Fundo

Foto de Henrique Fernandes

PERCO CADA ANOITECER PARA TE ENCONTRAR

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Sinto a frescura de uma praia deserta
Onde perco cada anoitecer para encontrar
O amor que no silencio chama por mim
Selvagem dos dias e sobrevivente das noites
Onde padeço num mal de não amar
Deixando-me a contas com a solidão
Que me divaga a alma com palavras que choram
No meu mundo ao contrario sem manhãs de Sol
O luar é tão breve que me dissolve o leme
Nesta falésia sem estrelas no céu
E o amanhã para mim é tão longe
Num nada de nada mascarado de tudo
Sinto o tempo pausado no indelicado
Infectando de atritos os meus sentimentos
A tristeza é um vácuo de ansiedade
Uma quarentena de desejos em socorro
Atendidos na alma com o cansaço do corpo
Na falta de um abraço recheado de calor
Numa luz ao fundo de um túnel de incertezas
No tempo que vivo sem amor

Foto de Teresa Cordioli

Amor tatuado em mim...

Teresa Cordioli

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Ao andar á beira da praia
vejo as ondas apagarem
as pegadas deixadas na areia.
Afasto-me mansamente
olho para trás,
e vejo rastros,
os que eu deixei.
Não quero que eles se apaguem,
e carregam consigo,
os meus pensamentos.
Porque você, meu amor, está neles!...
Por isso sigo caminhando distante das águas,
vejo as ondas se quebrarem
na beira da praia...
E como artistas, elas desenham e pintam,
com suas espumas,
parecendo uma renda fina solta na areia...
Meu coração nessa hora incendeia,
batendo tão forte que o barulho se confunde
com o barulho das águas do mar...
Vou molhar meu corpo nas águas frias...
Volto e me sento à sombra de um guarda sol,
deixando assim minhas pegadas na areia.
Escrevo o meu nome junto ao teu,
dentro de em um coração que desenhei...
........... veio a onda...Apagou...
Levou para o fundo do mar
o desenho de um coração,
e o meu nome
de mãos dadas com teu...
Só não conseguiu levar o meu amor,
este está tatuado em minh’alma...

Foto de Dirceu Marcelino

ALMAS GÊMEAS II - DUETO - (SOMOS MUITO MAIS QUE DOIS )

* Além de ti TERESA,
* Gostaria de homenagear
* Minha Mãe: Terezinha de Jesus...

TERESA CORDIOLI & DIRCEU MARCELINO

"Dois corpos, duas almas: DUAS VIDAS
caminhavam só, para um unico destino
Assim viviam as duas almas sofridas
Sem saber o significado do feme’nino.

Homem munido de alma de menino
Mulher com feminilidade esquecida
Sozinhos sem ter o amor conhecido
Saem à procura da alma escolhida."

Próxima estava de tua alma gêmea,
Não a conquistaste ao ser inocente
E não se portares como uma fêmea.

Deverias seduzi-lo amorosamente
Lançando o charme com que semeia
O amor e atrai o homem por sua mente

NB.: Sugiro que ouçam como fundo musical a música "Te quiero, somos mucho mas que dos", in

http://www.youtube.com/watch?v=cMDx7ghwIRE&NR=1

Foto de Dirceu Marcelino

VOLÚPIA - PURA POESIA

*
* "GITANA ENCANTADA"
*
“Meus olhos se abrem... emocionados
Com a visão desse teu conhecido olhar,
Esse corpo que um dia soube fomentar
A semente do amor nesse meu corpo...
Esse rosto desconhecido mas revelado”. ( Marisa Dinis = Salomé)

“GITANA ENCANTADA”

Não preciso mais sussurrar em teu ouvido
Pois, tendes ao fundo a alma de “una gitana“,
A volúpia da paixão e do amor em ti contido,
Inserida por uma cultura soberana.

Tende na alma muitos sentimentos retidos,
Desabrocham em flores em todas “mañanas”,
Numa voluptuosidade da libido invertido,
A te fazer sonhar sem sair da tua cama.

Ou, na sensualidade que expõe no teu olhar,
Na magia do magnetismo da excitação,
Lançada suavemente pela brisa do mar,

Acariciando-nos como beijos de paixão
E fazendo-nos acreditar que te amar
Seja sempre a única e querida solução.

