulistanos,
virgulinos, marias bonitas, baianos, cearenses e paraibanos,
jesuítas, portugueses, potiguares e pernambucanos,
salesianos, italianos, sergipanos e alagoanos,
brancos, negros, espanhóis, piauienses e franciscanos,
japoneses, maranhenses, índios tupis e latino-americanos ...
São Paulo dos irmãos da Praça da Fé e dos manos da periferia,
do admirável gado novo de todos os recantos brasileiros,
dos malucos belezas, católicos, evangélicos, espíritas, ateus,
pacatos cidadãos, carismáticos inconfidentes maneiros,
da fraternidade, das músicas e poesias do alto astral,
palco das lutas pela democracia, cidadania e justiça social ...
São Paulo do arco-íris sonoro do pagode, do forró e do axé,
do sertanejo, do funk, do rap e do clássico samba no pé,
bilheteria da estação dos passageiros do trem das onze
do maquinista Adoniran Barbosa que brilha lá no céu,
com os turistas Betinho, Helder, Gonzaguinha, Herzog, Fiel,
Vinícius, Drummond, Jobim e a perfumada Elis Noel ...
Autoria de JOANINHA VOA - Diretora da "Escolinha da Fernanda".
Lá vem o Trem!... Lá vem... Lá vem...
Que bom que é vê-lo... o Trem!...
E meus versos verdejantes
Aqueles! que saem versejantes
Nem sei como! mas saíndo...
Do Trem!... que lá vem...
O Trem conduzido por Dirceu
O Anjo por todos nós já conhecido
Que não sendo segredo pra ninguém
Vai na frente corajoso e destemido
Desbravando trajectos, o caminho
Vai e segue, o Trem!... Enaltecido!
Certo que tem ajuda d`outros Anjos Energia, Luz, Amor, Alegria, Felicidade
e até Humor...
Eles nos conduzem por caminhos
Certos outros incertos, mas o certo
É sempre na paz do Senhor!
Curioso foi n´outro dia...
Quando o Trem parou numa Estação
E alguém me perguntou com emoção
Quem conduzia?!...
Pronta! Respondi sem hesitar
Rosas! Senhor, são Rosas!...
Estas que nos conduzem
No dia a dia...
JoaninhaVoa, In "O Trem, do Dirceu Marcelino"
(2008/04/05)
2ª PARTE da PROSA POÉTICA INTERATIVA - VIAGEM DO TREM ENCANTADO para a "Escolinha da Fernanda", a partir da chegada em Costa de Caparica e onde embarcamos a Diretora JOANINHA VOA, na Estação 9. 3/4... Saliente-se o acréscimo nesta PROSA da participação do - poeta diamante - HENRIQUE FERNANDES...
Em seguida iniciaremos a travessia do Atlântico
Desceremos na Costa de Caparica
Onde na Estação 9.3/4
Estará a Diretora Joaninha,
Que irá à frente voando,
Ou, nos meus braços
(Do Maquinista...Eh, Eh,Eh...),
Pois é a Diretora.
Após vamos a Lisboa,
Estação de Santa Apolônia,
Perto da Alfândega do Jardim do Tabaco,
Onde vamos beber algo a ser servido
Por nossa anfitriã.
Ali embarcará nosso amigo MFN:
O Manuel.
Com "U".. Uuuuuuuu... ooooo.. nãããoooo.. uuuu....
O Joaquim não sei se matriculou.
Levarão-nos até o Porto,
Para embarque de Albino Santos,
Ele marcou passagem
E vai nos ajudar a achar.
............................................................ ( partes novas - interativas )
Xiii..
Agora a coisa complicou
Não sei...
Ele disse
F I M
O que será de mim?
Da Rose,
Do nosso jardim,
Se ele realmente fizer
Assim!
(A Joaninha
Disse que não,
Por isso nem votou
Ele não vai aguentar
E vai nos acompanhar)
Afinal,
É o Grande Poeta
O grande inspirador
E sempre nos amou,
Tua nau navegou,
Nestes rios,
Nestes mares,
E versos para o futuro
Lançou
E agora
Esperamos-os
Tão puros,
Como seu pingo de Luz
Que iluminaram e
Iluminam
Os olhos
Os corações
Destas poetisas,
Nossas amigas.
