Jovens

Foto de DAVI CARTES ALVES

SEU AMOR FOI DEMONSTRADO ASSIM

TIO EDMUNDO

Quis um dia ver o mundo
Como o vê tio Edmundo
Seu viver em submundo
Sob olhar triste, profundo
E um pavor tão descabido
De chegar o fim do mundo

Quis um dia ver o mundo
Como o vê tio Edmundo
Seu andar desacertado
Seu arfar descompassado
Seu gritar esganiçado
Por nascer meio corcunda

Quis um dia ver o mundo
Como o vê tio Edmundo
Eis Quasímodo, quão gentil!
De um apaixonar-se tão febril
Por um par de olhinhos azul anil
Da floricultura mais sortida
Ali da Praça 21 de Abril
E não adianta negar, viu tio??

Quis um dia ver o mundo
Como o vê tio Edmundo
Jogo do time preferido
Não perder um só segundo
Frango ensopado com batata
“ Hummm! Tem que servir pra todo mundo!!!”
Eh! sujeito “boa praça”!!
Oh! arzinho moribundo!!

Quis um dia ver o mundo
Como o vê tio Edmundo
E sempre dizer para os mais jovens
Estuda meu guri, vai ler um livro, estuda!!
Não te torne um vagabundo!!

Eu quisera ver o mundo
Como via, tio Edmundo
Seu viver em submundo
Sob olhar doce, profundo
Pena chegar tão prematuro
Seu temido fim do mundo.

Pena saber que a vida não ensina
O que só se aprendia, na vastidão
Do seu rico submundo.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Teresa Cordioli

Adeus...

*
Adeus
*

No meu dicionário
A palavra adeus rabisquei
No computador, as deletei
Porque esta palavra
Fez jorrar pelo meu rosto
Todas as lágrimas
Algumas por alguém que se foi,
A procura de outro amor...
As outras?
Por aqueles que jamais voltarão...
Foram adeus... A Deus...
O que guardei de bom
De todos os Adeus
Foram e serão as saudades,
As boas lembranças ...
Essas não se apagarão,
Ninguém levará de minha vida
O amor que ficou.

Teresa Cordioli

...Lembrando as perdas, que foram muitas, Mãe, Pai, Marido, 4 irmãos, duas cunhadas, um cunhado, todos jovens....
Mesmo diante desta situação nunca me senti só, sinto saudades, muitas , mas muitas mesmo, sempre aparada pelo AMOR do Senhor Jesus...

Foto de Drica Chaves

Os Jovens Fazem o Mundo

Venham jovens queridos fazer desse mundo um paraíso.
Vem ó mundo querido fazer desses jovens todos unidos.
Todos os jovens são frutos do amor
Sem esses jovens não existe amor
Juntos o mundo tem mais harmonia
Plantemos amor pra colher alegria
Dancem com as cores do mundo
E seu colorido reflete mais fundo
Tristezas não levam a nada
Sigamos em frente já estamos na estrada.
Pra renovar é preciso crescer
O que se planta é preciso colher
Se tem a idéia é preciso cantar
O que se canta é preciso dançar.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

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Eis aí o meu primeiro poema que escrevi aos dez anos de idade.
Meu pai radiante e meu incansável incentivador, pediu a um amigo músico -Jota Silveira- (inclusive, tive o prazer de reencontrá-lo depois de muitos anos aqui onde moro atualmente, em um show dele na Casa da Cultura), que fizesse uma melodia e ensaiasse. Então virou música e nesse mesmo ano participei do Primeiro Festival de Música Almeidense. (Lembra-se Bira?) Foi muito bom!!!
E desde então continuo a escrever até hoje...
Obrigada, meu painho amado, que está no andar de cima, bem pertinho de Deus.

Muita Luz a todos!

Drica.

Foto de Carmen Vervloet

A MINHA RUA JOÃO DA CRUZ

A MINHA RUA

Meu pedacinho de chão
Que tão bem eu conheço
Mapeado no meu coração.

De dia, linda, limpa, ajardinada,
Árvores nas calçadas,
Acácias, flamboyants, oitis,
Sombreando a lida,
Palmeira balançando ao vento
Acalmando o ardor do momento!

À noite, outro cenário.
Entra em ebulição...
Palco de muita agitação.
Cadeiras tomando as calçadas
Jovens com mãos entrelaçadas,
Música, cerveja e alegria...
Mocinhas bem arrumadas,
Lábios carmins
Buscando seus afins!
Carregando sonhos no coração,
Hormônios em ebulição.
Palco de tantos encontros
E desencontros também.
Camelôs ocupando espaço
Dos transeuntes que passam
Em outro ritmo!
Em descompasso com a energia local
Outro espaço sideral!
O burburinho impera
Cada vida uma novela
Refletida no telão da paisagem!
Cada par de olhos buscando o seu sonho,
Transbordando emoção!
Música, cerveja e alegria
Propagando-se em ondas
Da mais pura energia
Nesta magia
Onde as portas se abrem
Sem fechadura, sem chave,
Sem resistência
Deixando entrar a esperança
De ser feliz!

