Medo

Foto de Maria silvania dos santos

A voz do amor falar...

MUSICA EM HOMENAGEM MINHA QUERIDA MÃE!

A voz do amor falar...

_ Mamãe um dia fui criança, no meu coração brotava esperança.
Esperança de um mundo melhor, onde você não precisava de me deixar só.
Onde a paz e o amor, o nosso lar possa ocupar....
Mamãe, mamãe, mamãe, eu apenas queria te abraçar, sentir –me em um novo lar, onde a paz para sempre possa reinar...
Mamãe, mamãe, mamãe, eu apenas queria te abraçar, sentir seu coração pulsar, a voz do amor falar...( 1x )
Mamãe, mamãe, mamãe, eu apenas queria te abraçar, sentir seu coração pulsar, a voz do amor falar...( 1x )
Mamãe, mamãe vem cá, quero do meu amor falar, o abraço tão desejado agora posso lhe dar.
Sempre quis te dar um abraço, mas o medo transformo num laço, impedindo os meus passos ate a chegada do abraço, medo de ser rejeitada e meu abraço negado...
Mamãe, mamãe vem cá, quero sem demora te abraçar, sei que agora chegou a hora, não posso pra depois deixar...
Mamãe, mamãe, mamãe, eu apenas queria te abraçar, sentir seu coração pulsar, a voz do amor falar...( 1x )
Mamãe, mamãe, mamãe, eu apenas queria te abraçar, sentir seu coração pulsar, a voz do amor falar...( 1x )

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração!

Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração!

_ Mãe, quantas vezes de te me aproximei, quantas vezes eu confesso que já nem sei... Um dia fui criança, tinha meu coração cheio de vontade e esperança de
poder dar um grande abraço na senhora.
Por ser grande meu recio, eu logo me afastei, outra
vez e outras vezes, sem duvida eu tentei mas não consegui.
A senhora nunca percebia, pois eu as pressa logo saia.
Me lembro, que a senhora chegava sempre cansada da roça, pois a lida do dia tinha sido grande, a senhora sempre parecia nervosa, e às vezes ate brigava comigo.
Quantas vezes cheguei ate pensar, que a senhora não me amva.
Minha vontade ali ficava, ficava mas nunca acabava.
Minha vontade ali ficava, ficava mas nunca acabava.

A senhora não percebia, pois logo ia se deitar, por vontade deste abraço lhe dar, pelo medo que me impedia, as lágrimas em meu rosto sem controle as descia.
Mais um outro dia amanhecia, e eu ali novamente treinando, imaginando o tão sonhado abraço.
Mas infelizmente, tudo que eu fazia parecia te magoar, e eu novamente não
conseguia o abraço te dar.
Minha vontade ali ficava, ficava mas nunca acabava.( 1 x )
Minha vontade ali ficava, ficava mas nunca acabava.( 1 x )

O meu amor, o meu amor pela senhora nunca consegui demonstrar, o meu receio, o meu receio foi
muito forte e parecia me entalar, eu não conseguir falar, é que as lágrimas iam rolar.
Mamãe, Sei que muitas vezes te causei muita magoa, muita dor, não demonstrei o meu amor mas sempre te amei com fervor, e te
amo muito.
Quando sai de casa, não foi por não te amar, e sim porque o medo e a tristeza
que eu sempre sentia no coração, me fizeram tomar esta decisão.
Sei que é dificil de entender, mas no mundo eu teria que sofrer para vencer!
Mãe, eu sempre te amei e te amo muito, mas agora depois de adulta e também mãe,
pude percebe muito mais o seu valor.
E como eu já disse, hoje sou adulta, também mãe, e ainda nunca consegui te dar o meu
abraço.
Minha vontade ali ficou, ficou mas nunca acabou.
Minha vontade ali ficou, ficou mas nunca acabou.
Mas também não sei se eu seria capaz de chegar pessoalmente ate a
senhora e dizer o quanto te amo, pois sem duvida minha voz some, o silencio ainda toma conta de
mim, e mais uma vez eu não sei se consigo falar do meu amor, pois o receio ainda é muito
forte.
Este receio sempre me acompanhou, mas também a vontade do abraço que eu nunca te
dei, sempre me acompanha e sempre
cresce.
E hoje neste dia tão especial, atravez desta gravação quero te pedi perdão, perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração!
Perdão pelas decepções, que sem duvida um dia te causei, hoje eu sei que errei e muito eu te magoei.
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! ( 1 x )
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! (1 x )

