Mundo

Foto de diana sad

**Experimento**

Hoje ainda não dormi
Será que mais tarde acordarei?
A tarde é minha menina travessa
A noite é aliada da euforia e da tristeza
A minha madrugada passa comigo mesma tentando inventar novas palavras pra eu cantar...

Eu tô em tantos lugares e ao mesmo tempo em nenhum lugar, eu sou o que eu nunca fui com toda dedicação do mundo, para as experiências, tudo é experimento.

Meus amigos transam comigo
Gozamos em todas as posições.
Meus amores correm longe
Burocracia e nostalgia mais tarde.
Um dia alguém chega e aí sim
Eu vou ter uma outra coisa pra me distrair.

Eu tô aqui e meus ventos estão longe
Cada dia vivendo uma imensidão.
Calculo as minhas chances
São muitas, bastante.
Mas, sofro um pouquinho,
Porque tudo é experimento
Experimento!

Amadurecer
Coisas que nem passaram pela minha cabeça
Eu tenho que ter responsabilidade...
Eu acho que na verdade ter responsabilidade prós
Meus pais é você ser mais um e não incomodar a sociedade.
A nossa menina dos olhos castradores e malvados
De um carisma medíocre e inigualável.
Que não pode ser contrariada o oposto que contraria
A vida é minha pode confiar.
Eu vou andar no meio fio
O que também é se arriscar
Em cima do muro é um pouco difícil pra mim
Tenho medo de altura!
Tenho medo de altura!

Foto de Sonia Delsin

FALA CORAÇÃO, FALA!

FALA CORAÇÃO, FALA!

Eu pedia tantas vezes
Cala, coração.
Tantas vezes eu pedia.
E ele nem me ouvia.
Eu queria sufocar o sentimento.
Mas contava pro vento.
E o vento levava a mensagem.
Pros confins do mundo.
Pra eternidade.
É verdade.
No fundo, no fundo.
Te amar sempre foi uma felicidade.
E tola eu temia esta alegria.
Esta alegria que o amor me trazia.
Mas tudo pode mudar um dia.
Agora eu digo de modo convincente.
Fala, coração.
Pode gritar.
Não há mais razão pra ocultar.
É bom demais te amar.

Foto de Joaninhavoa

O Cantar dos Passarinhos

E os passarinhos cantam
Nossa Senhora
Disse!
Disse!
Disse!

Que enquanto os talos
Da videira crescessem
Que não dormisse!
Que não dormisse!
Que não dormisse!

E os passarinhos cantam
E às vezes eu paro e oiço
Teu coração falar ao meu
De um jeito... de um jeito
Que é só teu!...

E ao falar ele me diz
Meu amor... meu amor...
Eu te sinto tão feliz
No olhar dos olhos teus
Eu vejo os meus...
A sorrir!...

E vêm ventos dos quatro
Cantos do mundo
Abrir as portas
Pr`a deixar o amor passar
E as janelas são abertas
Pr`a deixar o amor entrar

E o Sol se revigora
Em todo seu esplendor
Num amanhecer d`aurora
Clara! E alegres
Os passarinhos cantam
O que Nossa Senhora
Disse!

JoaninhaVoa, In “Passarinhos”
(2008/04/22)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

SE MEU CORAÇÃO FALASSE





Se meu coração falasse,
Falaria da alegria que me contagia
De ter você.

Se meu coração falasse,
Diria da alegria de ver o seu sorriso,
Se meu coração falasse,
Gritaria aos quatros cantos do mundo,
Como é bom amar você.

Se meu coração falasse,
Falaria como é triste,
Quando não esta comigo,como sua ausência
Adormece-me.

Se meu coração falasse,
Falaria como a dor de um desprezo
Dói em nossas almas.

Se meu coração falasse,
Diria como é bom termos
Amigos, mesmo que esses amigos
Sejam encontramos na telinha de um computador.

Meu coração fala bem suave,
Tão suave que somente quem tem sensibilidade
Pode ouvir o que ele quer falar...
ANNA A FLOR DE LIS *-*

Foto de syssy

Um sonho de Saudade

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É assim que sinto sua falta,
Procurando essa imensa e vazia
Causa, nas alvoradas da manhã e
Sussurrando nos sustos da noite vou
Contando as estrelas, procurando na
Fronde calma da bruma, tua relva
E branqueada face de anjo dos sonhos
Meus.
Dizer teu nome, afrontar os deuses.
Sonhar profundo, viajar no mundo
Dos teus olhos azuis, avaliar o tanto
De amor no meu suspirar oculto.
E nos brilhos,
Nos ruídos,
No acalento profundo.
Adormeço e volto a sonhar.

