Medo

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS

É PRÓPRIO DE NÓS DOIS
Por: William Vicente Borges

É próprio de nós dois , esquecer do mundo que nos cerca só para ficarmos juntos num momento eternizado na história da esperança.
É próprio de nós dois, permitirmos que o dia vire noite e a noite vire dia sem nos apercebermos que o tempo está passando a nossa volta tentando nos parar.
É próprio de nós dois , olharmos um para dentro do coração do outro e ainda assim imaginarmos que de alguma maneira ainda existem sentimentos que ainda não foram examinados em toda a sua intensidade.
É próprio de nós dois, rirmos até o extremo da alegria e logo em seguida chorarmos a distância que nos é imposta , que nos é proposta e que ainda assim é a nossa sorte.
É próprio de nós dois, rirmos um do outro e chorarmos um do outro num misto de prazeres e dores que inoxorávelmente nos arremetem ao limiar das nossas emoções mais profundas , que nos deixam as vezes mudos e sem ter a mínima vontade de entender nada.
É próprio de nós dois, corrermos o risco de estarmos num interminável colóquio emocional onde permeiam o amor e o respeito em doses nem sempre homeopáticas.
È próprio de nós dois, lermos os pensamentos um do outro, ou será lermos só o que nos interessa saber numa cumplicidade total de vontades.
É próprio de nós dois, nos darmos as mãos e não querer soltar mais, querendo que tudo nos fosse favorável até que o infinito nos presenteasse com a segurança que ansiamos.
É próprio de nós dois, tentarmos disfarçar sentimentos que hoje nos são totalmente impróprios, mas que cabe bem em nossa concha submarina que se chama amar.
É próprio de nós dois, sermos mais que amigos , sermos mais que almas, sermos mais que dois, sermos um, um só momento, sentimento, cabimento, acanhamento, e ainda assim não admitirmos nada que vá além do puro e simples momento de conversar.
É próprio de nós dois, querermos olhar o futuro e não nos vermos lá, juntos, caminhando, ou de joelhos a orar, como se tudo já estivesse traçado e que nada nem no céu e nem na terra fosse capaz de alterar, mas ao mesmo tempo vagueia no interior mais distantes de nossas almas uma esperança bem vaga de que pelo menos antes do tempo final de cada um, possamos ter a chance de pelo menos uma vez só, só uma vez, talvez possamos nos encontrar para sempre.
É próprio de nós dois, querermos ir além do que os outros podem ir, sem receio de sermos felizes novamente sem medo de fracassar ou do que os outros irão pensar.
É próprio de nós dois, nos olharmos no espelho e nos sentirmos um pouco pequenos, sem jeito e pensarmos: já que Deus ousou nos abençoar , Ele poderia ter nos feito um pouco maiores ou mais bonitos, e é aí que nos enganamos mais uma vez . Pois Deus quer nos abençoar como Ele nos fez.
É próprio de nós dois, amarmos intensamente e por isso sofrermos também e para piorar ter a terrível mania de sempre se apaixonar na hora errada, pela pessoa certa, no tempo errado.
É próprio de nós dois, olharmos demais para as nossas incapacidades ao invés das possibilidade, e se rompemos e seguimos em frente é por pura obra da providencia.
É próprio de nós dois, ser, e realmente ser quem somos , sem máscaras ou dissimulações, e isso é o mais chocante, pois sendo quem somos estamos fadados a parar de nos contatar, a parar de nos alegrar.
É próprio de nós dois, não fazermos loucuras, não agora,não neste momento, não neste tempo, não neste contexto de vida, tua vida, muitas vidas que estão ao redor das nossas e que no sugam sem parar.
É próprio de nós dois, sonharmos um com o outro, mas sem deixar que tudo não passe de um sonho, só para lembrar depois.
É próprio de nós dois, nos abraçarmos, darmos as mãos, olhar nos olhos e dizer coisas um para outro que nunca serão esquecidas vivendo o vértice da imaginação e realidade.
É próprio de nós dois, pegarmos o papel e nele colocarmos nossas palavras mais vivas, mas ao mesmo nunca escrever o que no coração foi gravado com fogo, e que só nós podemos ler.
É próprio de nós dois, esta razão sempre presente, este juízo sempre inerente, que nos refreia, que inibe as palavras, os sentimentos, que nos induz a não continuar e que um dia dirá de forma implacável: __Se afastem!
É próprio de nós dois, esperarmos pelo dia do não, pelo dia do adeus, pelo dia da separação, pelo dia da distância, pelo dia do inevitável fim de nossos momentos, sonhos, ilusões e tudo o mais que acompanha este amor infinito.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, guardarmos as lembranças.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nunca se esquecer de quem foi especial um dia.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, nutrirmos sempre uma mínima fagulha de fé de que Deus marcará na eternidade um momento para nos revermos.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, entender bem que tudo o que nos aconteceu foi inicio e que os sentimentos foram únicos, que os motivos foram puros.
Mas ainda bem que é próprio de nós dois, remexermos nas lembranças antigas e nos depararmos com algo que nos faça lembrar um do outro, então choremos de saudade, mas também de alegria agradecidos porque tantos momentos maravilhosos existiram.
Porque tudo isso é bem próprio de nós dois.
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Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

