Morte

Foto de José Herménio Valério Gomes

AS PALAVRAS QUE NÂO TE DISSE

Pai recordo ainda agora
Como tudo se passou no teu quarto
Estava pròxima a tua hora
Quando senti de ti um infinito abraço

Os teus olhos sorriram-me no silêncio
Ao moverem-te daquela cama
Eu queria e näo consegui naquele momento
Chorar o meu coraçäo em chamas

Pai eu sei que no teu ultimo sorriso
Que se vía nos teus olhos iluminados
Havia um desejo em ti contido
Coisas que nunca na vida haviamos falado

Aquele sentimento de Amor de Pai
Que eu vi ir na morte contigo
Eu queria tanto e näo volta mais
Nos momentos que eu tanto preciso

Nos anos que väo passando por mim
Sinto que me esqueci de te falar a tempo
De tantas coisas sem mais fim
MEU PAI ,MEU AMIGO
Tu nào estàs mais e eu vou vivendo este lamento.... zehervago

(Pai onde quer te encontres neste e em outro momento
quero dizer que ficarà o sentimento que houve sempre algo dentro das PALAVRAS QUE NÂO TE DISSE)

Foto de Paulo Master

O Mal Irremediável

Nascer, crescer, morrer. Um ciclo necessário para o bem da humanidade, não apenas um mal irremediável, mas uma realidade sublime, uma dádiva. A função da morte é primariamente permitir a evolução.
Eu vejo a luz! Expressão que ironicamente deixa de existir a partir do momento em que nos deparamos com ela. Após a morte é possível ver a “luz”? No momento em que a luz se tornar visível passará a ser impossível afirmar sua existência. Pacientes terminais que vivem experiência quase morte tem a convicção afirmativa que estiveram lá. A fé não apenas nos leva a creditar a morte, nos faz também acreditar que estamos vivos e podemos seguir adiante.
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas do deus Odin, belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros iriam morrer.
No campo real essa hipótese deixa de ser uma opção viável, pois é difícil aceitar uma perda. Como seguir em frente sozinho? Um sentimento corrosivo, destrutivo e desleal entra em cena nos tomando as forças, forçando-nos a digerir o triunfo da morte. A definição da morte extrapola o senso comum, um termo pejorativo que exprime um sentimento desagradável e mordaz.
Poderíamos aceitar a concepção da morte como a volta do filho pródigo, aquele que voltou para o seu verdadeiro lar, os braços do pai. A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. Uma linha tênue. Os que continuam a viver seguem em um mundo de equilíbrio precário, frágil paz de espírito, uma simples lembrança pode destruir toda sua harmonia. As lembranças são imagens diáfanas de contornos além do surreal, mas que carregam uma figura caracterizada pelo uso de uma referência evanescente. Sucumbir à difícil transição é um ato doloroso. A teoria da “extinção absoluta” personifica a morte, tornando-a real e absolutamente possível embora duramente aceitável.
O escritor sábio do livro de Eclesiastes disse que o dia da morte é melhor do que o dia em que se nasce. (Eclesiastes 7:1).
O sentimento condescendente é complacente a dor de outrem cria uma ligação profunda entre os seres humanos. Afirmações de profundo pesar; pêsames que exprime ou inspira tristeza sombria; fúnebre. Contudo, já nascemos obstinados ao fatídico fim, estigmatizados ao necro acontecimento. A morte, aceitando-a ou não, faz parte do ciclo da vida. O nascimento é o precursor da morte.

Foto de zzPri

SALGUEIRO CHORÃO

"Salgueiro chorão com lágrima escorrendo
Por quê você chora e fica gemendo?
Será porque ele lhe deixou um dia?
Será porque ficar aqui não mais podia?
Em seus galhos ele se balançava
E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava
Em sua sombra abrigo ele encontrou
Imagina que seu sorriso jamais se acabou
Salgueiro chorão pare de chorar
Há algo que poderá lhe consolar
Acha que a morte pra sempre os separou?
Mas em seu coração pra sempre ficou."

(Lembro que foi o primeiro filme que assisti no cinema, tinha em torno de 8-10 anos, apartir dali descobri que eu amo poemas..... "Meu primeiro amor....por Vada, uma menininha de 10 anos que descobre o amor pelo seu amigo Thomas que por uma fatalidade morre, ela declama essa poesia que fez para seu primeiro amor")

Foto de Izaura N. Soares

Haikais das palavras

HAIKAIS DAS PALAVRAS
Izaura N. Soares

Boicote no céu
As estrelas sumiram
Noite de chuva.

Cortando no céu
Um vento agressivo
A luz se apaga.

Céu abatido
As nuvens carregadas
Choro tristonho.

Tempo desnudo
As árvores caídas
Morte das folhas.

Falar de uma flor
É falar da essência
Do amor em chama.

Revolta do mar
As pérolas sem brilhos
Ostra fechada.

Foto de Edilson.RL

Medo

Só tenho medo da vida,
Pois, respiro.
E isso me dói de sentir.

É algo que me importa,
Mas não posso controlar,
É automático, vingativo.

Se tenho medo da vida ?
Sim, mais do que da morte,
Pois, a vida é longa,
E a morte passa despercebida.

A vida é como os meios da semana
Longos que doem só de pensar.
A morte não...
Nem se vê passar.

Mas não tenho medo da vida
Como todos pensam.
Pois, sei que terei saudade dela
Depois da coisa chamada Morte.

E se terei saudade,
É porque vivi,
A vida, vingativo.

Digo também que tenho medo de mim,
Muito mais do que de Deus.
Aliás... Das obras dele.