NB. Sugiro ouvirem como pano de fundo desta poesia, a música "TE IMAGINO", com Rosana, in

http://geocities.yahoo.com.br/quitelos/te_imagino.mid

Foto de Dirceu Marcelino

CHORAR - DUETO ( traduzido )

Cito teu texto “en Español”,
“En El Torero”, para te homenagear
Ó Musa Internacional = Salomé.
***
"En medio de una cancion que llora,
La bella gitana baila com emocion...
Envuelta en el mistério de su tristeza
Sus ojos... huecos de eterna belleza
Que encantan, hechizan en su antro

Su cuerpo se mueve con melancolia,
Bajo los lamentos de la triste melodia
Encajando-se a su cuerpo, seduzindo
Tu corazon... con la promesa sedianta
De la rosa roja que, en su pelo lleva..." (Marisa Dinis)

TRADUÇÃO DO “POEMA LLORAR”

CHORAR - DUETO

Dizem que o homem não deve chorar
Pela mulher de sua vida.
Mesmo que ela seja uma rainha, uma mulher vivida.

"_O abismo secreto que o condena
O poeta se perde em seu delírio”

Havia prometido não lamentar,
Não derramar nenhuma lágrima, com sua despedida,
Mas não o consigo e começo a chorar
Pois, foste um momento da minha vida.

Agora é difícil tirar te do meu coração,
Entreguei-te minhas poesias... ao final parte de minha vida,
Temo não poder agüentar essa emoção,
Que me afoga, me escraviza, sem perdão.

“_Chora poeta chora...
As lágrimas deslizam por sua face...
E com elas sua dor aumenta.
As lembranças voltam e ficam
Mas são lágrimas de um homem que sofre”.

...Se isto é um jogo! Diga-me a verdade querida...
Você foi a sublime força de minha inspiração
Um desvario delirante...embriagante
Nascida no fundo do meu coração.

_”Poeta deixe que a caneta colha suas lágrimas...
Gota por gota, deslizando sobre o papel
Como a mais terna emoção que acaricia a dor do seu coração”.

“Versos fluem pela caneta afogando suas feridas
Docemente te seduzem com sua própria inspiração...”
“Gota por gota, a dor pela musa se acaba
E o homem em sua nobreza ficou...”

Do Poema Original "Llorar" de Dirceu/Marcelino
Duet de Dirceu/Marcelino e Salome/Marisa
Tradução: Dirceu Marcelino e Carmen Cecilia

NB. Existe vídeo-poema correspondente elaborado por CARMEM CECÍLIA - POEMA LLORAR "in You Tube

http://www.youtube.com/watch?v=6HPnM9F2bx0&feature=related

Foto de Mentiroso Compulsivo

O Actor

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Cansei-me.
Desliguei o leitor de CD’s, fechei o livro, e rodei do sofá para o chão. Cheguei à janela, afastei as cortinas. Chovia a “potes”.

Fui comer. Voltei à janela. Já não chovia. A noite estava escura, o ar, fresco da chuva, cheirava a terra molhada; a cidade lavada. Vesti a gabardine e saí.

Cá fora, a cidade viva acolheu-me. No meio dos seus ruídos habituais, nas luzes do passeio. Percorri algumas casas e vi um bar um pouco retirado. Era um destes bares que não dá “muitos nas vistas”, sossegado e ao mesmo tempo, barulhento.

Com alguns empurrões, consegui passar e chegar ao balcão. Pousei o cabo do guarda-chuva na borda do balcão e sentei-me. O bar estava quente e o fumo bailava no ar iluminado. Senti o cheiro a vinho, a álcool. Ouvi as gargalhadas impiedosas de duas mulheres e dois homens que se acompanhavam. Deviam ser novos e contavam anedotas. Eram pessoas vulgares que se costumam encontrar nas pastelarias da cidade, quando vão tomar a sua “bica” após o jantar. Estes foram os que mais me atraíram a atenção. Não, esperem... ali um sujeito ao fundo do balcão, a beber cerveja...
- Desculpe, que deseja? – perguntou-me o empregado.
- Ah! Sim... um “whisky velho”, por favor.
Trouxe-me um cálice, encheu-o até ao meio e foi-se embora.

Bebia-o lentamente. O tal sujeito, desagradável, de olhos extraordinariamente brilhantes, olhou para mim, primeiro indiferentemente, abriu a boca, entortou-a, teve um gesto arrogante e voltou o rosto.
Estava mal vestido, tinha um casaco forte, gasto e sapatos demasiado velhos para quem vivesse bem.
Olhou-me de novo. Agora com interesse. Desviei a cara, não me interessava a sua companhia. Ele rodou o banco, desceu lentamente, meteu uma das mãos nos bolsos e veio com “ares de grande senhor” para o pé do meu banco.
O empregado viu-o e disse-me:
- Não lhe ligue... é doido “varrido” e “chato”.
Não lhe respondi.
Entretanto, ele examinava-me por trás e fingi não perceber. Sentou-se ao meu lado.
- É novo aqui?!... – disse-me
Respondo com um aceno.
- Hum!...
- Porque veio? Gosta desta gente?...
- Não os conheço – cortei bruscamente.
Eu devia ter um ar extremamente antipático. Mas, ele não desistiu.
-Ouça, - disse-me em voz baixa, levantando-a logo a seguir – devia ter ficado lá donde saiu, isto aqui não vale nada. Vá-se por mim... Está a ver aqueles “parvos” ali ao canto? Todos reparam neles... levam o dia a contar anedotas que conhecem já de “cor e salteado”...Vá-se embora. Todos lhe devem querer dizer, também, que não “ligue”, que sou doido...

