Infância

Foto de Carmen Lúcia

Eternas lembranças em tempos modernos

Dou vazão às lembranças e volto à linha do tempo
Antes que ela se arrebente e eu me perca da infância
Onde jaz adormecido o meu mundo paralelo
Que me girava de encantos descortinando o belo...

Carrinho de rolimã rolando ladeira abaixo
Um cheirinho de maçã, frescor da brisa a passar
Gostinho de liberdade, ingenuidade a brincar.

Minha boneca de pano, artesanato perfeito
Que acalentava meu sonho tirando a dor do meu peito
De dia me inundava a magia, de noite virava poesia.

Vovô deitado na rede...
Vovó na cadeira de vime
Cesta de taquara ao colo e muitas lãs coloridas
Tecia um belo pulôver para o amor de sua vida.

Os bordados, as costuras, os trabalhos manuais
O pão doce, as quitandas, os quitutes matinais
Tudo feito com carinho... Quanta saudade me traz!

Hoje a industrialização atropelando a arte
Com seus (e)feitos concretos
Dá aos objetos uma nova dimensão.

O papel perde espaço na escrita convencional
Livros ganham terreno no universo virtual.
Ninguém resiste aos apelos das chamadas na televisão...
É a tecnologia em desenfreada expansão!

Máquinas trabalham a todo vapor...
Como resgatar a magia que bordava
Sonhos de amor nos antigos enxovais?

Artesãos perdem seus chãos...
Mentes vagueiam vazias...
Chora no canto a poesia!

_ Carmen Lúcia e Maria Goreti Rocha_

Foto de Maria silvania dos santos

para rever você fiz sacrifício,

para rever você fiz sacrifício,

Como é bom, como é satisfatório lembrar os doces e poucos momentos que passei junto a te! Apesar de tão pouco tempo junto a esta pessoa tão maravilhosa, apesar do longo afastamento ao mesmo tempo, você conseguiu estar tão perto de mim, você conseguiu fazer morada em meu coração.

Pois em nenhum momento esqueci de você, e dos poucos e doces momentos que passamos juntos. E agora resolvi a escrever este meu desabafo, apesar de que minha vontade não seria apenas escrever e sim, gritar para todos ouvirem o quanto gosto de você, mas se eu começar a gritar, logo vão todos pensar, que estou me enloquencendo, o juízo estou perdendo. Mas como mais uma vez me sinto só, e lembrando de você, resolvi minhas frazes escrever, pois Jamais irei te esquecer, vivo sonhando com você. Pelas minhas atitudes, Muitos me desconhecem, muitas vezes ate eu mesma me desconheço, e penso que um preço eu mereço.

Pois faço enormes loucuras para provar meus sentimentos, não penso e nem procuro pensar, não importo se vou perde ou ganhar, minha luta em frente vou levar ate que a você eu consiga meus sentimentos provar.

Sou muito determinada e procuro seguir minha jornada, também mesmo que serei julgada, com meus sentimentos não ficarei calada, por muitos já fui criticada sem direito a explicar nada, mas nem por isto, meus sentimentos serão apagados, mesmo que para o tumulo terei levar.

Minha infância foi muito difícil, minha alegria foi lembrar que você existe, para rever você fiz sacrifício, se isto for pecado, em mim, este pecado existe.

AUTORIA; SILVANIA1974@OI.COM.BR

Foto de Maria silvania dos santos

Ajude-me a ser um escritor!

Ajude-me a ser um escritor!

Quero ser vitoriosa, a vitória quero ganhar, por isto vou lutar para que ela eu venha a alcançar.

Quero conseguir meus certificados, em percas não quero nem pensar.

Pois o DEUS que eu sirvo é DEUS GEOVÁ é para glorificar, e as bênçãos contar.

Eu sei que terei algum valor, a DEUS darei o meu louvor, pois ele é meu professor e me ajudará com seu amor. A ele eu glorificarei, também o pedirei um grande favor, que atenda meu clamor, ajude-me a ser uma (o) escritora já que não pude ser uma doutora!Um dia eu quis ser doutora, os meus sonhos o vento levo, hoje quero ser escritora (o), mas não seio se tenho valor. Se um dia eu ser escritora, serei com honra e muito amor!