Por isso
Esperamos encontrá-lo
Na Estação São Bento do
Porto.
.....................................................................
Mas, agora temos novo passageiro
É como diz o Edson
Nosso grande companheiro,
Em Portugal
Existem muito poetas
É muito legal.
Teremos de passar pela serra do Marão,
Serra de encantos e poesia
Terra de meus ancestrais
Onde brilha o sol da liberdade,
Entre os vales e montes de
Trás-dos-montes.
Lá estará a nos esperar
Henrique Fernandes
Muito legal
O poeta diamante
Que honra
Esperara-nos em
Vila Real.
Nós trará novas energias invisíveis,
Fortalecendo as nossas palavras
De poetas da esperança...
“uuuuuuuuu uuuuuuuuuu estou esperando essa boleia
Rumo ao desconhecido
Que nos é apresentado tão verdadeiro”,
Em Portugal
Por este humilde brasileiro.
***
A Salomé,
Se é que é,
Que vamos lá encontrá-la
Pois, vocês sabem como é que é
Ela pode ter saído de Paris,
Ido para a Galícia
Mas o Carlos sabe onde encontrá-la,
Pois, vai levar sua flauta encantada.
Acho que a encontraremos na Galícia,
Ou então, em Buenos Aires,
À rua Corrientes, nº 3458,
No segundo andar,
Com Carmem Vervloet
Que só volta em trinta dias.
Pelo menos, foi o recado que deixou.
Pois disse que foi dançar tango:
Inspirado em nós:
Eu e Carmem Cecília, já estamos aqui,
Só falta a Salomé.
Então, talvez, tenhamos que retornar para a América Latina
E ver onde estão tocando e dançando:
“Uno ‘Tango Galego Spanish Guitar”.
Xiii! Agora temos mais uma preocupação.
Uma das passageira pretende ficar em Portugal,
Para achar o Português,
Aquele que "roubou o coração"
De mais uma "brasileirinha",
Como diz o Hildebrando.
O Hilde, da Enise...
E sabem quem é a brasileirinha?
-"É a Claraaaaaa..."
(Cá entre nós, sem "fofoca", dizem por aí que é a própria
Carmem Cecília), aquela de
"Amor sem fronteiras".
Mas não se preocupem,
Pois, todos nos reencontraremos
Na Escolinha da Fernanda,
Ao lado da Casa Transparente de CECI
No Jardim Encantado com o seguinte endereço
www.poemas-de-amor.net
Queiram tomar seus lugares...
E boa viagem
Phiiirriiii...
OBSERVAÇÃO: 1. Esta é uma PROSA POÉTICA INTERATIVA, pode ir aumentando, diminuindo, até todos embarcarem, ou transforma-se nas versões III, IV... Puxa já chegou na 8ª parte.
2. Em face da limitação em 10 minutos, a viagem terá de ser dividida.
Solicito as colegas poetas que vão embarcar que por favor apresentem fotografias, do tipo dessas utilizadas pelos primeiros passageiros, pois, assim todos aparecerão na "janelinha do trem". Desculpe quem ainda não inclui, mas fiquem sossegados que o trem é muito grande, como o coração deste amigo.
Enviado por paulo azevedo em Sáb, 22/03/2008 - 16:49
QUEM SOU EU?? NAO SEI...
SÓ SEI QUE VIVO POR VIVER...
PARA NAO TER QUE FAZER SOFRER...
QUEM AMO...
E ESSA PESSOA...
NÃO ME QUERER...
NA SOLIDAO VIVO EU...
SEM RUMO NEM CAMINHO TRAÇADO...
PERDIDO NUM MUNDO CRUEL...
TRISTE E SÓ...
SEM NUNCA SER AMADO...
MEU PENSAMENTO SE DESVANECE...
EM LOUCURAS NUNCA COMETIDAS...
EM PAIXOES DESILUDIDAS...
E AMORES PASSAGEIROS...
QUE NUNCA ME AMARAM...
MAS ME MARCARAM...
PROSA POÉTICA INTERATIVA: JARDIM ENCANTADO II - VIAGEM DO TREM ENCANTADO I ( Com destino a "Escolinha da Fernanda".