Eu confesso que com o mundo eu aprendi, mas também muito sofri.
Quantas vezes de te precisei, fui a sua procura e não te encontrei, em trilhos de espinhos eu tive que sozinha seguir, pois este era o caminho que eu tinha que seguir.
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! ( 1 x )
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! ( 1 x )

Acho que já é tempo de pedir perdão, perdão por
tudo que te fiz sofrer, quero dizer pelo menos um pouquinho, do amor que sinto por você, mesmo que
você não crê.
Perdão mamãe, perdão, perdão te peço de todo o meu coração! (1 x)
Perdão mamãe, perdão, perdão te peço de de todo o meu coração!(1 x)

Lutei anos, treinei anos, mas não consegui te dar um abraço
e te dizer o quanto te amo.
Pois pessoalmente e em palavras não sei se conseguiria te dizer o quanto te amo,
Mas como estou aqui pessoalmente, e você já sabe o meu desejo de filha, será que você
aceita este abraço?
Só te peço mamãe perdão, é de todo o meu coração.
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! (1 x)
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! (1x)

É da filha que nunca conseguiu dar o abraço tão
desejado, e nunca soube demonstrar o amor que sente e que sempre sentiu, o amor
que no coração sempre floriu.
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração! (1 x)
Perdão mamãe, perdão, perdão de todo o meu coração!( 1 x)

AUTORIA; Maria Silvania dos Santos.

EMAIL; silvania1974@oi.com.br

Foto de Angelgoiabinha2

Ser criança

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Ser criança é não ter problemas,
é poder imaginar, inventar,
sorrir de verdade, chorar por besteira,
é a inocência e pureza de falar o que pensa sem medo,
é estar ainda imune aos deveres perante a sociedade.
Ser criança é ser feliz sem mesmo compreender essa felicidade.

Angélica Macedo

Foto de Maria silvania dos santos

Já não reina

Já não reina

_ A gente sempre diz confiar, mas nossa desconfiança está em primeiro lugar, nossa confiança está sempre triturada, contaminada entre a desconfiança e o medo, já não temos mais esperança de um amor puro como de criança.
Desconfiamos como se todos fossem igual, como se todos carregassem em suas mãos um fino punhal.
Mas na verdade, em nosso meio já não reina pura amizade, a dura realidade é que ela foi substituída pela maldade.

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Carmen Vervloet

A Melhor Opção

Melhorar a vida,
Modificar o caminho
Frear a corrida
Voar livre feito passarinho.

O estresse mata sem perdão
É hora de repensar
Seguir as ordens do coração
Não deixar a tristeza se instalar.

Sábio é quem opta pela renovação
A mudança é a senha do segredo
Coragem é a melhor opção
Não se deixe envolver pelo medo.

Renovar é dar um passo a frente
É alterar o rumo da direção
É trazer novo hausto a mente
É intuir e abraçar a melhor correção.

Foto de Laís Rangel27

Jardim das Sombras

Pareço perdida, perdida em meus proprios medo. Sonhando com o dia em que me encontrarei com meu interior, sonhando com o dia em que palavras não magoaram.
A noite cai e com ela seu manto sombrio, adormece o meu corpo, e os dias ja não tem cor, me vejo em frente a um abismo profundo e sombrio, tento me encontrar no silêncio desse jardim de sombras.
Preciso de um caminho, um lugar onde eu possa me encontrar com meus maiores anseios e encotrar o meu olhar que vaga perdido em meio a tanta solidão.
Não quero mais voltar, não quero mais pensar nem ouvir o que me faz mal, me seinto perdida sem amor, vazia como um jardim sem flores, meu mundo agora é cinza e o que fazer?
Não há solução, e o caminho está deserto e frio, a solidão grita e ecoa em meu caminho.

Foto de Maria silvania dos santos

Onde todos disião sim senhor, sim senhora...

Onde todos disião sim senhor, sim senhora...

