Jardim

Foto de von buchman

És a flor de amor perfeito do meu amar...

A natureza é pródiga...
Bela, amável,
perfeita em todos os detalhes....

Ao raiar do sol vem a esperança...
Com ela vão-se as lágrimas
e vem o sorriso do amanhecer....
Em cada nascer do sol, brota uma flor...
Representando o amar,
o sonhar e o desejar...

Tu és a flor do meu viver,
O realizar de um sonhar,
A plenitude do meu amar...

O perfume que flui das pétalas
é o mesmo de tua mui delicada pele,
penetrando no meu ser,
fazendo-me sonhar e realizar
o meu fantasiar...

Nem teus espinhos que penetram
em minha carne,
fazendo-me sentir dor e sangrar,
fazem-me desistir
do teu mui gostoso amar...

Rego-te minha amada flor,
com as lágrimas do meu amar
que vertem do meu coração
que chora pelo teu amar...

Vejo-te crescer no vaso do meu amar...
na raiz do meu desejar,
na fotossíntese do meu desejar....

A cada dia que vivo,
cresce o meu sonhar
e viajo no teu doce amar...

Hoje tu és uma mui delicada flor
de amor perfeito
que encontrei no bosque da vida,
e vi crescer,
no jardim do meu amar...

Mui linda e bela flor de amor perfeito
Que tantos procuram,
que hoje faz parte do meu viver
e do meu pleno realizar...

TENHAS MEU MAIS PURO CARINHO
MEU ETERNO ADMIRAR...
E O MEU MAIS OUSADO DESEJAR...
BEJOS MUI DELICADOS
E MIMOS DE ETERNA PAIXÃO,
NESTE LINDO E PURO CORAÇÃO...
http//www.www.recantodasletras.com.br/autor Von Buchman

Foto de Jamaveira

O amor é dor

Falei da angustia, da tristeza, da solidão...
Porém, esqueci de falar do meu amor
Esse sim foi o fim, o pior pra mim.
Questiono o amor como sendo o melhor
O melhor dos sentimentos, o ápice
Não, não o é, é sim o pior de todos
Foi nele que conheci a profundidade
O mergulho sem fim, escuro jardim
Onde passeio até hoje como sombra
Deslizando entre rosas murchas minha dor
São tantos os espinhos, estes não murcharam
Tornaram-se vivos, pontiagudos, cortantes
Dilaceraram minha alma entrelaçando-se na eternidade
Todos dizem que isso não é amor
É idolatria, pois o amor é alegria
Quanta ignorância Deus!
Sabemos que por amor pagamos caro
Só assim, apenas assim ele se manifesta
O sofrimento é a causa o que causa
É a escada para buscar a felicidade para os outros.

Jamaveira®

Foto de Rute Mesquita

Bailados de desejos

Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.

Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.

Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.

Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.

As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.

O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?

Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.

E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.

Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.

Foto de Rute Mesquita

A harmonia das cores

Acordo,
e mais um dia monocromático.
Abordo,
um cheiro aromático.

Encontro, cinco cores
e logo surge um pincel na minha mão.
Já percebi, meus amores!
Vou fazer delas uma linda composição.

Então decido sair para o jardim
e começar por pintar aquela relva.
‘Azul’, digo para mim
e ela assim se revela.

Para o céu dito: ‘verde!’,
e o meu grito nele se ergue.
Pinto o sol,
de vermelho
e o cântico de um rouxinol,
obtenho.

Faltam-me duas cores.
O branco, de muitos odores,
na minha casa estanco.
Deixando o amarelo,
para as nuvens de algodão.
E como fica belo,
naquele céu de agrião.

O verde do céu,
completa o vermelho do sol.
E como cedeu,
aquele dia outrora mole.
O azul da relva,
realça a minha linda casa neutra
e faz parceria com o verde do céu.
E como a magia me eleva,
e faz deste mundo tão meu.

Agora sim! Não irei mais dormir,
o meu sonho realizei,
num criar por as cores sentir.

Foto de Carmen Vervloet

Canto de Despedida

Chora o canarinho no jardim,
sozinho, sobre a gaiola, debruçado,
triste com a devastação sem fim,
o ar impuro, o verde tão maculado.

No seu canto a vida que se finda...
A dor estendida em vasto deserto,
acordes de uma paisagem linda,
lembranças... dum chão por vida encoberto.

Tanto é o lamento, o sofrimento,
que o canto dói no coração...
Desfeitos os votos de casamento
entre a vida da natureza e este torrão.

Foto de Carmen Vervloet

Essência

Chove lá fora.
Uma chuva fina e constante
que faz cada ser vivo
buscar o aconchego do seu ninho.
A noite é gelada,
mas quente é o coração!
Estou em minha própria companhia
e gosto de estar assim...
No silêncio de mim...
Meu imaginário floresce
como um jardim colorido,
estimulado pela chuva
e multiplica-se como gotas de tempo!
Concebo a semente,
gero o fruto
e partejo a essência
do bem viver...