Mas por falta de meus estudos, ganhar é só por força da gloria do meu superior. Pois meus estudos não pude realizar, minha infância foi trabalhar, dos meus irmãos cuidar. Estudar não foi meu alcançar, por isto meus sonhos perderam em livros arquivados.

Deles com meus pais não pude falar nada, pra eles é coisa pra quem que ficar parado.

Por meus sonhos chorei calada, muitas vezes em longas madrugadas.

Será que um dia eles cerão encontrado, ou para sempre enterrado?

Silvania1974@oi.com.br

Foto de Maria silvania dos santos

nas drogas me encarei, minha infância desperdicei!

Hoje tenho o resultado da minha rebeldia, sou adolescente e não sei pensar.

Muitos amigos quis conquistar, muitos conquistei, turminhas de balada que na vida não quer nada.

Por um deles me apaixonei, e foi o momento que errei por paixão me ceguei o meu corpo entreguei ao vicio me envolvi muitos perigos corri.

Sou adolescente e não sei pensar, da vida fui reclamar, conselhos me fizeram chorar os meus pais eu não quis escutar, deles eu quis me vingar, só não sabia que minha vida eu iria estragar, conselhos desprezei, drogas eu usei com a galera que andei.

No pensamento de adolescente eu era inocente, me evolvia com boa gente. Era apenas curtição pra vida ter razão.

Fui curti a vida, fui curti com pessoas pela quais uma delas me apaixonei.

Depois de tanta curtição olha que decepção! Tão nova com apenas treze anos, me engravidei adulta me transformei, uma criança em meu ventre gerei, agora não há outra solução a não ser cuidar desta inocente criança e viver na esperança que quando jovem não vai fazer da vida uma curtição.

Hoje sinto uma dor no coração a DEUS e meus pais peço perdão, pois jovem não sabe pensar, mas sabe com a cabeça dos outros andar, e conselhos dos pais recusar, que são caretas vivem a falar.

Minha vida estraguei, nas drogas me encarei, minha infância desperdicei, meus estudos não terminei, hoje se quero viver no bem, faxineira eu virei, hoje quero estudar, a mim e minha filha meus pais já de idade oferecem ajudar, para um bom futuro nos dar. Valor a vida quero dar, vida nova quero alcançar, as drogas abandonar, de minha filha cuidar bons exemplos quero lhe dar, mas para isso tenho que preconceito agüentar.

Este preço vou a pagar, minhas historias vou contar, na esperança de ajudar a quem esta pensando de no mesmo caminho andar.

Pense antis! Peça socorro, converse com seus pais, para que amanhã viva na paz!

Viver no vicio é triste, da vida muitos desiste, por estes eu choro a DEUS eu oro, peço socorro sem demora!

Maria silvania dos santos.

Foto de Maria silvania dos santos

_ Nas drogas me encarei, minha infância desperdicei!

_ Hoje com apenas quinze anos, tenho o resultado da minha rebeldia, sou adolescente e já fiz tudo que não podia, sou adolescente e não sei pensar.

Muitos amigos quis conquistar, muitos conquistei, sim, muitos eu conquistei turminhas de balada que na vida não quer nada.

Por um deles me apaixonei, e foi o momento que errei, por uma louca paixão me ceguei, o meu corpo entreguei, ao vicio me envolvi muitos perigos eu corri.

Sou adolescente e não sei pensar, da vida fiquei a reclamar, conselhos me fizeram chorar os meus pais eu não quis escutar, me senti ofendida e deles eu quis me vingar, só não sabia que minha vida eu iria estragar, conselhos desprezei, drogas eu usei com a galera que andei.

No pensamento de adolescente eu era inocente, me evolvia com boa gente e não sentia carente. Era apenas uma curtição pra que a vida tenha razão.

Fui curti a vida, fui curti com pessoas pela quais uma delas me apaixonei.

