Ingenuidade

Foto de karlacharone

noite dos passaros

A noite dos pássaros
Ele pensa que eu não sei nada sobre o céu ou sobre a campinas de uma fazenda qualquer, nem do sorriso que um dia eu guardei talvez pra disfarçar o ataque dos pássaros negros que bailavam naquele dia no céu.
Descobrimos muitas coisas juntos éramos amigos e sabíamos disso melhor do que todos, nem podíamos esperar pra ver as estrelas caindo no verão, a praia ainda tava deserta quando caiamos junto aos cardumes em busca de botos, disseram que se tocar na pele de um o desejo se realiza, queríamos ver nossos sonhos realizados,
Ele ainda pensa na gente como algo de um passado longe, morando em outro planeta, não queria que acabasse assim, vagando tudo em um túnel de uma cidade nostálgica,
Era o que ele queria ver, um céu negro no dia de sol, não ia ter um eclipse naquele ano? Não me lembro de como tudo foi acabar assim, ainda corríamos de braços escancarados e com as bocas abertas esperando a chuva cair, esperaríamos o dia todo se fosse preciso.
Mas foi quando ouvimos aquele som, o som do final que descobrimos que tudo não passava de ilusão, agente não queria ir pra casa, a casa era o lugar onde menos queríamos estar, foi tudo tão rápido os pássaros chegaram comendo nossos olhos, tirando a pouca ingenuidade que ainda nos guardava, não sabíamos o que fazíamos ali.
Nossa casa não era o lugar que íamos, não naquela noite, aquela noite a noite dos pássaros, nossas casa ainda eram lugares onde não queríamos estar. Mas foi ali em que nos olhamos pela ultima vez com as mãos suadas de tanto lutar com os pássaros.
Chagamos em casa mesmo não querendo estar lá. E os pássaros venceram a guerra.
Karla Christine Andrade Charone. ..

Foto de Graciele Gessner

Olhos Azuis. (Graciele_Gessner)

Azul, cor da minha felicidade;
Tom que transmite tranquilidade.
Olhos que me contemplam,
Olhar que revela serenidade.

Azul, cor da minha perdição.
Coloração para a minha calmaria.
Meu fascínio da maravilha tentação!

Seu olhar atencioso, me devorando...
Azul que brilha como diamante,
Num brilho constante me deslumbrando.

Olhos azuis do meu sonho íntimo,
Sua existência é um impulso de essência.
Estou estremecida com esta sensação,
Você é a agitação no meu coração.

Amor, meu amor azul!
Mais uma vez nos afastamos
E o nosso amor não sobreviveu.
Tornando-se um conto de magia,
Com estilo de muita simbologia.

Azul, minha perdição eterna!
Olhos que um dia me contemplaram
Hoje, não me apreciam...

As suas lágrimas têm a cor da paz!
Amor azul que tivera gotas em seu semblante.
A sua intensidade refletiu em desabafo,
Lágrimas que nasceram direto da fonte.

Olhos azuis, cor nítida da pureza.
Sua inocência apenas em seu olhar,
Ingenuidade apenas em sua atuação
Sem intenção de amar, sem afeição.

06.08.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Nennika

Ventos e paixões.....

Muitos são os caminhos...
Às vezes longas e solitárias caminhadas.
Rascunhando planos e rabiscando desenganos,
Com a ingenuidade de uma criança,
Inúmeras vezes nos apaixonamos...
Odisséia de emoções as quais nos aventuramos...
Diamantes?!
Ou aventuras que colecionamos?
Não!!! Alimentos d’alma,
Ilusões que necessitamos...
Ventos que sopram... direcionando... orientando...
Tórrido e envolvente...
Em finais de tarde de outono...
Assim...minha alma alimentando !