Tinha os olhos raiados de sangue. Devia estar bêbado. Havia qualquer coisa nos seus olhos que me fez pensar. Era um homem demasiado teatral, havia nos seus gestos e segurança premeditada, simplicidade sofisticada do actor. Cada palavra sua, cada gesto, eram representações. Aquele homem não devia falar, devia fazer discursos.
Estudando-me persistentemente, disse-me:
- Você faz lembrar-me de alguém que conheço há muito, mas não sei quem é... Devia ter estado com esse alguém, até talvez num dia como este em que a chuva caía de mansinho... mas, esse alguém decerto partiu... como todos... vão-se embora na noite escura, ao som da chuva... nem olham para ver como fico.
Encolheu miseravelmente os ombros, alargou demasiado os braços e calou-se.

Eram três da manhã. Tinha agarrado uma “piela” com o ilustre desconhecido. Tinha os olhos muito abertos, os cotovelos fincados na mesa da cozinha e as mãos fechadas a segurarem-me os queixos pendentes. Ele tinha um dedo no ar, o indicador, em frente ao meu nariz, abanava a cabeça e balançava o dedo perante os meus olhos. Ria às gargalhadas, deixava a cabeça cair-lhe e quis levantar-se. O banco arrastou-se por uns momentos e cai com um estrondo. Olhou para mim com um ar empobrecido, parou de rir e fez: redondo no chão. Tonto, apanhei-o e arrastei-o para a sala.

Deixei-o dormir ali mesmo. Cobri-o com uma manta, olhei-o por uns instantes e fui aos “ziguezagues” para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com uma terrível dor de cabeça. Dirigi-me aos tropeções para a casa de banho. Vi escrito no espelho, a espuma de barba; “Desculpe-me, obrigado. Não condene a miséria!”

Comecei a encontrá-lo todos os dias à noite. Fazíamos digressões nocturnas, íamos ao teatro. Quando percorríamos os corredores dos bastidores, que ele tão bem conhecia, saltavam-nos ao caminho actores que nos cumprimentavam; punham-lhe a mão no ombro e quando ele se voltava, davam-lhe grandes abraços. Quase toda a gente o conhecia.

E via-lhe os olhos subitamente tristes, angustiados. Ele não se esforçava por esconder a tristeza: era uma tristeza teatral. De vez em quando, acenava a cabeça para alguns dos seus amigos e dizia:
- Não devia ter deixado...

Inesperadamente, saía porta fora, certamente a chorar, deixando-me só. Quando saía via-o pelo canto do olho encostado a uma parede mal iluminada, mão nos bolsos, pé alçado e encostado à parede, cenho franzido e lábios esticados. Nessas ocasiões estacava, por momentos, e resolvia deixa-lo só. Estugava o passo e não voltava a olhar para trás.

O seu humor era variável. Tanto estava obstinadamente calado e sério, como ria sem saber porquê.
De certa vez, passei dois dias sem o ver. Ao terceiro perguntei ao “barmen”:
- Sabe o que é feito do actor?... Não o tenho visto.
- Ainda não sabia que ele tinha morrido? Foi anteontem. A esta hora já deve estar enterrado...foi melhor para ele...
Nem o ouvia. As minhas mãos crisparam-se à roda do corpo, cerrei os dentes. Queria chorar e não conseguia. E parti a correr pelas ruas. Por fim, cansei-me. Continuei a andar na noite, pelas ruas iluminadas. E vi desfilar as imagens. Estava vazio e, no entanto, tantas recordações. Não sentia nada, e apenas via as ruas iluminadas, as montras, os jardins.
Acabei por me cansar, de madrugada tive um sonho esquecido.

Percorro as ruas à noite, os bares escondidos, à espera de encontrar um actor “louco e chato”. De saborear mentira inocente transformada em verdade ideal. E há anos que nada disso acontece. É verdade que há sujeitos ao fundo do balcão, mal vestidos, a beber cerveja... mas nenhum que venha e pergunte se sou novo aqui... As pessoas continuam a rir como dantes, todos os dias vejo as mesmas caras, e se me perguntarem se gosto desta gente digo-te que não as conheço ainda... e olho-os na esperança que venha algum deles e que lhe possa dizer, como a raposa de “ O principezinho”:
- Por favor cativa-me.

