Lagos

Foto de Carmen Lúcia

Um novo mundo, à flor da pele...

À flor da pele, as minhas emoções.
Nos meus anseios a um mundo melhor,
preenchendo o ar, todas as sensações:
amor, paixão e alegria ao meu redor...

Como um pacto, comigo mesmo,
um louvor à natureza, ao Ser profundo,
abolida a guerra, proibido viver a esmo,
como novas regras para este mundo...

Num divagar suave, rumo à liberdade,
vejo do pântano, belezas adormecidas,
guardadas em sonhos, agora realidade.
Quebro barreiras, as normas esquecidas...

Mais e mais, abusando do meu direito,
percorro vales, lagos, novas montanhas.
Nessa harmonia certa, tudo tão perfeito,
sem haver ódios, sem outras barganhas.

.

Oswaldo Genofre & Carmen Lúcia

Foto de Cabral Compositor

Eu, Voçe e os Outros

Hoje as luzes estão acesas
Estão em brilho solto sem ofuscar
hoje o mundo respira melhor
O ar está puro e limpo
As cores estão realçando nos lagos

Nas montanhas, no céu
Um olhar mais puro da vida
hoje tudo isso podemos ver, sentir
Nós que somos em certo momento normais

Não temos doença alguma
Não temos inimigos, somos realmente puros
Honestos e pertencemos a uma classe chama A
A de nada, de tudo que não sente, não toca , não acredita
"Nós" homens e mulheres normais

E os outros? pessoas que nada podem, que não entendem
Que não superam, e se limitam em seus limites?
O mundo foi criado assim:
Pessoas em torno das pessoas

Umas se espelhado nas outras
Em seus defeitos, em suas vontade, em suas amarguras
Umas se espelhando nas outras
Na inveja, no ódio, na ganância

Na traição, no se dar em troca de uma vantagem
Hoje o mundo respira, reflete uma imagem
Que nos cobra uma igualdade, uma parceria, uma gratidão
Uma imagem que reflete na alma, e transporta aos olhos dos desavisados

Hoje, o mundo pode, o universo se faz presente
E mostra através dos defeitos e das dores que sente
Os nossos reflexos, a nossa incompetência
Nosso corpo próximo ao corpo do universo

Isso que somos e não aprendemos
Isso que somos e destruímos
Sem ter pena, sem ter dó

Foto de Melquizedeque

Perdido em minha mente

O sol já nasceu... Um grito eu escuto
Milhares de passos, centenas de assentos
Fugindo de mim estou. Esse é meu lado de dentro
Caminhos medonhos, lagos escuros
Balões coloridos em um céu nublado
Lentas imagens de um filme francês
Pessoas caminham em ruas estreitas
Luzes frias, um eterno outono
Todos me olham, atentos, suspeitos
Risadas e assobios. Notas aromáticas, ar gélido, calafrios
Sinto o cheiro de chuva em uma gota pingada
Contra todos eu ando, contraluz eles correm
Almas penadas, sem asas no ar
Milhares de vozes, de praias sem mar
O fora fica La dentro... Esconde-se com o silêncio
Tudo é fumaça... É frio! Prédios vazios com novas vidraças
(Melquizedeque de M. Alemão, 22 de dezembro de 2010)

Foto de Diario de uma bruxa

Fúria

Rios cheios de ilusões
Ondas de desespero
Corpo escuro, sem brilho
No auge da desilusão

Mar em fúria
Gotas de gemidos de dor
Da angustia
Do amor

Lagos seco, sem vida
Perdeu-se a magia o encanto
Da paixão destruída
Pelo medo que se formou

Não será mais coagida
Nem mesmo a fúria da natureza destruirá
A raiz crescida
Que aqui brotou.

Poema as Bruxas

Foto de jorge luis de oliveira

PASSEIO A CONSERVATÓRIA

O PASSEIO A CONSERVATÓRIA

Jorge Oliveira - 24 /05/2010

Não sou poeta, longe disso, mas, às vezes, me inspiro em algumas situações, ocasiões, momentos ... E um passeio à Conservatória realizado pelo Grupo Alegre Seresteiro jamais poderia cair no esquecimento.

Foram três dias mergulhados em cultura, lazer, artes, diversão e felicidades. Tudo foi perfeito, desde motorista muito eficiente, cuidadoso e prestativo, até chegar ao hotel lindo e acolhedor, com uma cozinha farta e bela e dos nossos apartamentos uma bela vista da janela.

Isto é Conservatória: passamos pelo túnel que chora, pelas ruas da pequena cidade, pela casa da cultura, pelo museu, igreja, pracinhas, lagos e lojinhas, tudo tão simples, porém, de uma beleza, cuja singeleza de dar inveja aos olhos de qualquer mortal; os seresteiros e artistas tão talentosos que os shows e músicas apresentadas, seja na rua, nas travessas ou nas calçadas, embalam os corações de forma séria ou até mesmo de brincadeira e o amor respira no calor e na emoção de uma canção.