Depois de tanta curtição olha quanta decepção!
Tão nova, com apenas treze anos, me ingravidei adulta me transformei, uma criança em meu ventre gerei, a luz a esta criança eu dei, agora não há outra solução, a não ser cuidar desta inocente criança e viver na esperança que quando jovem não vai fazer da vida uma curtição sem pensar que ela no fim pode perde a razão.

Hoje sinto uma dor agonizante no coração, a DEUS e meus pais peço perdão, pois jovem não sabe pensar, mas pelas ruas querem andar, querem com a cabeça dos outros andar, e conselhos dos pais recusarem e que os pais são caretas vivem a falar.

E eu, eu não fui uma das poucas inteligente, com minha rebeldia machuquei muita gente. Minha vida estraguei, minha infância desperdicei, nas drogas me encarei, na bebida mergulhei, Meus estudos? Meus estudos não terminei pelas drogas eu o troquei! Muros de escola eu pulei, hoje, hoje já não sei o que virei. Se quero viver no bem, faxineira eu virei, hoje quero estudar, a mim e minha filha meus pais já de idade oferecem ajudar, para um bom futuro nos dar. Valor a vida aprendi a dar, vida nova quero alcançar, as drogas abandonar, de minha filha cuidar bons exemplos quero lhe dar, mas para isso tenho que preconceito enfrentar. Hoje tenho apenas quinze anos, ainda luto pelos meus vícios, me sinto a beira de um abismo mas me sinto bem melhor que antis, eu sei que terei que fazer alguns sacrifícios mas estou disposta a encarar.

Quero a minha historia mudar e o preço que for preciso irei pagar.

Um preço alto vou ter pagar, mas minhas historias vou mudar, na esperança de ajudar a quem está pensando de no mesmo caminho andar. Um conselho aos jovens quero lhe dar, o meu grito de socorro bem alto quero gritar.

Pense antis, não caia nesta vida, fuja, corra, não perca a esperança, Peça socorro, converse com seus pais, para que amanha, você e eles vivam na paz!

Viver no vicio é triste, da vida muitos até desiste, por estes eu choro a DEUS eu oro, peço socorro sem demora!

Maria silvania dos santos.

Foto de Maria silvania dos santos

- Matei minha mãe Ritinha!

- Matei minha mãe Ritinha!

