Enviado por Sonia Delsin em Qui, 27/03/2008 - 13:13
TE OFEREÇO
Eu venho te oferecer.
O azul infinito.
Veja como é bonito!
Venho te entregar numa bandeja de prata
uma estrela cadente.
Não ficas contente?
Venho te dar minha boca, meu riso.
Não é um convite para o paraíso?
Eu venho te dar muito prazer.
Sei que jamais vais me esquecer.
-Bela paisagem, Zé…
-É sim doutor
-A gente até esquece que é da cidade…
-Pois é, doutor
-Zé, você nasceu aqui mesmo?
-Sim, doutor
-É Zé, eu sou da cidade grande, vida agitada…
-Hum… Cidade grande…
-A gente cresce no meio dos carros, dos prédios, do lixo, até esquece que existe isso aqui, bem perto…
-É, doutor…
-Tá balançando muito aí, doutor?
-Um pouco, mas dá pra levar. É tudo muito gostoso, a natureza, essa carroça…
-Pois é Zé, eu vou trabalhar… Ainda bem que é aqui.. nesse paraíso…
Dá prazer vir ver as pessoas doentes aqui… Elas parecem conformadas com a sina…
Na cidade, Zé, as pessoas brigam com a gente dentro do consultório…
-É mesmo, doutor?
Brigam assim, por nada?
-Mais ou menos. Reclamam que a gente faz a receita sem mesmo olhar para eles…
Às vezes querem que a gente atenda aos conhecidos usando o seu plano de saúde, enfim…
-Belo pássaro aquele, Zé…
-Cambaxirra, doutor…
-Cam-ba-xir-ra.. Nome estranho e diferente. De onde deve ter surgido esse nome?
-Sei não, doutor, sei que é Cambaxirra desde que eu era menino…
-Bela égua, a sua, Zé…
-É Betinha, doutor. Ganhei ela quando inda era potra. Antunes da Bigorna me deu… Era dívida de uns carretos de pai que ele devia….
-E você a criou assim tão bela…
-Foi nosso Senhor, doutor, eu apenas dei sal grosso com capim… Ela ficou bonita pela natureza mesmo…
* * *
-Deixa ver Zé, quem sabe ela levanta agora!
Êpa, levanta eguinha, vamos lá…
-“Dianta” não, doutor, acho que ela bateu as botas…
O senhor é doutor, poderia ouvir o coraçãozinho dela…
-Deixa ver, Zé, vou botar o ouvido aqui, perto do coração…
-Não doutor, ponha aquela joça, que fica pendurada aí na orelha…
-Ah, sim, o estetoscópio! Não Zé, acho que não adianta no corpo de uma égua…
-Mas doutor, ela não tem coração?
-Tem, Zé…
-Ela não respira?
-Sim, Zé, respira…
-Pois então, tasca essa joça logo no peito dela e ouve se ainda vive…
-Para quê Zé? Não tenho remédios aqui nem tempo para esperá-la melhorar…
-Não, doutor, é que se ela inda tiver viva, eu rezo para São Francisco de Assis e ela vive..
-Ah, sim, Zé. Você tem razão, vou ouvir o coração dela então…
Quem diria, eu, um médico aqui ouvindo o coração da égua com meu estetoscópio, nesse fim do mundo !!!
* * *
-Até a próxima, Zé.
-Té mais ver, Doutor e brigado pela Betinha!
-Se ela deitar, Zé, é só tascar a joça no peito dela e rezar para São Francisco de Assis.
-Tá bom Doutor, brigado pela joça.
Chegas tão bela Primavera meu amor
Ajoelho-me apaixonado pelo teu fascínio
Vergando todo o meu talento a teus pés
Primavera madrinha do nascer do dia dos amantes
És poesia das cores que os pássaros cantam
A magia das flores que me encantam
Um poema escrito com os olhos na tua fonte
Jorrando as maravilhas do paraíso pelos campos
Adormecidos pelo Inverno que agora parte triste
Deixando seus versos na pétala de uma flor
Rimando abraços com passos nas fragrâncias vivas
Num quadro que contempla a voz dos poetas
És musa que me acorda no bailado das ervas frescas
Uma sinfonia de alimentos á vida da terra
Chegas capital ás vénias da tua filha paisagem
Mãe sorridente dando á luz o florir das árvores
Vestidas com o branco virgem e ficam noivas
No altar do sol que as honra com amor da natureza
Para seres vitamina e avó lírica de novos frutos
Ah Primavera que inveja desse teu poder lindo
O teu ar dá privilégio á harmonia das coisas belas
Depositadas no olhar e desaguadas nos sentimentos
Se fosses mulher era contigo com quem casava
E fazíamos amor sobre um colchão de utopias
Em lençóis de rosas formando letras de paixão
Entre o cantar de novos tons á luz da lua
Num coro de cigarras ao luar dos sonhos
Primaveris na cortina da inspiração nascente
No cintilar das estrelas nos teus abraços
Que rendam a vida de muita vida Primavera
PROSA POÉTICA INTERATIVA: JARDIM ENCANTADO II - VIAGEM DO TREM ENCANTADO I ( Com destino a "Escolinha da Fernanda".