1ª PARTE:
"Maquinista dos versos
Transforma-se em Maestro
Regendo sonhos em trilhos dirigidos
Num caminho infinito
Muitos irão embarcar....
Pois a poesia não pode parar!" (Rose Felliciano).
Ó Musa aqui vale a inspiração,
Você vai aqui juntinho
Do meu coração.
Da Estação de Londrina
Vamos a Pirajuí
Piraaajuuuiiiiííí...
Buscar aquela menina
Carmem Cecília,
Pois ela vai fazer as imagens
Desta nossa viagem encantada,
Seguiremos até Cuiabá,
Pegar a Ivaneti,
No balanço do trem “cana
Ivete, cana-ivete, cana–ivete...”.
"cana-ivete, cana-ivete,cana-ivete..."
Desceremos até Santa Catarina
Para o embarque de Grasciele
Gesnner ... “ges ner... ges ner...”
Após passaremos por Lençóis Paulista
Onde vai embarcar
“O princípe da lagoa”,
que nos indicará a rota até Paris.
Pela rota da “paulista”:
Passaremos em Sumaré
Lá onde mora
A Tereza.
Amiga de minha mãe
Terezinha do Menino Jesus
E da Santa Tereza das Rosas
Que nos abençoará
Nesta viagem das rosas
Enfim das flores
Como vós...
Rose.
Além das matrículadas
Vamos pegar na Estação de Sorocaba
A mais nova poetisa deste site:
"..._A minha neta Laura Marcelino!",
Ela vai levar no colo o Caio
E ainda o Urso,
Da Senhora Morrinsson,
Não sei onde ela fica,
Se é no Estados Unidos,
Mas irá à frente,
No primeiro carro de honra
E olhará nossas crianças
As esperanças
De "Nosso País Feliz".
Em São Paulo:
Na Estação do Paraíso:
Embarcarão Ceci e Rosana – A poderosa.
Na Estação da Luz: o Professor Starcaca.
Vejamos com que roupa ela estará vestido?
A seguir, pela “serra do mar”
Desceremos até a Estação de São Vicente
Onde embarcará o escritor
Edson Milton Ribeiro Paes.
Ladeando o mar chegaremos até Parati
Subiremos pela Estrada Real do Brasil
E chegaremos a São João Del Rey,
Iremos até Poços de Caldas,
Ou passaremos por Montes Claros,
Ou então iremos a Boston,
Ou retornaremos à Pirapora,
O que precisamos e embarcar a Coordenadora
A nossa mineira encantadora, a "Fer", ou "Nanda",
Não importa é a nossa querida Fernanda Queiróz
E sob seu comando desceremos novamente,
Passando por Santos Dumont,
Para ver a poetisa de “olhos verdes”,
Ainda nas Minas Gerais. Uai, Uuuaaaiiiiíii...
Após pela mesma rota do sol
Vamos à Mauá
De Visconde de Mauá...uuuá..uuuá...
Onde embarcará a Açúcena.
Ela vai viajar na frente
A “gata borralheira”
A linda poetisa guerreira
Que com seus “olhos de gata”,
Guiará-nos à noite.
Como a atriz do “Titanic”
Que do alto da proa,
Vislumbrará o mar,
Como se fosse o farol de minha “Maria Fumaça”
Que agora terá dois faróis:
Dois “lindos olhos verdes”
Brilhantes que virão nossos caminhos
Até a Estação do Corcovado
Onde nos espera ao lado do “poetinha”
Sob a proteção do Cristo Redentor,
Civana, sua amiguinha,
E, a seguir, procuraremos,
Nem que seja para flutuarmos sobre o mar,
Pois, é na beira do M A R
Que encontraremos a minha salvadora:
"Vanessa Brandããoooooo...Uuuh, Uuuh, Uuuhhhhh...!"
Em seguida iniciaremos a travessia do Atlântico
Desceremos na Costa de Caparica
Onde na Estação 9.3/4
Estará a Diretora Joaninha,
Que irá à frente voando,
Ou, nos meus braços
(Do Maquinista...Eh, Eh,Eh...),
Pois é a Diretora.
Após vamos a Lisboa,
Estação de Santa Aplônia,
Perto da Alfândega do Jardim do Tabaco,
Onde vamos beber algo a ser servido
Por nossa anfitriã.
Ali embarcará nosso amigo MFN:
O Manuel.