Foto de heisenhein

Só você...

E quantas vezes eu falei do amor,
Pensando em você, vivendo você,
Respirando você, sentindo você como for...
E quantas vezes eu tive medo de te perder,
Como eu amo você dessa forma tão louca....
Você aos poucos me ensinou a viver,
Aos poucos foi me conquistando,
Agora já nem sei mais o que fazer...
Apenas sei que estou te amando....

Foto de Rosamares da Maia

O CIRCO DE DAYSE

O Circo de Dayse

Palhaço solitário deserdado, sem circo,
Faz da vida a piada, lona e picadeiro.
Malabarista por destino desengonçado,
Dribla a falta do cenário, ensaia e encena.

O seu texto? A comédia diária da sua vida.

Trapezista sobrevivente do dia a dia se atira,
Sem rede, com medo, sem prumo, sem rumo.
Em baixo o pesadelo na garganta dos leões.
Queda livre, pirueta ousada, abuso fatal.

Bem próximo de ser devorado, no quase,
Cai no sono profundo embalado no riso,
Ouve as gargalhadas das crianças. Dorme feliz.
Sonha com as peripécias da vida de palhaço

Salvação atrapalhada, de muitas trapalhadas.
Sonha com o seu quarto – O que nunca teve.
Vê janelas pintadas de azul, viradas para o sol.
Um quarto branco com duas amplas portas.

Uma a da entrada, a outra a salvação da saída.

Quando entra é Arlequim, dor e lágrimas,
Palhaço insosso e triste de um mundo que pesa.
Quando sai é palhaço da periferia, nome Alegria.
Canta, rola cambalhotas na grama verde.

Vê o céu, janela azul e irreverente faz careta,
Reverências para uma plateia que o espera.
...Senhoras e Senhores – Tam, taram, tam tam!,
Que rufem os tambores!

“E o Palhaço o que é?...Hoje tem sim senhor!”
Acorda! Vamos palhaço! O show é a vida.
E o espetáculo vai recomeçar.

Rosamares da Maia

Foto de Maria silvania dos santos

Quem é você? Quem é você que está sempre mudando de humor?

Quem é você? Quem é você que está sempre mudando de humor?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