Foto de Andreia-RJ

Você mudou minha história

Saudações caros amigos, este é o meu primeiro poema publicado aqui no "poemas-de-amor.net". Escrevi para o meu futuro noivo, que amo tanto, espero que gostem.

Você mudou minha história

Em o teu beijo a ponta da língua
Descendo em três saltos, pelo céu tropeçar de leve,
No terceiro, contra os dentes;
Todos o chamam do jeito que querem
Mas em meus braços sempre foi meu amor
Belo dia em que te conheci
Aquele dia perfeito
O céu estava banhado de um azul fulgurante
Se não fostes aquele dia
Talvez jamais tivesse existido
Em certo verão, não houvesse amado um moço tão primordial
Senhoras e senhores membros do júri,
Você meu bem, tem número de acusações
Os serafins te invejam por sua pureza
Os desinformados e simplórios serafins de nobres asas
Vejam este emaranhado de espinhos;
Tirastes de mim com sua ternura lembranças das trevas do passado
Nos vales grotões da memória
Antes meus dias eram recheados de medos
Restos de dia, com seus olores e mosquitos suspensos sobre uma sebe em flor
Ou subitamente penetrados pelo caminhante que passa ao pé da colina no lusco-fusco
De um tarde-noite de verão, um calor de veludos, insetos dourados
Deixados pela intensa dor
Mas joguei essas lembranças para fora
Como se enchesse minhas mãos de areia fina
E a deixasse escoar pelos dedos entreabertos
E você surgiu para aquecer meu coração
E o sol voltou a brilhar
Seu olhar sereno ofuscou os meus
Pude ver seu coração com os olhos da paixão
Sobre nós abateu louco amor, agora vivo num luminoso mundo
Não deixastes perder minha ultima partícula da alma
E juntou a mim os teus tesouros que há dentro de nós
Nossos corações estão afinados
Sou tua, sua eterna paixão
Sou a face nos seus olhos de cristal;
A intensa saudade que nos inflama o peito
Nos leva ao reencontro em um belo jardim
A única privacidade que nos permitiam
Era estar longe dos ouvidos, mas não dos olhos...
Ali naquele barro macio, e flores que nos rodeavam
Estávamos estendidos durante toda manhã;
Num petrificado paroxismo de desejo
Aproveitando cada abençoada dobra do tempo e do espaço para nos tocarmos
Sua mão semi-oculta no barro movia-se lentamente em minha direção,
Seus dedos chegando como sonâmbulos cada vez mais perto;
Depois era seu opalescente joelho que iniciava uma longa e cautelosa viagem,
E nossos lábios salgados se roçavam mais uma vez
Tamanha exacerbação que nem mesmo a água fria e azul
Era capaz de aliviar...
Oh meu querido, para sempre vou te amar!

Escrito por: Andreia Martins (DIREITOS AUTORAIS TOTALMENTE RESERVADOS)

Foto de Rute Mesquita

Nos balancés do equilíbrio

Baloiço suavemente…
sinto-me a pairar.
Acordo de repente,
e questiono este lugar.
Nuvens? E mais quatro balancés,
dois em cada lado.
Sinto-me sem pés…
Provo, o meu medo mais flamejado.
Eles bailam,
ao suar uma melodia assustadora.
Temo que eles caiam,
pois ira sentir-me comprometedora.

Sinto uma grande pressão,
em saber o que faço ali,
será uma ostentação?
De algo que escrevi ou li?
E se eu me acalmar
e tentar perceber o que me diz esta imagem?
Talvez, o clarear,
não seja apenas uma miragem.
Quatro bailados,
divididos por igual,
contudo, desequilibrados,
num bailar desigual.
Eu encontro-me precisamente no meio,
como se eu fosse a palavra ‘equilíbrio’.
Quando esta palavra nomeio,
os bailados entram em declínio.
Os meus pés perfuram aquele manto de algodão,
e o ar fica menos denso.
Serei eu a desejar o chão?
Ou será meu imagino?
Penso…
Vou nomear outra e outra vez,
aquela palavra,
agora é a minha vez,
de a fazer minha escrava.

Equilíbrio,
diz-nos estabilidade,
diz-nos moderação.
É tão grande este meu fascínio,
que desta irrealidade,
faço uma canção.
Grito ‘Harmonia!’
e inclino-me para a direita,
tentando equilibrar.
‘Nostalgia’,
leio numa vistosa colheita,
que parece me chamar.

Ficou tudo escuro,
passou uma ventosa.
Será que ainda aqui perduro,
ou estarei venenosa?
Abro os olhos,
e encontro-me num jardim,
baloiçando…
E sorri,
por ter afastado os medonhos,
racionando.

Se terei medo de bailar novamente?
Se serei perseguida por este pesadelo?
Apressasse e responde a minha mente:
‘Numa próxima será belo’.

Foto de Rute Mesquita

Os segredos do bater do seu coração

‘(…) Encosta-te a mim, põe a tua cabecinha no meu peito e adormece a ouvir o meu coração a bater (…) A bater para que um dia tenhamos a nossa viva e que vivamos juntinhos para sempre! (…) Adormece ao meu peito.’

