Lábios

Foto de josecarreiro

quisera eu inventar um poetar de amor

A MORTE PRECURSORA OU SILENCIOSA IMOLAÇÃO

Fraco
como viúvo
nos quais lábios houve amor
leio o limite
na quase impropriedade de mim,
a efemeridade sacerdotal de um rio.
Emociono-me com os dias
as manhãs inteiras em que me ouço
adianto os lugares
desfaço a noite antiga
e oiço uma rapsódia a ver se me vejo
mudado – quisera eu inventar
um poetar de amor
dizer chama, flor
e depois extravasar-me em sangue
em dor.
Mas nada me contém
nada me fixa:
um olhar um quadro
um laço que me enlace
um corpo que eu deseje.
Quem sou eu que me não vejo
nem tenho nas coisas fáceis
dos dias que passam.
A verdade evola-me e entumece-me
ingrata.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

Foto de josecarreiro

ADEUS

ADEUS

O mover dos lábios
a boca que se desenvolveu
os olhos líquidos
eu inflamava amava
as minhas mãos as nossas corriam em viva expansão
e com elas volvia
enchia a boca que agora ressinto pronunciada
a língua enlouquecia a pele.

Adiante apreçaste:
- hoje estás pouco falador;
como precisasses:
- fala a dor.

Encontraste outro amante
na mesma compreensão que eu

mas nunca dissemos adeus.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

Foto de boxcarbertha

ao Palavras vento... soltas

tocar esperança. lábios adormecidos vital
acariciar beijos desejos. nunca quero você respirar,
melodia carinho toque... abrasar universo. sentimentos sonho
fazer Menininha, acordar olhar para pulsar menino, amor
coração, mundo, esquecidos. acendendo teve, nunca despertar
seu Deixe-me palavra, mim no da ilumina. faça pensamentos
novos seu amar. para como seus navegar ser crescer,
corpo deixar luz me Deixe-me conhecer leves pele,
sussurros nosso olhos, e e na seu seu seu sempre efervecer
pulsar amor alma, toques, meus vida, Deixe-me te feliz,
sua Deixe-me realizar faça com sua cada ser seja mim,
oferecer-lhe ser o que que você, Deixe-me é para com me me faça
na que nos e com deixe-me seus com os meus a cada a e com de
você com em você o que você fazer o que fiz, lhe no do Deixe-me
seus em seu você

Foto de InSaNnA

Suave

Com a tua cabeça no meu colo,
um convite ao (meu )prazer,
o caminho curto,sem desvios,
A ânsia para enlouquecer..
o meu calor queima
a tua língua...
A tua gula se perde
entre paredes úmidas,
dos meus lábios tímidos,
Clamo a eternidade !
O sangue vermelho ,pulsa
em nas minhas veias,
ritmando com os meus gemidos..
Liberando a minha alma encarcerada,
flutuo em seus braços..
a vida pàra por alguns minutos,
toco as estrelas, que brilham de dia,
para comemorar a minha chegada...

***************************************************************************Beijos Beijos,meus adoráveis poetas....

Foto de RAFSONIC

Como gostaria de passar, o tempo ao seu lado...E me perder nas curvas da sua boca...

