Os arrabaldes das cidades…
Os arrabaldes das cidades…
Réprobo pensam que és…
Determinadas realidades…
Lepra julgam que contrais-te…
Para eles és um alça-pés…
À negralhada se referem…
Subestimam e interferem…
Necrópole chamam…estimo…
Ao teu lar…teu fadar…
Tu apenas tentas seguir teu destino…
Que fado, que sempiterno, que cretino…
És a podridão da sociedade…
Palhota de inferioridade…
Polícias têm sete vidas…
Negros têm oito balas…
Armadilhado andas…
Estás cansado de fugir…
Tens trabalho escravizado…
O teu fedor! Até tresandas…
No chão dormes, suado…
Para a prisão vais e vens…
Não admira,é única casa que tens…
São muitas as pielas…
E por cada uma delas!
As mulheres maltratas…
Cuidado com as ratas!
Pois queres apenas prazer…
E depois sais com HIV…
Ópio, cocaína, heroína…
Um minuto de silêncio…
Para todos os irmãos…
Que a heroína levou…
Enlacem todas as vossas mãos …
-O minuto acabou…
É um cenário sinistro…
Dos subúrbios e das favelas…
E por isso desisto…
Acreditas nas cidades belas?
És parvo…