quisera eu inventar um poetar de amor

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Autor: 

A MORTE PRECURSORA OU SILENCIOSA IMOLAÇÃO

Fraco
como viúvo
nos quais lábios houve amor
leio o limite
na quase impropriedade de mim,
a efemeridade sacerdotal de um rio.
Emociono-me com os dias
as manhãs inteiras em que me ouço
adianto os lugares
desfaço a noite antiga
e oiço uma rapsódia a ver se me vejo
mudado – quisera eu inventar
um poetar de amor
dizer chama, flor
e depois extravasar-me em sangue
em dor.
Mas nada me contém
nada me fixa:
um olhar um quadro
um laço que me enlace
um corpo que eu deseje.
Quem sou eu que me não vejo
nem tenho nas coisas fáceis
dos dias que passam.
A verdade evola-me e entumece-me
ingrata.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

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