Acordei, tinha parado de chover, lá fora ouviam-se as gotas mais tímidas ainda a cair dos telhados, fazendo um tic-tac na soleira do chão, como quem diz o tempo da vida continua, por segundos parei o tempo e pensei, mais um dia irá começar e neste dia eu também irei pisar o palco, todos nós iremos ser actores, uns conscientes da sua representação, outros ainda sem saber bem qual seu papel, uns outros instintivamente representando sem saber que o fazem e outros ainda que perderam o seu guião....

Foto de DAVI CARTES ALVES

RENASCER EM VOCÊ

Sonhar, embevecido
a deriva em seu oceano de encantos
enlevado, por suas mãos
ser conduzido

sobre asas de anjos
com os pés descalços, caminhar
a beira mar
sublevar

pôr-do-sol rosiclér
cantatas de riachos
marulhar bem ao fundo
lááááá, bem lá embaixo

receber da "brisa fagueira"
seu beijo melifluo na tez
da " lua cheia "
mimos, caricías e afagos n’alma
acordar engolfado em seus braços
doces cisnes alados, perolados

no seu sorriso me envolver
em seu colo,
qual cárcere paradisíaco, cativo
renascer.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de sofiavieira

Por TI

Amor por tudo o que és
Por tudo o que representas,
Por todo o bem que me fazes...
Mesmo quando não tentas...
Por seres tão forte
sem nunca desistires
pelos sorrisos que me arrancas nos momentos de tristeza...
Pelo teu coração
que tão rápido me conquistou...
Por essa alma linda que tens
Quero que saibas
que te amo da forma
mais pura e honesta ...
Amo-te do fundo meu ser
e do profundo da minha alma
Quando te conheci,
depositei as minhas armas
à entrada do teu coração!
E segui o que me cativou
Algures por entre os teus sonhos.
Foi o destino que me levou a ti...
Ainda bem que o segui...
Segui o voo de um anjo
Como uma viagem ao meu mais íntimo
apenas fechando os olhos...
E tu estás aqui,
junto a mim....

Foto de Sonia Delsin

MARCAS

MARCAS

Eu me envergonhava de minha nudez.
De minha pequenez.
Era tão grande o mundo.
E a vida veio me ferir tão fundo.

Mãe, você não foi só mãe.
Você foi minha maior amiga.
Companheira.
Tantas vezes eu chorava a noite inteira.

A cabeça no leito eu cobria.
Da realidade eu fugia.
Afastava o alimento que você me oferecia.

Lembra que mesmo doente e acamada eu escrevia?
E lia?
Até colares de conta eu produzia...

Mãe. Sei o quanto a minha doença lhe entristecia.
Tão fraquinha eu lhe parecia.

Mas, querida. Na minha vida tudo mudou.
Deus no meu ouvido falou.
Esta foi uma etapa de meu viver.
Faz tanto tempo...
Já passou.
Só que me marcou.

Foto de Mentiroso Compulsivo

O TESOURO (O MAIS BELO DESTA VIDA!)

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Nesta noite fria mergulhei
Nas profundas águas de cristal
E desapareci no fundo do mar
Num afago de brisa transparente
Fui levado por mares e correntes
Até ao reflexo do um rosto perdido
(o mais belo de todos os encantos)
Explorei por cada canto o náufrago navio
Feito dos ramos de amendoeiras em flor
(Das mãos de um pirata mouro
Que um dia se enamorou por uma princesa de neve).
Levado pelos peixes com asas de borboleta,
Encontrei um espelho de diamantes negros
Ornado de algas verdes e medusas brancas.
E… fez-se silêncio… caiu a respiração… o coração parou…!
Fui assaltado pelo azul do mar, quando enlevado fiquei,
Paralisado no reflexo de dois olhos, ora grandes, ora pequenos!
Mudavam em instantes: verdes, castanhos, azuis, negros…!
A rir ou a chorar eles estavam sempre a brilhar.
Eram jóias do tesouro já há muito perdido
Mistérios e segredos escondidos no evo
Resguardados pelas imensas luas, sóis e estrelas,
Adormecidos em cada noite pelo canto das sereias.
Noite após noite, dia após dia, tempestades e bonanças,
Deuses nos mares séculos andaram embarcados
Num desespero demente e inquieto para o descobrir
Rendidos à fatiga, desistiram de o procurar
E, porquê eu? Porque tive eu de o encontrar?
Eu que sou um simples pescador neste mar!
Encontrei no oceano duas gotas de água,
O tesouro onde tudo acaba e o amor se forma,
Escrito na areia branca em pétalas de rosa.

© Jorge Oliveira / 20.FEV.08

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