Grito

Foto de Inês Santos

Susurro contido...

Por momentos sussurei...
num grito contido,chorei...
Bem baixinho...
Para ninguém reparar...
E para outrém não incomodar...
O meu triste e ledo cantinho...

Mesmo que clama-se!(de certo...)
Bem alto,mesmo se tudo inunda-se...
Penso que não se chegavam perto...
Até se eu as pessoas chama-se...

Mesmo assim estou só e abandonada...
As pessoas estão numa correria...
Apesar de ter uma dor fintada...
Em mim ninguém repararia...

Eu podia-me rebolar...
Atirar-me para o trém...
Estar ao ouvido de um fulano e gritar...
Não existiria alguém...
Pois estou em solidão...
Será que é em vão?

-não sei...vou continuar a susurrar...
No silêncio vou continuar...
E se o telefone tocar!
Eu apenas direi...
-Fala baixinho senão desligo!
E a chorar ficarei...

Foto de Raiblue

Românticos...

Metades...

Que buscam ser inteiras
num amor total
nessa vida corrriqueira...
Lançam-se na eternidade
na busca de afinidades...

Metades...

Quando não se encontram
são eternamente meios
existem numa solidão fatal...
Doídas e ansiosas
pelo encontro final...

Metades...

Que se precisam
porque uma é salvação
a outra, abismo...
Românticos
buscando o paraíso...

Metades...

Uma é o grito
a outra, o silêncio
dia e noite
abraço completo
gerando o infinito...

Metades...

Disfarces
numa vida feita
de contrários
cruzando
os mesmos caminhos...

Metades...

Que se complementam
no círculo vicioso
da busca do sentimento
mais majestoso...

Metades...

Que se enlaçam
desfazendo a solidão
construindo um ninho...
preenchendo o vazio...

Metades...

Ilhas avançando no oceano
para tornar-se continentes...
Hemisférios que se unem
formando o maior planeta
do universo...

Amor...

Verso inteiro...completo...

(Raiblue)

Foto de Fernanda Queiroz

Parte de mim...

Parte de mim

Que a distância que se formou entre nós
Não seja morte premedidata
De todos os sonhos que vivemos
Dormindo ou acordados
Porque uma parte de mim é sonho
E a outra parte realidade
Que a tua voz vibrante e melodiosa
Seja mais forte que este silêncio
E que meus lábios possa dizer Te Amo
Mesmo em minha constante ausência
Porque uma parte de mim é meu grito
E a outra parte é silêncio
Que minha face mostrada em video
Nunca gere esquecimento
Que possa ser vista e lembrada
Muito mais que um momento
Porque uma parte de mim foi filmada
E a outra parte a ti está reservada
Que a tua vontade de me encontrar
Não se deixe vencer por minhas palavras de adeus
E por mais que elas tenham sido convincentes
Não deixe que prevaleça em tua mente
Porque uma parte de mim foi partida
Onde outra parte aguarda tua chegada
Que o medo da desilusão não o afaste
Que a esperança perpetue em tua face
Que possa lembrar de mim com um sorriso
Muito mais que eu possa dá-lo
Que possa sentir meu carinho
Mesmo sem que possa tocá-lo
Para que uma parte de mim seja presente
Que viveu em teu passado.
Mas que este passado vire abrigo
Onde habita a saudade
Para que um dia possamos ser
Muito mais que casualidade
E que em meu habitat de sonho
Você possa viver de verdade
E neste teu mundo diferente
Eu consiga viver derepente
Que o som da natureza te aplauda mais alto
Que todos os sons que já ouviste do palco
Porque se uma parte de você é canção
E a outra parte sou eu
Uma parte de mim é você
E a outra parte é você também.
Porque uma parte de mim é amor
E a outra parte também

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Poema inspirado na canção
Metade (Oswaldo Montenegro)

Foto de Paulo Gondim

Restos de saudade

RESTOS DE SAUDADE
Paulo Gondim
28/01/2008

Ouvi o grito de teu coração
No silêncio de tua boca
Sedenta por emoção
Na volúpia de tua voz rouca

Senti o pulsar do teu sangue quente
Nas veias tortas de minha paixão
Carregando-me nessa louca corrente
Como labaredas de um vulcão

É assim que te vejo e te sinto
Na estreita vertente do querer
E mergulho por teus labirintos
E me sufoco de tanto prazer

E ouço mais teus gritos roucos
Perdidos na cumplicidade
Que vão se dissipando aos poucos
Apenas restos de tua saudade

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SONHOS POSSIVEIS"

“SONHOS POSSIVEIS”

Acordei com o sorriso de varias crianças...
O cheiro de café fresco inundava o ambiente...
Fechei os olhos para rever as lembranças...
E sentir na pele as emoções de antes!!!