A minha rua, meu pedacinho de chão
Bordado por mim em matiz
No meu coração!

Carmen Vervloet

Foto de Sonia Delsin

MEUS VINTE ANOS

MEUS VINTE ANOS

Não tenho mais vinte anos...
Ah, quanto tempo faz.
Que eu tive vinte anos.
Não tenho mais a mocidade.
Mas o que significa a idade?
Se eu tenho um coração menino e vejo tantos jovens amargos, maduros demais...
Tenho esta idade do corpo que o mundo me diz.
Mas lá no fundo sou ainda tão jovem e sou feliz.
Meu coração não envelheceu.
O seu ritmo ele nunca perdeu.
Então...
Não tenho mais vinte anos...
Mas tenho.
Me sinto jovem. É o que importa de fato.

Foto de Wilson Madrid

O RESGATE DA PAZ

*
*
*
*

Até quando contemplaremos nossa paz ser seqüestrada?
milhares de jovens encontrando nas drogas a escravidão,
pobres meninas seduzidas e aprisionadas na prostituição,
autoridades hipócritas mentindo e vivendo da corrupção
e a guerra urbana manchando de sangue o nosso chão?

Até quando assistiremos nossa fraternidade ser dizimada?
filhos assassinando os pais, irmãos assaltando os irmãos,
amigos traindo os amigos em troca de dinheiro ou promoção,
humanos descartados como lixo pelas ruas e praças da cidade,
crianças cheirando cola na fuga desesperada da cruel realidade ?

Até quando suportaremos ter nossa dignidade desrespeitada?
favelas; saúde, educação, transporte e segurança públicas falidas,
desemprego crescente e empregos contaminados pelo assédio moral,
distribuição de renda injusta e imoral privilegiando minorias favorecidas
às custas dos miseráveis rendimentos da maioria condenada à vida vegetal?

Até quando conviveremos e pagaremos o preço dos frutos de tanta injustiça?
shoppings centers luxuosos cultuando o consumo de alguns privilegiados,
violência imperando nas periferias miseráveis com tantos abandonados,
miséria traumatizando lares; jogatinas e prostíbulos em constante expansão,
pessoas honestas e decentes incluídas na lista dos animais em extinção?

Até quando inverteremos os valores do ter e do ser?
Até quando buscaremos pelos nossos reféns:
a nossa liberdade de ir e vir,
a nossa igualdade de condições
e a nossa fraternidade para repartir os pães?

Até quando celebraremos o culto do novo bezerro de ouro, o “deus mercado”?
natais de papais noeis e amigos secretos, páscoas de coelhos e ovos de chocolate,
pessoas objetos transformadas em produtos para as capas das revistas eróticas,
mídia programando as mentes dos fanáticos fiéis e consumidores idólatras,
“teologia do prazer imediato” convertendo os crentes do apocalipse do disparate?

Até quando aguardaremos omissos pelo surgimento de melhores dias?
adiando o início do mutirão da indispensável mas crucificada justiça social:
onde todos deveremos contribuir evitando o egoísmo e a prática da injustiça pessoal,
adotando a solução contida na sabedoria divina anunciada pelo profeta Isaias:
“que o fruto da justiça será a paz e a obra da justiça será a tranqüilidade”?

Para finalmente resgatarmos a maior herança que a Luz do Mundo nos doou e deixou...
há mais de dois milênios atrás...
a paz?

Foto de Rosita

M Ã E

Mãe, nada há neste mundo que fale
Mais que teu amor e teus carinhos
Não há, também, nada que cale
Por mais que outras palavras falem
O amor e respeito dos teus filhos.
Mãe, por nós muito querida
Seja a nossa ou a mãe Maria
Pois ambas nos protegem
Amparando e curando nossas feridas
Sem elas não teria sentido nossa vida.
Mãe, não importa a cor da tua pele
Muito menos a tua religião
Pois fala do amor no mesmo ritmo
Esteja onde estiver teu coração.
Com estas palavras tento com carinho
Todas as mães deste mundo abraçar
Jovens ou senhoras, ricas ou pobres
Quero o meu amor, e meu respeito, entregar.

