Março

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido carregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria esta, onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...



Foto de Paulo Zamora

Inconformismo (www.pensamentodeamor.zip.net)

Muitas vezes torna-se difícil entender a falta de compreensão de algumas pessoas, dá-se a impressão que as pessoas dedicadas não são dignas de afeto e retribuição. Por que? Observando vários casos notei que alguns passam a ver outros como “SempreTorreForte” , tipo como se a pessoa fosse um ser humano auto-consolativo, forte e determinado em tudo, como se não chorasse e sempre soubesse se virar porque já provou ser capaz em muitas das situações, pode ser o tipo de pessoa que raramente se entrega e passa necessitar de outros para algo, o que significa que não precisa de alguém. Todos nós podemos ser carentes por algo, todos nós precisamos do outros, e a maior felicidade é ser compreendido nos momentos de conflitos, enfim, em necessidades. Alguém aparentemente sempre forte terá momentos de cansaços e inconformismo por se dedicar e quando necessitar estar sozinho, e talvez ainda seja humilhado, ou rejeitado, ou ter que esperar um longo tempo por algo talvez simples.
Os humildes não esperam receber nada na mesma medida, querem simplesmente poder contar com as pessoas as quais deposita confiança e acredita.
Precisamos de pessoas que somam em nossa vida, aqueles seres humanos que acreditam em nossas novas atitudes, nas correções e nos projetos; não temos como considerar pessoas que sempre duvidam da nossa capacidade; e que talvez nos deixem pra baixo quando deveriam reconhecer que nossa auto-estima precisa ser alimentada. Aqueles que julgam pensando nos conhecer, mas que ainda assim talvez não assuma reconhecer nosso potencial como pessoa de garra e determinação.
Esse é um assunto que me chama muita atenção, porque tenho visto esse tipo de comportamento crescendo de maneira exorbitante, parecendo que aqueles que sabem amar precisam sempre sofrer. O reconhecimento é algo tão simples, elogiar uma pessoa é grandeza, poucas palavras fazem-se capaz de mudar sentidos.
Dá-se a impressão que as coisas boas que fizemos no passado devem ser apagadas, se interessam por aquilo que somente podemos fazer no presente; a vida é uma soma de atitudes, de atos...
Há muitas decisões difíceis de serem tomadas, como por exemplo deixar de lado pessoas as quais admiramos, porque muitas vezes acreditamos que essa pessoa vai mudar e simplesmente nos ver em sua vida como Importante; assim como as sentimos em nossa vida. Compreende como esse assunto é forte? São nossos sentimentos que ficam em jogo. Será sempre do mesmo jeito? Aceitaremos viver sempre da mesma maneira, amando sem medidas pessoas egoístas? Prego a união como vital para o ser humano, mas não sei como dizer em alguns casos, de pessoas que já consideramos caso perdido.
Esse mundo apagou o valor da amizade verdadeira. Aprenda a “ Ser” e não a “ Ter” quando o assunto for os relacionamentos pessoais, a pessoa que você é conta muito mais do aquilo que você tem, o “ ter” é comercial. Espero que esteja me compreendendo neste assunto importante, onde a idéia é aperfeiçoar a qualidade de vida, não considere como crítica, é que na correria do dia a dia talvez vamos deixando de lado nossas qualidades sem perceber e também ferimos sem notar.
Se pessoas sensatas tivessem o poder de mudar o mundo; com certeza fariam obras maravilhosas. Queremos permanecer ao lado de pessoas que nos consideram importantes. Perdoar é um ato de amor, de fé e brandura, mas será que você quer sempre estar ao lado de pessoas que precisam ser perdoadas o tempo todo? Medite comigo neste assunto, não confunda nada por favor, ame sempre, perdoe sempre, escolha como amigos pessoas de brilho e sensatez.
Que tipo de comportamento você adota diariamente? Pisa nas pessoas ou é verdadeiro no que sente? Quer ser sempre maior ou se iguala para manter viva a chama do bom companheirismo? Olhe-se...
Será que seus alvos na vida são somente materiais? Já pensou em conquistar relacionamentos que durem a vida toda? Sei, as pessoas tem o direito de serem imperfeitas, e isso devemos ter plena consciência, embora a imperfeição não nos proíba de sermos pessoas honestas e sinceras, pessoas que se importam, que amam e se entregam em bondades.
Viver é ter habilidades para saber questionar, ter razão quando preciso, acreditar naqueles que desejam mudar, enfim, contribua com o que ainda resta de amor ao próximo no mundo, porque amar não é somente falar, é demonstrar nas atitudes diárias da vida...
(Escrito por Paulo Zamora em 22 de março de 2011)
www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de betimartins

A Roseira do Amor

Busquei o amor, como eu te busquei
Por mares nunca antes, foram navegados
Caminhei por caminhos desconhecidos
Busquei os rios em vão, não te encontrei...