_ As vezes fico Me lembrando de antigamente, onde a pobresa era bem mais que hoje, o tempo que nosso banho era em bacia ou nos rios. Mas a inocencia sem duvida existia, era um tempo em que as crianças eram tão inocentes que acredita vão que os bebês eram trago pelo avião, que bastavam sentir uma dor de cabeça que o avião trazia o bebê, Nisto eu acreditava pois isto era o que minha sempre me dizia quando estava sentindo a dor do parto ...
Foi o tempo que o respeito eram mútuo para com todos, onde todos disião sim senhor, sim senhora...
Eram o tempo em que os nossos pais basta-vão olhar de olhar torto e já era suficiente para as crianças entenderem que algo estava errado.
As crianças eram tão simples que acredita-vão em tudo em que os nossos pais disião.
Foi o tempo em que as crianças acredita-vão de verdade em papai Noel.
Na cabeça das crianças tudo era fácil, como se fosse mágico.
Me lembro que quando eu tinha uns quatro para cinco anos , não me lembro bem a idade, mas sei que não passava de seis anos, minha mãe já preparada para me banhar, eu já sem minha roupa, senti vontade de ir ao banheiro, o qual não existia, e como não havia banheiro, tínhamos que ir ao mato.
E assim fiz eu, mas durante o tempo em que eu estava no mato, chegou um compadre de minha mãe, o qual ia ficar ali por um bom tempo, e sendo assim eu teria que volta para dentro de casa, mas como? Eu estava sem roupa.
Minha mãe passou me apressar, dizia que a agua iria esfriar e que ela iria me dar uma surra, a qual eu sabia que ela daria mesmo pois sempre acontecia.
Comecei a chorar e resolvi obedece-la pois meu medo foi maior que a vergonha.
Chorei , chorei, chorei pois estava irritada por minha mãe fazer-me voltar sem roupa perto daquele homem, mas eu estava chorando muito e minha mãe irritou com isto, eu fui deitar-me e continuei chorar, e minha mãe já brava perguntou me já de arranque, porque está chorando? _ Eu, já com medo de tomar uma surra disse, estou com dor de cabeça.
Logo veio a minha imaginação, como eu gostava muito de bebês, imaginei, se eu começar a gritar, o avião pode trazer um bebê pra mim, ele já trouxe muitos para minha mãe, e comecei a gritar, ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê,... ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê. Mas estava demorando muito para o avião trazer o bebê e eu já não queria mais chorar, comecei chorar sem vontade, as vezes até esquecia de chorar e quando eu lembrava ,comessava d inovo chorar e gritar, ai, ai , estou com dor de cabeça, acaba eu ganhando um bebê, mas realmente eu não queria mais chorar e o avião não vinha, eu esquecia e parava de chorar, a minha mãe por que eu não sei, mas começou a dizer, é você não esta com dor de cabeça, você parou de chorar o avião não vai trazer o bebê desta vez, foi até que chegou uma amiguinha que eu gostava muito e perguntou por mim e eu ouvi, e na mesma hora eu esqueci de vez a dor de cabeça e fui brincar...
Maria silvania dos santos

Foto de Belinha Sweet Girl

Dois Lados

Ela diz um tímido “bom dia”,
Ele oferece café,
Ela aceita e senta-se à sua frente,
Ele a olha fixamente.

Ele tenta conversar,
Ela se nega.
Ele a faz rir,
E ela se entrega.

Ela gosta de rock,
Ele também.
E tudo que ela diz,
Ele responde “amém”.

Ela não quer se apaixonar,
Ele não quer que ela se apaixone.
Ela gosta dele de longe,
Ele gosta dela desde o nome.

Ela gosta de como ele a respeita,
Ele gosta de como ela o beija.
Ela se sente amada com ele,
Ele se sente satisfeito com ela.

Ela quer desistir, pois é perigoso.
Ele não quer que ela desista.
Ela no fundo acha “gostoso”,
Mas ele não quer ser realista.

Ela chora, não consegue resistir,
Ele se sente culpado.
Ela conta pra ele como se sente,
Ele a procura em seu quarto.

É físico, é carnal, é pecaminoso.
O que eles têm é algo que parece errado.
Eles vivem uma paixão enrustida,
Um caso de amor proibido.

Algo sem compromissos com sentimentos,
Sem a certeza do amanhã dormindo juntos.
Ele sem coragem pra acordar desse sonho,
Ela com medo de que se torne um pesadelo.

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de Bel Souza

Menino

Eu sei que vou te encontrar, e o medo é tão grande quanto a certeza desse encontro. Eu já te amo, meu amor. Se nessa vida, ou na outra...só te peço por favor, me reconheça! Não sou muito boa com sinais, então...por favor não me deixe avulsa, não me deixe nude, lute por mim se preciso for, mostre-me os caminhos de volta ao meu coração, e me acorde, porque é tão certo que esse amor já existe pra nós dois...ele tem cor, cheiro e sabor. Então é só sentir.

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