Numa reviravolta me vi menino...
Revivendo sentimentos já tão distantes...
Acho tudo uma obra do hábil destino...
Trazer-me de volta aquém do horizonte!!!

Aquela bola, o carrinho de bombeiro...
A bicicleta amassada e o cavalo de pau...
A bota de cow-boy e o chapéu de boiadeiro...
O lanche da tarde com creme e mingau!!!

O grito da mamãe na hora do banho...
O puxão de orelha para fazer a lição...
A orientação para não conversar com estranhos...
E a vitamina com banana maça e mamão!!!

O tempo deixa de lado coisas tão importantes...
Dando a sensação que o melhor já passou...
Tenho a impressão que mais gostoso era antes...
Estou chateado pois o sonho acabou!!!

Foto de Marta Peres

Saudades

Saudades

O que sinto eu sei, não é cansaço,
Sim desilusão que entranha na alma,
No meu pensar...
Minha vida anda às avessas,
Não tenho como resolver este sentimento
Que maltrata e corrói a alma...
Meu alvorecer está cheio de lágrimas
E no crepúsculo sinto tristeza
E dói, dói,dói...
Já nem sei como existo,
As forças faltam
Falta a voz, nem um grito,
Nem palavra consigo balbuciar
Apenas gemidos, sofridos, calados...
Há em mim uma angústia
Uma sede infinita e constante
De ser entendida, há momentos
Que nem eu me compreendo
E minha alma sofre atormentada
E não se sente bem, sente saudades...
Sei lá de quê!

Marta Peres

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"GOTAS DE PRAZER"

“GOTAS DE PRAZER”

O seu gosto escorria pelo meu rosto...
O seu grito era meu querer...
O seu gemer incentivado por meu corpo...
Juntos enlaçados em busca do prazer!!!

Suor, suco ou néctar...
Grito sussurro ou gagueira...
Explosão, implosão, barulho espetacular...
Visão, aparição ou cegueira!!!

Espasmos, tremores ou orgasmos...
Tontura, vertigem ou tezão...
Loucura, candura ou entusiasmos...
Canseira, zonzeira ou realização!!!

Amores, temores ou admiração...
Cuidado redobrado parece um renascer...
Começo recomeço o fim da solidão...
No universo colorido do prazer!!!

Foto de Raiblue

Oceânico templo!

.

Sou do mar
Pertenço às profundezas
Das águas salgadas
Sou seu álcool e sua taça
Mergulhe em minha boca
Embriague-se,bebendo-me lentamente...

Em cada gole, há um segredo
Cheio de sabores, temperos
Deguste-me nessa fantasia
Néctar das Ninfas marinhas
Que lhe inundará de vontades
Seja escravo dos meus desejos...

E que, no movimento das línguas,
As ondas nos conduzam para longe
Além do horizonte, por trás das dunas
E nosso amor se derrame da mais densa nuvem
Explosão de orgasmos sobre esse oceano sagrado
Fazendo transbordar meu habitat...

Mar de hormônios, maresia do amor
Na superfície, borbulham nossos gemidos
No fundo, nosso grito mais libertino
Numa noite cheia de lume
Adormeça no meu oceânico templo
Nesse espaço de sussurros e ventos...

Sob o meu inebriante incenso, te guardarei
Nesse cheiro marítimo que trago comigo
Repleto de sais naturais do meu corpo, seu abrigo
Endomorfina necessária aos meus sonhos mais vivos!

(Raiblue)

Foto de Sirlei Passolongo

Quando a alma desintegra

Escrevo um poema banal
de espírito, rimas e regras

um grito solitário na selva
diante dos famigerados poetas

Nele
A flor não existe
A luz é negra
Não há estrelas
A dor espelha

A alma desintegra.

(Sirlei L. Passolongo)

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Foto de Cecília Santos

AREIAS DO TEMPO

AREIAS DO TEMPO
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Sou eterna cativa das
minhas recordações.
Sinto que posso fazer meu brado
ser tão alto sem punir os ouvidos.
Pois esse meu grito faz parte
da minha vida.
Alando meus desejos, saio
domando o vento.
No tempo envolvente.
Ao encontro do nada.
Ao encontro de tudo.
Marcas antigas do que fui.
Quase soterradas pelas areias do tempo.
Hoje ainda sobrevivem em leve sopro.
Marcas de uma vida, que o tempo passou
mas não apagou de vez.
E pra reviver o ontem, hoje é só cerrar os olhos.
Nuances, pinceladas que a vida um dia coloriu.
Se tornou cinza pálido, mais ainda tem, a mesma
força de um vulcão em erupção.
Que lança saudades em abundância.
Calafrios que arrepia a pele, ainda sinto.
Incandescia que queima o coração,
Mas não tira as recordações.

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

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