Máquina

Foto de Sonia Delsin

FLORES PARA QUEM PARTIU

FLORES PARA QUEM PARTIU

Ela caminhava observando tudo. Os pássaros livres a recordavam que também conquistara sua liberdade.
A máquina fotográfica dependurada no pulso. Os cabelos ao vento, um agasalho de caminhada, um bom tênis, óculos de sol.
Caminhar é tão bom. Respirar o ar da manhã.

Quatro anos se passaram. Quatro anos.
Uma outra vida dentro de sua vida.

Lara ia pensando que a vida é feita de ciclos. Recordou a infância, a juventude, o dia que se apaixonou por Leonardo. Como ele era bonito! Lindo mesmo...

Uma vida ao lado dele e o fim. Quatro anos se passaram desde aquele dia. O adeus doeu demais e ela sabia que precisava esquecer tudo que se passara. Tudo.

Mas esquecer vinte e tantos anos ao lado de alguém?
É possível esquecer do primeiro beijo ao último olhar, as últimas palavras?
O grande vazio que ficou?

Um pássaro tão lindo numa cerca lhe chamou a atenção. Claro que o fotografaria. Claro.
E as buganvílias floridas então! Não podia deixar de fotografar.

Ia distraída a olhar tudo e as lembranças começaram a aparecer como ondas que o mar insiste em trazer para a praia.

Ela era um rochedo. Nada a abalaria. Nada.
Virou a máquina e tirou uma foto de si mesma ao lado de um arbusto. Cadê o sorriso? Ele não chegou, mas a foto não ficou feia. Todos diziam que ela era linda quando sorria. Talvez mais tarde o sorriso chegasse.

Apanhou uma florzinha azul e lembrou do tempo que apanhava flores do campo para levar ao marido. Ele não a acompanhava nas caminhadas. Preferia ficar na cama deitado e depois se levantaria, tomaria um café e fumaria.
Como ela odiava vê-lo fumando tanto. Quando pedia que fumasse menos ele discutia. Nos últimos anos tudo era um pé de briga.

Esmagou as florezinhas na palma da mão. Tanto tempo e o esquecimento não chegava, não chegava.

Não que tivesse esperanças ainda. Não. Em absoluto. Compreendera neste tempo sozinha que não tinham afinidades. Nem conseguia crer que viveram tantos anos juntos. Mas ficara uma dor, uma vontade de mudar o que o já não podia ser mudado.
Não era remorso. Era vontade que tudo tivesse sido de outra forma. Sem discussões, sem lágrimas.
Mas existe um casamento que termina sem brigas? Pelo menos quando acontecia era algo raro. Ou não?
Ela queria que tivesse sido sem brigas. Queria... tanto isso. Sem brigas.

Passou por uma árvore carregada de amoreira carregada e resolveu apanhar algumas amoras madurinhas. Gostava tanto que nem ligava a mínima em sujar as mãos.

Continuou a caminhar e o pensamento mudou de rumo. Pensou noutras coisas. Esqueceu a dor. Era sempre assim. Aquela dor vinha e ia. Como ela e suas caminhadas.
Pegou rapidamente a máquina para fotografar duas andorinhas que revoavam ao seu lado. Esqueceu o passado. Pelo menos por hora.
Olhou o relógio no pulso. Era hora de voltar para casa. O sol já estava ficando forte e ela não passara protetor solar.

Outras manhãs a aguardariam até que o outro ciclo se fechasse. Ela apertou de encontro ao coração a máquina pensando que tirara boas fotos naquela manhã.
Não levaria flores. Ninguém a esperava. Ninguém.

Foto de Lonely_Eagle

De Como me tornei um Executivo...

