Ondas

Foto de Dirceu Marcelino

O MAR - Meu salvamento - DUETO - VANESSA BRANDÃO e DIRCEU

(Vanessa Brandão )
Em um lado deserto
Daquela linda praia.
Sentada na areia,
Admirando o mar,
Avistei alguém dentro dele.
Que tentava sair,
Mais não conseguia
O mar que antes estava com as ondas tênuas
De repente se tornou agressivo.

Ao olhar bem percebi que era um lindo homem
Tentei pedir ajuda
Mais não havia ninguém
Fiquei sem saber o que fazer
E mesmo que eu quisesse
Não poderia salvá-lo
Pois não sabia nadar.

Me vi enloquecida
Pois queria muito ajudar
E nesta hora lembrei
Que existia em mim
Uma força muito poderosa
A fé em Deus.

E foi nela que me apeguei
Para retirar o homem do mar
Aquele homem que estava desesperado
E que aos poucos perdia as suas forças.
Percebi que as correntes marinhas,
Formavam um círculo na baía,
E com os braços fui indicando
E ele foi nadando,
De acordo com aquela orientação.
Foi da praia se aproximando
Até que no local em que as ondas se quebram
Seu corpo já entregue foi levado
Por uma das grandes ondas

Que o jogou na areia

Justamente aonde eu me encontrava
Olhei pra baixo e lá estava ele
Aos meus pés desmaiado...
Mas vivo...

(DIRCEU)

Poderá parecer mentira,
Um sonho de pescador
Ou delírio de um caipira.

Mas, foi realidade
Eras ainda uma menina,
Mas alguém como tu
Vi sentada na areia da praia,
Observando o mar de longe.
Estendi a minha esteira
Na areia.

Queria chamar-lhe atenção:
Fiz algumas flexões,
Olhei-a mas ela não me via.
Não deu bola.

Adentrei na água,
Passei os arrebentos das ondas,
Mergulhei.

Virei-me ná água
Não sei mais se ela me via
E aos poucos fui adentrando
Mar adentro.
Sempre eu fazia isso
Ia até o farol.

Mil metros, para um jovem
Na época era pouco.
Mas naquele dia,
Não percebera por encanto
Que o mar estava tenebroso
E fui adentrando,
Adentrando...

De repente
Vi que tinha passado o farol,
Era hora de retornar,
Desvirei-me do nado de costas,
E dei algumas braçadas.

De três ou quatro,
Avançaria dois metros,
Mas naquele instante recuei um metro.
Mais quatro ou cinco braçadas,
Avancei meio metro.

Ah! Já fiquei desesperado.
Olhei ao ser erguido por uma onda
Para a praia e vi ao longe só aquela morena.

Não podia gritar,
Nem adiantaria
O marulho do mar era intenso
E então fiz alguns gestos,
No padrão do S.O.S.

Noutro levantar das ondas
Vi que ela desesperada
Levantou-se da areia
E virava a cabeça para todo lado,
Talvez, pedindo ajuda,
Foi quando percebi.

Ela me fazia sinais,
Com os braços,
Em círculos
E comecei
Então,
A obedecê-los,
Seguia a corrente d’águas,
Que eu não podia vê-las
Tantas eram as fortes ondas.

Mas, com certeza, ela as via de longe
E assim, confiei nela,
E atendendo suas indicações,
Comecei a avançar,
Dois metros,
Em forma de um semi-círculo,
Dez metros,
No sentido dos ponteiros do relógio,
Cinqúenta metros,
E via a medida que avançava
Em cada onda que me erguia,
Que ela me seguia,
Andando pela praia.

Passei o farol,
E sempre em círculo,
Seguindo suas indicações
Fui avançando,
Quinhentos metros
E, já podia ver
Que para trás o farol foi ficando
E fui avançando,
Novecentos metros,
Até quando
Sentia
As ondas me elevando,
E quando passavam
Meus pés ia roçando
A areia do fundo,
E não sei quantos metros
Faltavam.
Mas já era praia
E continuei,
Remando...
Não sei
E
Só acordei,
Recobrei os sentidos
Quando a minha frente vi duas pernas
D’uma linda morena e
Ela me olhava
Sorrindo.
Vivi.
E vi que ela caminhou vários quilometros
Pela areia da praia
E foi assim que me salvou.