1ª PARTE:
"Maquinista dos versos
Transforma-se em Maestro
Regendo sonhos em trilhos dirigidos
Num caminho infinito
Muitos irão embarcar....
Pois a poesia não pode parar!" (Rose Felliciano).
Ó Musa aqui vale a inspiração,
Você vai aqui juntinho
Do meu coração.
Da Estação de Londrina
Vamos a Pirajuí
Piraaajuuuiiiiííí...
Buscar aquela menina
Carmem Cecília,
Pois ela vai fazer as imagens
Desta nossa viagem encantada,
Seguiremos até Cuiabá,
Pegar a Ivaneti,
No balanço do trem “cana
Ivete, cana-ivete, cana–ivete...”.
"cana-ivete, cana-ivete,cana-ivete..."
Desceremos até Santa Catarina
Para o embarque de Grasciele
Gesnner ... “ges ner... ges ner...”
Após passaremos por Lençóis Paulista
Onde vai embarcar
“O princípe da lagoa”,
que nos indicará a rota até Paris.
Pela rota da “paulista”:
Passaremos em Sumaré
Lá onde mora
A Tereza.
Amiga de minha mãe
Terezinha do Menino Jesus
E da Santa Tereza das Rosas
Que nos abençoará
Nesta viagem das rosas
Enfim das flores
Como vós...
Rose.
Além das matrículadas
Vamos pegar na Estação de Sorocaba
A mais nova poetisa deste site:
"..._A minha neta Laura Marcelino!",
Ela vai levar no colo o Caio
E ainda o Urso,
Da Senhora Morrinsson,
Não sei onde ela fica,
Se é no Estados Unidos,
Mas irá à frente,
No primeiro carro de honra
E olhará nossas crianças
As esperanças
De "Nosso País Feliz".
Em São Paulo:
Na Estação do Paraíso:
Embarcarão Ceci e Rosana – A poderosa.
Na Estação da Luz: o Professor Starcaca.
Vejamos com que roupa ela estará vestido?
A seguir, pela “serra do mar”
Desceremos até a Estação de São Vicente
Onde embarcará o escritor
Edson Milton Ribeiro Paes.
Ladeando o mar chegaremos até Parati
Subiremos pela Estrada Real do Brasil
E chegaremos a São João Del Rey,
Iremos até Poços de Caldas,
Ou passaremos por Montes Claros,
Ou então iremos a Boston,
Ou retornaremos à Pirapora,
O que precisamos e embarcar a Coordenadora
A nossa mineira encantadora, a "Fer", ou "Nanda",
Não importa é a nossa querida Fernanda Queiróz
E sob seu comando desceremos novamente,
Passando por Santos Dumont,
Para ver a poetisa de “olhos verdes”,
Ainda nas Minas Gerais. Uai, Uuuaaaiiiiíii...
Após pela mesma rota do sol
Vamos à Mauá
De Visconde de Mauá...uuuá..uuuá...
Onde embarcará a Açúcena.
Ela vai viajar na frente
A “gata borralheira”
A linda poetisa guerreira
Que com seus “olhos de gata”,
Guiará-nos à noite.
Como a atriz do “Titanic”
Que do alto da proa,
Vislumbrará o mar,
Como se fosse o farol de minha “Maria Fumaça”
Que agora terá dois faróis:
Dois “lindos olhos verdes”
Brilhantes que virão nossos caminhos
Até a Estação do Corcovado
Onde nos espera ao lado do “poetinha”
Sob a proteção do Cristo Redentor,
Civana, sua amiguinha,
E, a seguir, procuraremos,
Nem que seja para flutuarmos sobre o mar,
Pois, é na beira do M A R
Que encontraremos a minha salvadora:
"Vanessa Brandããoooooo...Uuuh, Uuuh, Uuuhhhhh...!"
Em seguida iniciaremos a travessia do Atlântico
Desceremos na Costa de Caparica
Onde na Estação 9.3/4
Estará a Diretora Joaninha,
Que irá à frente voando,
Ou, nos meus braços
(Do Maquinista...Eh, Eh,Eh...),
Pois é a Diretora.
Após vamos a Lisboa,
Estação de Santa Aplônia,
Perto da Alfândega do Jardim do Tabaco,
Onde vamos beber algo a ser servido
Por nossa anfitriã.