Estavamos em Mar de 1979, e para ser mais preciso 07 Mar 1979, e foi qdo tudo começou...Bom , na verdade eu poderia começar a contar essa estória aproximadamente, 1,5 anos antes, mas isso implicaria ter q narrar fatos q eu não conheço integralmente...
Assim, tomarei a data de minha admissão na empresa como data inicial, e muito embora essa seja apenas uma parte da estória de minha vida profissional, é nela q os fatos q pretendo narrar se deram...
Qdo comentei q poderia ter começado antes, foi pq meus primeiros contatos com a empresa ocorreram em Outubro d 1977, qdo eu fui entrevistado por aquele q viria a se tornar, além de meu chefe, um grande amigo. Foi nessa época, q ocorreu a primeira das inumeras situações tragico-comicas, passadas por mim... Tudo pq, qdo eu fui entrevistado a previsão era para ser admitido logo, mas um conflito
interno, acabou adiando a minha contratação. Por uma questão de Orçamento, eles queriam q eu fosse contratado, através um outro setor de uma outra empresa do grupo... Mas, como eu tinha curso superior, esse setor não poderia fazer a minha contratação, pq só contratavam pessoal operacional... Embora fosse um pré requisito para a função, eles queriam q fosse contratado pela empresa, para
no ano seguinte, já com previsão no Plano de Pessoal, aí sim iriam me admitir... Quer dizer, antes mesmo de entrar eu já era um pomo
de discordia! Coisas de multinacional. Bom, encurtando, foi preciso esperar 1,5 anos para eles resolverem suas diferenças internas e eu poder vir a ser admitido. Mas, voltando a Mar de 1979....
Uma das coisas importantes q não falei, é q esse emprego chegou numa hora critica e era de vital importância pra mim pq uns meses antes, eu e minha mãe haviamos cortados relações diplomáticas, e eu havia saido de casa tendo alugado uma casa num bairro pobre vizinho, e estava trabalhando num emprego sem carteira assinada e ainda por cima o tinha perdido pq o proprietário era um argentino
e q devido à Guerra entre Argentina e Chile em 1979, ficou retido e
não pode voltar para o Brasil... esse emprego chegara na hora H!!
Qdo fui admitido, eu o fui para exercer uma das funções mais sem propósito e absurda q eu já vi em toda a minha vida : copiador de NF (vcs podem achar até engraçado, mas era isso mesmo)... Hj em dia eu posso explicar as razões de tal absurdo, mas na época, por mais q tentasse nunca entendi. Na verdade, essa absurda função foi criada devido a fatores politicos( O Gerente de Administração e Finanças, exigia absurdamente q o preenchimento de determinado documento ficasse subordinado à sua área de atuação, mas como o Gerente da Fábrica iria permitir um funcionário de um outro setor trabalhando em sua area). E criou-se o cargo em duplicidade, um funcionário no setor de Finanças e CPD e outro no setor Logístico da Fábrica... Vcs entendem? nem eu...
Eu nunca fui um escriba d primeira grandeza, muito menos usando
máquina de escrever IBM, e à época ainda não havia os corretivos, sendo q sómente um ano após minha entrada foi q apareceram as fitas de correção.. Eu qdo vi o problema q tinha pela frente, pensei até em desistir da oportunidade, pq eu não conseguiria exercer tal função... Foi aí q a sorte sorriu para mim! Chegaram uns auditores suiços q precisavam q fosse feito um trabalho sobre custos e como eu conhecia alguma coisa de custos, fui deslocado para a função!!!
Ufa, essa tinha passado por pouco...
continua no próximo >>>>>

Foto de Sonia Delsin

DE FANTASIAS...

DE FANTASIAS...

Sonhei que em outro planeta eu estava morando.
Para duas luas vivia suspirando.
Não mudava muita coisa não.
Eu estava com o mesmo coração.
Não tinha calçadão.
Eu pisava noutro chão.
Andava olhando tudo.
E era diferente.
O tempo lá passava bem depressa.
Na verdade ele corria.
E eu escrevia poesia.
Não em folhas de papel.
Nem em máquina de escrever.
Muito menos em micro computador.
Escrevia nalgum canto do mundo que me rodeava.
Escrevia simplesmente com meu pensamento.
Ah! Lá não tinha vento.
Era tudo parado.
Imóvel. De uma absoluta imobilidade.
Me sentia tão leve.
Tão leve que um balão de ar parecia.
Acho que eu voava ou não sei bem...
Ou levitava.
Era um mundo-de-faz-de-conta. De fantasias...

Foto de Sirlei Passolongo

Álbum de Família

Decidi olhar fotos antigas,
Dessas que nos fazem viajar no tempo,
Em alguns momentos pude sentir o cheiro das lembranças
Ouvi vozes e eternas canções... Me vi brincando no quintal
de chão batido... O velho balanço ainda estava no abacateiro,
o cheirinho dos pães caseiro assados no forno à lenha
Ah! O barulho da máquina de costura movida por pés ligeiros.
Cada página do álbum que folheava, uma cena revivia...
E, ao fechar os olhos, dançava a ciranda na rua em frente a casa.
Corria atrás de borboletas, ouvia minha mãe gritar:
Cuidado com o pó das asas!
Mas a ciranda parou... Alguém bateu à porta.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Graciele Gessner

Precisei Fazer Escolhas. (Graciele_Gessner)

Entre você e o amor, escolhi o amor. Entre tudo que já vivemos e decidir em seguir a minha vida de cabeça erguida, escolhi a minha determinação de vencer na vida.