Falei com o Sol, pedi-lhe que me guiasse
Ele não escutou, deixou-me em prantos
Busquei a Lua, gentilmente pedi e ela
Ela, apenas indicou o caminho! Do amor...

Caminhei sobre um belo manto de estrelas
Uma a uma, escutei todos seus ensinamentos
Deixei-me a sonhar nas nuvens rosadas
E sonhei com os anjos a cantarem...

Desci em forma de gota, transparente
Fresca, faminta de amor, de te rever
Cai na mais bela roseira, ainda menina
Cheia de espinhos, apenas crescendo...

Voltei a terra, deixei enamorar pelas raízes
Minha menina ficou forte e eu voltei ao céu
Dancei com as estrelas, para a minha menina
Cantei com os anjos, canções de amor...

Adormeci na Lua, olhando-te apaixonadamente
Deixei-me aquecer pelo Sol e voltei a ser nuvem rosada
Pedi ao vento que levasse meu amor a ti, acariciando-te
A tempestade esta quase a romper, zangada e cruel...

Tempestade quis arrancar-me todo o meu amor por ti
Mas engrandeci-te, eu voltei, voltei a descer só por ti
Sou tua gota de cristal, gota do amor, gota que refresca
O mais belo despertar da minha roseira, acorda!

Acorda! Meu lindo botão de rosa! Sou eu!
Aquele que nunca te abandonou, o amor
Lembras-te das minhas doces canções?
Agora! Desabrochaste comigo Rosa vermelha...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net

São José do Rio Preto 18 de Março de 2011

Foto de betimartins

Poeta, apenas!

Entre poeira, livros empilhados, folhas
No local frio e socado ao esquecimento
Entre sua secretaria, sempre desarrumada
A cadeira já desgastada, tão arrastada
Por momentos de breves inspirações
Deixadas ao acaso, escritos na folha
Que esta sem cor, sempre desbotada
O escritor, aquele que ama a sua escrita
Escreve sem conseguir parar a sua historia
Seus amores e desamores, suas tropelias
Bebedeiras, loucuras feitas, insano...
Faz gazeta a vida, entre desacatos
Impensados, doidos e arriscados
Por uma bela donzela, arisca
E o amor? E como ele ama
Chora e ri na sua fadiga
Entre seus sonhos e procuras
Nos colos bem avantajados
De mulheres apenas!
Apenas, mulheres
Ou as outras
Ao acaso
Da vida...

Betimartins
www.betimartins.prosaeverso.net

!7 de Março de 2011

Foto de betimartins

Paz!

Paz!

Onde, estás tu? Oh Paz!
Procuro-te e não encontro
Os meus sonhos foram roubados
As aves encarceradas na caverna
Os mares foram poluídos, sujos
Gaivotas choram a liberdade perdida
A terra sacudiu como ela, tremeu na dor
O mar revoltou-se, engoliu e desbastou
Tudo que estava a sua frente, feroz
Matou como ele matou e cobrou
O pobre mortal, nada é teu, nada!
Foste tu. Que plantaste aqui a destruição
Colheita é certa e desmedida, mas só tua
Não esperes a piedade, colo e afagos
Como uma criança que errou, tu sabes!
Pois Deus é justo, na hora dos acertos
Tratem de caminhar junto da paz
Renovarem o vosso coração
Em sentimentos nobres e amor
Despirem a maldade, ganância e a inveja
Pois somos todos exatamente iguais
Corre o mesmo sangue nas veias
Temos os mesmos órgãos
Dentro de nós, saudáveis ou não!
Entre olhos coloridos, as lágrimas
Correm transparentes e salgadas
As gargalhadas são variadas
Os corações batem igualmente
È urgente despertar a paz, a real paz
Dentro de ti e de mim, rápido e agora
Soltar as amarras da escuridão
Trazer a luz dentro de cada um de nós
Para juntos, unidos, em massa
Poder mudar a vibração do mundo
Que esta agonizando, morrendo
Por Seres sem amor, sem dó
Que não se importam...
Nem da criança, nem do velho
Sequer do doente e do desprotegido
Apenas importa seus interesses
Mas eu te suplico... Oh Paz! Volta...

Betimartins
www.betimartins.prosaverso.net

17 de Março de 2011

Foto de airamasor

Em teu viver...

Em teu semblante,
transparece seu carinho....
Em teu carinho,
resplandece tua paz.....
Esta paz que me alucina......
Te querendo cada vez mais !!
Este teu olhar ,
que me devora...
Me transtorna,
me cativa....
Meu coração aquece....
Em teus braços ,
estou viva !!
Com carinhos, me entrego...
O meu desejo,
ao teu querer....
Nestes laços de volúpia....
Minha vida,
para teu viver....
Em tua ansiedade,
meus sonhos...
Loucos sonhos
com ardor...
Nos instantes
delírios deposito...
Todo meu sentir, todo meu amor....
(Aira, 16 de março de 2011)

Foto de airamasor

Outra vez...