.
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Foto de Sonia Delsin

NUM CONTEXTO

NUM CONTEXTO

É tão belo o mar no seu eterno vai e vem
É lindo um jardim também
Um parque
Um sorriso
Um semblante sério e misterioso
Um beija-flor arrebatado
Uma gaivota voando sobre o mar agitado
É tão bonito o perfil do planeta
Montanhas
Planícies
Os prados
Platôs
Flores por todos os lados
Lindos são os quadros
Artistas que conseguem reter a beleza numa tela
A natureza é tão bela
E eles captam a beleza
Artistas por este mundo afora
Num mundo à parte eu gosto de estar
O mundo dos sensitivos
Se é errado ou certo?
Quem pode afirmar?
Estamos dentro da vida... estamos vivos

Foto de Sonia Delsin

DANÇANDO O BALÉ DAS FOLHAS

DANÇANDO O BALÉ DAS FOLHAS

Folha, dança
Eu danço
O espírito da folha alcanço
Danço
Na calçada dou uma girada
Danço
Danço e fico na beirada
Vem uma brisa e me carrega mais um pouco
Acho o mundo louco
Danço
Rodopio
Caio na rua, o vento vem e me leva...
Leva...
Sou arremessada para um rio
E vou
Sacolejando a água me carrega
Carrega
Danço
Sou tão leve sobre as águas
E penso
Penso se devo me agarrar num toco que vem boiando
Ou se devo me deixar ir no balanço
Danço
Vou me soltando
Como folha vou bailando...
Bailando...
O que me espera mais adiante?
Uma cascata pode me afundar?
Será que vou alcançar o mar?
Ah, eu vou!
Esta é a minha meta
E vou dançando... cada vez mais vou relaxando
Sou folha que segue cantando
A música das águas...
Vou no chuá chuá das cachoeiras...
Vou nas corredeiras...
Não temo o que virá
Nada me destruirá
Vou alcançar o mar

Foto de syssy

Meu Amor em Segredo

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A minha vida se resume no tanto

De amor que não vivi, sofro em

Segredo por ti.

Corre o mundo lá fora (...)

E tenho minh’alma em demasiar sofrer.

Espreitando teus modos, do modo não visto

Por você.

Ocultando meus medos, para que meu segredo

Não seja descoberto e deixando que vá a versos

Esse amor temido.

Olhando sempre fotos de lembranças passadas (...)

Que jaz guardada por paredes frias em mim,

Paro.

E nesse amor que é só meu, vou podando flores,

Suportando os espinhos, criando tua imagem para

Não morre em mim de solidão.