Se não fosse ela,
Não estaria agora aqui poetando

Por isso te peço, continues,
A vida é assim...

Até hoje agradeço a Deus!

NB. Ontem indicastes o caminho,
Hoje poderei indicar o teu
E, aqui temos muitos amigos,
Vamos nos encontrar
Na Escolinha da Fernanda. Uai!

Foto de Ana Botelho

TORRENTE

TORRENTE

Sem olhar,
Você veio do nada
Sem me tocar,
Parou de pronto.
Meu coração
Bateu mais forte
Quase gelado,
Minhas veias
Cresceram
Dilataram-se
Pelo fluxo
Que o meu sangue
Veloz
Desenhava

Como fora
Um rio
Caudaloso
Que em tempo
De cheias,
Empapuça-se
De águas
Embolam-se
Buscando
Espaços,
Em estreitos
Ou rochas
Em descidas
Sinuosas

Perdida, sem noção
Do tempo
Eu fiquei
Assim, parada
Sentindo
Meus batimentos
Dispararem
De tanta
Emoção
Contida
No peito
Explodindo
Em ondas
Contínuas

Só consegui
Me acalmar
Ao perceber
Que você
Não estava
Mais comigo
Mas veja
O que descobri:
Eu preciso
Perpetuar esta emoção
Que há pouco
Tomou conta
Do meu ser
Por inteiro

Para então
Calibrar
Minhas artérias
Alquebradas
Ressequidas
De amores
Estéreis
Que não rendem
Nada mais
Que dois anos
Ou meses
Ou o tempo
Que dure
Todo o seu engano.

Foto de Ana Botelho

QUAL UMA VELHA CANÇÃO

QUAL UMA VELHA CANÇÃO

Quem é você que passeia nos meus sonhos,
Transeunte disperso, nessas estradas virtuais,
Pisando tão forte, como se marcasse o compasso
De uma infindável canção, com seus bemóis colossais.
Que tem você nesses olhos, que me despem,
Quando pousam sobre os meus pensamentos
E me levam a cantar, no mesmo tom que o seu,
Os acordes trazidos pelas ondas dos tempos.
E por que eu sempre quero a essas teias voltar ...
Já sei... é que em êxtase, sinto que a vida se aspira,
E é irremediável a vontade de não mais acordar,
De novo, isenta das alegorias, desprovida de liras.
Fechemos então as janelas da alma para sermos um só,
Deixando que apenas a chuva, lá fora, se lamente
Num tristonho, mas balsamizante noturno de Chopin,
Pois que nesse devaneio viajo...sinto-me muito bem...
Vem o sol, que reluz como se bordasse em ouro
As cortinas do meu quarto, e, desperto ao ver
A minha realidade...nas paredes, os ecos me ensurdecem,
São ainda os seus passos atordoando o meu ser.

Foto de Carmen Vervloet

CAMINHO DO SÓ

Caminho do só...

Fadas do tempo...
Acendam as estrelas em luz...
Levem, este meu sentimento
Às rotas do vento...
Libertem-me desta cruz...
A noite fez-se em breu
E perdi o rastro de Jesus.
Tropeço em sombras...
Esbarro em ondas
Que me levam sem dó...
Neste caminho do só...
A dor machuca... Fere...
Faz sangrar meu coração...
Mas não transfere
Esta minha solidão...
Na vastidão deste tempo
Conduzo meu pensamento
Que retorna a branca areia...
A dor corre entre veias
Da fria madrugada...
No tempo do nada...
No breu da estrada...
Levaram meus sonhos,
Meus lábios risonhos...
E agora sou apenas
Uma triste cena
De uma noite sem luz...
Arrastando a minha cruz...
Socorram-me fadas
Ou acabo em nada...