Mais uma vez estou aqui,
Pensando em você.
Imaginando nós dois,
Lembrando de tudo
que vivemos e fizemos.
Sinto minha pele arrepiar
Só de lembrar,
Suas mãos tocando minha pele,
Afagando meus cabelos.
Sinto o gosto de seus lábios
Quando beija minha boca
Chego a sentir seu cheiro
Como se estivesse ao meu lado.
Penso, quando estaremos
Juntos outra vez...
Para vivermos e fazermos
Tudo novamente
Com mais intensidade
Mais calor e muito amor.
Espero que não demore,
Pois minha boca está sedenta
Por teus beijos,
Minha pele, aguardando teu carinho,
Meu corpo esperando teu amor.
Sinto que você também espera
O momento certo
Para que possamos
Nos amar outra vez...
(Aira, 16 de março de 2011)

Foto de Melquizedeque

Elixir dos imortais

Meus sonhos não tornarão a ser o que já foram um dia
Pois hoje tudo mudou, se entardeceu e me modificou
E o ar que eu respiro não é o mesmo que respirei ao dormir
Agora os pesadelos me atraem, me hipnotizam em lugares sombrios

Havia um homem, de certo lugar, com o nome incerto
Que escreveu em seu túmulo verdades em versos
Dizia que a vida não é mágica, não é um mar de lírios
Ela é simples, vaga, corrosível, lastimada...

Não aceitamos tais verdades, pois almejamos ser imortais
Assim criamos a esperança, filha bastarda da maldade
Com a pretensão de postergar a morte e esquecer como ela age
Mas igual ao carteiro que não se atrasa, ela sabe o seu endereço
Vem com cheiro de velório trazido nas asas dos pardais

Lembro-me que muito tempo atrás, contemplava o céu depois do mar
Via gaivotas que pairavam na beira da praia, como livros indomáveis
Posso sentir a brisa do silêncio entorpecedor que me libertava da normalidade. Tudo se passou e agora contemplo esse evento com olhos de águia. Vejo além do que se pode ver... Tudo significa mais, o mais lúcido devaneio

Por de trás dos véus avisto legiões de sonhos que não posso mais sonhar. Foram engolidos por fantasmas beberrões. Estão em cofres bem guardados. Agora entendo o olhar daqueles pardais... Jogados aos ventos são vitais. No entanto, não me encontrarão antes que eu beba o líquido imortal...Feito pelas mãos da aventurança, um elixir com gosto de vingança. Exclamam alto, os que se arriscam a beber... Gritam forte: quero mais!

(Melquizedeque de M. Alemão, 16 de Março de 2011)

Foto de Crucruzinha

Adoro-te Macaquinho

Adoro-te como nunca adorei ninguém nesta vida!
Desejo-te com uma força desmedida.
Odeio quando nos chateamos e perdemos bons momentos em vão.
Rir, é a coisa mais importante que podes fazer para me fazer sentir bem.
Orquídeas, as primeiras flores que me deste porque nunca te esqueceste que havia dito que gostava muito delas.
Teimoso é um dos teus defeitos.
Escolher-te foi a melhor decisão que tomei na vida!
Março, o mês em que tudo começou de verdade.
Único, é aquilo que te considero.
Íntimos, foi aquilo em que nos tornámos.
Txukinha, o "nome fofo" que me puseste vai-se lá saber porquê xD
Oitavo mês, fizeste-me uma surpresa única para o meus anos. Amei!
Macaquinho, a melhor alcunha que alguma vez tiveste e não digas que não!
Amoroso, uma das tuas grandes qualidades!
Comida, que tão bem sabes fazer!
Amigos, sempre o seremos para além de namorados (espero eu!)
Quarto, onde passámos GRANDES e pequenos instantes que tomaram conta de mim.
Um ano, é o tempo que já lá vai!!
Incrível, é o s*** contigo :$
Não te esquecerei, nunca!
Horrível, é como me sinto quando estou longe de ti.
Oh, sinto muito mas não me ocorre mais nada para o "O", desculpa!

!

Adoro-te bebé!!

Foto de airamasor

Poesia...

Essa sensibilidade,
esse não sei o quê de desassossego,
essa inquietude,
essa rebeldia,
essa paixão pela vida,
Esse gosto pelas palavras
que entram de mansinho
e envolvem a alma de quem as lê,
essa magia, esse encanto,
que se formam em versos,
prosas talvez.
Uns chamam poesias
outros palavras da alma,
eu chamo devaneios
sintomas de loucura,
vontade de fugir,
de flutuar nos ares
chegar até a lua
se imaginando sua.
Quantas letras em harmonia
quantos sonhos irreais,
tudo isto se resume
quando as letras se reunem
e formam de algum jeito
um verso, um reverso
mesmo com defeito
e chamamos POESIA!
(Aira, 13 de março de 2011)

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