Com "U".. Uuuuuuuu... ooooo.. nãããoooo.. uuuu....
O Joaquim não sei se matriculou.
Levarão-nos até o Porto,
Para embarque de Albino Santos,
Ele marcou passagem
E vai nos ajudar a achar
A Salomé,
Se é que é,
Que vamos lá encontrá-la
Pois, vocês sabem como é que é
Ela pode ter saído de Paris,
Ido para a Galícia
Mas o Carlos sabe onde encontrá-la,
Pois, vai levar sua flauta encantada.
Acho que a encontraremos na Galícia,
Ou então, em Buenos Aires,
À rua Corrientes, nº 3458,
No segundo andar,
Com Carmem Vervloet
Que só volta em trinta dias.
Pelo menos, foi o recado que deixou.
Pois disse que foi dançar tango:
Inspirado em nós:
Eu e Carmem Cecília, já estamos aqui,
Só falta a Salomé.
Então, talvez, tenhamos que retornar para a América Latina
E ver onde estão tocando e dançando:
“Uno ‘Tango Galego Spanish Guitar”.
Xiii! Agora temos mais uma preocupação.
Uma das passageira pretende ficar em Portugal,
Para achar o Português,
Aquele que "roubou o coração"
De mais uma "brasileirinha",
Como diz o Hildebrando.
O Hilde, da Enise...
E sabem quem é a brasileirinha?
-"É a Claraaaaaa..."
(Cá entre nós, sem "fofoca", dizem por aí que é a própria
Carmem Cecília), aquela de
"Amor sem fronteiras".
Mas não se preocupem,
Pois, todos nos reencontraremos
Na Escolinha da Fernanda,
Ao lado da Casa Transparente de CECI
No Jardim Encantado com o seguinte endereço
www.poemas-de-amor.net
Queiram tomar seus lugares...
E boa viagem
Phiiirriiii...
OBSERVAÇÃO: 1. Esta é uma PROSA POÉTICA INTERATIVA, pode ir aumentando, diminuindo, até todos embarcarem, ou transforma-se nas versões III, IV...
2. Em face da limitação em 10 minutos, a viagem terá de ser dividida.
Solicito as colegas poetas que vão embarcar que por favor apresentem fotografias, do tipo dessas utilizadas pelos primeiros passageiros, pois, assim todos aparecerão na "janelinha do trem". Desculpe quem ainda não inclui, mas fiquem sossegados que o trem é muito grande, como o coração deste amigo.
Líder: “Aquele que não ocupa espaços, mas cria e abre espaços para os outros”.
Agi pelo medo e fui eficiente para aquele que tinha o poder de induzir o medo.
Agi sem medo e fui eficiente para a insensatez, arrogância, fui socialista, fui capitalista e até tenho complexo de Deus.
Uma das leis do universo, descoberta por Sir Issac Newton, que a toda ação corresponde a uma reação igual e contraria deixando-o em equilíbrio, não se aplica a nós mortais.
Pois nós seres humanos somos células oxidadas, com um elétron ou próton a mais ou a menos, instáveis, soltos, errante numa busca insana.
Linus Pauling não ganhou um prêmio Nobel, em vão, nos ensinando a equilibrar uma célula oxidada. As células estão a salvo, por alguns dias, alguns meses e até por alguns anos, se você tomar o antioxidante celular.
E nós passageiros do infinito e complexo universo emocional? Existe até um livro com o título “Inteligência Emocional”.
Muitos filósofos afirmam que a única coisa que precisamos vencer em todo o universo é a si próprio.
Quando iremos encontrar o antioxidante do conflito existencial? Talvez esteja com Deus.
Pobres de nós, têm a obsessão de achar que matéria e espírito são coisas separadas, e que o universo é exterior e gira ao nosso redor.
Não estou aqui como dono de nenhuma verdade, nenhuma moral, nem pregando, nem doutrinando não sou filósofo e não tenho complexo de Deus. Estou aqui tentando ser um aprendiz de escritor. A interpretação é tua e se de alguma forma o que escrevo te tocar, te identificar em idéias ou mexer com o teu cérebro, terei tido algum êxito.
Ronald Martorano Bathke
*Publição permitida: desde que conste o nome e e-mail do autor.
