Enviado por Melquizedeque em Qua, 15/12/2010 - 19:43
Ao olhar as montanhas, respirar a luz do sol... vêm à tona reflexões, multidões de indagações, uma tela de desilusões remanescentes das vãs privações.
Sem se preocupar com o universo a sua volta ela encontra dentro de si símbolos que lhe mostram como entrar cada vez mais em mundo que a ensina a arte do observar. Quem mostrará a ela sua própria imagem refletida nas pedras da lua?
Olhos frios que se deleitam em olhar o espelho da alma, que mudam de foco, mas nunca se desarmam. Cortando o tecido da realidade ela encontra mudanças, vasculha lembranças e sem querer observa aquilo não existe.
Essa vida pueril que se passa, ela analisa fora de sua própria existência. É como paginar um livro velho quase intocável onde re-aparecem os gritos do vazio, que vibram cada molécula de ar em sua volta. Mundo do nada! Mundo dos ensejos!
Ela existe em cada pensamento fértil... Ela é o adubo do seu próprio desprezo. Mastiga palavras e engole respostas. Pupilas que se dilatam no sofrimento e bramam gritos que implode seu ideal de ser. Loucos pensamentos existem em cada sílaba que ela não pronuncia! Seus dentes tornam-se cadeias e prendem uma loucura desesperadora.
Quem é normal? Quem pode ser a norma? Quem já foi o impossível? Tudo o que ela busca é seu próprio mundo, suas próprias leis, seu próprio tudo dentro desse imenso nada!
Sou seu amigo imaginário! Existo em seus símbolos mascarado com umas de suas personas mordazes. Não sou convidado! Entrei nesse “seu mundo” como um vírus... E estou à espera de ser destruído para que você cresça e se fortaleça.
Alguns conhecem seu eu, outros conhecem seu sim... Mas todo o resto admira o seu talvez. Sábio talvez! Tão certo com essa aristocrática incerteza. Continue assim, purificando o mundo dessa degenerescência intelectual. Conte-nos suas certezas brincando com todas essas falácias... Ascenda o fogo e veja essas verdades se transformarem em cinzas!
(Melquizedeque de M. Alemão, 09 de dezembro de 2010)
Eis que chegas-te e sentaste-te ao meu lado. De longe os teus olhos pretos iluminavam o meu ser. Aqui tão perto de mim, o meu coração treme e o prazer aumenta à medida que tu respiras. Os teus lábios brilham e pedem os meus, o meu ritmo cardíaco aumenta, o teu olhar hipnotiza-me. Ao mínimo contacto eu sinto a energia do teu corpo, quente e fogoso a passar pela minha pele. Será que ela sente o mesmo, eis a questão que neste momento inquieta a minha mente. As suas mãos alvas e delicadas anseiam o carinho e a atenção. Os meus lábios anseiam carinho e atenção. Os meus lábios anseiam o seu corpo, atravessando vales, montanhas e planícies. Agora tenho que fugir, não posso mais ficar, o meu coração sangra e o meu espírito escurece pois está na hora de partir. Sinto que a luz vai enfraquecendo á medida que a distância aumenta.
Outro momento entre outros muitos, efémeros como a vida e joviais como o chilrear de um pássaro pela manhã.
Te alcançaria ainda que estivesse no alto das montanhas.
Sentiria seu cheiro louco, mesmo estando em uma perfumaria.
Te acharia de longe pelos seus olhos, olhos que não cansam de me ver nua.
Se cobrirem a minha face para adivinhar se é você ou não, te digo:
- Que saberia pela sua energia.
Sou o visitante inesperado
Que nunca pede licença
Sou o peregrino abençoado
Valor de toda crença
Sou a causa das voltas e revoltas
E dos jogos de conquista de onde não se espera a sorte
Sou o prêmio de quem vive, de quem volta
Das batalhas, das penúrias, de quem viu a própria morte
Sou o sustentáculo dos bons, força motriz demais capaz
De mover trens, montanhas, céus
Sou lenha de incinerador que queima o peito, que desfaz
Os sonhos com o amargor do fel
Converto todos os sentidos, subtraio todo o juízo
Do ser ferido por meu dardo
Apago toda a alegria, lanço o pranto, escondo o riso
Sob o peso do meu fardo
E se pergunta quem sou eu, que bem ou mal se sucedeu
Por quê do gosto ou então da dor
Respondo a este que leu sobre os prodígios feitos meus
Sou nobre, puro, intenso: Amor
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 06/11/2010 - 13:57
POESIA: ANTÔNIO JOSÉ
FOTOGRAFIA: ROBERTO MATHEUS
EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA
NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO
Homenagem a cidade do Rio de Janeiro pelo poeta Antonio José ( Antônio Poeta ) e fotografia de Roberto Matheus
Não é toa que te chamam de cidade maravilhosa
Galante cidade majestade,
A mais hilariante e elegante,
Vanguarda e empáfia do Brasil.
Gracioso Rio, metrópole nota mil.
É lastimoso seu nome ser masculino,
Contudo isso não importa, pois sua beleza
Exagera em pueril feminil...É muito mulheril.
Rio da mocinha, da mulher e da coroa
Super-abundamente lasciva, instigante e gostosa.
Claro não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!
