Ilusão

Foto de Arnault L. D.

Contraponto

Preciso fabricar o lirismo,
porque o frio é tão grande
que me gela até o ossos...
Preciso não olhar o abismo,
para que em minha direção não ande
e me trague entre os destroços.

Não há o belo se não o faço,
o qual contrasto a escuridão.
Preciso crer no que exponho,
forrar de seda o duro aço
na convicta certeza da não ilusão.
Que a virtude é real e não sonho.

Entorno, os espinhos das maldades,
a acariciar, ferindo a pele fina.
Mas, não a quero engrossar em calos,
neles embotar o sentir no Ades.
Quero a vida, donde o sangue mina
e não a carapaça, redoma a entanca-los.

Preciso do idílico e da poética
para ao horror da vida por contraponto.
Nutrir-me deste elixir que do fel protege,
amargor de vida sem amor e ética.
Preciso fazer o que não existe pronto
transgredir em verso o que o frio rege.

Foto de Grama Pereira

? Solidão

? Solidão
“Noites mal dormidas, sonhos e ilusão:
Amor não resolvido, história de paixão.
Dores, está é a vida de poeta profeta.
Mal sonhei contigo e me encontrei sem abrigo.
Amor: Segurança, tristeza, proeza;
De ter nascido da vontade de Deus.
Quando olhei a terra observei as guerras,
Disse ao anjo bendito: Esta não é a vontade de Deus.
Seres mesquinhos, pobrezinhos e eu aqui sonhando só.
Não eu quero acordar deste pesadelo profano,
Pois houve um engano, não é aqui o meu lugar.
Quero curar as feridas e sonhar com a vida.
Amar a ti, amar a mim, que amor profundo;
Que por um segundo o tive ou foi sonhar.
Se fostes sonho, ó pai não deixe a solidão;
Conta de mim tomar, me ensina a amar.
Pois fizeste-me ser perfeito e eu sem jeito
Não conta da solidão, deixe que a paixão viesse me ninar
Sofro por engano pois fui profano e não aprendi a acordar...”

Foto de betimartins

A arca dos sonhos da nossa criança... ‏

Era uma bela criança que corria
livre, solta, dançando ao sabor do vento
sorrindo, cantando com o coração ao rubro
como somente uma criança sabe fazer...

Ela viajava ao mundo dos sonhos, reais
nos seus sonhos, maldade não existia
dor, guerra, falta de amor, fome
não era real nem sequer em pesadelos.

Ela sonhava com um belo mundo
um mundo de amor, cheio de luz
anjos, correndo felizes fazendo tropelias
belas magias nos corações endurecidos.

Não existia escuridão, nos sonhos das crianças
a luz era bela, clara, transparente como cristais
tudo era perfeito, nada estava ao acaso
cada flor, cada rio, cada montanha...

Era um paraíso de bem estar, existia respeito
pelos seres que partilhavam a beleza do momento
e como era belo o seu sonhar de amor
e este menino mágico tirava da arca dos sonhos!

Todo o amor que brotava de seu coração, semeando
em cada momento a sua ilusão, esperança
trazendo vestida a paz, dentro do seu coração puro
sempre pedindo a Deus que nunca acabem os sonhos...

Que trazem dentro do seu peito apertado e aguardado
a maior e mais bela arca de sonhos, alguma vez imaginada
onde jamais acaba o amor, a bonança e a sua real paz
de menino feliz e contente e o filho do amor universal....

Betimartins

Foto de nuzy

Incessante busca...

Sou humano em busca da perfeição
Que contradição!
Personalidade humana é tão desumana...
Sou humano não consigo ser perfeito
afinal quem consegue?
Perfeição seria irmã da ilusão ou simplesmente utopia?
Não sei, sei apenas que a procuro
Se algum dia encontrá-la ou não...
Não importa pois sinto que valerá a pena
Esta incessante busca
a medida que sigo minha busca
Percebo a personalidade desumana torna-se mais humana...

Foto de betimartins

Acorrentada no amor‏

Fui menina, virei mulher
nesses teus abraços
que seguraram
no teu amor...

