Olhar fixo nos olhos cheios de afeto,
Nem ao menos piscam as pálpebras
Ainda assim as mãos molhadas
Do suor que jorra em vez de lágrimas,
No pulso uma pulseira banhada
Uma lembrança dos tempos dourados
Talvez um vestígio do amor adormecido
Que implora e anseia por um afago,
Por ironia do destino, separados!
Mesmo no agora de mãos dadas
Mesmo na frieza da apatia
Que tomou-se em toda sala.
Vibrando em nossos peitos irradia
A esperança em torno de uma vida
Que o destino sempre afasta!
Embora a eternidade diga:
Filhos carreguem seus martírios
Pois foram dados de graça.
Autor: Reginaldo Sena de Souza.