Como gostaria de passar, o tempo ao seu lado...
Deitado ao seu lado eu estou,
À noite com a lua iluminando seu rosto,
E em seus olhos vejo o brilho das estrelas,
Eu tão perto de você, sentindo sua respiração,
Calma e tranqüila, no meu rosto.
O vento levando seu cabelo, de um lado para o outro,
Guiando o caminho das nuvens,
E eu já começava a me perder a me perder nas curvas da sua boca,
Pensando pra mim mesmo, “que essa noite não acabe”,
Que ela se prolongue...
Mais não, o sol começa a nascer,
As estrelas nos seus olhos vão sumindo,
Dando lugar a uma luz irradiante,
Uma luz, que vem e da cor a sua pele, e aos seus olhos,
E mesmo assim,
Ainda me perdendo nas curvas da sua boca,
Olho para o céu, no céu não nos seus olhos,
Seguro seu cabelo, e vejo que o céu esta limpo,
Nenhuma nuvem,
Não percebi que o vento parou,
Pois sua respiração ofegante,
Ainda me fazia sentir o vento soprando,
E com isso, o sol logo pela manhã te esquenta, e ilumina,
E você não abre os olhos,
Apenas deixa as curvas da sua boca guiar meus lábios,
Fazendo com que eu não me perca nelas,
Durante esse tempo, começa a chover,
Gotas caem contornando seu rosto,
Fazendo com que ele fique molhado,
Ela cai molhando seu cabelo,
Molhando o seu corpo e o meu,
Mais ano vejo a chuva, não vejo nada,
Pois ainda continuo, nas curvas da sua boca,
Sem saber o caminho de volta,
Você passa a segurar meu cabelo,
Como que se eu estivesse querendo sair,
E você não deixando,
Debaixo daquela chuva,
Apenas eu e você, molhados, doidos, apaixonados...
Não sabemos de mais nada, perdidos...
O tempo apenas me deixou estar ao seu lado,
Do jeito que eu gostaria de estar,
E chega a noite, com a lua e as estrelas,
É quando você abre os olhos,
E todo aquele brilho e luz da noite quando começamos, voltam à você,
Fazendo-me encontrar o caminho,
Diante das curvas da sua boca,
Fazendo-me ver seus olhos novamente,
E fazendo com que eu olhe fundo nos seus olhos,
E diga apenas uma frase,
EU AMO VOCÊ...

Foto de flaviacruz

Um dia você me perguntou o que é amar...

Amo quando me chama atenção por algo que fiz e que, de alguma forma, poderia ser diferente;
Quando se aproveita da nossa intimidade para dividir momentos e atitudes tão particulares;
Quando conversa comigo para me acalmar em situações difíceis e para me orientar em momentos de dúvida.
Amo acordar de madrugada só para te ver dormir e ficar na cama até mais tarde com você ao meu lado.
Amo estar ao seu lado, mesmo para não fazer nada, apenas desfrutar da sua companhia.
Amo a sua cumplicidade, carinho, respeito, atenção e cuidado;
O seu olhar de menino mimado, carente e tarado.
Amo o jeito em que mexe no meu cabelo e quando me olha com admiração nos momentos em que eu fico mais bonita pra você.
Amo seu sorriso e como aperta os lábios sem perceber;
Quando me abraça tentando me proteger e segura a minha mão para ninguém me levar de você.
Amo seu beijo, seu cheiro, o seu jeito.
Amo nossos momentos, nossos apelidos e nossa história.
Amo quando me tira pra dançar ou quando, sozinho, dança para me impressionar.

Amo todas as formas de te amar, de maneira intensa e que não sei explicar.
Amo com gestos, com corpo inteiro e sem ressalva.
Amo com o que há de mais profundo em mim: A ALMA.

Foto de InSaNnA

DeLíRiOs

Quando me aconchego,
em teu corpo,
como um leito macio,
e no frescor do teu cheiro,
desfaço-me em delírios,
quando invades o meu corpo,
virando a minha alma do avesso,
conduzindo-me em seus braços,
ao encontro dos teus dedos..
Alimentando-me,
nessa fartura de gestos ,
nos seus lábios ardentes,
deslizando a tua língua,
nos meus anseios..
Sensação perversa!
Sensação deliciosa...
Fazendo-me perder o rumo,
no teu corpo,
que me toca,
me conforta...
sinto as nossas vidas ligadas
quando ficamos loucos,
nessa mistura de amor e gozo,
ficamos nós dois,
morrendo aos poucos...

ROBERTA
****************************************************

OBRIGADA POR VIR ATÉ AQUI!

Obrigada por seu carinho...Beijinhos!

Foto de sonhos1803

Criança

O dia amanhece,
Como um sorriso moleque,
Queimando de alegria,
Na orgia do dia,
Na pele límpida,
Na luz cristalina,
A criança que acorda,
No mundo que pula a corda,
A etérea rotina,
No dia-a-dia,
Crianças que brincam,
No destino que se esvai,
No vai e vem,
No bater da corda,
Uns pulam,
Outros caem,
Criança doce,
De lábios sorridentes,
No barulho do dia,
No marulho do peito.