Apresento-me como jovem dos sonhos perdido. Desde que me lembro ser gente, me lembro que nós não tínhamos muitas condições financeiras, e eu sempre fui uma menina muito carente, sem motivo para alegria, sempre fui triste desde o amanhecer do dia. Minha mãe Ritinha, que mesmo sem saúde, pois sofria de pressão alta, ficou sozinha para me criar, pois meu pai veio a falecer de um derrame celebral, quando minha mãe em seu ventre ainda me esperava. Sendo assim ela tinha que trabalhar duro para nos sustentar, não tinha tempo nem para carinho me dar. Mas pensava em uma pessoa digna me forma e para isto juntas teríamos que lutar. E eu sendo filha única, me sentia solitária, um vazio profundo no peito que simplesmente era preenchido por meus sonhos e planos para o futuro. Imaginava minha vida bem ao contrario do que ela é hoje. Pensava em estudar e ser doutora, cuidar das criançinhas e fazê-las sorri, alem de me ter uma vida boa e sorrir junto a elas, ser contagiada pela alegria das crianças. Sonhava em me casar, ter filhos e dar a eles aquilo que um dia eu quis ter e na minha infância a vida não pode me oferecer. Meus sonhos eram tão alto que eu já podia ate ver e sentir a alegria das outras crianças a sorri e meus filhos tudo ali. Eu também gostava muito de ler e escrever o pouco que pude aprender. Imaginava o que futuramente iria acontecer. Mas nem mesmo sabia o que para isto eu teria que fazer. Eu sonhava em estudar, mas não tínhamos como este sonho eu realizar, pois como nos éramos muito fracos financeiramente, nem um caderninho broxarão se procurasse não tínhamos, o pouco que aprendi, aprendi na areia dos terreiros com os coleguinha vizinhos de mais condições e que teve suas oportunidades de estudar. Isto eu ainda posso lembrar! Eu me sentia muito triste por não poder ser como eles, chegar à hora de ir à escola eu poder pegar os meus matérias escolares e de despedida ir dar um abraço em mãe, já que meu pai, eu nem o conheci. Mas isto não me impedia de sonhar e ate desenhar o que em minha mente estava. Em terreiros de terras livres, em porteiras de chapadão com uma pedra de tabatinga nas mãos, eu colocava em ação os desenhos das minhas imaginações. Eu sempre fui uma pessoa carente, desde criança me sentia sozinha acompanhada pela solidão e a esperança que floria em meu coração. Pensava em crescer e mudar minha historia, dar um novo rumo a minha trajetória. Mas não pude imaginar que meus pensamentos de vitória iriam mudar e que em uma cadeira de roda iria me colocar, e que ate minha mãe Ritinha de desgosto eu iria matar. A minha querida mãe Ritinha que saúde não tinha, ficou sozinha, lutou sol a sol, chuva a chuva para me sustentar e uma vida digna me dar. Eu cresci, eu cresci e percebi que meus sonhos eram outros, não era os mesmos de minha mãe ritinha, eu pensei em dinheiro e não em dignidade, esta foi minha realidade. Eu cresci e não quis mais a minha mãe ajudar, criei asas e quis voar. Já mocinha com meus treze anos já acostumados com a luta do campo, eu pensei que não seria difícil enfrentar a vida, e com meus sonhos me incentivando a ir buscá-los, eu quis apressar meus passos. Eu era ainda uma criança, mas também bem graúda e já com meu corpo bem formado, quase um corpo de mulher, imaginei que sabia o que a vida é. Fugi de casa, dizia ir trabalhar, mas não imaginava o que lá fora no mundo estava a me esperar, me sentindo a dona de mim, quis aproveitar a vida, quis seguir meu caminho, nele andar sozinha. Pensei que podia e que também já conseguia. Eu esqueci que o mundo não foi feito somente para sorri, que nele a amargas lagrima e que nelas eu estava preste a me banhar. Conheci pessoas, as quais com elas me envolvi e minha dignidade perdi, As quais com elas dei meus primeiros passos para a derrota, com elas comecei a beber. Eu não pude saber o que breve iria me acontecer. Fiz muitos amigos, sendo os quais disseram ser meus amigos, mas me colocaram em perigo, os quais me ajudaram na derrota de meus sonhos. Pois eu sem muita idade, com a simplicidade ainda de uma criança, sendo uma menina muito bonita, com meus sonhos longo e infinito, fui fraca, me deixei levar pela ambição e pelas coisas mundanas e em pesadelo meus sonhos eu mesmo acabei o transformando. Com meu corpinho de violão e sem nada de má intenção, também sem nenhuma noção do que era apenas uma ilusão, não lembrei-me que toda ação também tem uma reação. Senti-me a dona de mim, e por isto me perdi me senti uma mulher e fui parar no cabaré. Foi lá que comecei a descobrir o que na verdade a vida é. Comecei a beber, na intenção de meus problemas esquecerem me sentir alegre, uma sensação de prazer, de primeira vez, bebi somente para me alegrar, nada para exagerar, mas foi o suficiente para meu corpo eu entregar. Sentindo-me a poderosa o centro das atenções, o próximo convite eu não pude recusar e lá eu quis voltar. Sem perceber fui me envolvendo, passei a fumar, e dentro de pouco tempo comecei a me drogar. Só não podia imaginar ate onde eu iria chegar. Fiquei excessivamente viciada, passei a roubar, prostituir em trocar de apenas um cigarro. Comecei na maconha, hoje terminei no crak, por ele roubei, matei, meus sonhos eu mesma enterrei, Cheguei a ficar com apenas a roupa do corpo, pois troquei tudo pelas drogas, dormi nas ruas, dispensei pratos de comidas por uma pedra, desde que fugi de casa nunca mais vi minha mãe, só pensei em mim, ou pra dizer melhor nem em mim pensei, pois se eu realmente tivesse pensado pelo menos em mim, estes crimes eu não teria praticado minha dignidade eu teria preservado minha mãe eu teria valorizado. Mas como na vida tudo tem um fim, acho que chegou o meu, meu ultimo assalto me dei muito mal, tomei um tiro na coluna e hoje estou paraplégica. Sou uma jovem com apenas vinte anos, que já cometeu todos estes crimes, e que desde meus quatorze anos não vejo minha mãe, ou melhor, desde que fugi de casa nunca mais a vi, a vi aos treze anos antis de me fugir e agora jamais verei, pois depois que percebi que meu mundo desabou sobre mim, eu a quis procurar, mas tarde demais, pois para minha surpresa ela já tinha falecido, faleceu de tristeza ao descobrir que sua única filha que ela tanto amava, a desprezou e tornou-se uma ladra, assassina, prostituta e contaminada pelo vírus HIV, e que por tantos crimes cometidos acabou paraplégica. Seu coração não suportou e ela teve um ataque fulminante. Hoje estou aqui, presa, presa e sem amigos, pois todos que diziam ser meus amigos me abandonaram, estou presa em três condições, pois uma delas, é que estou por traz destas grades que me impede de ver o nascer do sol por traz das montanhas, a segunda, é nesta cadeira de roda que faz às vezes de meus passos , e depois presa em uma doença incurável, pois como se não me bastasse tudo que me aconteceu, há seis meses atraz acabei descobrindo, estou com o vírus HIV, e hoje já não sei quantos contaminei e nem quanto tempo viverei, pois não tenho como fazer meu tratamento como deve ser feito e nem tenho mais vontade para viver, estou condenada à morte. A se eu pudesse mudar minha historia! Se eu pudesse devolver as vidas que tirei, recuperar minha saúde, reencontrar minha mãe Ritinha que é tudo que eu tinha, eu não esperava nem por um instante, se eu me pudesse faria tudo diferente! Mas hoje não tenho como voltar atraz, hoje estou aqui, pagando por tudo que fiz, relembrando os meus sonhos que eu mesma o enterrei, eu sei que mereço, sei também que quem acredita e luta, vence, mas eu já não tenho mais como acreditar em nada, minhas esperanças foram apagadas, minhas chances já se foram e nem forças para lutar tenho mais, pois quando eu pude e tive forças para lutar eu fui roubar matar, drogar-me e prostituir, hoje eu só tenho a pagar e pedir que Deus possa me perdoar se é que eu mereço! Hoje só me resta estas chances, a chance de me arrepender de tudo que fiz, e pedir perdão a DEUS e a todos que eu os fiz sofre, a chance de deixa um apelo aos jovens sonhadores, que tomem cuidado com o que farás, eu os digo, sonhe, podem sonhar, mas não queiram voar, pois podem cair e não mais levantar!
Maria Silvania dos santos.

