Névoa

Foto de Remisson Aniceto

Fantasia (para Rosangela de Fátima)

Ó bela Flor, purpúrea, serena,
De sutil formosura, eflúvio de rosas...
Desvelada Flor, sublime, amena,
Mescla escarlate das veias ardorosas.

Ó infinita Flor, plácida, aérea,
Rubra Flor dos meus anseios...
Visão indelével, magicamente etérea,
Lampejo de cor dos devaneios...

Ó Ros`angelical, rósea Flor mirim,
Fulgente glória dos meus sonhos,
Cobre-me com pétalas carmim!

Ó majestosa Flor, pujante e sincera,
Sê real! Dissipa a névoa do medonho,
Ó inefável Flor de Quimera...

Foto de Ventania

Por onde andam os teus olhos?

Neste meu olhar procuro o teu ser
E quase o encontro lá ao de leve
Porque recusado se foi esconder
Noutro quase sitio onde se reteve

O meu quase ser procura o teu ver
Mas este furtivo de mim se absteve
Pousou numa ave nela foi morrer
Soltou-se no quase e em mim foi breve.

Sedentos do verde na busca do ser
Procuram no horizonte um quase céu
Que junte os seus tons no entardecer

E a névoa com brisas em mim a correr
Cobrem-me de mar num quase véu
Que a noite caindo só faz verdecer.

Foto de angela lugo

Volte...

Amor partido, saudade rompida.
Coração apertado, lágrimas caindo.
Entre a névoa fina, vejo você indo.
Não quero que vá... Volte!
Preciso dos teus carinhos
Já sinto o vazio que deixaste
Como uma noite escura...
Minha vida vai caindo na penumbra
Não tenho mais a claridade
Que de ti refletia quando chegavas
Volte...
Vem trazer de volta esta luz
Que somente você possui
Não me deixes na escuridão
Não gosto de estar sozinha
Este vazio vai percorrer a minha vida
Não quero sentir esta sensação
De perca... De saudade... De solidão
Volte...
Deixe-me perder dentro do teu amor
Matar a saudade entre teus braços
Esquecer que me deixou na solidão
Volte...
Não posso nem imaginar...
Viver uma vida inteira sem teu amor

Foto de pedacinhos de mim poemas

Miragem

Mergulhada nos meus devaneios
Eu me perdia no nevoeiro
E na penumbra desse vagar...
Quase molhada...úmida!
De madrugada tão fira
Eu estava a te procurar...
Era tudo que queria
Que sensação era essa?
Meu coração acelerou
Sentia um sabitu calor
Na madrugada tão fira
Era a tua presença
Que por entre a névoa
De tão próximo eu te via
Guiada pelo sexto sentido
De um coração em delírio
Que enxerga sem íris...
Corri ao teu abraço
Como que flutuava
E de braços abertos
Já não te via...
Eu criei a tua imagem
Foi uma miragem
Que madrugada fria!...

Autora: Célia Torres

Foto de betoquintas

Primeira sagração (Sarcanomia)

Chamado
Hino das vestais aos deuses

Acabou a estação de estio,
O gelo derrete,
Vem a névoa e o orvalho.
No solo, as sementes aguardam,
Sobem os vapores,
Juntam-se as nuvens.
Os deuses preparam a chuva,
Venham e propiciem a fertilidade!
Venham sobre nós,
Façam de nossos corpos
O terreno arado e pronto.
Venham em nossos sulcos
E derramem dentro de nós
O néctar vitalizante,
Que despertará as sementes do torpor,
Para que todos aproveitem a safra.
Mostre a divindade pela verga,
Prove a autoridade pela soma.

Vesperal
Hino das vestais aos campineiros

Vinde, obreiros da colheita!
Vede que os deuses não demoram,
Cedo vem as nuvens
E os campos devem estar prontos.

Tragam as enxadas
E firmem os moirões.
Removam as pedras do passado
E as raízes do remorso.

Não podemos atender aos deuses,
Nem honrá-los com nossos serviços
Sem sua vigorosa ajuda.
Abram nossos véus sagrados
E depositem sua força em nosso templo.
Façam com seus corpos musculosos
A sagração de nossos veios,
Amaciem e preparem nossas carnes,
Para receber a dádiva divina.

Ato de labor
Hino dos campesinos às vestais

Formosas damas, eis-nos!
Nunca fugimos às obrigações,
Mal nos chamaste
E nossos membros já atendem.

Somos homens rústicos,
Simples e brutos.
Não possuímos riquezas,
Senão nossas mãos,
Nem temos nobreza,
Senão nosso trabalho.

Ainda assim nos recebe,
O templo sagrado se abre,
Nos revelando segredos e mistérios
Que são negados a reis.

Recompensados com tal honra,
Oferecemos em profusão dessa seiva
Que seus corpos pedem
Em sagrado frenesi.

Monção
Hino dos deuses aos devotos

Eia, fruto de nossos amores!
Nós viemos de longas distâncias,
Escutamos o chamado da carne
E nos preparamos para nutrir este mundo.

Eis a verdade,
O que está embaixo
É igual ao que está em cima.

Benditas são as vestais,
Que com seus véus dançam,
Chamando para si os campesinos,
Para que esta festa na terra
Se reflita no firmamento.

Assim se juntam as nuvens
E nelas derramamos o sagrado néctar.
Enchei os ventres das vestais
Com sua virilidade, campesinos,
Para que, do mesmo modo,
Derramemos a nossa seiva
No ventre da Grande Mãe.