E lá estava eu com a cabeça pousada a seu peito no seu abraço de tal forma envolvente que me fazia sentir pequenina. Aquele abraço quente e terno que me protege. Aquele mesmo abraço no qual muitas vezes caí. Caí de loucura, caí de desejo ou até mesmo de fraqueza.
Estavas ali, eu sabia disso agora mais que nunca. Pois ouvia o teu coração, que realizava os meus sonhos a cada bater. Sentia o teu respirar num movimento pacífico de sobe e desce, como se no mar boiasse o meu corpo.
Enquanto, eu escutava atentamente e emocionadamente os segredos do seu interior a sua mão macia e grande tocava delicadamente os meus cabelos, quase que fio por fio, como se tocasse uma viola com muita serenidade e paixão.
Num jogo terno, carinhoso e sensual no qual as palavras se ausentam em prol daqueles toques. Os toques das nossas mãos que se aventuravam à exploração pormenorizada de cada detalhe do corpo um do outro. Aquelas mãos que pareciam agora viver por si, pareciam ser independentes.
Fechámos os dois os olhos e apertámo-nos. Não nos queríamos separar, não queríamos ser dois, queríamos ser ‘uno’, uma coisa só.
Então eu começo a imaginar curtos episódios de como será uma vida contigo a meu lado, começando por um simples amanhecer, na verdade será o amanhecer mais perfeito da minha vida, no qual desperto com o ‘bom dia’ daquele sol radiante a transparecer-se pela janela, o qual me pede para abrir os olhos, como se me aguardasse uma surpresa. E era mesmo uma surpresa, o sol queria que eu abrisse aqueles meus olhinhos ainda adormecidos e que a primeira imagem que os mesmos enviassem ao meu cérebro fosse aquele doce olhar daquele ser quente e perfumado que se encontrava a meu lado, iluminado por uma áurea.
Imagina, estar na cozinha, a dedicar-me com muito carinho para te tratar como um rei e tu me surpreenderes com um abraço carinhoso, enquanto mexo aquela receita, que depois dos teus carinhos ficará completa. Ou até mesmo vermos televisão, juntos num sofá confortável, em que eu estaria sentada e te pedia para que te deitasses no meu colo e tu assim o fazias, correspondendo com um olhar profundo e cintilante.
Imagina-nos, os dois deitados na relva do nosso jardim, passando horas e horas a olhar o céu que parece correr diante os nossos olhos, enquanto soltávamos gargalhadas ao darmos nomes às formas das nuvens e acabarmos sobre um céu estrelado, sobre a luz de uma noite de lua cheia e passar uma estrela cadente e pedirmos um desejo: ‘Desejo, que isto possa ser real, que tenhamos a nossa vida e que sejamos muito felizes’. Enquanto, o desejei senti que outra voz se sobrepunha à minha, foi então que eu, ao abrir os olhos e ao me sentir de volta aos balanços do seu peito, percebi que ele tinha imaginado tudo aquilo comigo e desejado exactamente o mesmo que eu e que tal como disse o seu coração bate para que um dia tenhamos a nossa vida e que possamos viver juntinhos para sempre.
E assim adormecemos tranquilos, esperançosos, felizes e sempre sonhadores.

Foto de Jack Nilson

Estado emocional

A alegria me manda gritar, mas a tristeza me manda calar a boca. E por mais que eu queira ouvir a primeira voz, a segunda anda falando mais alto.

Agora já não sei mais. Não sei mais como agir nem como pensar, e me lembro vagamente como sorrir. Estou em um turbilhão de sentimentos, pensamentos, e me sinto perdido. Fazer o quê, afinal, vivemos pra sofrer não é? Aprendemos isso desde cedo, e convivemos com isso. É errado pensar assim, construímos barreiras sólidas demais bem em frente a coisas belas, e isso impede nossa visão.

Penso no amor como se ele fosse um jardim. Florido, belo, até com fadas se ela quiser. Eu construí um muro na frente desse jardim, e quando vi que tinha agido errado, quando percebi que as bases desse muro eram fracas demais diante o que eu sentia por ela, peguei minhas forças e o derrubei. Foi difícil, mas foi o melhor a fazer. E logo após derrubá-lo, pude perceber que ela havia colhido todas as flores do jardim e tinha partido.

Então fiquei perdido, em frente a um jardim sem flores, sem amores, sem cores. Me senti perdido, e ainda me sinto. A cada dia isso piora, como se a cada dia eu me sentisse mais sozinho no jardim.

Como se a cada flor nova que eu plantasse, a tristeza viesse e pisasse em outras duas. Se ela ao menos tivesse deixado aquela muda de esperança...Mas até isso ela colheu.

Sei que ela vai acabar jogando minhas flores em outro jardim, mas eu duvido que ela encontre outro mais florido e com mais amor que o meu. Duvido que ela encontre outro jardim onde haja tanto amor.

Eu realmente não sei onde estou, e não sei quando vou me encontrar.

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