Rosinha Barroso
11/05/2008

Foto de Chuva Heavy

De mim mesma

Essas letras registram
os vestígios de mim mesma
algumas curvas vem,outras vão...
mas ainda estou aqui
resistindo as armadilhas do tempo
as armadilhas que o tempo
insiste em pregar-me.
a cada passo sinto a evolução
de cada minuto,segundo
percebo o atraso ou adiantamento
alguns dias vão...

O vestido outrora longo
cobrindo pernas trêmulas
agora revela pernas firmes pela segurança
o tempo nos prega armadilhas
poderão ser favoráveis ou perniciosas
cabe-nos decidir quais serão os seus caminhos
a cada passo o progresso
de saber que o tempo é um ilusão.

alguns amores vem outros vão
resquícios são deixados no coração
a lembrança é uma constante
uma roda gigante
rodeia-me com seu cheiro espalhado pelas ruas...

algumas lembranças vem,outras vão...
meus amigos...
éramos jovens sonhadores:
- nunca nos separaremos!
era o que dizíamos.
por um momento fecho meus olhos
e vocês ainda estão aqui;
recordo-me de nossas gargalhadas...
o tempo pregou-nos uma armadilha
separando-nos.
mas não deixarei que essa seja
mais uma armadilha que o tempo pregou
vocês muito me ensinaram
e fazem parte do que serei e do que sou

algumas idéias vem outras vão
a opinião não é mais a mesma:
- nunca! - Gritei ontem.
- talvez... - oscilo hoje.
- sim! - poderá ser dito amanhã.
quem sabe?
quem poderá jurar pelo futuro?
não há como fugir das modificações do tempo.

algumas pessoas vem outras vão
a morte faz do tempo uma zombaria
mostrando-nos que não pertecemos a ninguém
mas o tempo abocanha a morte em sua armadilha
e se transforma em antídoto contra a dor que dela provém.

alguns lugares resistem ao tempo
as casas resistem aos prédios
as praças resistem à poluição
a arquitetura resiste aos temporais
a mesma construção revela uma nova fachada
modificando a vila onde fui criada.

vestígios...
bom mesmo é ver o tempo passar
e não se culpar,não se preocupar
sentir a brisa das manhãs nos agraciar com seu doce beijo...
respirar o ar que mesmo não sendo puro nos compõe a vida.
não se preocupar.
fechar os olhos mesmo que por poucos minutos,
e sentir que está vivo!
que pode compreender
que pode aprender...
e que todo o tempo é válido.

Chuva Heavy
27/08/2006

Foto de ivann

Mãe:

É a te que o filho corre
Na horas cruéis de dor.
Porque MÃE, o teu amor
É algo que nunca morre.
Você, ao filho recorre
Com um conselho agradável,
E mostra o quanto é amável
O pondo num bom caminho.
MÃE, querida o teu carinho
No mundo é inabalável.

Como a galinha abre as asa(s)
Pra acolher seus pintinho(s)
Você com todo carinho
Cuida dos filho e da casa.
Quando o filho se atrasa
Você lamenta dizendo:
O que está acontecendo,
Que o meu filho não vém?
Aí, só se sente bém
Quando vêlo aparecendo.

Você, MÃE, é uma cháve
Que abre as potas da vida.
Tu és no mundo a bebida
Com o sabor mais suáve.
Você diz ao filho, láve
Os seus pés nos meus conselhos,
Porque eu sou os espelhos
Que mostra onde estás errado
E o filho mal educado
A ela não doba os joelhos.

Minha conclusão é esta
MÃES, de imensos coração.
Pra mim, todas vocês são
Como um perfume de festa.
Amar-lhes é o que nos resta
No verão e no inverno,
Vocês são o melhor terno
Que cristo nos deu de graça.
O amor das jovens passa
Mas, o das mães é terno.

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 4)

A se catar, como passara a fazer diariamente durante os últimos anos, a montanha se surpreendeu com algo estranho, entre ramos franzinos de um jovem arvoredo. Já havia visto coisa parecida e sabia não ser nada que a natureza produza de boa vontade. Logo a brisa trouxe um cheiro desagradável e ameaçador de fumaça, e tudo então ficou claro. Aquilo era uma gaiola, dentro havia um pássaro aprisionado e do lado de fora uma rede. O pássaro preso cantaria o seu canto, isso provocaria outro pássaro da mesma espécie, que viria reclamar seu direito aquele território e pronto, ficaria também este aprisionado para o resto da vida. Só pode ser coisa de gente ― asseverou a si mesma ― em nenhum lugar do mundo a natureza é tão cruel por tanto tempo. Embora possa parecer também cruel, o fardo do Criador é leve e o seu jugo é brando. A alguns metros para baixo dois homens, um maduro e outro bem jovem, fumavam os seus cigarros de palha, e riam, sabia Deus do que, tentando não fazer barulho.

