Horas

Foto de Ednaschneider

Primavera

PRIMAVERA

Quem me dera na primavera
Olhando as flores rosas e amarelas
Beija-flores beijando elas.
A vista tão bela!

Quem me dera no jardim floral
Na hora matinal.
Sentindo o doce odor
Tão natural!
Que me encheria de amor
Tal fragrância
Com esperança.

Eu com asas
Fazendo das flores uma casa
Escrevendo nas pétalas tal como uma lousa
No centro da flor uma mesa.

Seria uma abelha ou um besouro
Deliciando o néctar, o tesouro.
Sendo o zumbido o aviso
Que estaria saindo do casulo.
E fazendo de cada flor um resumo
De uma história, um consumo.

A rosa bela e formosa,
As margaridas tão queridas!
Cravos e perpétuas
Que nas horas certas...
Perpetuam vida,
Alegria,
Primavera e poesia.

Quem me dera que eu fosse leve
E sem peso.
Quem me dera eu fosse uma ave.
Livre...
Mas sou um ser preso...
Privado de felicidade...
Desejando a tão sonhada “Liberdade...”

Joana Darc Brasil *
25/09/07
*Direitos reservados.

Foto de Ivy Gomide

* DESEJOS QUE FORAM DORMIR *

.

Ivy Gomide

Hostil dia de palavras ameaçadas
choram dedos a teclar inúteis
desejos que foram dormir
O jantar que não foi posto à mesa
Lápis desarrumados
no painel des colorido
das letras.
Por onde andam as palavras
trazidas pelo vento sul
no perfume do jasmim que de flora?
Não !
acordei insone
buscando horas
impressas no papel
sem dúvida havia ameaça
da página abrir-se
desenjaulando um sol que prometia
sorri a luz desfeita
na palidez do dia
devorada pelos gatos que
perambulavam esquinas

RJ – fevereiro - 2007

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ANDANÇAS"

ANDANÇAS

As agruras de rotina...
Dispersei sem doação...
O pior que não combina...
Viver sozinho sem irmão!!!

Nesta longa caminhada...
Muita companhia desfrutei...
Em horas certas ou em horas erradas...
De um amigo precisei!!!

Só, lembrei que era tempo...
De recorrer ao meu Senhor...
Que no mais puro sentimento...
Ensinou-me o que é o amor!!!

No lugar certo, e no exato momento...
Aprendi a caminhar...
Esqueci o sofrimento...
Agora sei o que é amar!!!

Foto de vivi_gabrielle

Que sentimento é esse?

Que sentimento bobo é esse que tudo que antes era dois agora se transforma em um?
Que faz as horas com você parecerem segundos, mas todos os segundos se transformam em horas?
Que faz te ver em todos os lugares que vou?
Tira-me a fome, me deixa sem sono, a única coisa que permite é de que eu possa pensar em você a cada segundo que estou longe de ti?
Esse sentimento bobo me tira tudo que me da chão, a cada dia fico mais insegura e todos a minha volta tentam me ajudar mas o único q me segura é você.
Sem você sou um nada não enxergo nem respiro só sabe que quando estou com você fico feliz!
Acho q esse sentimento bobo se chama AMOR!
Mas nunca saberei, pois nunca amei!

Foto de POETISA SOLITARIA

PRAZEROSO AMOR...

Estamos em um quarto, entre quatro paredes, à meia luz..
Entre beijos, abraços e carícias nós nos encontramos em um ritual de preparação
Tu me despe com a fúria estampada em teus olhos,
Logo me encontro nua e entregue a teus braços.
Ponho-me a fazer o mesmo e nos vemos como viemos ao mundo...nus!
Acaricia-me, beija-me, toca-me, lambe-me...
...Faz de mim o que quiser.
Estou em loucura, a beira de um ataque!
E como em uma brincadeira ponho me a descobrir teu corpo.
Faço-te carícias enlouquecedoras, quero deixar-te louco...
Acaricio teu corpo deixando te louco, como uma fera.
Arranho-te por completo, deixo em ti minha marca.
Enfim consigo! Você não resiste e parte para cima,
Em um instante de distração, sou dominada...
E em um movimento alucinante, grito e peço mais.
Quero tudo! E você sem hesitar satisfaz meu desejo.
Me chame de sua, chame-me do que quiser,
Bater um pouquinho nessas horas... por que não!
Me faz sentir o que tens de melhor e insensatamente.
Permanece neste compasso delirante...E consegues me levar ao auge,
E enfim, consegues me encher de gozo e prazer...
E sabemos que agora somos apenas uma só carne e um só espírito.

