Linho branco e Dama-da-noite
Eu me vesti do mais puro linho alvo, e enchi o meu íntimo de esperança para que pudesse por um pouquinho saber como que era bom sentir o amor. Passei a presumir com lindas rosas, e no auge de minhas ilusões, sentia nas noites o seu perfume a invadir o intimo de meu quarto. Passei a mentir para mim que no amor haveria justiça, meu coração ansioso e cego bradava em ritmo acelerado ao toque dos meus devaneios. Na minha loucura não fiz querela entre amor e paixão e assediado eu sonhava com rosas e namoro nas praças.
Divinamente sonhava a com felicidade, ao dar amor infindável, ah! Como era feliz na minha ingenuidade de criança inocente. Eu nem sentia que todos riam de mim era feliz com aquela que pensava ser minha amada, sem saber o motivo do perfume da flor chamada dama-da-noite e inebriado pelas fragrâncias eu peregrinava para a envelhecida solidão. Mas um dia eu vi aquela a quem tanto amava nos braços de outro trocando caricias, e num momento de delírio eu me aproximei, para que ela me olhasse bem no rosto, e visse o que é sofrer um desafeto. Mas, resisti as lagrimas, para que o amor a quem tanto fui fiel não percebesse o quanto machucava meu coração. Agora sei o motivo do perfume da dama-da-noite.