"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
P’ro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo ar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar."
( O trenzinho caipira: Heitor Villa Lobos)
***
Eram três crianças de 8, 6 e 4 anos de idade.
Iriam viajar da cidade de sua infância para outra grande metrópole regional.
A viagem de trem:
Enquanto aguardavam na estação a chegada do trem que os levaria para uma cidadezinha próxima, um importante tronco ferroviário que interliga várias ferrovias que vem do interior do estado ao litoral, mais propriamente ao Porto de Santos, o que viam.
Viam as manobras das locomotivas a vapor.
Entre várias, tal como a chamada “jibóia” enorme, gigante, com várias rodas, as “Baldwins”, a que mais chamava a atenção do “menino” era uma “Maria Fumaça” pequenina. Tão pequena que nem tender ela tinha.
Ia para frente apitando, estridentemente:
Piuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuu!
Retornava, repetia os movimentos para frente para trás, tirando alguns dos vagões de várias composições estacionadas nos diversos trilhos da estação ferroviária.
E o Menino sonhava. Queria ser maquinista de trem.
Tanto que ele gostava, que em outras ocasiões, quando levava comida em marmitas para o pai, que trabalhava nas oficinas, permanecia várias horas sentado nos bancos da estação.
Via as manobras das “marias fumaças” e também a passagem das longas composições de carga puxadas por máquinas elétricas, verdes oliva, chamadas “lobas”.
Até que um dia sua mãe resolveu levá-los em uma viagem.
Nesse dia enquanto aguarda o Menino avistou ao oeste um único farol que surgia no horizonte da linha ferroviária, amarelado e a medida que se aproximava ouvia-se o barulho característico daquela famosa locomotiva elétrica, que zumbia como um grande enxame de abelhas: “zuuummmmmmmmmm”
A locomotiva devagar passava do local de aglomeração das pessoas e aos poucos deixavam em posição de acesso os carros de passageiros de segunda classe e lá quase ao final da plataforma um ou dois vagões de primeira classe.
Eram privilegiados, filhos de ferroviários.
O Menino sentia orgulho desse privilégio.
Lembra-se que naquele dia sentou-se no último banco do lado direito.
Dali podia ver que poucas pessoas permaneciam fora da composição. Alguns parentes, que gesticulavam se dirigindo aos parentes acomodados nos carros de passageiros.
Ao longe. Via um senhor uniformizado de terno azul marinho e “quepi”, com o símbolo – EFS.
Aos poucos esse Senhor vem caminhando pela plataforma, desde o primeiro carro até próximo da janela em que o Menino se encontrava.
Para e tira um apito do bolso superior de sua túnica e dá um apito estridente: “piiiiiiiiiiiiiiiirrriiiiiiiii”
Em seguida, a locomotiva apita “Foohhooommmm..”
Novo apito.
A seguir, começam a ouvir-se os sons característicos dos vagões que retirados de sua inércia estrondavam um a um e começavam a se locomover lentamente até que o carro e que o Menino está começa a se locomover, mas, sem fazer o barulho característico, o seja, o “estralo” ao ser acionado, pois os solavancos que se sentem nos primeiros vão diminuindo gradativamente e quando atingem o ultimo praticamente são imperceptíveis.
Justamente, por essa razão é que os vagões de primeira classe são colocados no fim da composição.
Este carro diferia dos demais por ter os bancos revestidos, corrediços, que permitiam serem virados e propiciar as famílias se acomodarem em um espaço particular.
Assim iniciava-se o percurso até a cidadezinha, onde passariam para outra composição, a qual seria tracionada por uma locomotiva a vapor.
Como era linda a paisagem.
Muitos locais dignos de cartões postais, o primeiro, por exemplo, a ponte sobre o rio Sorocaba, que nasce na serra de Itupararanga e desemboca no rio Tietê
Lindos lugares que por muito tempo permaneceram esquecidos, mas que hoje podem ser registrados em fotos e filmes das câmeras digitais.
Fotos que nos fazem afagar a saudade dos dias de outrora.
Mas, além dessas fotos antigas ou digitais, temos a capacidade de guardar no fundo do nosso inconsciente outras imagens e filmes de nossas lembranças.