Indignada pelo uso das suas encostas para tais fins, ela pôs-se a matutar numa forma de fazê-los correr de ladeira abaixo. Depois, em um segundo passo, encontraria um jeito de libertar o bichinho, de quem já se compadecia por demais. Até porque, ele parecia um pouco com o seu querido pintassilgo. A montanha começou então a produzir uma série de truques, como fogos-fátuos e sismos comedidos, pequenos segredos de uma velha montanha que, entretanto, não surtiram o efeito desejado e ainda assustaram a bicharada. Impaciente, a montanha batucava numa laje com as pontas dos dedos, usando para isso a queda d’água de uma tímida cascatinha que havia por perto, quando o pássaro da gaiola começou a piar a cada vez com mais disposição. Era um indício certo de que logo ele estaria cantando a todo peito. Necessário se fazia que agisse mais rapidamente, o que, para uma montanha milenar, não é lá uma coisa das mais fáceis e cômodas, a se fazer naturalmente.

Como os homens se mostravam inabaláveis, talvez insensatos por sequer imaginar o imenso poder de uma montanha, pensando bem, por demais burros simplesmente, ela optou por tentar impedir que o passarinho desse vazão aos seus impulsos canoros. Para isso, ela se aproveitou de um ventinho e se aproximou do arvoredo dissimuladamente. Chegou-se bem pertinho e, respirando antes profundamente, entrou na gaiola. Todavia, tamanho foi o seu susto, que saltou do ventinho e recolheu-se nas suas profundezas. E lá perambulou durante algum tempo. Aquilo tudo mais lhe parecia uma peça do destino. Vagou por entre as suas lembranças sem fim, relaxou nas suas profundas escuridões, onde os sóis jamais chegaram, e banhou-se nos seus refrescantes lençóis subterrâneos. Reconheceu por fim, que poderia estar fugindo da verdade, e isso é algo que uma boa montanha jamais deve fazer. As montanhas são sábias e fortes. Vivem muito e é justo que o sejam. Não conhecer uma determinada verdade pode ser um direito, mas tentar impedir a sua revelação é uma idiotice, uma fragilidade. A mentira ou a ilusão podem ser mais agradáveis à razão em certos momentos, no entanto corrompem os sentidos de ser e existir. Estava tentando criar uma certa realidade paralela e perdendo com isso um tempo muito precioso, que talvez custasse caro a outros pássaros.

Outra vez tomou-se de ânimo e voltou à gaiola. E lá, todas as suas parcas esperanças se dissolveram, à luz claríssima do sol que já se erguera todo acima do horizonte. Não podia mais negar, era mesmo o seu pintassilgo e, misteriosamente, cantava como um menino. Mas que ironia cruel! Teria que tentar interromper a sua inspiração, depois de tanto tempo lamentando a sua ausência. E nem tinha naquele momento mais tempo para as suas reflexões, pois um outro pintassilgo, pleno dos arroubos naturais da sua evidente juventude, já cantava e fazia manobras rasantes cada vez mais próximas à rede, com intuito de intimidar o outro, um velho inconveniente e abusado, um intruso, imperdoável. Embora não pudesse concordar inteiramente, a montanha percebia os pensamentos e a determinação do jovem, corajoso e afoito como todos os jovens. Mas a Providência concede maior proteção a eles, e ela estava ali para exercer esse papel. Ao antecipar que no próximo rasante ele ficaria preso na rede, numa atitude exageradamente emotiva para uma montanha, ela pressionou suas entranhas com tanta força, que os gases subterrâneos liberados provocaram uma ventania súbita e empoeirada. Correndo para encontrar um abrigo, os homens se afastaram, sem se dar conta de que o ramo não suportara o peso e a gaiola havia caído na relva.

Os segundos tornaram-se angustiadas eternidades. Ela viu os ventos se enfraquecerem até pararem por completo. A gaiola tinha uma pequena porta corrediça que com o tombo se abrira, os homens voltariam para buscá-la a qualquer instante, porém desgraçado era o desespero da montanha, porque o pintassilgo não encontrava a saída. Pulava pra lá e pra cá, estranhava os poleiros que estavam então na vertical, pendurava-se nas varetas de cabeça para baixo, porém nada de sair. Enfim, o mais jovem dos homens chegou a tempo de fechar a portinhola, satisfeito por ver o bichinho ainda do lado de dentro, e voltar ao encontro do mais velho. E a cascatinha afinou-se mais ainda, como o choro triste da montanha, perdeu a ansiedade.

(Segue)

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