A ninguém seja permitido
Separar e discriminar a vida.
Material e mundana,
É a mesma vida,
Espiritual e sagrada.

Partida
Hino de gratidão dos devotos aos deuses

Grandes e respeitáveis deuses!
Aos que reconhecem a paternidade
E não fogem da responsabilidade,
Nós agradecemos a propiciação!

Manifestada seja a lei,
Amor e irmandade.

Somos espirituais e carnais,
Como vós são carnais e espirituais.

Tal como vieram à Grande Mãe,
Vem os homens às mulheres.

Tal como à dádiva do amor
Não se impõe regra ou forma,
Nos unimos ao festim,
Para que o espirito se torne carne
E a carne desperte sua alma.

Não pode haver separação,
São uma e mesma essência.
Portanto venham em nosso meio
Na próxima temporada,
Enquanto continuamos a seguir
O ciclo sagrado e eterno.

Foto de Fernanda Daniela

Busca

Por mais que eu tente
Manter a visão limpa...
Por mais que eu tente
Abrir caminho por entre a névoa...

Minhas forças de nada valem...
O barco da minha vida, fica assim...
Sem rumo... Toda vez que me perco...
Que me perco de mim mesma....

E as Brumas me alcançam...
E se cercam de mim...
E é tão acolhedor...me deixar assim
Suspensa...

Se o que me causa temor
Aqui não me pode alcançar...
Fico dividida, entre dois mundos...
Entre dois caminhos....

Nas turbulentas águas do Rio da minha vida
Por vezes entro em meio as Brumas...
Mas não posso lá ficar...
Tenho que ter o controle...

Fecho os olhos...
E dentro de mim.. sinto-as chegando...
Tomando conta do meu redor...
Da minha vida....

Hoje... só o que eu quero..
É me perder nas Brumas...
Da minha consciência...
Procurando achar o Caminho.

Foto de paulobocaslobito

Perdido no eu

Nesta névoa me debruço
Para saber quem sou
Mas no luar mágico
Do que não sou
Embalo-me na tarde
Do meu ser
Em espectros
No rugente vento sereno
Onde anda a noite misteriosa
De vozes sombrias
Sendo o que sou
Do que não sou
Na procura de alguma sorte
De ser quem no fundo sou...

Paulo Martins

Foto de Coyotte Ribeiro

DOMINIQUI

Amar não será minha sorte, mas
Lutarei até a morte
Tirarei forças de minha fraqueza
Arrancarei alegrias de minha tristeza
No medo obterei coragem
Convicto de uma grande vontade
De amar inocentemente
O coração independente
De sua alma pura e
Repleta de desejos
Me apaixonando loucamente
Por cada pedaço de sua existência
Sem Ter medo de gritar que
Tudo é vindo da videira
Pertencente a sementeira que,
Descido do céu faz doce o
Prazer, doce como o mel
Suave como o vento
Alarmante como o silêncio
Implacável como a névoa
Por isso amar não é tudo
Mas colocar o amor em prática
Faz valer a pena viver
Amando você pela alma
Que nasceu em noite serena
Estrelada de rubis
Que iluminam os seus olhos
E clareiam suas pisadas
Como rainha de minha estrada
Claramente a lua se transforma
De nova em novo leva sua beleza
Pelo imenso universo
De onde ainda não se achou fim
Para amor contido em mim
E quanto mais tento enxergar o fim
Tudo que posso ver é o que posso sentir
Amor maior não há
Se não saber que estou a declarar
O que mais é válido em meu coração
Essa louca paixão que se move em emoção
Tantas palavras, consta pouco sentido
Uma frase, expressa tudo o que sinto
EU TE AMO!!!!!

Por MJPA o coração de um Coyotte

Foto de TrabisDeMentia

Sombras de sonhos

Sonhos?!
Sonho com sombras,
Sombras de sonhos.
Tento amar o que sonhei,
Abraçar o que amei.
Tudo se esfuma.
E na névoa da esperança nasce a sombra.
A sombra do sonho.
O sonho de um abraço de amor.
Tudo se esfuma.
E na névoa da lembrança nasce o sonho.
O sonho da sombra.
A sombra de um abraço que nunca te dei.

Foto de Carlos Magno

Névoa, tênue dor no vazio

Uma névoa encobre a cidade.
Não é chuva...
talvez fosse o véu da noite
e o que julgo serem velas,
sâo luzes dos olhares em insônia...
Já passa das Três, não passa de um sonho;
a névoa me envolve
como os lábios da mulher que amo.
Já não se ouvem as ruas,
já não haverá apocalipse...
Tudo será principio, mesmo no meio, mesmo no fim...
um beijo, um amor platônico, um simples até logo...
Serão madrugadas que não terminarão
antes do sol nascer...
Ligo a TV,
e todo corpo se atira num precipício sem medo da morte,
na certeza de um colo...
E mesmo na cegueira da névoa, viasse o horizonte:
tão longe, tão perto, tão dentro de mim...
O que escrevo não há sentido!
Há sentimento.
Mas o mundo não pode me ouvir;
está em transe profundo
e no fundo, todo vermelho é igual:
o dos meus olhos em choro,
o do teu sangue em jorro,
o da névoa nesta madrugada...
Um abraço agora me envolve,
mas não é do amor...
e sim o desta maléfica névoa em meu leito tão frio.

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