Revendo tais filmes, verificamos que inconscientemente queremos alcançar trilhar os nossos sonhos, mas, geralmente em razão das dificuldades da lida, não o atingimos, ou então, ultrapassamo-nos e exercemos outras atividades ou profissões que nada tem a ver com aqueles sonhos.
Eu, por exemplo, adoro trens.
Simplesmente, queria ter sido “maquinista de trem”.
Mas termino este conto, simplesmente, para dizer:
À poucos dias, nesta cidade, de onde o Menino iniciou a viagem teve oportunidade de ver, aquele Senhor, em uma comemoração do retorno da “Maria Fumaça” que estava em outra cidade, onde permanecera sob os cuidados da Associação de Preservação Ferroviária, ser chamado entre outros velhos aposentados, pelo Prefeito:
_”Agora para comemorar o retorno de nossa Maria Fumaça - “Maria do Carmo” - chamo o mais velhos dos aposentados.
Puxa! Que felicidade do Menino, ao ver aquele Senhor caminhando pela plataforma da estação.
Sim. Era motivo de felicidade.
Pois o menino, já não é mais tão criança, já é um envelhescente e aquele Senhor continua vivo.
Oitenta e quatro anos.
Era o “Chefe da Estação”.
O mesmo “Chefe de Trem” que vira caminhando a quarenta anos pela plataforma da estação.
Para assistir video - poema relacionado entre em:
http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4
e em
http://www.youtube.com/watch?v=knPPSfHNm2U
Nus...
Olhos
Carne
E alma...
Entregues
Ao desejo
Perverso
Crime confesso
Delicado
Prisioneiros
Dos mais
Loucos devaneios
Que em segredo
Anseiam...
Passageiros
Dos sonhos
Mais devassos...
Sem laços
Se entrelaçam
E o amor nasce
Em um segundo
Nos olhos nus
Abismo dos amantes
De onde se atiram
Para a viagem
Mais delirante
Sem rota
Sem volta
Se misturam ao infinito
E o universo todo goza....
Nus...
Olhos
Carne
E alma...
Entregues
Ao desejo
Perverso
Crime confesso
Delicado
Prisioneiros
Dos mais
Loucos devaneios
Que em segredo
Anseiam...
Passageiros
Dos sonhos
Mais devassos...
Sem laços
Se entrelaçam
E o amor nasce
Em um segundo
Nos olhos nus
Abismo dos amantes
De onde se atiram
Para a viagem
Mais delirante
Sem rota
Sem volta
Se misturam ao infinito
E o universo todo goza....
Nus...
Olhos
Carne
E alma...
Entregues
Ao desejo
Perverso
Crime confesso
Delicado
Prisioneiros
Dos mais
Loucos devaneios
Que em segredo
Anseiam...
Passageiros
Dos sonhos
Mais devassos...
Sem laços
Se entrelaçam
E o amor nasce
Em um segundo
Nos olhos nus
Abismo dos amantes
De onde se atiram
Para a viagem
Mais delirante
Sem rota
Sem volta
Se misturam ao infinito
E o universo todo goza....
Saio desta ilha do egoísmo...
Me solto do chão
Pilotando meu avião...
Sustentação... Tração...
Levanto vôo!...
Sigo minha rota...
Desgarro-me da frota...
Busco meu universo...
Escrevo meu verso...
Vôo entre nuvens macias...
Sobrevôo terras vazias...
E alcanço as estrelas...
Onde encontro à luz...
Cumpro a missão
Que Deus me deu
Junto com o dom da vida...
Seco o pranto...
Trato a ferida...
Levo o encanto...
Colho a flor e ofereço...
Colho encantamentos...
Tiro as pedras do caminho...
Arranco os espinhos...
Deixo sempre um afago...
Espalho poeira dourada de carinhos...
Mesmo que pareça um visionário...
Mesmo que seja imenso o sofrimento
E vário...
Em cada coração solitário...
Passageiros do meu avião
No meio do turbilhão...
Tempestades de dor
E desamor...
Dôo... Dôo... Dôo...
Este amor infinito...
Tão bonito...
Guardado dentro de mim...
Mas que não é meu,
É seu...
É do mundo!...
Sentimento profundo
Que faz brotar o sorriso
Que se torna riso
E faz feliz quem tem coragem
De comigo voar
Na Companhia Versos de Amar!