Maledicência

Foto de diny

IMPIEDADE

IMPIEDADE
Deus... Tem piedade!
Dessa desencaminhada humanidade,
Que diz com o coração louco e infeliz;
Não há Deus!...

Ah essa descrença...
Meu Deus que tormento!
Desamor... Maledicência,
Desespero, sofrimento...

Tudo isso destrói,
Corrói desgraça,
Aleija, corrompi, traça;
Morte inconsciente...

Ah a miséria humana,
Que deturpa tudo, maldade,
Ser o nefasto, dessa nefasta;
Impiedade...

Diny Souto

Foto de Vanessa Valereano

Se não for amor....

Se não for amor...

Confusão, minha mente vira um turbilhão
Sinto que por mais amor que tenho por ti
Derramo minhas lágrimas numa taça da alma
que nao tem fim
Sinto sua falta, que não acalma meu coração
Inquietude, drama, cosntrangimento
Muito lamento
Se não for amor, só é sofrimento
Amor que nunca tive
Amor que de menina sonhava
Amor que de adolescente esperava
Amor que agora sinto e me domina
Por favor não me reprima
Pena eu ter um único amor
Para um amor de todas
Esperança não me falta
Madrugadas a te esperar não vão me desanimar
Quero te cativar
Mais espaço para isso você não me dá
Sonhar e acreditar palavras que só me motivarão
Mesmo que haja escuridão
Desistir do seu amor
Só se a morte com sua maledicência
Trazer sua ausência

By Vanessa

Foto de Rosamares da Maia

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

Nos teus céus, o luar é da mais pura prata,
Sob a noite das congadas, exibes tua beleza,
Verde, esplendorosa
Despertando desejo, paixões e a cobiça dos homens.
Por ti, bateram-se nobres cavalheiros,
Também aventureiros, sem eira, beira, ou tribeira.
Todos atravessaram oceanos,
Enfrentaram tormentas, vindos de distantes lugares,
Tudo por ti, prenda preciosa.

Villegainon tomou-te a força.
Na França Antártica pretendeu desposar-te,
Mas, viu o brandir da borduna, E o ar sibilando de flechas,
Defendeu-se a tua honra.
E dançastes para comemorar.

Nassau encantou-se de ti a primeira vista.
Na alta Olinda, o mar invadiu seu sonho,
Esculpindo em obras de amor e arte a sua conquista.
No batuque do maracatu a história desenha traços,
Seguiu jogando pernas pro ar. Rabo-de-arraia,
Jogada de mestre e moleque do garboso capoeira.
Mas perdeu-se o moço nos olhos de uma morena,
E no samba de roda foi namorar.
Ginga, samba crioulo, arranca do chão a vida,
Mesmo na seca caatinga faz o teu destino.

Brasil,
Teu gosto é café, cacau docinho, rapadura, carne de sol,
Churrasco dos pampas, tutu com linguiça e carré.
Tens o cheiro da pele das meninas, das cadeiras mulatas,
Também, da branca estrangeira.
Tudo no liquidificador das raças - misturadas,
Com estilo, para extrair um suco verde e amarelo,
Que enfeita e enfeitiça, traduzindo-se na imensa passarela,
Por onde desfila a mais nova porta bandeira.

Brasil,
Dos contos e lendas, de bravuras e bravatas,
-São filhos de botos cor-de-rosa, que saltam das águas,
Para emprenhar donzelas, Caipora, Curupira,
Mula Sem Cabeça, Saci Pererê, Negrinho do Pastoreio,
Lágrima de princesa índia que virou Vitória Régia,
E Orfeu, príncipe negro da favela?
Da tua fé mestiça, soam os atabaques, rodam sete saias de rosas.
Do mar, na rede dos humildes, ergueu-se Santa, Aparecida.
Na voz de teu povo consagram-se: Anastácia, Padre Cícero,
Dulce, a irmã da bondade.
Um grito de gol, de bola na rede que apaixona milhões.
Fé, pés, talento e arte. Essa é a tua gente!

