Infância

Foto de Arnault L. D.

7° Concurso literário ( As faces do amor ) Mas uma coisa não mudou

Era um menino quando viu o amor.
Naquele rosto, alegre, de infância.
Não sabia de nada do que sentia.
Primavera então: O mundo em flor...
Todos os lugares, erros de inocência,
enquanto a rosa do tempo eclodia.

Era adolescente quando viu o amor.
Nos traços e curvas firmes, jovens...
Achava saber tudo e tudo podia.
Verão: O sol a queimar em ardor...
Todos os lugares, metas, e nuvens,
enquanto a flor da pele se abria.

Era adulto quando viu o amor.
Face matemática de realidade.
O mundo inteiro, um pouco diminuía.
Outono: frutos a tomar o lugar da flor.
Os lugares, opções e responsabilidade,
enquanto as verdes folhas desprendia.

Era velho quando viu o amor.
Sua cara, pelo tempo macerada.
Sábio, em saber menos que achava...
Inverno: O frio, o dormir, o torpor...
Os lugares, distantes; sol, fruta e florada,
enquanto seu calendário completava...

Foto de Mitchell Pinheiro

O amor

O amor é gaguejar pra dizer um simples bom dia àquela pessoa maravilhosa.
É tropeçar nos próprios pés ao observar-la passar.
É sentir o corpo tremer por completo num leve choque casual das mãos.
É olhar incessantemente para sua amada partindo até não poder mais vestigiar sua imagem.
É sentir saudade dois segundos depois de dizer tchau.
É olhar para o vazio e enxergar um cenário belíssimo.
É assistir um maravilhoso filme romântico na imagem de uma fotografia.
É sorrir como um bobo de uma piada sem graça.
É cantarolar alegremente no meio de um engarrafamento.
É passar três horas na frente do espelho ajeitando os cabelos antes de um encontro.
É sair pra comprar leite e trazer dois quilos de açúcar.
É rejuvenescer até a infância e brincar feito um bobo no meio das crianças.
É vibrar de entusiasmo com as coisas mais simples.
É olhar para alguém e ter certeza de que cada segundo dessa nossa estadia mundana vale a pena ser vivido.

Foto de Melquizedeque

Chuvas de Verão

Respingos de chuva nas vitrines das lojas
Suaves gotas de um refrigério banal
Por cima das casas, nas asas, nos muros
Nas ruas têm águas que posso pisar
Como vou correr sem me molhar?
Escorre no rosto uma água salgada
As nuvens choram, por tudo e por nada
O relógio anda e as horas não passam
Carros nas ruas com luzes acesas
Placas na pista com avisos incertos
Corre o tempo, o vento e mundo
Noite escura, vazia, sem nada
Chuvas da vida com águas passadas
Olhos molhados na porta de casa
Corpo enxuto no meio da chuva
Estou na calçada e agora o que faço?
Com o guarda chuva quebrado aceito essa cena
Molhe-me a cabeça e meu corpo sem pena
Infância revivida nas gotas que caem
Melhora meu drama que se finda, se vai...

(Melquizedeque de M. Alemão, 30 de dezembro de 2010)

Foto de Carmen Vervloet

FELIZ NATAL AMIGOS DA POEMAS DE AMOR! PAZ E SAÚDE!

LÁGRIMA AO NATAL

Ah! Que saudade dos natais da minha infância
Quando acreditava que Papai Noel existia
Quando entre ele e eu havia total concordância
Nos presentes que para mim, com amor, trazia.

Sapatinho com bilhete sob o lindo pinheiro
Coberto por enfeites coloridos e neve de algodão
As horas pareciam um ano inteiro
A ansiedade fazia bater forte o coração

Assim que raiava o esperado dia
Uma mistura de alegria e confusão
Era a felicidade que a casa invadia
Boneca, panelinhas, miniatura de fogão.

Depois o farto almoço em família
Abraços, amor, confraternização
Onde o lar era o país das maravilhas
Iluminado pelo brilho da união.

Hoje sinto saudade dos tempos idos
Crianças induzidas pelos meios de comunicação
O natal vazio do seu real sentido
Algumas tanto... outras, a lágrima que ficou na mão.