.
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Foto de Amadeo Santos

Comentário / Carta Aberta

MFN, espero que esteja tudo bem consigo!
Inicio este comentário (carta aberta) alertando que vou ser longo e directo, tal como o senhor costumava ser!
Devo informar que sempre fui unicamente visitante assíduo do site poemas de amor à muito muito tempo, sem nunca me ter inscrito. Fi-lo agora para poder intervir aqui nesta sua despedida. Acredito pessoalmente que os seus dados pessoais são verdadeiros e assim sendo, digo-lhe que tenho uns anitos a mais do que os seus. Sou já um reformado profissional e um activo na vida.
Como já falei, leio o poemas à muito tempo e reconheço aqui muitos bons valores da escrita, mas quando o descobri a si deu para notar de repente que se tratava de alguém muito especial e diferente. Foi ai que fui ver a sua ficha de identidade aqui no poemas e reparei muito atento no seu perfil e entendi perfeitamente a sua sinceridade e postura de vida. A sua frase de apresentação é duma sensibilidade incrível e os seus escritores preferidos são daqueles que interrogam profundamente o ser humano. Confesso que Augusto Cury não conhecia e fui descobri-lo porque entendi que sendo um dos seus preferidos só poderia ser interessante e não me enganei.
Deixe-me olhar para você com olhos de um velho homem apaixonado pela vida como o senhor provou ser, e de um jovem de espírito mas sem já a força física de outros tempos.
Você não é fácil de ler. Não sei se devo falar assim, quero dizer você obriga a reflectir demasiado cada palavra, cada frase, cada linha e cada pensamento. Você é diferente sabe? Sabe que o leio hoje e amanhã ao reler de novo uma reflexão sua ou poema, leio já de forma um pouco distinta? E não sou eu que mudo ou o meu estado de espírito, emocional ou psíquico, são os seus escritos que lendo-os com mais atenção eles me levam para outros pensamentos e descobertas de caminhos. São autênticas missivas de conhecimentos interpelantes.
Que me desculpem os moderadores do poemas de amor, mas é uma grande perda a sua saída sem querer menosprezar o valor dos outros. Você interpelava com os seus pensamentos, eles eram atrevidos, duros e directos. Demonstram uma sustentação de experiência não calculada à sua idade (a ser verdade a informação do seu perfil e que acredito que seja).
MFN o tempo como você diz foi pouco mas o que me transmitiu foi muito. Você tem poemas e reflexões pesadíssimos de saber. Creio que não serão capazes todos de os entender à primeira assim como eu. Assumo que não os apanho logo à primeira vez que os leio e nem tenho a certeza de chego onde você quer que eu chegue. São muito enigmáticos, pragmáticos e de uma objectividade inconfundível como confundível.
Tem uma reflexão (poema) seu que quando comecei a ler ia ficando com uma ideia mas fui-me habituando a que a qualquer altura e rapidamente você me iria confundir, porque o seguimento da reflexão parecia tão fácil de entender que desconfiei e na verdade estava certo, eu lia o evidente mas o que o senhor queria dizer não era o que eu lia assim tão evidente, era mais do que isso. Aprendi que não podia le-lo tão rápido, cada palavra tem o seu peso e encaixe e quando me apercebia que o julgava estar a entender logo pensava devo estar a perceber errado. Relia e concluía que era verdade, estava a falhar. Lendo rápido o senhor, fico com uma ideia depois ela é outra quando o tenho com mais atenção e serenidade.
Você escreve sempre em várias direcções, chegou até a fazer chamadas de atenção aqui ao site do poemas, fez também reparos a sua forma de ser, deu indirectas a alguns comportamentos e tudo se manteve. Acho que as suas observações passaram despercebidas a muitos, e que até muitos não o liam porque o que escrevia era sério de mais para o que muita gente está habituada a ler. E os que entenderam as vezes que se insurgiu contra entre aspas algo, preferiram manter-se calados, pois são muito mais aqueles que gostam do facilitismo e do deixa andar do que aqueles que preferem colocar o dedo na ferida para a tratar como deve ser. Reparei que fazia poucos comentários, e argumentava falta de tempo, acredito sinceramente que sim, e reparei também que só alguns o comentavam e não seria por falta de tempo, porque comentavam outros. Mas você escreveu também sobre isso de outra forma inteligente. Li um poema que falava de um polvo duro, e percebi onde quis chegar. Você falou tanto e tanta coisa em tão pouco tempo neste site e para este site directamente. Acho que sei quem você gostava de ler, e eram muito poucos e diferentes.
A sua despedida em vídeo, com um tema tão lindo e ao mesmo tempo tão triste, faz perceber que você sai descontente deste espaço. Talvez sentindo-se um incompreendido pela maioria. A ideia de colocar a sua voz no vídeo para que pudéssemos conhecer uma voz real, triste e melancólica, não foi só para a despedida do seu amigo, foi talvez para que pudéssemos perceber e entender a tristeza com que abandonava o site. Deixou em voz viva aqui e para sempre um rosto e as suas pegadas de passagem.
A sua passagem por este site, marcou mesmo. Repare que neste ultimo escrito seu, houve um comentário de um participante que nunca o tinha feito antes, acho que percebi perfeitamente a sua intenção e acho também que foi um comentário tão falso e tão verdadeiro de infelicidade. O comentário só lhe ocorreu na hora de saída e talvez por se sentir mais à vontade com o facto de ter comunicado de que não iria responder, e também, pela sua saída o deixar com menos sombra e mais visibilidade para quem gosta dela. A atitude do comentário é de facto uma das evidências negativas com que você algumas vezes se insurgiu aqui no poemas. Você no último vídeo diz que o seu amigo era “único”. Deixe-me que lhe diga, aqui no poemas tem bons escritos, mas os seus são tão únicos. Você é um dos únicos.
A sua entrada aqui no poemas criou alguns embaraços e amuos, você cortava a relva muito baixa e em todas as direcções e isso perturbava os mimaditos da casa, aqueles que gostam da popularidade, das palmadinhas nas costas, dos beijinhos, dos pontinhos e das vitórias sem suor e sem justiça. Podia continuar a escrever mais até porque sendo a primeira vez e só porque não me podia esquivar de deixar este escrito de justiça, tristeza e apreço à sua passagem por cá. Mas vou terminar desejando-lhe a maior sorte do mundo e sei que você vai consegui-la. Você deixou perceber que conhece os seus caminhos e como muitas vezes escreveu os seus momentos e tempos.
Aqui no poemas, vou resignarmos novamente à minha postura de visitante até que apareça algo a tocar-me profundamente como o MFN o fez. Mas confesso que leio muito aqui e gosto de ler outros escritos para além dos do MFN, mas os seus eram de longe os meus favoritos.
Despeço-me com respeito.
Amadeu Vargas