Brasil,
Quanto resta do bugre Xingu, do Português, do Holandês?
Quanto ainda corre em teu corpo?
Somam-se tantas outras ocidentais e orientais misturas.
Desaguando todas, finalmente, na grande pororoca amazônica.
Colocamos a massa miscigenada para dourar ao sol de Copacabana,
Faz-se repousar o resultado deitado no colo do Redentor,
- Eternamente de braços abertos, em berço esplendido.

É assim o teu despertar, Brasil.
Se a maledicência diz que a tua certidão é imprecisa,
Que e a tua paternidade é duvidosa,
Pouco importa o despeito desta gente maldosa.
Fenícios, espanhóis, portugueses – Quem primeiro aqui aportou?
Quem afinal, de forma acidental ou intencional te encontrou?

Este é apenas um detalhe.
Estamos aqui! Construímos a nossa história.
Mais que navegar, foi preciso tecer,
Prender o fio de tantas origens.
Somos a raça da verde / dourada flâmula,
“Da loura Bombril e do negro alemão”.
Emergimos do caldeirão da Humanidade.
Mexido com a rica madeira vermelha
Ela que deu origem ao próprio nome,
“madeira de dar em doido”, brasa viva e incandescente,
Que forja e “ergue da justiça à clava forte”, sem fugir da luta.
Somos o Brasil.

Rosamares da Maia

Foto de jessebarbosadeoliveira27

PAISAGEM EXANGUE

Tudo é breu:
O cotidiano
Transmuda-se na chuva ácida
Que pulveriza por completo
Sonhos forjados por aço, diamantes e ferro.

Tudo é bruma que cega:
A esperança fica estéril
Ao perder a sua centelha eterna
Para o alucinógeno e deletério
Oxigênio da guerra.

O caminho
São zilhões de labirintos prenhes de maledicência:
Neles, o imensurável deserto
Nos espreita: sedento por nossa alma,
Verve e consciência.

Queria ser um parlapatão ou um espantalho
Para que me mantivesse indiferente ao teatro.
No entanto a redoma de mim se despoja,
Deixando a minha retina ser ferida
Pela tétrica realidade belicosa.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Bira Melo

A TENTAÇÃO

E a morte
Com seu anzol da maledicência
Preparou uma isca de formicida
Convidou-me a suicidar-se
Eu como bobo que era,
Achara que sim
E que não, talvez não...
Meus olhos cristalizaram
E o da noite
Brilhara como um louco diamante
De uma Mata verde em folhas.
Amanhecera,
E era o mesmo dia!
Eu fisgara a isca
Ela sorrira (coitada...)
Ouvi uma voz que cantara:
"Ainda é cedo amor,
Mal começastes a conhecer a vida!"
Daí, aquela sonda perpassara minhas narinas
E do meu estômago extraíra
O veneno da isca que eu mordera.
A morte, fugiu com medo de morrer...
Ela acabara de matar
O medo e o desejo que eu sentira,
De um dia poder vê-la!!!

Foto de Dennel

Ferimentos da paixão

Por tuas transgressões fui ferido
Por tuas ações muito agredido
Sofri por tua fria indiferença
Ainda sofro por tua ausência

Foi de uma imensa maldade
Abandonar-me a triste realidade
Nunca vi tamanha negligência
Não esperava tanta maledicência

Outra vez hei de sorrir
As feridas que por amor sofri
Serão apenas tênues lembranças
Abro meu coração cheio de esperança

Recuperado, e pronto para amar
Sairei na rua a procurar
Lindos olhos que me fascine
Assim, meu coração determina

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2010 All Rights Reserved

Foto de DENISE SEVERGNINI

CRIANÇA DO VENTO

CRIANÇA DO VENTO

O cata-vento gira... O passarinho canta...
O gatinho mia... A poesia na janela
Chama por ela a criança que eu sou...

Lá vem ela!
Correndo livre como criança do vento.
Não há em seu pensamento:
Falsidade, maledicência, dor!