_ Quem é você? Quem é você que está sempre mudando de humor?
Fala de amor, mas não sabe o real valor deste sentimento?
Diz gostar gostar de alguém mas nem mesmo sabe quem, e então?
_ Quem é mesmo você?
Você quer um bem querer, diz ninguém amar de você, mas no fundo, nos sentimento tem medo de se perde, de demonstrar a alguém, que
você ama também e este alguém te fazer sofrer.
Enquanto na verdade, na sua realidade,você já está
Sofrendo, sofrendo calado, coração está acelerado, deprimido, ferido pela força de uma solidão.
Muitas vezes, você se esconde por traz da realidade, ou mesmo por traz de um monitor, pra esquecer suas dores sem que ninguém veja que você chorou.
Você as vezes, deseja um ombro amigo, mas quando no coração alguém te oferece abrigo, por se mesmo você prefere ficar sozinho,
em um canto, cabeça baixa, isolado, é como se o tempo estivesse parado, e a felicidade, fosse coisa do passado.
Minhas declarações, de uma sincera amizade por você, parece te aborrecer, pra você, não faz parte da sua realidade, é apenas uma bobagem, é fazer-me de coitada.
Mas no fundo, eu sei, você é um homem bom, amoroso, só ainda não descobriu sua forma de demonstrar, ou ainda não descobriu que amar e ser amado, é ser feliz, e que você é feliz, pois alguém ama você mesmo que você nunca irá perceber.
E que minha amizade por você, aconteça o que acontecer, ela é pra valer, é eterna, é pura realidade e me causará muita saudade!

AUTORA: Maria silvania dos santos Silvania1974@oi.com

Foto de elcio josé de moraes

MEU SEGREDO

Guardo comigo o meu segredo,
De um amor, puro e profundo.
Se te olhando eu não tivesse medo,
E se me olhando, eu não ficasse mudo.

Confessava-lhe, talvez! O meu sentimento,
E não ficava em mim, esta angústia
De paixão, de dor e sofrimento,
Sem falar-te, que isto me dá fúria.

Mas eu espero que em algum momento,
Você tenha algum pressentimento,
Deste amor que eu guardo por ti.

E me perguntes sem ressentimento,
Porque escondi de ti todo este tempo,
Se o que mais queres é este amor em si...

Elciomoraes

Foto de Maria silvania dos santos

A vida me cobro um preço, e este veio do berço.

A vida me cobro um preço, e este veio do berço.

_ Hoje me lembro da minha vida na
roça. Mas não tenho saudade.
Talvez seja bom que o tempo passado
não volta mais, mas há se as lembranças ruins pudessem apagar também!
Pois não tenho saudade da minha
infância, isto é, se eu tive infância.
Lembro-me que ao cinco anos
de idade, eu já tinha que dar o duro que a vida nos prepara, aos oito anos já
tinha que cuidar da casa, e dos irmãos e ate ir para o fogão a lenha, e ai se
não das se conta, a surra seria certa, Carinho eu não conhecia, eu vivia como
um bicho do mato. Aos oito anos eu já teria que ser uma adulta, mesmo que seja na cabeça de meus pais.
Mas tudo bem eu tive eles, pra me
ensinar que a vida não é tão simples, e preparar para o futuro, e atravez deles
estou aqui. Eu agradeço.
Na idade de oito anos ate aos
descêsseis anos teve anos que diariamente tive que cuidar, de mais cinco irmãos fora a mim, tinha que cuidar dia e noite.