Foto de Fernanda Queiroz

Saudades...

Saudades!
Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.
Na saudade está o silêncio... será que se escreve saudades com S de silêncio?
Quem inventou está palavra?
Será que sabia quantos sentimentos existia neste conjunto de letras?
Por que não vontade louca de saber de ter de ver?
Por que não medo, insegurança, incerteza?
Por que não desejo de voltar?
Será que o A de saudades é o A de Até breve?
Será que saudade é para rimar com felicidade?
Não! Saudade rima com dor..., se rimar com felicidade seria a de reencontrar, mas aí já não é saudade, aí vira realidade...
E o U da saudade?
Será de ultimamente?
Será de unicamente?
Ou será um U de um urro de dor?
Saudades!
Palavra pequena para transmitir tantos sentimentos.
Não descreve nosso amanhecer sem você.
Não descreve as horas das refeições, nem daquele gostoso papos de fim de noite.
Não descreve tua cama vazia, nem meus sonhos em conflitos.
E o D da saudade?
Será de quanto em quanto tempo?
Será que por isto ele se repete?
Ou será o D do Dedo de Deus?
Mas que palavra é essa, que não descreve nada!
Não fala em afago, em carinho, em você
Não reflete teu rosto, nem teu sorriso bonito, com tua covinha na face, que o fazia mais doce, mais perfeita.
E o E da saudade?
Será de estar junto?
Será de esperança?
Ou será de eu te amo?
Saudades, palavra tão pequena... mas poderia ter um acróstico, que cada vogal ou consoante teriam infinitas explicações, descreveria infinitos sentimentos, que molhariam lenços e fronhas....
Saudades!
Será de novo o S do silêncio?
Ou o S de sofrer?
Ou o S de Será?
Será que a palavra saudades, esta relacionada com sonhar?
Será que significa voltar?
Ou saudades é um eterno esperar...
Fernanda Queiroz
(Direitos Autorais Reservados)

Foto de Flower Medeiros

Lembranças

As melhores horas do dia, são aquelas em que posso parar e pensar em ti e sempre é a noite,
Quando o sol vai se deitar e a Lua vem me fazer companhia.
Ela vem até minha janela para ouvir meus pensamentos, ouvir a cada batida do meu coração,
Ela sabe que seu nome pulsa com muita força em cada parte do meu corpo, está totalmente preso aos meus desejos, aos meus anseios.
Ela sorri, ela chora e se emociona toda vez que suspiro, pois ela sabe que tudo é verdadeiro, que tudo são apenas lembranças, de momentos que só tivemos em meus sonhos.
Lembranças, de histórias que inveitei antes de dormir,
Lembranças de algo que quero, que preciso.
Mas só são realidade quando as imagino que são reais.

autora: Flower

Foto de Vera Silva

Convite

Olá poetas!

No próximo dia 29 de Setembro, pelas 17 horas, será o lançamento do livro de poesia de Manuela Fonseca - "No Limiar das Palavras".
A sessão terá lugar na Biblioteca Municipal da Amadora, na Rua Capitão Plácido de Abreu - Venteira.
O prefácio do livro é da autoria da poetisa Rosa Maria Anselmo e a apresentação estará a meu cargo. Haverá leitura de alguns poemas da autora.
Será servido um Porto de Honra.

Contamos com a vossa presença.
Qualquer esclarecimento, queram contactar-me.

