Frio

Foto de Paulo Gondim

Senha

Senha
Paulo Gondim
19/02/2010

Segui por vias e ruas vazias
E em esquinas desertas
Busquei restos de um sonho
No frio da noite
Na minha solidão

Só o vento em rajada fria
Aumentava o tédio
E tornava maior
A necessidade
De tua companhia

Impossível não pensar em ti
Se tua lembrança me ronda
Dá voltas em órbitas
Vai e vem em mil voltas
E chego a pensar que estás assim
Aqui, bem pertinho de mim

E nos devaneios da mente
Sinto-te à luz de vela
Num romantismo intenso
Invento, finjo e penso
Com as piores intenções
Que a volúpia revela
Espero por ti e como senha
Ansiando que voltes
Deixo o pano por fora da janela

Foto de Arnault L. D.

Podia ter sido eu ( Príncipe encantado )

Ela buscou um sonho ideal
montou pedra a pedra o castelo
sol e chuva, frio e vendaval
malhar metal, a forjar elo

Ergueu nele uma torre alta
na certeza do que alçava
cumpriu plano, traço, e pauta
formar do todo o que amava

Cavou, encheu, fosso profundo
para proteger o que armou
ergueu muralha para o mundo
ergueu muralha ao que sonhou

Mas, de sob a torre lhe salta
ouviu da janela elevada
ao longe o som doce da flauta
a soprar a tudo que buscara

No chão, um louco estandarte
tremulou a ofertar o sonho seu
mas, presa em seu castelo, aparte
teve medo, ficou, não desceu.

Foto de Jessik Vlinder

Minha Sede

Sabe essa sede
Essa sede que me consome
Que me atiça os instintos
Que me devora, me come
Essa sede que me angustia
Por nunca ser saciada
Que chega a me causar espasmos
Por manter minha insanidade privada
Sede infiel, sede covarde
Me perturba, me abala o bom senso
Me usa, me abusa, me invade
Num jogo de frustração intenso
Quero libertar cada fantasia
Me dar e enfim te matar
Sem me importar se é noite ou dia
Simplesmente me entregar
Não te quero me destruindo
Te quero me corrompendo
Perversamente me sucumbindo
Me afogando no mais doce veneno
Porque sou fraca, sou desleal
Sou guiada pelos meus impulsos
Inconsequentemente letal
Desnorteando sempre meus percursos
A chama mais gélida ascendida
Quente e frio, gelo e brasa
Meus batimentos?!Pulsação perdida
Ruídos enquanto o prazer me abraça
Vem me trazendo agonia
Vem me trazendo prazer
Uma confusa e estranha harmonia
Um insulto ao "querer é poder"
E eu quero e sei o que posso
Sei também que não deveria
Mas não resisto, me atrai como um imã
Então me entrego a essa sedenta magia

Foto de Jonas Melo

Quando abrires o coração

Quando abrires o coração

Quando abrires o coração,
Vais compreender que sou feito de amor

Que nasci pra você

Que espero incessantemente teus beijos,
Teus carinhos ternos, para acalmar meus desejos

Por mais que digas que não
Estou aqui a ofertar-te meu coração

Pronto pra te servi

Não me deixes escapar,
Talvez eu seja uma chance em mil

Daquelas que chegam sem se esperar
Para nos aquecer do frio

Tudo que quero te dá
É forjado no fogo da paixão

Nem as parcas conseguirão
Apagar as chamas que ardem em meu coração

Jonas Melo !

Foto de A.J

Lembrança Dolorosa

Oiço o barulho da chuva...
Ela que me faz lembrar de ti.
De como a ouvíamos juntos,
Antes de eu partir.

Lembro-me das perfeitas palavras,
Ditas por ti naquela noite tão linda!
Inesquecíveis ficaram,
Perseguindo-me na vida.

A Saudade mata, meu amor.
Não fui forte e não lutei.
Não lutei contra esta dor...
Que de propósito provoquei.

Choro constantemente,
Quando me lembro do por quê e como te deixei.
A tua linda face, inundada em lágrimas...
Perfeitas amigas da dor, eu sei...

Deixei o meu coração contigo,
Porque a ti ele sempre pertenceu.
Hoje sou um ser tão frio.
Já não existe um Eu...

A razão porque te deixei...
Nunca será uma razão,
Não pode ser!
Não tem justificação.

