Um exercício proposto na aula de Literatura Comparada, dos tempos da faculdade (1988).
Minha Canção do Exílio
No meu mundo não tem palmeiras,
Mas ouvimos o sabiá;
Todo amor do mundo,
Tenho certeza, está lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos olhos têm mais luzes,
Nossos corações têm mais esperanças,
Nossas vidas mais amores.
Em pensar, sozinha, à noite
Mais paixão me dá;
No meu mundo não tem palmeiras
Mas ouvimos o sabiá.
No meu mundo tem mais cor,
Coisas tal que não vejo aqui;
Em pensar, sozinha, à noite
Mais esperança me dá;
No meu mundo não tem palmeiras
Mas ouvimos o sabiá.
Não permita Deus que eu vá,
Sem que eu volte para meu lar.
Sem encontrar todo aquele brilho,
Toda aquela luz,
Toda a minha outra metade,
A qual se encontra lá.
No meu mundo não tem palmeiras,
Mas, tenham certeza, ouvimos o sabiá!
(Civana)