Um abraço a todos

Foto de Magroalmeida

Em Busca de Você

EM BUSCA DE VOCÊ

Eu sei que é tarde e o silêncio desta fria madrugada inquieta minha alma e dilacera o meu ser.
Recuso-me a olhar para o relógio por não querer saber a quantas horas estou sem dormir.

Sei, apenas que estou confuso, muito confuso.
Um turbilhão de idéias se amontoa em minha mente.

Penso em você e me transporto a um mundo imaginário onde esqueço
a minha própria existência e tudo o que vejo é você...

Você, que fez explodir no meu peito este imenso e profundo sentimento
que eu jamais podia imaginar.

Neste momento relembro, com saudade, os momentos que juntos tivemos
e sinto que foram momentos vividos na mais completa euforia de uma
paixão delirante que outrora podia nos fundir num único ser, numa só imagem.

Hoje, sinto enfraquecer o pulsar do meu coração por não ter você ao meu lado.

Ah!, querida, não queira, agora, transformar este amor numa luta
árdua contra o egoísmo e a insensatez.
Dispa-se dos seus estúpidos preconceitos e me de a mão.
Não tente esconder a beleza do seu ser e nem deixe de mostrar a beleza do seu coração.

Saiba que você existe e é simplesmente maravilhosa.

Talvez você não queira dar a este amor o valor que ele tanto necessita.
Por favor, abra o seu coração e venha.
Vamos trilhar por caminhos floridos onde somente nós saberemos encontrar.
Não me deixe lutar contra este sentimento que me domina e não deixe
que encham nossas taças com o vinho da ingratidão que tantas vezes me fizeram beber.

Não transforme este amor num futuro inexistente e nem deixe que o
néctar deste sentimento seja diluído num mar de saudades.

Sim, eu posso imaginar o quanto você está surpresa ao saber do meu segredo, mas, certamente,
se você pudesse entender o quanto eu te quero, suas dúvidas iriam ruir e desaparecer.

Saiba, meu amor, que você é a minha fonte de água natural.
Sua presença devolve o pulsar da alegria que um dia eu perdi.
Quisera ter a sorte de voltar ao seu coração e possuir seu amor.
Quisera, um dia, voltar a fazer parte dos seus planos,
ser a essência dos seus desejos e a meta dos seus ideais.

Sabe?
Eu de fato penso que você jamais entendera como eu me sinto agora, te escrevendo
estas palavras tão minhas.
Você jamais entendera como sofro por não poder mostrar isto ao mundo
e ter você sempre ao meu lado.
Mas, apesar de tudo, acima de tudo, eu sei que te quero
e o meu pensamento estará sempre voltado pra você.

Porque, mesmo à distância, eu te amo e te amarei com todas as forças
que ainda tenho para amar.

Magno R Almeida
Mar/2004

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de JGMOREIRA

A MÃO QUE ACENA

A MÃO QUE ACENA

Toma essa mão que acena adeus
que desentrava toda a tristeza do mundo.
U'a mão pálida
um olhar soturno. E toda a tristeza do mundo.

Mergulho meu dia na luz malsã do mercúrio
passando o dia todo, todos os dias
passando por mim,
pensando que passo no mundo.

Não! Não farei como os poetas abnegados
que deixaram nomes encravados em placas
largaram obras belíssimas aos olhos do mundo.
Passarei em claro, deitarei em escuro e terá sido tudo.

E será tudo passar assim pelo mundo ?
Se olho, não vejo; se vejo,não escuto.
Se amo não odeio; se quero, discuto.
Discuto comigo nas serras da minha cabeça
procurando caminho na aurora
aurorescendo que esse caminho aconteça.
Que aconteça de repente, feito nascimento
para que todos os caminhos desapareçam
só restando um caminho
e eu seja criança que se alimenta
de um caminho que a abasteça
que me faça dono do mundo,
senhor das coisas e da razão.
Criança vestida de homem
posando para retrato no jardim
enquanto espoucam as luzes dos dias na sala.
II
AH, toma essa mão que acena adeus.
Repousa todas as mãos e restará essa
que desentranha toda a tristeza do mundo.