Foto de Maria silvania dos santos

Mulher com sonhos de menina!

Sou uma mulher dos sonhos perdido, e talvez...
E talvez quem saiba ate destruído, pois há anos procuro o caminho a concretizar, mas este caminho ainda não pude encontrar, será que são inexistente?
Cadê meus sonhos? É, meus sonhos? Cadê? Os quais todos os dias tentam renascer como sonhos de menina? É com certeza estão sem força para crescer.
Então? Cadê? Quem roubou meus sonhos?
Devolva por favor, Sou uma mulher desiludida do coração ferido procurando abrigo em um ombro amigo.
Muitas vezes até corro perigo, vagando na escuridão da vida, a qual é a solidão quem me guia. Lagrimas rolam em meu rosto sufocando meu coração, mas nem mesmo sei qual a razão, um que infinita e cruel solidão!
Sou quem na infância, fui adulta, e de adulta nem mesmo sei quem sou.
Só sei que às vezes me paraliso no tempo e viajando nas imaginações, pergunto a mim mesma, quem sou eu? Porque na vida á tantos tormentos? porque tantas crianças não conheceram o que é infância? Perderam todos seus direitos e nem mesmo pode deixar suas lagrimas rolarem? Porque trocaram seus sonhos por uma inchada ou mesmo um fogão a lenha?
Às vezes me sinto completamente perdida, perdida em um deserto sem rumo, tomado pelo silencio da infinita solidão, tentando buscar uma solução. Quantas vezes, simplesmente coberta pelas nuvens e toda a força invisível que domina todo meu ser, eu grito, grito por meus sonhos, grito cadê você? Não vá, não leve minha alegria, me deixe com meus sonhos de menina, mesmo que sejam apenas fantasia

Maria silvania

Foto de Maria silvania dos santos

Turminha de balada!

