Luar

Eu vou tentar te falar
o que eu sinto por você
não é complicado de entender

mais é muito difícil de explicar
algo que só eu e você
sabe onde esta

coisas que só nos dois
conseguimos enxergar
flores ao luar

todo lugar me lembra você
é inevitável
não pensar em ti

é indispensável
sua presença pra me alegrar
eu não consigo me imaginar

sem você ao meu lado pra me apoiar
eu te amo cada vez mais e não vou negar

é em você que eu penso antes de dormi
e ao acordar
é a sua imagem em minha mente
que me faz suspirar

de amor
quero te abraçar
de encher de beijos e não parar de dizer
que eu amo muito você.

Deixa "EU" te Levar
Nesta Magia
De um lindo luar

Deixa "EU" te Seduzir
Nesta euforia
Sem nem resistir

Deixa "EU" te enredar
Nos meus Encantos
E te extasiar

Deixa "EU" te dominar
Causar-te espanto
E só me desejar

Deixa "EU" te reter
Em teus devaneios
Não me conter

Deixa "EU" me aprofundar
Sem nenhum receio
E te fazer delirar

Meu Amor...Deixa!

Ser o teu homem...
E só a ti...Amar!

Não fosse o pranto não avaliaria o sorriso,
não fosse a dor dispensaria o afago,
não fosse o grito calado, palavras soariam distorcidas,
não fosse a tristeza, a alegria seria camuflada,
não fossem as ausências, a simples presença seria afastada,
não fossem os nãos bradados, os sins perderiam os significados,
não fossem as pedras do caminho não me prenderia aos detalhes.
não fossem as noites escuras não me encantaria o luar,
não fosse a perseverança não me importaria a conquista,
não fosse a primavera me acomodaria o inverno,
não fosse o suor a colheita seria irrelevante,
não fosse o pecado não conheceria o perdão,
não fosse a solidão não me apegaria aos amigos,
não fossem as subidas não me deliciaria com as descidas,
não fossem os percalços nada seria tão desejado,
não fosse o fundo do túnel não veria a sua luz,
não fosse o silêncio não haveria flashes de reflexão,
não fosse a impaciência não mensuraria a compreensão,
não fosse o amor me absteria da vida,
não fosse a carência, negligenciaria o carinho, a proteção,
Não fosse a voz da alma calaria a poesia.

_Carmen Lúcia_

Os meus gritos
São como uivos fúnebres
Dos lobos
Agourando ao luar

O meu toque
É o tato cego
Do insensível
Que não quer tocar

O meu olhar
É o já sem vida
O esvaido
Procurando pouso

Os meus passos
Claudicantes
Me derrubam
Tento levantar

E minhas mãos
Não se desprendem
Deste solo
Que tragou meu ser

E minha voz
Titubeante
Que murmura
O que eu não sei dizer

Se solta aos poucos
Vai ao ar
E voa
Em meio ao vento

E volta súbito
Em recusa
Inflige a mim
O tormento

Os estranhos sons
De tão confusos
Não sei
Distinguir

E momentaneamente
Minha mente
Insana
Me tenta a partir

E em frente
A linha limítrofe
Entre os mundos
Vivo e imortal

Baixo a cabeça
Me ajoelho
Sucumbido
Ante ao meu destino fatal

16/07/96