Carmen Vervloet

Foto de Danilo Henrique Pereira

Nostalgia

A gente começa, do jeito errado, mas no final o otimismo permite, nos ajuda a continuar, a buscar pelo certo, sempre uma gota a mais para beneficio próprio, a gente sorrindo e outros chorando, o ideal seria pensar em todos de forma plaina, igual, e não como em uma balança, a verdade é que isso não acontece, pode-se haver casos, claro, exceções existem.
Bom, o ideal é começar pelo começo. Acredito que tenha sido pelos meus 15 anos, era das flores adolescentes, hormônios, lagrimas, angustias e sorrisos claro. Tinha um nome fascinante, Iohana, eu gostava, achava assim perfeito para seu rosto, seu humor, lindos cabelos loiros, era atraente, bastante atraente, e não era apenas meus olhos, não, de jeito nenhum, era cobiçada, e bastante, tinha assim um nariz pequeno, boca rosada, queixo fino, bochechas levemente avermelhadas, vivia sorrindo, dentes brancos, a suas bochechas tinham aquele furinho, era um charme, e o melhor de tudo, lindos e sublimes olhos verdes, grandes, vivos, sempre atentos, gostava de dar aquela “encarada”, por assim dizer, seguia com os olhos quem permitia, era linda sim. O melhor disso é que a gente tinha uma amizade, tinha sim algo até mais que amizade, num sei porque não deu certo. Meus estranhos hábitos, meio tímido, e a mesma idade atrapalhava também, mulheres são sempre mais velhas que os homens, isso é fato. Acabara por achar que eu fosse infantil, sei lá. E também tem aquela magia que faz a gente pensar que a adolescência nunca vai passar, sempre vai existir a falta de preocupações, a falta de tomar iniciativas, sempre tranqüilo, o pior de tudo é que nunca tivemos nada, nem um romance nem sequer um beijo, mas tínhamos uma coisa especial, sabe quando se sente, o “gostar de alguém”, o sentimento inocente e novo, que só vem uma vez. A lembrança também é gostosa, faz nos sentir mais jovens, faz nos sentir daquela forma de novo, a verdade é uma só, essa foi a maneira que deixei uns dos meus mais inocentes amores ir embora, junto da minha adolescência e dos meus vídeos games, meus amigos da infância, meu quarto, meus CDs, minha bicicleta, nossa, são coisas que fazem um cara com eu, feliz.
No geral, o passado no fundo deixa as pessoas mais felizes, não é só da Iohana que sinto falta, é de um todo, de uma época, a nostalgia é a lembrança mais agradável que consegue me deixar triste. Eu confesso que se pudesse, voltava a viveria tudo de novo.
(Danilo Henrique)

Foto de Carmen Lúcia

Carta ao Papai Noel

Sei que vou pedir-lhe muito
mas sonhar nunca é demais,
preciso me agarrar ao sonho
e sem você não sou capaz!
Quero de novo a infância
que me fugiu, não volta mais...
E de novo ser criança,
ainda crer no que você faz.
Quero a rua de pedrinhas
bem redondinhas e brilhantes
e brincar de Amarelinha,
correr, gargalhar, como antes.
Me faz deixar de ser grande!
Quero toda aquela magia
contagiante quando era Natal,
e o ressoar dos sinos
tocando ao Jesus Menino...Tudo igual!
Abraçar os amigos distantes
que a vida afastou e não vejo mais...
Nem todo o tempo do mundo
fará que os esqueça...Isso jamais!
Desembrulhar presentinhos,
olhar pro céu e ainda enxergar
aquela mesma estrelinha
que no Natal vinha me piscar...
Quero a alegria sã de minha mãe
sempre ao meu lado...Não só no retrato!
Se não for possível me traga,
somente essa noite, o seu afago.

_Carmen Lúcia_

Foto de GRAZVIE

LONGE DO BERÇO (VERSÃO II)

QUEDEI-ME NO SILÊNCIO DA LONJURA
QUE DISTA DUMA ALDEIA TRANSMONTANA!
MEU BERÇO, CUJA SAUDADE EMOLDURA
MINH'ALMA, COMO INCANDESCENTE CHAMA.


INTERPELEI O BÓRIAS QUE PASSAVA:
ONDE MORAVA A MINHA BREVE INFÂNCIA?
NA RUDEZA DOS CAMINHOS QUE EU TRILHAVA,
OU NA CASA DE XISTO, VELHA ESTÂNCIA?