Quis sonhar contigo
um belo e lindo sonho
onde o nosso amor
era imenso e grandioso.

Eis que eu fiquei aprisionada
acorrentada para sempre
foi ai, que eu despertei
acordando na minha ilusão.

Passaram anos, esperas
eu não me pode libertar
eram como correntes fortes
no teu amor, eras ciumento
apenas um homem severo.

Aprisionaste-me, feliz
sem deixar viver na liberdade
onde somente ser livre
era uma ilusão, apenas ilusão...

Foi prisão perpétua, condenação
Sentenças de loucuras de amor
Que nós os dois assim vivemos...

Acendo como pavios, as belas chamas
Da nossa pura paixão, loucura
Tornando-me sempre a tua escrava...

Deste nosso e grande sublime amor
Eu não encontro mais, estão perdidas
As chaves do meu coração, para sempre...

Fechando ele nas tuas correntes de amor
deitando as chaves fora para o infinito
e agora meu coração é teu para sempre...

Foto de Riva

DESEJO A UMA AMADA

DESEJO A UMA AMADA

Sepulcro de minhas infindas plangências,
Notívago, na esperança da manhã idílica,
Infausto das minhas multifárias carências,
Paisagem altiva de uma beldade onírica.

Prófugo de uma solidão assaz monarca,
Por veredas inditosas e nóxias, eu trilho,
Esperança... meu ermo coração abarca;
Senda da ilusão! Sou teu mais novo filho.

Infensa apatia que me faz tão persistente,
Súplicas de amor que envio com emoção;
Tenho desejo de contigo estar presente,
Somar nossas almas em plena afeição.

E a pretensa amada tão simplesmente,
Ver nestes versos minha sofrida paixão.

Rivadávia Leite

Foto de Edigar Da Cruz

***UMA AQUARELA É A VIDA ***

***UMA AQUARELA É A VIDA ***

Em uma tela quero pincelar a ela,a vida
Da vida pintarei um pouco de tudo,..
Imaginarei um grande Pincel!;
Do pincel pintei as cores
Das cores do pincel a vida..
Vamos começar com a cor do amor
Da origem dos apaixonados,..
Da cor da flor do amor,
Do vermelho o amor!,..
Nessa linda cor que vira o amor,
Também não poderá faltar o preto;
Ira representar toda a dor;
Que já passei e superei a vida;
Vamos ao amarelo da esperança da vida
Pois ainda esta na cabeça um novo começo
O que sinto desde criança!,..
Vamos pintar logo, antes que esqueça em formato de um lindo sol!,..
Sem esquecer e claro! Do VERDE, BRANCO, AZUL;
Será presente e emoção ,amor e paixão
Vira como um vento de norte ao sul
Do azul do céu ao mar!..
Para afastar bem para longe, toda ilusão,..
Nas cores das aquarelas da vida!;
Em branco virgem nada pode ficar
Como nada pode se esquecido,..
Pois as cores da aquarela da vida ,...
Todos têm a sua..
e cada um pinta a sua !
Ao seu tom de cor.

Ed.Cruz

Foto de Carmen Lúcia

Somente hoje...

Hoje eu quero esquecer as tristezas,
andar livre pelas ruas, reverenciar a lua,
achar que o mundo é acervo de belezas
e que a amargura é fruto da imaginação...

Reencontrar amigos que há muito não via
e juntos chorarmos o riso da alegria
relembrando o tempo em que a gente sorria
nas calçadas tortas da nossa ilusão.

Quero rostos corados virados pro sol
refletindo neles a luz do arrebol,
apagando as rugas presas em suas testas,
envolvendo a todos num clima de festa.

Hoje eu quero ver estrelas enfeitando o céu,
quero ouvir canções feitas por menestrel
e achar que o mundo não é mais cruel,
tudo que é ruim passou e a dor já teve fim.
Quero a vida assim...