Carmen Vervloet

Foto de Paulo Gondim

No mar

NO MAR
Paulo Gondim
18/01/2008

E vi o mar azul
E no azul do mar, teus olhos
Como tochas de um farol
Que fogem com o arrebol
E se escondem para depois brilhar

E fiquei a olhar o mar
E pensar
Que dali poderia partir
Para mundos estranhos
Para terras encantadas de além-mar

E me encantei com o mar
E continuei a olhar
E no mar, via tua imagem
Flutuando em meus pensamentos
Deslizando nas ondas da saudade
Dos momentos de felicidade
Que vivi contigo

Foto de sentido

Mar

Nas ondas daquele perdido mar,
mergulhei em busca de riqueza.
mas maior tesouro do que o teu olhar,
não existe e disso tenho a certeza.

Procurei por toda parte,
um sorriso que me desse alegria.
no fim de tudo consegui achar-te,
pois tu es tudo o que eu queria.

Gostava de te poder dar a lua,
ser aquele com quem sempre sonhas-te.
fazer parte da vida que é a tua,
e que me ames como nunca amas-te.

Aquele brilho de uma noite perfeita,
igual ao que o teu olhar tem.
por favor o meu amor aceita,
porque sem ti eu não sou ninguém.

Foto de Carmen Vervloet

VEM... MEU AMOR

VEM, MEU AMOR...

Vem, meu amor, vem...
Vem para meus braços...
Cubra-me com seu abraço...
Aconchegue-se no meu regaço,
Que te deseja e te quer...
Faça-me mulher
Plena... Insana...
Deite-se nesta minha cama
E sacie o meu desejo...
Cubra-me de beijos...
Acaricie a minha pele...
E navegue por este rio
Que já não está vazio...
Transborda em paixão
Que em fervente ebulição
Umedece o seu corpo...
Delicioso porto
Para minhas loucuras
Explícitas... Nada obscuras...
Carícias que se vão...
E vem... Sempre além
Do que espero... Mas quero...
Sacie meu desejo...
Deixe-me ouvir o som do realejo...
Que vem em ondas
De ternura e canção
Que abrandam o fogo
Da minha ardente paixão...

Carmen Vervloet

Foto de Rosita

M A R

Mar, se estas tuas espumantes ondas
Pudessem meu triste coração lavar
Deixando-me livre deste soluçar.

Mar, se eu pudesse navegar
Ou por estas ondas deixar-me levar
Distanciando-me desta lembrança que me faz chorar

Mar, faz-me sobre ti adormecer
E ao docemente ser embalada
Conseguir este amor, que pouco durou, esquecer.

Mar, ajuda-me a caminhar
E este alguém que não teve coragem de aparecer
Junto com suas palavras da minha mente apagar

Mar, se teu espelho de água pudesse mostrar
As pessoas que são falsas e que procuram enganar
Não haveria tanto sofrimento ao amar.

Rosinha Barroso
28/01/2008

Foto de Gasv

Contrastes

Ver o sol nascer
e não ter a certeza de que
vai poder vê-lo se pôr,
com tanto resplendor.

Ver as ondas do mar
naquele vai e vem,
são como as muitas
vidas que amamos,
que vem e vão sem
ao menos avisar.

É difícil entender
o porque de viver ou
sobreviver dentro de
um espaço flutuante
que é, e que sempre
será uma complexidade
incapaz de superar o
super ar que nos
envolve, em meio
ao imenso solo
que nos dissolve.

Foto de Dirceu Marcelino

DESEJO DE AMOR

“Seguindo teu passo... Eu me desfaço”
Querendo como sempre te amar.
Vejo-te em sonhos ou onde transpasso,
Em relances ou onde fixo meu olhar.

Teus olhos me atraem e puxam num laço
Ou repuxam-me como as ondas do mar,
Ajuntam-me ao nú do teu corpo devasso
E te beijo e te amo sob a luz do luar.

Suavemente te puxo e entrelaço,
Meus braços em teu tórax e sinto pulsar
O teu coração na volúpia do amasso,

Recíproco que me faz mais te desejar
E nesse frenesi adentro ao regaço
Secreto, que só a mim quer entregar.

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