Foto de Darsham

A importância de um Abraço

Sinto que estou a crescer, que finalmente começo a ser adulta, o que pode parecer estúpido, uma vez que já tenho 26 anos e há muito que o deveria ser. Mas, estranhamente, ou talvez não, a minha existência sempre foi pautada por demasiada fantasia, com muitos sonhos à mistura, e com uma ingenuidade perante o que realmente é a vida. Vivia com um pé na realidade e com o restante de mim noutro mundo longínquo e diferente, em que me estava ao alcance de um pensamento. Talvez não tenha tido as estruturas, os alicerces que me ajudassem a construir as minhas próprias estratégias para enfrentar as dificuldades, os obstáculos com que todos nós nos deparamos dia-a-dia, e o medo me fizesse paralisar e fugir para outro lugar em que tudo era perfeito e onde poderia continuar a ser criança eternamente. E apesar da maturidade aos poucos dar sinais de se querer instalar, ainda deambulo um pouco entre estes dois mundos, talvez porque ainda não esteja totalmente preparada para de facto assumir ser adulta. Não sei muito bem como devo agir, as expectativas são demasiado altas e a probabilidade de falhar assusta-me… Por outro lado, quando somos crianças pouco esperam de nós, não nos exigem coisas que muitas vezes, não somos capazes de dar ou fazer, mas que ninguém se parece realmente importar com isso. Às vezes, estranho-me, pois sempre fui uma pessoa demasiado sensível, dada às manifestações de afecto, ainda que isso me tenha trazido muitos dissabores, pois confio demais nas pessoas e dou demasiado de mim, acabando por me desiludir e ser magoada. Contudo, desde há algum tempo que sinto uma necessidade de me proteger, de estar sempre na defesa, e isso fez com que me tornasse fria em relação a muitas coisas e pessoas. Será isto crescer??? Será que é isto o ser adulto? Será que para conseguirmos sobreviver nesta selva em que vivemos temos que aprender a construir um muro ao nosso redor? Dou por mim a nem sequer conseguir dar um abraço às pessoas que gosto, pois sinto algo que me bloqueia, que me assusta e paralisa. Sinto que fico numa posição em que revela fragilidade e não me sinto capaz de fazê-lo. Não gosto de ser assim. Não quero viver no mundo dos adultos. Quero voltar a ser criança…

Foto de fina

por que?

Por que?
Você se parece tanto comigo
Temos tanta coisa em comum
Você me conhece melhor do que eu mesma
Sabe dos meus mais íntimos desejos e vontades
Brinca com os meus desejos e sentimentos
Me Da e me tira
Me Beija e bate
Ri da minha ingenuidade, inocência , infantilidade
Surpreende-se com as minhas atitudes
Sabe que eu te quero muito
Sua sabedoria me fascina
Você me diz que é pra viver um dia atrás do outro
Dar uma remada de cada vez
Eu gostaria de ser assim
Mas me deparo com as minhas inseguranças, infantilidades e ansiedades
Por que? Eu quero tanto você

07/12/2007

Foto de Carlos Donizeti

Linho branco e Dama-da-noite

Linho branco e Dama-da-noite

Eu me vesti do mais puro linho alvo, e enchi o meu íntimo de esperança para que pudesse por um pouquinho saber como que era bom sentir o amor. Passei a presumir com lindas rosas, e no auge de minhas ilusões, sentia nas noites o seu perfume a invadir o intimo de meu quarto. Passei a mentir para mim que no amor haveria justiça, meu coração ansioso e cego bradava em ritmo acelerado ao toque dos meus devaneios. Na minha loucura não fiz querela entre amor e paixão e assediado eu sonhava com rosas e namoro nas praças.
Divinamente sonhava a com felicidade, ao dar amor infindável, ah! Como era feliz na minha ingenuidade de criança inocente. Eu nem sentia que todos riam de mim era feliz com aquela que pensava ser minha amada, sem saber o motivo do perfume da flor chamada dama-da-noite e inebriado pelas fragrâncias eu peregrinava para a envelhecida solidão. Mas um dia eu vi aquela a quem tanto amava nos braços de outro trocando caricias, e num momento de delírio eu me aproximei, para que ela me olhasse bem no rosto, e visse o que é sofrer um desafeto. Mas, resisti as lagrimas, para que o amor a quem tanto fui fiel não percebesse o quanto machucava meu coração. Agora sei o motivo do perfume da dama-da-noite.

Foto de Nennika

Chorei de saudade

Hoje me veio à mente... Lembranças...
Breves momentos.... Sentimentos que deixei no passado,
Quando inconseqüente...
Achei impossível viver a seu lado!
Por um instante o coração bateu forte...
Relembrando os passos que demos lado a lado.
E chorei...
Chorei de saudade...
Do abraço apertado... Das noites de festas...
Do sorriso iluminado!
Saudade da nossa ingenuidade...
De achar que não precisariam palavras,
Só a troca de olhar...
Porem o tempo passou... A porta se fechou...
E o que eu esperava ouvir de você
Também meu coração calou...

Foto de Stacarca

Satã

Satã

Ei-lo, obumbra a sânie lisa,
Míngua de soluços dolorosos,
Corno dos exórdios chorosos
Soluços pitorescos que giza.

Contemplativas, ó sacrílego,
Formidolosas contemplativas,
Idéias, compêndios, inativas
Castas, extremoso coligo...

Conglobadas noções pitorescas,
Ah Funesto pancalismo imundo,
Débil, ó sentimento inundo
D'áurea elegíaca funambulesca.

Ó formas, figuradas felozes
Que fanam, fulgurando fiéis
Formas fúlgidas, felosas féis
Formas flamejantes, ferozes.