Foto de Auri

Prazer Insano

Abriu-se as portas do prazer
Meu corpo sentira todo o calor
Da forma audaz que toquei você
Mal suportando a vontade de te ter
Fogo inigualável, desejo de fazer amor

Então deixei teus toques tão sutis e macios
Percorrerem meu corpo sedento de paixão
Tuas mãos acariciando meus cabelos
Apertando os bicos de pequenos seios
Me levando a loucura, ou aos céus, tesão

Despudorada toquei teu sexo
Sentindo-te pronto pra percorrer
Os caminhos sinuosos do meu corpo
Nessa hora quis ter-te todo
Vontade insana de chegar ao prazer

Então nos permitidos os dois sentirmos
Dedinhos percorrendo velozes em nossos sexos
Vi o êxtase estampado no teu rosto
Sentindo que chegava próximo ao gozo
Tantra gostoso e só te pedia: me dá mais que eu quero!

Nessa hora já quase alucinados
Começamos a criar nossas taras e fantasias
Me levaste ao paraíso da imaginação
Fez-me sentir a cortesã de tanto tesão
Porém queria sentir-te mais, será que o podia?

Ah sim eu o podia!
Pois ainda estava em ti o ardor
Então, pus me a fazer o que nenhum homem gosta
Deitei-te na cama deixando a amostra
A delícia que dos lábios meus não se afastou

Já não contendo tanta volúpia
Invadiu penetrando-me com desejo e paixão
Nos deixamos sentir então toda energia
Que como cachoeira colorida em nós fluia
Fogo que saia do sexo, amor do coração

Foto de Jorgejb

E de um poema, nasceu…

Foram muitas as palavras, trocámos poemas e comentários, avolumou-se a caixa postal. Cada vez, as palavras faziam mais sentido, olhava cada frase, cada poema e só sabia que todos os dias, ia querendo mais e mais. O gosto da cumplicidade preenchia os nossos tempos, e percebemos que tínhamos criado algo único e pessoal onde só nós podíamos entrar, como os cantos secretos dos adolescentes, onde o mistério e o segredo animam cada fracção do nosso corpo. Tremia só de pensar nela, percebia nas palavras dela, a mesma intimidade, a mesma necessidade de algo diferente e especial, que só cada um de nós podia dar ao outro.
Um dia acabamos por ir mais longe, trocamos telefones e e-mail, soubemos como era o aspecto físico um do outro (como se isso interessasse), e combinámos encontrar-nos. O medo e a ansiedade iam tomando conta de mim, já sabia quem eras, quanto esse teu coração podia entregar, a profunda sensibilidade que criavas em cada poema, a forma como sentias a vida. Decidi abandonar-me a esta paixão, nascida da emoção das palavras, sem qualquer destino, sem qualquer certeza. Apenas como se o mundo fosse um recanto ingénuo, onde nos faríamos felizes, para além de qualquer coisa. Decidimos encontrar-nos.
Olhei-te demoradamente, como se já te conhecesse, como se o teu olhar estivesse para além de ti, da tua forma, da tua roupa. Pousei meus olhos nos teus lábios, segurei tuas mãos, sentindo nelas a força da tua escrita, e quis meu peito contra o teu, como se já fosses minha e te abandonasses sem receios.
A verdade de um beijo formal e um “como estás?”, parecia não fazer parte do nosso quadro, mas foi assim que aconteceu. Procurámos uma esplanada, agradecendo a mesa que nos dava a distância suficiente a nos entendermos, e tentámos começar a conversa, que no nosso canto era tão fácil e fluida. Percebemos rapidamente o nosso embaraço. O nosso desejo contido pela formalidade física, as nossas limitações do outro lado da vida. Formais e inquietos, entregávamos sorrisos tímidos, perguntas esbarravam com os tiques nervosos – tu meneavas o cabelo, eu arrependia-me quanto podia, de ter deixado de fumar.
Acabámos por começar a conversa, acerca do teu poema que escolheras não sei para onde, o tal que me pediras ajuda. E depois foram conversas sobre mais um e mais outro, a vida começava a fazer sentido outra vez. Perdemo-nos nas horas, nos compromissos, fomos papel e caneta, escrita a dois, poemas inventados, a felicidade de nos termos, e por fim um poema em cima da mesa, que copiaste numa letra soberba e me entregaste. Já não sei se nos despedimos ou ficamos, se nos beijamos ou nos amámos.
Essas são as memórias que o nosso canto irá guardar para sempre, como nós dois guardámos esse poema que só nós, sabemos dizer de cor.

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