A chuva cai... A florzinha desabrocha...
O cachorrinho late... O tempo, na janela,
Chama por ela a criança que eu sou...

Lá vem ela!
Correndo livre como criança do vento.
Há em seu pensamento:
Bondade, inocência, amor!

Na janela,
Poesia e tempo chamam por ela:
... A criança que ainda sou!

(Sou criança, aos cinqüenta,o corpo não agüenta,
mas a alma brinca....às vezes trinca...)

Foto de Rawlyson junqueira

desejo

Desejo.

Desejo-lhe, como uma abelha deseja o pólen de uma flor.
E assim como a abelha.
Adoraria me espojar no colo de teu seio.
Querendo colher o nécta do amor.

Exploraria o seu corpo eminente, me aventurando no desconhecido.

E como adolescente atrevido desvendaria tuas siluetas coloridas.
Sim são tuas às siluetas coloridas.

Desejo não é hipocrisia, e sim brincadeira de abelha.
Que se aventura em campo desconhecido, a procura da flor perfeita.

Elas procuram dentre as flores as mais belas e coloridas.
E o mesmo faço eu, querendo me aventurar em suas curvas proibidas.

Há!... quem dera eu fosse abelha, para o mel eu ir buscar,
E com vôo elegante, em seu colo derramar,
Toda pureza e maledicência de um garoto a gritar,
Bem alto e aos quatro ventos para quem quiser escutar.

Desejo muito essa mulher, Abelha Rainha de meu coração,
O qual serei eternamente escravo do desejo e da paixão.

Rawlyson M. Junqueira.

Foto de pttuii

Desenho

A chuva caía incessantemente, desenhando círculos concêntricos na calçada de granito. O petróleo nos lampiões teimava em arder, dando uma luz baça à rua dos sonhos perdidos. A maledicência humana feita gente tombou, nua, no frio da madrugada outonal. Um buraco no céu cor de chumbo abriu-se, e direccionou-a para onde sempre quis estar.
Entre o previsível anoitecer das almas conformadas.
Ao erguer-se, deixou transparecer uma inapta e longa cabeleira ruiva, que assentava irregularmente em ombros magros e fracos. Limpou a poeira da solidão que lhe cobria os olhos, e rodou o pescoço até onde a anatomia o permitiu. Era um espaço deserto o que se preparava para conquistar.
O vento trombetava o hino da vitória, e as luzes trémulas da parca iluminação pública deram-lhe o embalo que precisou para a procura da capitulação.
Ao primeiro passo confiante, seguiu-se um segundo desconfiado. A terceira etapa da rota do sucesso, foi ferida com a machadada da incerteza.
Um corpo desceu de uma escadaria íngreme e derrotada da batalha com o tempo.
Abstraído de vestes, soluçava rezas incompreensíveis que ganhavam estridência, compassadas com o ritmo da chuva que caía, decidida a empalidecer o céu de chumbo.
"Chamo-me vida, e derrotei a minha própria essência nesta rua de sonhos perdidos"
Feminina por aproximação, desapareceu em vãos passos de medo. O caminho ficou aberto, e alguém desenhou o armísticio do rápido impulso bélico que mudou o destino do mundo.
Acho que já me posso apresentar. Alguém escreveu a palavra cobardia no documento que atestou o meu nascimento, e é meu o desenho que apreciam. Estive lá naquela noite de armagedão silencioso, e sobrevivi para contar que o homem não é quem diz ser. Julguem-no antes por aquilo que conseguem ler nas suas costas.

Foto de pttuii

Disse por dizer

de dizer o mundo,
desdisse que o mundo
consegue dizer mais sem
dizer o que realmente faz,
sem sequer dizer nada do
que realmente quer dizer,..

nunca me disse o que
consigo dizer facilmente
em situação de fazer,
mesmo dito e resolvido,
faltou-me a maledicência,...

restado ao mínimo ditado de hesitante
certeza,
desdisse-me,
fiz-me de menos,
para acolá dizer bem
do que talvez andem a dizer de mim.....

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