Indefiníveis flébeis de rasa,
Choro, lamúrias indefiníveis,
Augusto da insânia, eiveis
A'çucena ao mefítico que vaza.

Ah! Horrorosa, esquisita, feia,
Magnífica, avultada, linda,
Tantas formas, formas qu'inda
Pálpebras duvidam sobre teia¹.

Palavras que abismam medonho,
Fracas, fortes, sorumbáticas,
Teogonias imagináveis, áticas,
Escuros, leis, parvo tardonho.

Caveiras, defuntos, fantasmas,
Sarau imprescritível de beleza,
Lésbia lamentosa, delicadeza
De lamentos lesbianos, asnas.

Préstito solene d'um ressupino,
Defeitos, belos e feios defeitos
Criados, vis, molemente feitos
Da ingenuidade, cantos de hino.

Cantante da crença reclinada,
Ululadas por padres idiotas,
Professores da burrice, rota
Abismada e d'cadência assinalada.

Que céu, que inferno, que afã,
Pugilato da fé e pululante,
Que entoada, que desgastante
As limitadas litanias de satã.

Risos, gargalhadas réprobas
Da chafurdaria, gargalhadas,
Ó ridículas, ó exorbitadas
Cachinadas anátemas de probas.

Ó insânia, doudice da doudice,
Tomada p'la lúgubre orbe maldita,
Ó Sofreguidão bonita, bendita
Vida medonha, como a bela dixe².

Ah! Pungente vida fulgente
Purgada. Ah! Vida pungente!
Pungida. De figuradas entes.
Vida, vida punida fedente.

Clamores ridículos do futuro,
Futuro ridículo de clamores,
Ante a fé, de medonhos amores
Molestados do frágil aturo.

Ah finito, finito glorioso,
Eflúvio de essência infinita
Do que é zimbório, que incita
O ímpeto abstruso, lamentoso.

A calma, raiva, interrogações,
Quantidades acerbas, tratadas
De limitações treplicadas...
Languidez, ah! Lamentações

Lamentações lânguidas, funérea.
Sacrossantos versos belizes,
De rimas nevoentas, infelizes,
Pavorosos, de idéias férreas³.

Genuíno de métricas falazes,
Oh podridão falaz, cautelosas
Elocuções verrinas, chorosas
De sentimentos, audazes.

Que nesse entendimento, vã.
Onde tudo vai, onde passa
A esboroada forma da graça
Empunha. Ah! Que seja sã.

Ah! Nas Noutes, nos luares,
Nas formas, na calmaria,
Na felicidade, na melancolia,
No medonho, no degredo de ares.

Na reza embutida de quimera,
Quiméricas palavras sofridas.
Sofrimento d'enganações lidas.
Ilusões bonitas, do que não era.

Evangélicas ubérrimas d'opaco,
Labutas da religião fedorenta,
Oh! Oh! Imaginação lazarenta
D'áurea combinação. Ataco!

Atacante da crença, o tuteles
Da negridão, de idéia suspirada
Por ditas idéias conspiradas.
Assim como eu, tu, Mefistófeles.

Abastados da burrice mórbida.
'Inda gerados da fatuidade;
Maldade, maldade, maldade.
Quanta desagregação, hórrida.

Quando no préstito andar torto,
Defuntos, fantasmas e caveiras
Nela terão fé, na traiçoeira
De tudo que está vivo, morto!

________________________
¹- s. f.
²- s. m.
³- fig.

Foto de Sirlei Passolongo

Trocaram As Bonecas

Trocaram as bonecas

Já não se desenham luas como antigamente
Não há mais rosas nas capas de cadernos
Não há mais meninas sorrindo na janela

Já não se trocam abraços ingênuos
Nem brincam de ciranda ao anoitecer
Já não há meninas a brincar de boneca

A modernidade levou embora as bonecas
Pôs fim a ingenuidade das meninas na janela
Trocaram abraços ingênuos, por filhos na adolescência.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sirlei Passolongo

Mágoas

É estranho esse sentimento de mágoa
por alguém que sorriu junto com você
alguém que você teve nos braços...
que dividiu carinhos e juras
E de repente, você percebe que
eram apenas injúrias

E essas mágoas
vão se transformando em lamentos
Lamentos por você mesmo,
pela ingenuidade do seu coração,
e logo, serão lamúrias

Então você faz promessas de esquecer
que tudo morrerá dentro de você
e voltará a sorrir.
Mais uma vez, a lágrima da saudade
molhará seus olhos e enfim,
percebe que não adianta mentir

Que você não faz mágica
capaz de esquecer alguém quando quer...
E não está em suas mãos
a sede do seu corpo
nem o grito do seu coração.

(Sirlei L. Passolongo)

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