Até que um dia, você me reencontrou. Então, mais uma vez, esperançosa, deixei-me envolver, dando a oportunidade de reviver o nosso amor. Admito em nome do meu coração que jamais te esqueci. Amo-o com toda a intensidade da minha alma, por tudo que você significa para mim.

Você foi o meu primeiro amor! Tão intenso e inesquecível; tão arrebatador e fantástico... Você foi tudo que uma garota de quinze anos desejaria viver. Hoje só me restam recordações, fotografias, momentos.

Mais uma vez, precisei fazer escolhas que me feriram profundamente. Entre você e a nossa história, escolhi ficar com as inesquecíveis e graciosas recordações do nosso amor. Entre você e a minha vida, escolhi viver intensamente cada momento, pois são dos momentos que se encontra a felicidade.

Meu coração relutou pela despedida, é teimoso igual à dona. Entretanto, você estava adormecido no meu coração, o amei em silêncio e ninguém jamais soube. Você foi sortudo demais! Esta chamada máquina do tempo precisa ser destruída, antes que não me reste mais o meu amor-próprio.

Não sirvo para segundo plano, nasci para ser protagonista do amor. Teve momento da minha vida que te escolhi, mas hoje, prefiro escolher um lindo e puro amor.

Precisei escolher entre a imaginação e a realidade; entre a paixão e o amor; entre você ou eu. Por fim, escolhi! Escolhi a vida, o presente, a realidade, um puro e verdadeiro amor. Escolhi a me valorizar e deixar a vida seguir o seu rumo. Creio em vidas passadas e acredito que você é a minha alma gêmea que se perdeu no destino.

Não sirvo para ficar suspirando por você. Não me enquadro para ficar sofrendo de solidão e ficar idealizando uma possibilidade de um dia, quem sabe talvez; de quem não sabe se me quer realmente.

Desculpa-me, é inevitável não chorar. Minhas lembranças me fizeram lembrar do que um dia, uma amiga me disse: “nenhum homem vale as lágrimas de uma mulher”. Realmente, hoje precisei concordar amargamente.

Hoje, escolhi seguir a minha vida. Nunca é tarde para mudar. Cada segundo que se vive existe em nossa frente à oportunidade de recomeçar.

21.01.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Agradecida!

Foto de von buchman

Ao Seu Lado. (G.G.) É um eterno amar.. (Von) due

Às vezes nos sentimos ausentes
Tão distante da realidade deste mundo.
Muitas vezes desejaríamos estar “off-line”,
Nos desligando por algum segundo.
(G.G.)

As vezes estamos tão distantes
e mesmo estando tâo perto um do outro..
e se entrarmos em “off-line”,
causaremos pane total em nossos sentimentos...
(Von)

Assim é estar ao seu lado.
Bocas se tocam;
Declarações são feitas;
Abraços se entrelaçam.
(G.G.)

Coração arde de tanta paixão e amor..
Nossos corpos se tocam
e entramos num frenezi de muita tesão...
(Von)

Ao seu lado o meu sorriso é sol!
A minha alegria volta a brilhar
Num constante cintilar.
(G.G.)

Tua vida é luz quando ao meu lado estás...
As tristezas não existem
só a alegria persiste,
Amor e paixão nos levam a flutuar...
(Von)

Ao seu lado a vida se acalma,
O mar revolto se torna brando.
Seus carinhos me estremecem
E meus desejos secretos renascem.
(G.G.)

Tudo isto acontece por que só existe paixão...
Te dou carinho e muito amor...
Tento saciar os teus mais ousados desejos
Nas intensas noites de amor...
(Von)

Cada minuto ao seu lado se torna segundo
E não temos o domínio de parar o mundo.
Esta chamada máquina do tempo,
Um dia há de se tornar fato ocorrido.
(G.G.)

Cada minuto é um segundo
Cada hora perde o valor
O que vale realmente
é nosso puro e lindo amor...
(Von)

Ao seu lado tudo é alto-astral!
Nossa reciprocidade é total
E nosso sentimento é igual.
(G.G.)

Tudo é relativo e tudo é igual
Quando só se tem paixão...
És a deusa de meu coração,
E nenhuma outra quero encontrar;
Que posso fazer ,
se só a ti quero amar?
(Von)

Gracy minha deusa do poetisar
é tão gostoso contigo compor duetos.
Te agradeço minha musa por mais este ...
Mil e um Bjs e mimos de paixão
do Von Buchman !
ICH LIEBE DICH...