Hoje eu quero abrir as portas, escancarar janelas,
deixar voar os sonhos livres de tramelas,
nada que os impeça de poder voar...
Quero ser teleguiada por meu coração,
que me perdoem o juízo e a discrição,
que a razão se ausente e deixe a emoção
dançar comigo a dança da imaginação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Allan Sobral

Homicídio culposo (Amor e Morte)

Homicídio culposo (Amor e Morte)

“Você me olha deste jeito,
Meus direitos e defeitos,
Tende a se modificar,
Penso coisa diferente,
Me transformo simplesmente,
Vejo em você meu amor.

Se não for nada disso fique perto,
Dou um jeito e tudo certo,
De mais um sorriso e vá embora,
Por favor volte outra hora,
Eu só quero ver você voltar,

Mas se não for amor,
Não diga nada por favor
Não apague este sonho,
Pois meu coração nunca sofreu de amor!”

Hoje carrego um olhar vidrado e estável, um coração que bate em um ritmo lento e constante, sentimentos hoje são poucos, pois todos se ausentaram e estão em luto, pois dentro de meu peito houve uma morte, daquelas descritas nos contos ultra-românticos, onde não há muitos finais felizes, mas para que sossegai vossa ansiedade ingênua, contarei o que houve.
Um acontecimento simples e corriqueiro, mas que teve o poder de molhar novamente os olhos que a muito tempo luto para manter secos como os ventos do deserto.
As vezes olhamos o céu e vemos alguma estrela bela e formosa, estrela cujo o brilho, encantam os homens, ao ponto de crerem que esta é mais bela que o Sol, mas quando força de suas fantasias os fazem voar, ao ponto de toca-la percebem que estrelas são só estrelas, um pedaço imenso de terra reluzente, fria e comum como todas as outras estrelas.
Numa doce ilusão vi um anjo, que mal se enxergara diante da penumbra do final da tarde, mas ao aproximar-me vi que era só uma estatua antiga e frágil, já com muitos danos, e ao toca-la, a mesma desmontou-se, quebrando e se enroscando as teias de aranhas que ali estavam.
E hoje declaro que sou o homicida, sou o motivo do luto de meus sentimentos, pois em mim nascera uma paixão por algo surreal, uma paixão clássica e sinceramente romântica, daquelas que não se encontram mais, mas hoje a matei, fui um tanto que frio a principio, mas tive medo,e tive que optar, foi uma batalha honrosa, tremi antes de concluir tal feito, mas com as mãos sujas tive que escolher, entre mata-la ou deixar que ela me mate.
O nunca se tornou pouco tempo, e o sempre não a de ser nada.
Tive medo, pois ao ver as mais belas rosas sendo jogadas ao ar sem ser apanhadas, algo já me dizia que estas nunca seriam cheiradas ou se quer percebidas. Mas hoje olho aos céus e clamo ao Deus que lá habita, que me perdoe, e que se matei por engano um amor, o faça resistir, pois dizem que amores são imortais. Pois dizem que o amor é a morte da Morte, e que o mesmo sempre há de vencer.

Allan, hoje só Allan.

Foto de Carmen Lúcia

Silêncio!(prece para minha mãe)

Uma breve pausa...calem-se todas as vozes...
Murmúrios de riachos, gorjeios de pássaros,
Assobios de ventos, lamentos, alaridos,
Gritos incontidos, gemidos, rangidos...

Somente as batidas de meu coração
Que agora chora, desmedida emoção...
Teu rosto nitidamente se retrata
Na moldura dourada de minha ilusão,
Teus olhos, dois faróis a iluminar...
Da janela da alma clareiam, me fazem enxergar.

Tua voz...Ah, tua voz que brandamente
Percorria os espaços, enchendo-os de alegria,
Era voz de harmonia, voz de sabedoria.
Nunca se calou...Ouço-a suavemente
No início das manhãs, ao deitar-se o sol poente.

Mãos de anjo...ainda sinto teus carinhos
A afagar devagarinho minhas dores, desilusões,
Ainda devem estar macias, possuem a supremacia ...
Nem a morte é capaz de apagar.

Mãe, esse silêncio é mais que uma prece...
É um grito de dor, é saudade, é amor que só cresce
Do amor que a mim despojaste, sem dimensão,
Que me faz caminhar, que me dá proteção
E que abraço por todos os cantos por onde passo.

_Carmen Lúcia_

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