Em casa, escutando sons familiares
louças que entretinem, água que jorra
parentes que falam...Essa é toda a vida.
Mas terá vida essa vida de família pelos ares ?
Será vida acalentar nesse quarto o sonho da vida ?
Será vida amassar mil papéis da vida ?
Escrever mil linhas e chamá-las vida ?

O que será viver se passo em branco
todos os meus dias? Não altero nada
não provoco nada, não amo nada
sinceramente. Desejo mil coisas
e passo por elas, tão perto,
que meu desejo fica contente

E ri meu desejo em minha boca
E presto atenção no gato do hotel
na senhora que lava o rosto na pia na área
na menina que grita mãe!
Nas danças de rua nas portas dos bares
Atencionado em tudo, estaciono
Paro. Mole e parvo, à beira de tudo
E não mudo nada, nada mudo
Por isso,
toma essa mão que acena adeus
Pergunta a ela
se é viver passar ao largo do mundo.

Mas pergunta ríspido e forte
que essa mão tonta
às vezes faz-se de surda
para passar sem resposta
a tantas perguntas absurdas.
III
Toma essa mão que acena adeus
Reconforta-a no desenho do teu seio
Aqueça-a com o calor do teu corpo.
Não tenha medo do homem atrás da mão !
O homem é uma coisa de pó
finíssimo, que toma a forma de jarro
onde derrama-se uma gota de poesia.
Forma-se o miraculoso barro

d'onde surge essa mão
que levanta-se do pó para tornar-se mão
para acenar adeus à própria vida
ou a vida do próprio irmão.

Quantas vezes o homem detrás da mão
bem oculto pelas falanges aneladas
esteve louco de tanto olhar
e não ver outra mão?

Eram jarros sem pingo de poesia
que marchavam lá fora
Rolavam, chocando-se com tanta força
que rompiam espalhando o pó
Pó tão espesso, tão pesado
que logo tomou a cidade
Cobriu o céu até não se ver estrela.
O pó alevantado não assentava
Tranquei-me em livros, armadilhas de amar,
em corpos frios de copos vazios
cofres antigos de segredos perdidos
Mas o pó me achou
A poeira pesou meus ombros
Eu a respirei
Quando abri a janela, não pasmei:

estava infecto, imundo, não ventilado
Aquele pó era o mundo
O mundo não cabia no vaso.

Toma, urgente, essa mão que acena
Beija-a, abraça essa mão que não repousa
que insiste acenando adeus
coberta de um pó que não se afugenta.
IV
Oiço tantos sons familiares
o relógio, a buzina, o assobio desafinado
os passos da menina, o grito do soldado
Nessa janela, abismado
confirmo com meus olhos
que minha família está pelos ares
Durmo preocupado
sonhando com o pó envenenado.
V
Vamos, toma logo essa mão
Não a deixa ao acaso
tentando erguer-se da mesa
estando o corpo anestesiado.
Não te apavores, amada, não te apavores!!
Hás de ver tantas mãos acanhadas
que hás de implorar pela minha mão que te acode
empurrando teus passos pela estrada.
Minha mão, no silencio da chuva que desaba
está fria, morta, quieta
lutando contra o vício que a descarna.
Minha mão não quer ser poeta
não quer o formol das estantes
não anseia taças
póstumas pousadas na sua palma sem semblante.
A mão quer a paz dos arvoredos
quer o canto das aves trinadoras
o vôo da rapina mais absoluta
a envergadura de asas perfeitas
Minha mão quer dormir um sono tranquilo
sabendo que a poesia pulou o muro
saiu do quintal esquisito
veio cá fora respirar ar mais puro.

Minha mão quer liberdade
quer justiça.
Uma justiça sem mãos
sem crinas
Minha mão que acena adeus
não quer abrigar sonhos em sua morada
Não quer estalar patíbulos
não escalar horas marcadas

Minha mão quer ser amada !
Quer que tu a toques com cada dedo da tua alma

Minha mão que acena adeus
acena a Deus
que do longe das estrelas
acena duas mãos perfeitas
à minha mão deformada.

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