Foto de Graciele Gessner

Ao Seu Lado. (Graciele_Gessner)

Às vezes nos sentimos ausentes
Tão distante da realidade deste mundo.
Muitas vezes desejaríamos estar “off-line”,
Nos desligando por algum segundo.

Assim é estar ao seu lado.
Bocas se tocam;
Declarações são feitas;
Abraços se entrelaçam.

Ao seu lado o meu sorriso é sol!
A minha alegria volta a brilhar
Num constante cintilar.

Ao seu lado a vida se acalma,
O mar revolto se torna brando.
Seus carinhos me estremecem
E meus desejos secretos renascem.

Cada minuto ao seu lado se torna segundo
E não temos o domínio de parar o mundo.
Esta chamada máquina do tempo,
Um dia há de se tornar fato ocorrido.

Ao seu lado tudo é alto-astral!
Nossa reciprocidade é total
E nosso sentimento é igual.

28.10.2007

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de ALAN-ORNELAS

CULINÁRIA NA TV

CULINÁRIA NA TV

Autoria: Alan Sergio Maia Ornelas

Não sei se é por ironia,
Não sei se é por gozação,
As receitas culinárias, todo dia,
Apresentadas na televisão!

Creme de leite, polvo, lula e mexilhão,
Alho poró, ervilha e molho bechamel,
Picles, couve-flor e coquetel,
Numa cozinha que parece uma mansão.

Bife à rolë, alcatra, filet mingnon,
Pitú, pistola e sete barbas,
Lentilhas, rabanetes e alcaparras,
Conservas de palmito e champingnon!

Ingredientes ditos na televisão
No horário do almoço muito pouco
De um povo que já anda quase louco
Ao lutar por um prato de feijão!

Esse povo, pobre povo, proletário
Já anda por seus sonhos perturbado,
Já tem o estomago ulcerado
Pela fome e falta de salário.

As receitas vem ao pobre achincalhar
Despertando nas crianças o esperneio,
Pois se iludem no infante devaneio,
Seduzidas pela máquina de sonhar!

Foto de Graciele Gessner

Máquina do Tempo. (Graciele_Gessner)

Fragmentos do passado,
Tempo que fui feliz e não soube valorizar.
Pedaços de mim ficaram no passado
E precisei sozinha continuar...

Estilhaços do nosso amor,
Por muito tempo tentei escapar.
Meu coração permaneceu amando,
Bateu forte pedindo para te procurar.

Lembranças que jamais esquecerei...
“Beijos de uma menina linda,
Beijos do amor da minha vida”.
Declaração nunca declarada;
Afirmação por sua parte que emociona.

Uma filha que desejei demais,
Fruto do nosso amor abençoado.
Uma sementinha do nosso amor
Que poderia ter acontecido.

Uma máquina do tempo,
A sugestão me perturba.
Por anos desejei este pedido,
Mas meu coração pertence a outro.

Máquina do tempo...
O tempo que não volta mais.
Podemos apenas recordar,
E quem sabe um dia, recomeçar.

17.08.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Segue o video-poema:

Máquina do Tempo.
Edição: Fernanda Queiroz
Poema: Graciele Gessner

---
Nota: O poema e o video estão sendo republicados no site:
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/graciele_gessner/maquina_do_tempo
Foto de Gideon

Frio, chocolate e saudade

A saudade esfria o meu coração
triste como é o sabor da solidão.
Como é amarga a saudade de você
que faz o meu coração gelado tremer.

Meus pés congelaram ontem,
zero grau subiu ao coração já frio,
meus olhos tinham preguiça de chorar.

As luvas pretas de algodão
tentavam barrar, em vão, as correntes geladas
que irrompiam nas minhas mãos.

Graças ao bom Deus congelar não permitiu
pois, para aquecer, eu esfregava
os meus pensamentos aos seus.

Logo estarei no fim da barra de chocolate
aí quero deixar o gostinho amargo bem guardado
prá beijar os seus doces lábios melados
e esquentar de vêz o meu coração gelado.

Quisera poder mexer no tempo
e fazer uma máquina de nuvens quentes
prá levar-me até você.
Tentarei hoje à noite
quando os meus olhos em sono profundo cerrarem-se.

Ah, mas não é assim, os devaneios da madrugada
não seguem as ordens de nosso coração
por mais vontade e saudades
que tenhamos de nosso amor.

Mas eu descobri um jeito de ficar perto de ti
por mais longe que estejas, farei poesias brancas,
coloridas, altas, baixas, cheias, vazias, alegres e tristes...

Os versos da poesia acariciam a minh'alma
como se as suas suaves mãos
cá estivessem ninando o meu coração.

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