As madrugadas foram divinas, tanto, crianças, como adultos, velhos, meninos e meninas, acompanhando os seresteiros pelas ruas de Conservatória e nós Alegrenses do Grupo Alegre Seresteiro, cantando junto a eles, músicas do nosso cancioneiro - uma emoção que entrou para a história.

Esse foi nosso passeio à Conservatória: o grupo não poderia ser melhor, foram amigos, construindo amizades e, tornando-se cada vez mais, tão próximos, que quando o passeio estava chegando ao fim, a começar por mim, todos já estavam morrendo de saudades.

Foram muitas brincadeiras, cantorias, passeios, shows e alegrias. Muitos se revelaram: na dança, no garfo, no bolso, na graça, no silêncio e até na saliência. Mas, tudo com muito respeito, sem nenhuma ofensa, digno de um grupo de amigos que tiraram esses três dias para brincar, divertir e curtir a vida e receberam em troca toda essa recompensa.

As festas foi um caso a parte. A festa árabe, deixou saudades, o grupo brincou, dançou, cantou, numa tenda linda e num ambiente gostoso, com uma grande mesa de comida árabe, vinhos, tudo perfeito, organizado, sem correria ou fila, foi tão boa que ao final da festa teve amigos nossos que queriam a todo custo “ir buscar Dalila”.

Conservatória é isto: alegria, paz, cultura, diversão e felicidades. Retornamos ao nosso cotidiano na certeza de que num futuro breve voltaremos, pois já estamos morrendo de saudades.

Foto de Arnault L. D.

Assim se formam os mares

Você chegou como garoa
umedecendo a paisagem,
parecia uma coisa atoa.
Um detalhe, uma bobagem

A cada gotícula somada
juntado as demais pequenas gotas
Formaram-se poças espaçadas
ilhas pequenas, ainda rotas

Logo depois já chovia
e as poças se espalhavam
e por onde havia a via
espelhos d'água faiscavam

Para cada instante a mais
mais forte, já era tempestade
o que era seco tornou cais
e no mais a agua invade

Inundação, a tomar conta
e aquelas poças agora, lagos,
em torrente já se remonta,
os horizontes tornando vagos

Por fim... calmaria
da paisagem... o mar.
E do antes que se via, ... havia...
existe agora outro lugar

E nem mais sei do submerso
e por entre mares me movo
pois você, como a água, ou verso
fez da paisagem um mundo novo.

Foto de Graciele Gessner

Timbó e Suas Belezas. (Graciele_Gessner)


Inicialmente, estou mudando o foco dos meus escritos e dando vazão à história e a cultura de uma cidade conhecida como a “Pérola do Vale”, a cidade de Timbó que fica no estado de Santa Catarina.


Timbó é uma cidade em pleno desenvolvimento, também escassa em mão de obra qualificada. Em muitos casos necessita urgentemente de profissionais de outras cidades/estados. Sem falar da vida no campo, em que corresponde 15% da população. A cidade tem mais de 30.000 habitantes em seus 15 bairros distribuídos, são eles: Araponguinhas, dos Estados, Padre Martinho Stein, Fritz Lorenz, Industrial, Quintino, Vila Germer, Centro, Pomeranos, Imigrantes, Dona Clara, Tiroleses, das Capitais, das Nações e São Roque.


A cidade de Timbó esconde valiosas fontes, riachos e campos. A população é ainda regada de tradições do passado, rica de culturas e costumes. Porém, a população da área rural anda optando em dividir suas atividades entre a indústria e agricultura. E para que todos saibam o transporte mais utilizado por aqui é a bicicleta; eu faço parte desta estatística “ecologicamente correta”. Contudo, hoje apresento um pouco da cidade que moro, alguns pontos turísticos deste verde vale cercado de montanhas.


Começo pelo Jardim Botânico, um lugar perfeito para andar de bicicleta, caminhar, ler, ou simplesmente fazer um piquenique. Local de grande área verde, com lagos “chocolates” por causa da cor; tem quiosques com churrasqueiras que permite momento família ou entre amigos, e as trilhas para atividade física. Eu particularmente, gosto do lugar!


Outro local com atrações é o Morro Azul, além de ter um caminho com curvas sinuosas, podemos ver casas típicas e centenárias em seu estilo enxaimel. Dizem que o local é o ponto mais alto de Timbó, com seus 758 metros de altitude. É um local que permite uma vista espetacular.