Meu nome é Luz, hoje tenho dezessete anos, e por varias circunstancia da
vida, adulta me tornei muito cedo, pois ainda criança e já era mãe.
E para que sirva de alerta para outros
adolescentes, um pouquinho da minha historia do passado e do presente quero
contar.
Adolescente não sabe pensar, desejos
querem realizar, com turminha de balada querem andar, e comigo não foi
diferente por isto não tive uma vida sempre contente.
Com dez anos de idade, na rua eu já
andava enquanto meus pais o trabalhavam eu os enganava.
Com uma galera da pesada, comecei a
andar, na intenção de curti a vida, cigarros comecei a fumar, drogas todos os
dias passei a usar, as madrugadas enquanto meus pais dormiam a janela do meu
quarto eu pulava, para que drogas-me pudesse usar.
Quando dinheiro eu não tinha, um pro
graminha eu faria pensava que problema não teria e que meus pais não
descobriam, ficava com um coleginha e outros e ganhava um trocadinho.
Isso eram todos os dias, e quando eu
me dei conta eu já me prostituía, pensava que feliz eu seria.
Minha família não sabia, mas com medo
do pior e pela galera que junto me viam, e o bem que eles me queriam, conselhos
começaram a me dar.
Eu pensava que tudo aquilo de nada
iria adiantar, pois estes conselhos eu não iria escutar, foi então que minha
família eu decidi abandonar, na rua fui morar.
Para que com minha galera eu pudesse
andar sem ninguém me atrapalhar;
Mas com tudo isso que fui praticar,
eu não sabia que a minha infância iria acabar;
Que aos meus pais eu iria machucar,
pois como garota de programa eu estava a trabalhar, somente para que meus
vícios eu pudesse sustentar.
O que não pude imaginar é que uma outra
criança em jogo eu iria colocar e minha vida arriscar.
Quando eu estava com apenas doze
anos, um dia comecei a enjoar, em seguida desmaiar, alguém me veio alerta que
grávida eu poderia estar.
O medico fui procurar, pois aos meus pais tive
medo de procurar e minha historia contar.
Fiz os exames indicados, descobri que grávida
eu estava, Ao descobrir a gravidez me desesperei, pois cuidados não tomei,
decide parar de me prostituir, uma vida nova seguir.
Mas não sabia o que faria nem que passo
tomaria.
Aos meus pais resolvi a procurar
para um lar aquela criança eu dar, pois condições eu não teria e a vida uma
surpresa me traria.
A principio, a gravidez aos meus pais eu não tive coragem de contar,
pois tive medo que eles pudessem me expulsar.
Tentei a gravidez esconder, imaginava que meus
pais não poderiam saber, o tempo foi passando e esta criança ao meu ventre amor
eu fui tomando, até um nome para ela eu já estava pensando.
Tirar eu não quis, pois ela era inocente e não tinha culpa da decisão
que eu vim a tomar, e um preço por mim ela não poderia pagar.
Decide o vicio abandonar, mas a
galera que pensei ser meus amigos, que eu saísse da turma não aceitava, todos
os dias de morte me ameaçavam.
Comecei a ficar desesperada, pois sozinha não sabia o passo que tomava.
Eu já tinha percebido que no caminho
da morte eu estava.
Eu Não sabia se aos meus pais eu contava, pois eles eram muito
conservadores e eu muita criança, para eles seria um golpe muito grande!
No meu canto eu ficava a chorar o tempo cada dia a passar.