Na verdade não sei se era eu que
cuidava se era eu deles ou ele de mim, porque ele sempre me colocava para
corre, se não eu deles teria que tomar surras.
À noite eu não teria paz, etas
irmão que chorava, eles sempre deitava primeiro do que eu.
EU sempre seria a ultima a deitar.
MAS quando eu me deitava, um dos
cinco chamava dizendo, quero água, eu me levantava para dar, eu me deitava minutos depois outro me dizia quero mamadeira,
minutos depois, outro dizia quero fazer xixi e assim a noite passava, minha mãe
não cuidava , dizia estar cansada e que no outro dia teria que trabalhar mais.
Eu não lembro de ter passado pelo
menos uma semana sem tomar uma surra, ou melhor, pelo menos um dia, porque se
não era dos meus pais era dos irmãos.
Meus pais eram muito violentos,
batia muito e sempre em mim era mais.
Por ser a mais velha tudo sobrava
para mim, menos uma gotinha de carinho.
Estudar não pôde, eles me deram em
todo o tempo um ano de escola.
Eu às vezes chorava para ir para
aula, mas ele dizia tem que fazer tal serviço que ta passando da hora.
E ai se existisse, a surra seria
garantida.
Eu não tive nem a liberdade
de ter uma coleginha, eu as vezes chorava sozinha, acordava a noite em lágrimas, em meio tanta gente eu mas me sentia sozinha ou melhor pior que sozinha, porque pelo menos quando estava sozinha naquele momento eu não tomava surra.
Meus pais não tinham boas condições financeiras, muitas vezes tinha somente feijão e abóbora com fubá torrado, porque não tinha outra coisa para comer, mas fome eles nunca nos deixo passar.
O impressionante que com toda dignidade deles e mesmo sem condições, se um ficasse doente, ele se virava, mas o remédio aparecia.
Mas isto não foi suficiente, com tanto sofrimento passei ter medo da chegada deles em casa no fim do dia.
Alegria eu não tinha, então criei uma triste fantasia.
Imaginei que se eu fugisse dali, minha vida melhorava.
Mas não sabia o que me esperava.
Até que aos meus dezesseis anos num dia, em uma longa madrugada eu fugi não que eu não os amasse, porque eu sempre amei e amo com toda força, mas não agüentava mais aquela vida.
Coro todos os dias, parecia um filme de terror.
Fugi sem ter noção de onde ir, ate mesmo arriscando podendo dormi pelas.
Ruas, mas DEUS nunca desampara ninguém, eu não passei nem um minuto de fome, assim que cheguei na cidade , fiquei a procura de lugar, DEUS coloco confiança no coração de um dono de restaurante, e ali me deram emprego.
Eu não sabia fazer o suficiente, porque na roça o serviço é diferente, mas eu tinha dignidade, coragem e boa vontade para enfrentar, pois isto meus pais me deram.
Mas ali fiquei nove dias e minha mãe ali chego chorando e pedindo para voltar, QUE eles não ia mais me bater e que eu estava fazendo muita falta para eles.
Sentindo muito dó de minha mãe, o medo foi menor, eu voltei , mas a promessa não duro por muito tempo, mas não reclamo do serviço e sim dos maus tratos, porque lá todos pegava no pesado.
Eles davam duros de um lado e eu do outro.
Eu pelas quatro da manha, ai que sono meu DEUS, mas eu teria que me levantar, pois teria que ir para engenho a
mão tirar o caldo da cana para o café da
manhã. Também descascar o arroz no pilão porque era para o almoço às nove da manhã.
Limpa e torra o café, porque estava
acabando ou talvez já nem tivesse mais ele torrado.
Isto sempre foi assim,
desde quando lembro que existo, mas fico feliz, pois deles recebi dignidade, humildade ,coragem para lutar.
Mas como os maus tratos continuaram
eu não agüentei, mas eu entendia que eles me maltratava não porque não me
amava, e sim porque eles era bem rígidos e queria me ver alguém, digno e que enfrentasse a vida.
Mas resumindo minha historia, que é muito longa , eu digo que não agüentei
tanto sofrimento e aos dezenove anos sair de casa novamente.
Com uma amiga vim para Belo
Horizonte, com poucos dias ela já quis me bater e dizia que ali eu teria que
agüentar tudo porque se eu saísse na rua eu me perdia.
Mas um dia acabei correndo e com
ajuda fui ate a delegacia, e com pessoas de arrumei um outro lugar.
Mas como minha avó morava e ainda
mora em Ribeirão das neves eu quis ir para casa dela ate que eu arrumasse um
emprego.

Nisto meus pais vieram do interior
de muda pra cá, e como eu já não morava mais com eles, preferir seguir minha
vida.

Sofri muito na casa da amiga e
de outros, ao ponto de sentir saudade
até das surrar de meus pais.

Pois ouve época que saiu
muitas nascidas em minha costa que
fiquei muito mal.

E no lugar de remédio, no horário
que se aproximava de fazer almoço ou jantar eles já dizia. sai daqui vai pra
bem longe porque se não consigo me alimentar.

Quando nós termina te chamo e você
vem comer e arrumar as coisas.

Eu fiquei tão mal que a roupa
chegava a pregar em mim.

Até que não agüentei mais e tive a idéia de catar sucata. Mas como
era da roça, na cidade eu não sabia muito me virar e ali era desconhecido pra
mim.

e nem dinheiro sabia contar.