Ali embarcará nosso amigo MFN:
O Manuel.
Com "U".. Uuuuuuuu... ooooo.. nãããoooo.. uuuu....
O Joaquim não sei se matriculou.
Levarão-nos até o Porto,
Para embarque de Albino Santos,
Ele marcou passagem
E vai nos ajudar a achar
A Salomé,
Se é que é,
Que vamos lá encontrá-la
Pois, vocês sabem como é que é
Ela pode ter saído de Paris,
Ido para a Galícia
Mas o Carlos sabe onde encontrá-la,
Pois, vai levar sua flauta encantada.
Acho que a encontraremos na Galícia,
Ou então, em Buenos Aires,
À rua Corrientes, nº 3458,
No segundo andar,
Com Carmem Vervloet
Que só volta em trinta dias.
Pelo menos, foi o recado que deixou.
Pois disse que foi dançar tango:
Inspirado em nós:
Eu e Carmem Cecília, já estamos aqui,
Só falta a Salomé.
Então, talvez, tenhamos que retornar para a América Latina
E ver onde estão tocando e dançando:
“Uno ‘Tango Galego Spanish Guitar”.
Xiii! Agora temos mais uma preocupação.
Uma das passageira pretende ficar em Portugal,
Para achar o Português,
Aquele que "roubou o coração"
De mais uma "brasileirinha",
Como diz o Hildebrando.
O Hilde, da Enise...
E sabem quem é a brasileirinha?
-"É a Claraaaaaa..."
(Cá entre nós, sem "fofoca", dizem por aí que é a própria
Carmem Cecília), aquela de
"Amor sem fronteiras".
Mas não se preocupem,
Pois, todos nos reencontraremos
Na Escolinha da Fernanda,
Ao lado da Casa Transparente de CECI
No Jardim Encantado com o seguinte endereço
www.poemas-de-amor.net
Queiram tomar seus lugares...
E boa viagem
Phiiirriiii...
OBSERVAÇÃO: 1. Esta é uma PROSA POÉTICA INTERATIVA, pode ir aumentando, diminuindo, até todos embarcarem, ou transforma-se nas versões III, IV...
2. Em face da limitação em 10 minutos, a viagem terá de ser dividida.
Solicito as colegas poetas que vão embarcar que por favor apresentem fotografias, do tipo dessas utilizadas pelos primeiros passageiros, pois, assim todos aparecerão na "janelinha do trem". Desculpe quem ainda não inclui, mas fiquem sossegados que o trem é muito grande, como o coração deste amigo.
Eu quero um amor concreto...
Pode ser normal e discreto
como a lua em céu estrelado
insinuando campos orvalhados...
Eu quero um amor real...
Inteiro... Pleno... Total...
Como a semente que fecunda
a vida em terras profundas!...
Eu quero um amor verdadeiro
feito de afetos certeiros
que toquem o meu coração
e aplaquem minha razão!...
Eu quero um amor de carne e osso
Que me acaricie... Cafungue meu pescoço...
Que dê luz a minha vida...
Que cuide das minhas feridas...
Eu quero um amor que seja um sonho...
E não um sonho que seja um amor...
Quero beijar seus lábios risonhos...
Quero desejos usufruídos... Camas em flor!...
Quero um amor que seja só meu...
Para que eu possa ser infinitamente sua...
Quero dormir nos braços teus,
Entregar-me inteira, sem pudores, nua...
Dois corações, num mesmo conjugar...
Ritmando o verbo amar...
Dois corpos na incompletude fundidos...
Almas descobrindo o paraíso escondido!...
Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor.
A agonia causada pela ferida da paixão é delirante.
Não admito que esteja apaixonado.
Não posso ficar apaixonado sem garantias de reciprocidade.
Mas a sensação da urgência em vê-la é um indício fortíssimo da paixão.
Minhas mãos frenéticas parecem reger o balançar incessante da perna esquerda
enquanto estou sentado em frente ao meu microcomputador,
tentando desesperadamente concentrar-me no trabalho.
Isso é diabólico, demoníaco, pois aflige-me terrivelmente.
Aquela ansiedade incontrolável em vê-la, tocá-la, estar ao seu lado.
Estou apaixonado, sim, reconheço.
Esta paixão é avassaladora, tsuname, parece.
Afoga vorozmente a minha alma.
Isto não deveria acontecer, jamais.
Não quis isto e não quero isto, mas o que fazer diante de tão grande força?
Devo nadar na direção oposta da onda, contra ela?
Iria me afogar logo, certamente.
Quero ver até aonde este tsuname me levará.
Anseio por pisar na areia, pelo menos, de volta a terra firme.
Esta terra, talvez seja um paraíso, uma nova realidade, uma nova vida.