Rio batizado por água e sal,
De samba e apinhado de bossa,
De esportes e verão o ano inteiro,
Da boemia sadia e hiper-glamourosa
Rio de civilização independente, ditador
De cultura, de eventos e manifestos políticos
Rio de montanhas e mata Atlântica e dos
Saraus mais alegres do país.Rio de pele ardente e morena,
E consciência vaidosa. Rio efervescente, de gente bonita
e sedutora, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa.
Rio da poesia, da ilha de Paquetá,
Rio do mais sensacional réveillon
E do povo mais lúdico e hospitaleiro.
Rio capital imperial e da república inicial,
Meu adorado, meu dourado Rio de Janeiro.
Rio dos tamoios e de todos que nasceram aqui
Rio de todos que o amam e o adotaram de coração.
Rio hoteleiro, gastronômico, de museus e monumentos:
Para sempre meu afável Rio, continuará a ser entre todas
As cidades dessa Nação, a mais urbana, acalorada e generosa.
Tácito, meu Rio, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!
Rio, alento dos poetas; cineastas, atores;
Músicos, escritores, fotógrafos e chargistas:
Rio genitor e acolhedor das artes e dos artistas.
Rio de caráter concubino,urbe tropical e garbosa
Rio de mar aberto e do Cristo alto de braços abertos
Rio de todas as religiões, crenças e de todos os idiomas.
Rio de pendor lírico,labor, lazer,prazer, amor e de humor
Rio dos reais gozos, culpas, sabores, cores, opiniões e aromas
Rio de clemência igualitária, sensibilidade, parceria e filantropia.
É verdade, meu Rio, não é à toa, que te chamam de cidade maravilhosa!
Eu sou um rio de águas tranqüilas.
Seguindo o meu curso, e refrescando as raízes das plantações que nasceram ao redor.
Sei que meu destino e o mar, mas não sei onde fica, se está perto ou longe. Só sei que esse é meu destino final, onde junto com uma imensidão de águas eu viajo sem destino, sem rumo, sem certeza de nada, mas uma coisa eu tenho certeza que você está sempre comigo, por que.
Você é o vento.
Quando estava eu seguindo meu curso sem esperança de nada, sem vontade de chegar a lugar algum , quando eu não me importava de ser transformado simplesmente numa poça de água, você apareceu...........
Chegou como uma brisa, suave refrescante, acolhedora.....
Foi me empurrando, mostrando-me a importância de ser um rio, e quando estou triste, você brisa..... aparece, e mergulha dentro do meu coração me jogando pra cima, me sacudindo e fazendo meu coração palpitar mais forte, igual um furação furação, seguimos nossos destinos um juntinho do outro como se fossemos um só , um só coração um só olhar um único amor
Verdadeiro, sincero, e único porque o nosso amor e para sempre o mar não pode se afastar do vento e o vento não podem afastar-se do mar, por que um completa o outro e juntos movem montanhas.
Às vezes nas imensidões da noite, me encontro solitário, e logo começa a ventar sinto você chegar, invadindo meu coração mergulha dentro mim levando me a completa felicidade você vento mergulha dentro de mim e você sopra tão forte que formamos grandes ondas e onde mais parecemos um tufão, a força do nosso amor e incrível, e inconfundível e a verdadeira paixão, e assim caminhamos sempre de mãos dadas e seguindo sem falar muitas palavras porque no verdadeiro amor quem fala é o coração.
Amo-te minha Jiuliane você e a mais linda poesia, mais linda canção.
Dia 28 é nosso dia obrigado meu amor por você ser tão especial!
Do seu namorado Altemar
PINTANDO...
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Pinto o amor com cores eloquentes.
Pinto as imagens de tons degrades.
Pinto a vida com a cor mais intensa
Pinto teus olhos com o imenso mar.
Pinto tua boca com sorriso perfeito.
Pinto teu rosto com traços de ternura.
Pinto teu sorriso com um quê de mistério.
Pinto teus cabelos voando ao vento.
Pinto as gaivotas dançando no céu.
Pinto o contorno verde das montanhas.
Pinto a relva que recebe as flores silvestres.
Pinto o vento brincando em aspirais.
Pinto o sol secando as roupas nos varais.
Pinto o som na harmonia que se segue.
Pinto o bater das asas do beija-flor.
Pinto a borboleta beijando a flor.
Pinto a tua imagem em branco e preto.
Pinto tua alma em esplendor.
Pinto tua falta com tinta sem brilho.
Pinto tua ausência com cristais transparentes.
DOCE ESPERA
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Inúmeras vidas eu vivi, esperando você chegar.
Fui mil canções de amor, pensando em ti.
Te esperei imóvel, como as pedras cravadas nas montanhas.
Como flores noturnas, esperando o orvalho ao amanhecer.
Como um sopro de vento forte, desfazendo a calmaria.
Esperando você chegar, fui os dias que se seguiram.
As noites que chegaram, as manhãs com cara de preguiça.
Eu fui a chuva caindo, o arco-íris se abrindo.
Fui as flores se abrindo, numa melíflua magia.
Fui areia solitária, esperando a maré inconstante chegar.
Fui versos de amor, em poemas que escrevi.
Fui a distancia entre nós dois.
Fui a espera, longa e interminável.
Fui eu, fui você, fui nós.
Fui muito mais que tudo isso...
Fui o tempo perfeito, esperando você chegar!
Cecília-SP-10/201*/
PS/ inspirado no poema "Canção da Espera, do livro Velho Moinho"