E assim fiz, catei sucata e
fui ate uma farmácia, toda suja ensangüentada e mostrei o

dinheiro para o farmacêutico
mostrei como eu estava e perguntei se o dinheiro dava.

Ele disse não, não da, mas vem cá,
e fez uma ejeção que com ela melhorei, e que o pai celestial o abençoa onde
quer que ele esteja.

E assim segui minha vida,
enfrentando mais muitas barreiras por muito tempo, mas venci, e hoje estou
aqui.

Casada, tenho três filhos
maravilhoso sendo um especial.

Meus pais morão perto, estão todos
na paz.

Mas uma alerta eu deixo aqui, pra
você que pensa em fazer algo parecido, não faça, pois se agente pudesse prever
o futuro, eu jamais tinha deixado meus pais.

Sofri muito, preferi mil vezes
junto aos meus pais.

Por pouco não perdi o contato com
eles.

Hoje tenho um final feliz, mas,
penso, se eles tivessem falecido?

Que seria de mim hoje?, Que tamanho
peso eu carregaria?

Sofri muito, mas hoje tenho
dignidade, e coragem para enfrentar a vida.

E foram eles quem me deu.

Hoje tenho historia triste e boas, que posso alertar aos meus filhos.

Mas minha historia mais linda é que
de recompensa pude reencontrar meus queridos pais e ainda ganhei meu três
filhos maravilhosos.

Não tenho estudo, mas é o
suficiente para eu escrever o que sinto,

E agradecer muito pela vida que
meus pais me deram e DEUS ajuda a proteger.
OBRIGADA SENHOR, OBRIGADA!

AUTORIA; M SILVANIA

Foto de Rosamares da Maia

Meus Medos

Meus medos

Tenho medo de olhar nos teus olhos e descobrir que deixei neles a minha coragem de não mais te olhar;
Tenho medo de sentir o sabor da tua boca e jamais aprender a sentir outro gosto, outro paladar;
Tenho medo de descansar a sobra dos teus braços, aquecida pelo teu corpo e perder para sempre o controle dos meus passos.
E, se eu algum dia chegar a te dizer todas estas coisas terei, finalmente, perdido o medo.
Terei em fim me perdido em ti para sempre.

Rosamares da Maia 31 de julho de 2012.

Foto de William Contraponto

Sem Impedimentos

Entre fumaça, cores e vozes
Adormecemos na cidade
Num brilho diferente
Que faz da gente
Novo intenso sonhador

E nisso não há impedimentos
Assim como no direito
De viver seu amor
Seja com quem for

Entre fumaça, vozes e cores
Acordamos na cidade
Num amanhecer sorridente
Desses que faz a gente acreditar
Que vale a pena se lançar ao fogo
Sem medo do mesmo queimar

E nisso não há impedimento
Assim como no direito
De viver seu amor
Seja com quem for.

Foto de Lefurias

Medos

Medos. Medo de nadar. De voar. De correr...
Sonhar... Medo de viver.

Medos. De cobra. Aranha. Barata. Jacaré...Dinossauro (?). Bicho-papão
Ou de palhaço brincalhão.

Medo Da doença. Da cura. Da ferida. Medo da vida.

Medo de altura: avião. Salto-alto. Do tamanho. Do sonho. Do tamanho. Da paixão. Da altura. Do altar. Medo de casar. Medo de parar. Por aqui. Ainda não...

Medo de estar aonde realmente quer ficar. Chama pelo nome. Medo de amar.

Tantos medos. Nem se consegue listar.
Medos infinitos.
Bem à medida do pensar.

Medos. Não. Não fuja deles. Não. Encare-os até o final. Você. Só mesmo você. Realmente. Somente tu podes vencer o medo. Só a ti é dado o poder para fazê-lo perdedor. Não se importe. Não tenha medo do seus medos. Enfrente. Siga enfrente. Enfrente seus medos. Ou eles seguirão você. Não. Não corra. Eles estarão à volta de ti. Por toda a parte. É difíci. É preciso continuar.
Deixe seus medos para atrás.

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