Não seria a paixão uma tentativa de transladarmos para a felicidade?
Não sei, sei que neste momento estou inerte,
sem movimentos e simplesmente devo boiar na onda do tsuname.
Enquanto flutuo ao léu, a minha mente vaga desordenadamente
A procura de suas feições como que um raio do sol
Pudesse surgir de lá e me recobrar as forças...
Força... Oh meu Deus, quantas coisas tinha de fazer ainda na minha sanidade!
Os meus planos, o interstício de trabalho sem lucro para saldar dívidas.
E agora? A paixão vem sem aviso, sem barulho, sem prenúncios.
Vem arrasando sem piedade, e quando nos arrebata,
não espera que nos equilibre e surfe-a como um esportista experiente.
Neste momento estou de pernas para o ar, mas por falar nisto,
pernas para o ar é uma marca desta paixão...
Enviado por Sonia Delsin em Sáb, 15/03/2008 - 12:57
NO QUARTO
Tirei cada peça de roupa com o olhos fitos em meu amado.
Os olhos dele grudados no meu corpo que se despia.
O olhar dele me acariciava.
Se deliciava e corria.
Ele nada dizia.
Apenas me apreciaria?
Com o coração aos pulos eu esperava.
Que ele me tomasse nos braços.
Deus, os seus abraços!
Os seus abraços têm o dom de me arrastar.
Para o paraíso me levar.
Mas ele nada fazia.
Acontece que fogo no olhar ele trazia.
Eu esperaria.
Nos seus braços não me jogaria.
Sua iniciativa esperaria.
Naquela noite quanto tempo fosse necessário eu esperaria.
Quando a última peça ao chão caiu ele me agarrou.
Sua boca a minha buscou.
O que aconteceu depois?
Fui ao céu... deparei com outra realidade.
Fui feliz de verdade.
Naquele quarto...
Minha saudade.
O meu corpo feito de água transparente,
vinda da nascente do sol em asas de condor,
caminha pela aurora da lua ingente e brilhante.
Causando tempestades de sol revoltas nos oceanos,
a fazerem a ponte entre a terra e o paraíso,
envolta em infernos de chamas feitas de cinzel.
Levado pelo pecado que tenho da sede de cinzas
que rebentam da fonte seca do meu coração.
Sucumbo à luz do dia e desfaleço no luar da noite.
Caminho errante durante todos estes anos de vida.
Não vejo, não sinto nada o que os devotos contam.
Só nestas palavras encontro uma morada de harmonia,
um abrigo diferente do nada, onde procuro o refugio,
dos vapores inflamantes que corroem em meu corpo.
Ticões crepitantes e ardentes a queimarem a fina teia,
com que ela bordei as nuvens do caos de peso inerte,
para fazer o filtro da discórdia entre a luz do sol e da lua.
"A brisa que te trouxe...
A mesma que nos envolveu...
Junto à lua e as estrelas,
Foi testemunha do maior amor que aconteceu...
Diante do céu, me prometeu o paraíso.
Nem era preciso
Eu tinha você...
E esse era meu maior prazer.
Mas a brisa transformou-se em ventania
Levou você e toda minha alegria
Como um náufrago, à deriva das dores da vida,
Assim fiquei....
Me abandonei
Afundava em mágoas, dores e recordação...
Mas Deus me pegou pela mão
Me fez reviver....
Hoje, contemplando o fim da tempestade,
Já não recolho os destroços como antes.
Levanto minha cabeça e sigo em frente...
Se tenho que tirar uma lição, fica esta:
O vento só leva, quem se deixa levar...."(Rose Felliciano)
Ah estender as mãos e tocar-te
esvoaçar-te os develos
avoraçar-te os anseios
açorar-te os apelos sentindo.
A tua cabeça debruçada no meu seio.
Ouvindo meu coração gemer por ti
os olhos gritando teu nome
consome-me esses desejos e sim!
quisera-me ser beijos em teus cabelos
orvalho nos teus lábios molhados
me acabo querendo achar meios
de soerguer teu ser apaixonado.
Delirando de amor só por mim
com amor igual ao qual enlouqueço
desesperado de amor só pra mim
pro meu fim,extremo total,começo!
Ai...ambiciono o que mereço
do que quero estremeço
do que morro isso aspiro;
ah um dia amar assim contigo
Com um amor assim, de um amor assim;
único,grande, imenso, completo, profundo
que parasse o mundo em infinitos segundos
pra gente se amar além bem além do sol!
Ah anelo secreto
enleio exposto
amor disposto
num paraíso aberto.
Deus!...com teu corpo todo no meu
nossas bocas unidas...ah a vida!
nós dois... um céu à parte e posto
com esse amor estampado no teu rosto!