Noites sem dormi eu passava, à vontade pelo vicio me desesperava, a
galera me incentivavam, e eu não sabia o que mais alto falava a vontade pelo
vicio, ou por minha libertação.
O pai da criança o qual era da turminha que eu andava ,comigo sempre
falava, tira esta criança enquanto ela não nasceu, pois ela será uma bastarda, pois
o pai dela sou e dela eu não quero saber
nada.
Eu sempre o respondia que aquela criança nada sabia, e que por ela eu
planos já fazia. Ate um nome a ela eu já tinha, e que ao mundo ela viria e
alegria me traria.
Ao passar do tempo minha barriga foi crescendo, minha mãe acabou
percebendo.
Minha mãe comigo sentou, abraçou-me e logo me pergunto o que estava
acontecendo, pois na verdade ela já estava percebendo.
Eu de medo estava tremendo, comecei a
chorar pensei que ela iria me julgar, pois conselhos eles sempre me davam e eu
nem o escutava.
Minha mãe, minha historia tive que
contar, pedi para me ajudar, pois era minha realidade e eu não podia fugir.
Mesmo com toda confusão eu não tinha
outra opção, e meus sentimentos de alegria por aquela criança invadia meu
coração.
Aquela criança me enchia de esperança, e
em meus braços eu já a imaginava.
Mas a galera que eu andava cada dia que passava a ameaça aumentava.
Eu socorro
aos meus pais pedi, disse que vida
nova queria consegui dali tivemos que fugir sem a ninguém nos despedir.
Em uma madrugada fria e estrelada, sem
a ninguém falar nada, e com meus pais desesperados nossa casa tivemos que
abandonar.
Mudamos de país, vida nova fui buscar, onde a galera não pudesse me
encontrar. Com fé e muita força de vontade, o meu vicio ficou no passado.
Com muito luta e sofrimento, tive uma
filha a qual dei o nome de (esperança luz
santos) hoje ela faz cinco anos, ela me completa
de alegria, e dela com muito amor e carinho eu sempre cuidarei, pois ela é uma (luz) para meu caminho a
seguir, e espero que do caminho que no passado andei, ela possa sempre fugir, e
com honestidade agir.
Hoje na dependência de meus pais, em outro país feliz estou.
Do vicio, com muita força de vontade e o apoio
de meus pais eu consegui me liberta, mas existe uma criança para que do passado
eu possa sempre lembrar e nunca mais voltar, somente meu alerta o repassar.
Hoje, drogas jamais penso em usar, sei que lucro não trará, e com a vida
pode ate acabar.
Hoje tenho na lembrança, um passado de dor e desespero, o qual voltar
jamais quero, somente lamento por aqueles que ainda estão por dentro.
A você que ainda está neste caminho, você está sozinho, ninguém são seus
amigos só te colocam em perigos, por isto eu aconselho, ouça os conselhos de
quem quer o teu bem, não importa a quem!
Hoje tenho a sorte que muitos não tem, feliz estou, graças a DEUS e aos
meus pais que não me abandonaram, e não cansaram de lutar ao meu favor.

(A
você adolescente que a minha historia está lendo agora, por favor, obedeçam aos
teus pais!).

AUTORA; Maria Silvania dos Santos. EMAIL; silvania1974@oi.com.br

Foto de Angelgoiabinha2

Recapitulando

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***
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Recapitulando

Numa simples lembrança,
me deparo com a minha infância:
Brincadeiras, cantiga,dança, pega-pega,esconde-esconde...
inocência, ah doce inocência.

Numa simples lembrança,
me aparece um flash da minha adolescência:
Coragem,curiosidade,viver intensamente...

Chego na idade adulta me questionando... para onde foi a coragem, a cantiga, inocência e a dança?

Ora, ficou na lembrança!

Angélica Macedo

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Respirar fundo

Inspire
Expire

Inspire fundo, encha o corpo de ar, de vida
Estar vivo, respirar
Prazer de sentir o pulsar do corpo
Como raios de sol brilhando, o fulgor da vida
Florescente e fresca, primaveril na infância
vivaz como o verão na juventude

Expire bem devagar
não se pode represar o ar
Vida que se esvazia pelo tempo
como um grito forte saindo do fundo do peito
ressoa até faltar o ar

O tempo muda, a vida muda
é preciso respirar muito fundo, presente, consciente

Amadurecer no outono
Envelhecer no inverno
Viver

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