Falando em altitude, não posso deixar de mencionar o Morro Arapongas com seus 470 metros de altitude, onde também podemos ter a visão completa da cidade de Timbó e concluir como a cidade está evoluindo. Apenas um detalhe, é um tanto restrito o acesso, é uma subida íngreme, exigindo uma caminhada de 45 minutos a 1 hora. Ou então, se você for um motorista aventureiro e sortudo consegue subir com automóvel ou moto.


Bem, quanto a museus é o que não falta por aqui. Temos o Museu da Música onde estão expostos mais de 200 instrumentos. Para o orgulho de muitos timboenses (eu penso), tem também o Museu Casa do Poeta Lindolf Bell preservando obras de arte, um completo acervo deste poeta timboense.


No entanto, falar de Timbó exige mencionar o ponto referencial da cidade. Estou falando da Thapyoka que é restaurante, choperia e danceteria. Lugar certo para encontrar amigos! Além disto, ao redor tem a represa do Rio Benedito, construída por imigrantes alemães e tem a ponte que liga as margens do rio. Para completar, tem uma figueira enorme na praça, a conhecida “Figueira Centenária”. Querendo mais informações é só ir ao Museu Casa do Imigrante que fica ao lado da Thapyoka. Vale à pena conhecer...



26.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria, Obrigada!


  • Fonte: Baseado no guia turístico de março/2006.

  • Foto de Sonia Delsin

    Quanta decepção!

    Quanta decepção!

    Tem dias em que eu penso naqueles olhos escuros.
    Dois lagos.
    Eu queria mergulhar, queria ir ao fundo.
    Mas qual!
    Ele não permitia.
    Desviava o olhar.
    Parecia que tinha medo do que eu pudesse encontrar.
    Aqueles olhos na minha alma fizeram morada.
    Eu me julgava amada.
    Tão amada.
    Aqueles olhos estiveram nos meus sonhos.
    Estiveram nos meus sonhos me buscando.
    Se entregando.
    Era pura fascinação.
    Obsessão.
    Emoção. Sensação.
    Mas, Deus! Quanta decepção!

    Foto de Joaninhavoa

    É O AMOR! É O AMOR

    *
    É O AMOR! É O AMOR
    *

    Percebeu?
    Fui na onda mais forte... aquela
    que me tomou... não sei porquê...

    Mas também me pareceu não ser
    o mais importante "perceber"...
    Mas aquela onda teve a coragem
    de me abordar...
    Teve a coragem de me tomar...
    e de me tocar...
    Teve a coragem de me abraçar
    e de me acariciar...
    E as outras ficaram só a pensar
    e a repensar...
    E a pensar morreram
    sem brincar...
    À nora do amor! Ondas filósofas

    Não! Não critiquem
    Não têm esse direito! Filósofas
    Óh múmias paralíticas
    Acordai!

    O que será que será que não aquece
    nem terra nem ar...
    E só pensa em balançar?!

    Vós sois lagos e lagoas
    Não mares desbravantes
    Vós não sois caminhantes
    Não lutais! Lembrai
    Sois múmias! Paralíticas

    O que será que será que não aquece
    nem terra nem ar...
    E só pensa em balançar!?

    Joaninhavoa
    (helenafarias)
    07/07/2009

    Foto de Evandro Machado Luciano

    Astro Pálido

    Esse astro pálido
    Que inebria a mente
    Deixa-me triste ou contente?

    Esse astro pálido
    Que me ilumina os olhares
    Mostra-me a beleza dos mares

    Dos lagos...
    Da pureza dos pássaros

    Esforçaste-te ao máximo
    Para ocultar este doudo lugar
    Em que o ouro é razão para matar...
    E a idade... a desculpa para não amar

    Astro pálido: - podes me ouvir?
    Mesmo que não possas, tenho que lhe confessar
    Preciso de alguém p’ra desabafar
    de um ombro amigo para chorar

    Conto-te agora, meu doce astro pálido
    As minhas lamúrias
    Mesmo que sejam, por vezes, injúrias
    São verdadeiras
    Podem não ser o que o mundo quer ouvir
    Podem não ser as palavras mágicas p’ra fugir
    Mas, confie em mim...
    são verdadeiras...

    Astro pálido
    Foi tão bom, uma vez mais lhe observar
    foi tão bom... devolveu-me meu doce olhar
    ...sobre o cárcere a qual fui mandado
    Não reclamo! -fui muito amado

    Amado pela doce mulher
    Que está prestes a chegar
    Chega cansada, o significado da palavra “amar”
    Jovem mulher
    Que mo viu nascer (e com muito louvor)
    Que desde meu primeiro suspiro, me mostrou o amor

    Permita-me que eu me despeça, astro pálido
    Conheces agora, todos meus segredos e desejos
    Espero que esteja, também, admirando seu brilho
    Aquela que, a vida, eu daria eu daria por um beijo.

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