Tenho tanto a dizer, tanto a escrever,
mas ao mesmo tempo, tanto a calar...
Tudo o que passei nessa vida, tem sido no mínimo interessante.
Hoje vejo coisas que não via há muito tempo, ou que não queria ver,
pois meus olhos estavam tapados, cerrados, fechados a tudo isso,
a tudo o que de bom a vida tem a me oferecer.
Sinto-me ofegante ao olhar pra traz e ver as coisas que deixei de fazer,
as coisas que deixei de falar,
as pessoas que deixei de conhecer,
as coisas que deixei de sentir...
Sabe,
às vezes eu gostaria de ter uma máquina do tempo,
para poder voltar e consertar algumas coisas que fiz de errado...
Ajustar, apagar, acrescentar, etc...
Mas sei não ser possível.
Sinto-me por tantas vezes de mãos atadas, podado, sem ter muito que fazer...
Uma angústia, uma dor no peito, um “sei lá o que” interno,
que esta me corroendo as entranhas,
como se você tivesse sido abalroado por um trem...
Deixando-me um sentimento de vazio, um sentimento de desapego, algo estranho...
Logo pela manhã, todo dia,
levanto e oro a Deus para que meu dia seja iluminado...
Peço que me faça acordar desse sonho, desse coma “interno” em que me encontro...
Os sentimentos florescem em mim,
mas ao mesmo tempo em que me dão asas,
às cortam com facas afiadas,
sem nem dar-me o luxo de alçar o primeiro vôo...
Que um dia eu consiga aquietar minha Alma e meu Coração,
dilacerados pelas vicissitudes da vida, pelas intempéries
de meu antigo orgulho e egoísmo...
Que um dia, eu consiga olhar pra mim mesmo...
Que um dia, eu consiga conviver comigo mesmo...
Que um dia, eu consiga...
Olhar pra mim mesmo...
E CONSIGA
VER...