Foto de Marcos Pinto

Sem título (Cada um dá o seu)

Mais uma vez encontro-me perdido, nessa indecisão, nessas lembranças do que vivi contigo, e mais uma vez o meu coração teima em precisar de ti. E eu, que já tinha apagado todas as lembranças, todos os momentos, e guardado no lado mais escuro do meu coração, onde nem mesmo a minha visão enxergava. Mas, infelizmente, lembrei-me de ti, o meu coração pensou em ti, pensou naqueles momentos felizes onde ele aprendeu que tu eras tudo, onde ele conviveu contigo, onde ele aprendeu que contigo ele estava seguro, que tu eras um sonho descoberto. Mas tem coisas que ele desconhece, tem coisas de que ele não sabe… Ele não sabe que tu mudaste, ele não sabe que os teus sonhos já não são os mesmos, que o teu sorriso já não tem a mesma cor, que a tua voz já não é aquela coisa suave que ele tinha se acostumado a ouvir, mas, ele não admitiu o fato de que tu esqueceste, porque ele acha que deu-te muito, que fez o máximo para ser inesquecível… E mais uma vez, vejo a minha lista telefónica, o teu número ainda está lá, e está gravado com o mesmo nome de registo “Meu amor”, e o coração bate forte e num ritmo acelerado, e uma pergunta paira no ar “Será que ligo?”, a razão não quer fazer isso, mas o sentimento insiste, e sem forças a ligação acontece… Mas ninguém atende, chama e continua a chamar, e mais uma pergunta surge “Será que ela não quer atender-me?”, mas o coração, essa máquina que me comanda, insiste que deve ser hoje, porque ele tem perguntas a fazer-te… e mais uma vez eu ligo, e, ela atende… E ele ouve aquele voz de outro lado, aquele “Oi” sempre tão simpático, não dá pra duvidar que é ela, e tudo começa com uma conversa normal “Oi, tudo bem?”.. aquela coisa educada de sempre, e continua assim, mas no meio, ele pede que ela pare um pouco de falar, e pergunta com uma voz meiga “Será que sentes saudades minhas”.. E ela tenta desviar-se da conversa, mas ele insite “Será que sentes saudades minhas”.. E elas responde um pouco nervosa “Eu já disse que não gosto de falar sobre isso, acabou entende!”… E mais uma vez, lá vai o meu coração tentado arranjar uma razão, um porquê, uma explicação para esta dor que lhe invade, já que habituou-se a estar com alguém, cujas promessas eram imensas, que falava sempre sobre o medo de perde-lo, o medo de estar sem ele e que se alguém o roubasse ela sofreria. Mas eram apenas palavras, todo mundo diz coisas, todo mundo faz promessas, todo mundo diz que ama e diz que vai até ao fim, mas no final não é isso o que acontece. Mas nós seres humanos nos habituamos a viver longe das pessoas que amamos, estamos sempre sujeitos a andar com as pessoas erradas, a viver sonhos que não sonhamos, a experimentar coisas que nunca tivemos a minima ideia de como seriam, mas assim aprendemos que afinal, não devemos escolher quem amar, não devemos olhar para uma pessoa e dizer “Ela será o meu grande amor”, nós podemos nos surpreender com as pessoas, nós podemos amar a criatura mais feia, gostar da pessoa mais quieta, prontos, interessar-se pela pessoa mais anormal possivel, ninguém sabe comandar isso, ninguém controla os seus sentimentos a 100%. Por isso, eu não vou dizer que te esqueci, não vou lamentar pelo que ainda queria viver ao teu lado, tu seguiste o teu rumo que eu antes não apoiava e não queria aceitar, mas agora percebo que eu não mando em ti, que eu não posso controlar ninguém e nem dar opiniões sobre as decisões de cada um, ninguém pode interferir no sonho dos outros.
Tu magoaste-me, e é claro que irão magoar-me várias vezes nesse percursso, e eu também vou faze-lo com os outros, mas tu magoaste-me ainda mais, porque conseguiste destruir o amor e ao mesmo tempo a amizade que tinhamos. E agora, eu liguei para ti, não para tentar procurar respostas, e quando perguntei se tinhas saudades minhas, não questionei sobre as saudades do nosso relacionamento, mas sim, sobre as saudades do amigo que fui, da pessoa que sempre te apoiou em tudo, que sempre deu a sua ideia, a pessoa que nesse mundo só te deseja uma coisa “que sejas feliz”, comigo ou longe de mim, esses são e sempre serão os meus maiores desejos, e é claro que em tempos atrás mas não consegui, e não me arrependo por isso, porque finalmente te esqueci.

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