Não confio nas pessoas,
E, como sou pessoa,
Não confio nem mesmo em mim.

Sou um ser incerto, lógicamente.
Mudo de escolhas facilmente,
Não sei se existo mesmo...

Se existo, tenho medo.
Se tenho medo, não existo.

E assim sou.
Acredito mais em Deus do que em mim,
Mesmo na voz passiva,
Mesmo existindo milhares de formas
De escrever a mesma coisa alí...

Acredito no medo da inexistência.
Existo na crença do medo.
Tanto faz.

Meu Blogspot: edilson-ladopoetico.blogspot.com

Foto de Edigar Da Cruz

Poço De Jade!

Poço De Jade!
Vale Tudo Na Vida?
Vale de tudo no valete da vida,..
Qualquer que seja o sofrimento que venha passar
Qualquer que seja, a situação o melhor e o que se vai tira da própria vida,.
Se a cada dia um pouco um sempre,.
a cada sempre um pouco mais de cada novo dia,..
Sem cobrar ou exigir aprenda á ser feliz de dentro para fora e de fora para dentro, são eles os merecimentos,. Busque no próximo um meio nunca o fim dele,.
Sinta a natureza entender a morte que é natural da vida..
Antes que ela chegue ao final,. Vai consegui tudo que tempera e faz a vida,. Começando pelo amor a vida é a humildade tudo tem sua hora exata de conquistar e buscar se não consegui-o ainda e porque ainda não é a hora certa.
E reconheça os erros e valorize as virtudes,.
Saiba exigir dos demais antes interlig o seu próprio exigir e cobre da vida de si mesmo e a vida não é aquilo que se encontra mais aquilo que já encontrou e nem percebe isso e diga sempre ,que há vida sempre foi repleta de oportunidades e sempre busque as suas e seja feliz.

Seja você também um cultivador da vida,.
Cultive boas sementes sempre, e seja o encontro perfeito da própria felicidade,e seja feliz conquistas feito um pedra linda de jade.

Autor:Ed.Cruz

Foto de Bruno Silvano

O Lugar

Estando no meio de tudo
No meio do amor
No meio da violência
No meio da dor

Batalhas, lutas
Haverias lugar onde morar?
Onde dois seres habitassem
Onde dois seres soubessem se amar
Lugar onde não aja a dor
Onde o amor não de lugar ao temor

Lugar onde a esperança
Não significa morte
Não signifique ganância

Lugar esse existiria a paz?
Ou seria sonho de um povo medíocre
Que sequer sabe compartilhar

Lugar onde o povo fosse livre para sonhar
Onde não fosse preciso correr
Onde não fosse te que pagar
Para poder viver

Lugar onde fosse possível ter um coração
Sem ter angústia
Sem que aja cobiça e ilusão

Lugar onde se unir
Fosse força
Não precaução

Lugar que exista
Não que se baseie
Em historias de artistas

Seria possível amar-mos?
Sem morte, roubos...
Sem termos que decepcionarmos?

existiria herói?
Num lugar onde o povo se corrompe
E se destrói ?

Lugar onde não existira nada mais que o amor
Onde todos compartilham sua felicidade e dor

Foto de Lorena Scath

Procure-me

Procure-me no silencio dos apaixonados
Como lágrimas de um triste olhar eu estarei contigo
No acalento do teu choro ,no desafeto do teu coração, presa na imensidão da noite, no imaginário dos teus sonhos, nos sonhos.
Eu estarei no sangue que jorra dos teus cortes, no frio da morte que chega de vagar, no mais profundo do que chamamos de amor!
Na vida que se desfaz nos fios do destino, no que tanto admiro na escuridão dos teus olhos, nos olhos.
Não se prenda com os sonhos, não se iluda com a morte.
Chore... As lagrimas são as respostas...
Espere-me no brilho da noite enluarada ou na chuva de um triste amanhecer.
Beije-me através de tuas lagrimas ou nas gotas de sangue que escorrem pelo teu corpo.
Ame-me no cheiro das flores que me contornam leito eterno...
Banhe-me com teu afeto, me acorde com teus desejos e pedidos de amor.
Que mesmo aqui eu ouço, espere-me no que chamas de sono, aceite-me do jeito que sou, me ame com o olhar de um anjo, anjo do amor...!

Foto de Markitoo

Amor a distancia

Minha vida sem ela
não é a mesma já
Apenas o vazio dela para mim
Revelou-se a inexistencia da verdadeira mulher
Talvez eu não tenha mais experiencia assim
Porém com ela o pouco foi a escrita sem fim...

Eu não sei se vou consegui viver como antes
Mas algo é certo garota assim não tem mais nenhuma.

Mesmo que ela tenha namorado
Mesmo que não vejo há anos...
As suas palavras me mostraram o amor dentro de min

Não adianta quem for que seja seu namorado
Minha demostração será a mesma por você
Talvez a paixão do seu namorado pode ser intensa
Mas a minha será até a morte.

Foto de SANDRA FUENTES

TRÊS

Então descobri como é o silêncio da morte. Assisti ao desencanto dos sobreviventes que não sabiam ao certo o motivo da celebração. Arrastam-se com um orgulho mentiroso por não terem conhecido o lado onde me encontro agora. Conto os dias para a minha ressurreição, mas temo por nascer de novo. Pretendo permanecer onde a mudez é regra. Tento traduzir o que minha alma canta. Não entendo mais seu idioma. Muito menos o que escrevo. E a solidão é faca sem gume. Cega, sádica, violenta. Corto meus cabelos, corto meus pulsos, corto relações com a luz do dia. Releio meus textos de trás pra frente. Até que um dos três morra...

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