QUE É FEITO DAQUELES FUGAZES INSTANTES
FELIZES? QUANDO EU ME DIVERTIA
JUNTO DE ALGUNS AMIGOS E PARENTES,
DOS QUAIS, HOJE SÓ ME RESTA A NOSTALGIA?


O BÓRIAS APRESSADO, ASSIM ME APOUCA:
NÃO CORRESTE ATRÁS DUMA QUIMERA?
PERGUNTA À TUA POESIA LOUCA,
AONDE JAZ A TUA PRIMAVERA.


DE PRONTO AGIGANTEI-ME, POUCO A POUCO;
E RESPONDI AO VENTO COM BRAVURA.
SE ACHAS QUE SER POETA É SER LOUCO,
ENTÃO, BENDITA SEJA A LOUCURA.

Foto de Diario de uma bruxa

Canções de minha vida

Não sou muito vivida
Mas também não sou mais criancinha
Já tenho muitas canções em minha vida

Canções que marcaram épocas
Canções que já foram esquecidas
Mas que La no fundo ainda esta guardada aqui dentro

Canções que curti com os amigos
Nas danceterias, nos barzinhos
Tem também as canções de minha infância
Aquelas que dançamos
Sem preconceitos sem medos
Sem vergonha
Aquelas... Aquelas mesmo
Que dançávamos com a família toda

Em meio a tantas canções
Temos aquela em especial
Que toca o coração
Que fica pra sempre na memória
A canção do amor

É especial... A única vivida
Com muito mais intensidade
E com desejo
E mesmo que acabe
Ela não morre
Fica pra sempre no coração.

Poema as Bruxas

Foto de Gabrielaa

Minha terra.

São Fidélis,terra de bonitas árvores entre os canteiros.
Gente simples e modesta,mas também terra de gente rica e dotada.
Cidade poema nos versos e nas letras.
Dotada de uma beleza rara e antiga.
As igrejas reluzem nossa religião.
Os monumentos nos lembram a história e o museu,uma longa trajetória.
Cidade de caminhos e longa avenida,onde há aquele desfile da vida.
Escolas produtoras de alunos pensantes e começam ali os professores brilhantes.
Praças e hotéis onde hospedam turistas de vantagem.
Os restaurantes da cidade de boa linhagem.
Terra de gente famosa não por status,mas por lembrança de algo feito.
Cidade de recordações que sempre me vem a memória.
Minha terra onde canta os passarinhos,onde brilha o sol,onde corre o rio,onde passam os carros em cima da ponte.
Minha amada terra,não te deixarei para navegar em oceanos desconhecidos e tampouco partirei sem levar comigo a lembrança da minha infância.

Foto de Camila Senna ☆

Seria sem graça...

Assim como os grãos de areia sustentam o mar...
É minha vida...
Me componho de tudo que um dia vivi,
E assim...
Sigo a me alimentar, sigo a caminhar...
Meus olhos vibram quando vejo aquele lugar, que um dia,
Numa dessas datas de maio estive a passar.
Minha alma chora quando lembro-me das folhas que da minha árvore
partiram, deixando comigo um buraco em seu lugar.
Meu coração sente saudade quando lembro-me da minha infância, família reunida em volta da mesa, das brincadeiras...
Minha boca água, ao lembrar do paladar da comidinha gostosa da minha avó, minha saliva ainda sente o gosto do beijo de um antigo namoradinho.
Minha pele se arrepia quando sinto aquele cheiro, aquele, que
outrora jamais será esquecido, ficará impregnado no meu ser até o fim...
Os meus olhos transbordam e o meu coração aperta quando ouço a
melodia que marcou cada momento, levo comigo, uma trilha sonora de
sentimentos retratados em cada nota...
Os portões da casa abandonada cheia de flores,
Cheias de dores,
Cheias de amores,
Cheias de lembranças,
Se abrem...
Então entro devagar, respirando suave para não perder nem um grão da minha essência...
Sentindo a emoção de cada história bonita,
De cada história sofrida,
De cada história vivida,
Que não adianta, se eternizará.
Sou feliz por ter vivido de tudo um pouco, seria infeliz se tão tivesse
vivido nada, seria sem graça, não teria histórias para contar.

(( Camila Senna ))

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