Merecias toda a felicidade existente no Mundo,
Dizias sempre ser o mais feliz.
Eu senti isso no fundo...
Mas desacreditei, porque quis.

Vejo-te hoje tão triste e sozinho.
Abre o teu coração de novo,
E enterra o meu tão mesquinho.

Deixa a minha alma descansar em paz agora.
Lembra-te sempre destes olhos azuis que brilhavam ao ver-te!
Irei vigiar-te a cada minuto, a cada hora...
Estarei ao teu lado porque nunca me perdeste.

Meu amor, sinto a tua falta.

Foto de Carlos Henrique Costa

Sinestesia

Vibra a ondulatória da sinestesia!
No rol das sobre linhas, uma canção!
Uma poesia, vinda da alma, do coração!
De um amor que ainda não se sentia.

Dentro do peito, uma triste solidão!
Algo que turva o sentido da alegria,
Mas ao ouvir essa tamanha harmonia,
Essa tristeza converte-se em gratidão.

Como é bom acordar de um pesadelo,
Apelo que rasga num mundo a vida,
Ainda que desprovida, desse zelo.

Ouve a melodia que escrevi perdida,
Escondida no porão frio em degelo!
Para enfim poder velo, de voz erguida.

Foto de Zami

AMIZADE

Amizade

O olhar é luz solar
O abraço acolhe todo frio
O riso lava a tristeza
Ao pegar na mão o medo torna-se serenidade
Transforma o concreto em campo florido
O desalento em alegria concreta
A solidão em múltiplos risos
O amor em amor puro
Assim
Sem cobrança
Sem intriga
Sem lamento
Sem culpa
Sem ressentimentos
Somente amar por amar

Foto de Carlos Henrique Costa

Tecelagem do amor

Pedaço de queijo, doce, favo de mel...
Um beijo teu é como se subisse ao céu,
Mais alta expressão neste gesto de amor,
Que mostra a paz de te receber em valor.

Rosa formosa no jardim do sobrecéu...
Exala teu perfume jasmim, sobre o véu,
A instalar teu querer no palco desse ardor,
No ato poderoso do vigoroso esplendor.

Nem que seja só um pouco na razão,
Preenche meu frio coração com calor,
E apaga o passado de pavor e escuridão.

É tu agora querida, que lida meu clamor,
Nesse argumento que reges com aptidão,
Na pureza de teus olhos que tecem o amor.

Foto de Carlos Henrique Costa

Depois do temporal

Da popa a proa eu navego ao cais!
Remo firme, na rota em mastro de leme;
Mas a deriva à nau pelas ondas treme,
Tentando controla-se dos temporais.

Desvario por todo o mar audaz...
O corpo todo, assim, pelo frio geme,
Na conseqüência da morte a alma teme...
Mas, sempre há novo dia, nova paz.

Em busca da esperança a vida brota,
E no mar feroz... Volta-se à calmaria;
A noite torna-se dia, numa nova rota.

E depois de tanta arrogância e covardia...
A valentia, do homem em fim se esgota,
E maestria a criação do mar a cada dia.

Foto de Arnault L. D.

Erica

I Ela

Ela e sempre, sempre, ela
Riso largo, coração de criança
Imagem a guardar à tela
Colorida por toda nuança
Amada não só por ser bela

É e será minha musa
Rosa única em meu jardim
Inteira desejável e confusa
Cintilantes olhos em mim
Ao seu toque minh'alma acusa

Em tudo que foi verdade
Retive em meu coração
Intacta para a eternidade
Cada detalhe e cada ilusão
Amo-a até a saudade

II Eu

Estou para sempre ferido
Réu confesso em não esquecer
Infinita pena a do sentido
Cada vez mais em vão querer
Até um dia ter me ido

Exilado assim estou
Resignado a não voltar
Ignorado, esquecido vou
Calado, mas não no amar
A distancia nada mudou

Embora muito maior que eu
Resisto ao nada conseguir
Imergi-la num frio ateu
Creio assim, até ressurgir
Aurora, e a noite perdeu

III Fantasia

Enleio abraça-la em retorno
Respondendo ao tocar da mão
Impune, despida de adorno
Corpos juntos e coração
A esquecer ao todo entorno

Entre beijos alucinados
Respirar seu ar, de menta...
Infinitamente apaixonados
Com seu corpo me orienta
As alturas, enlevados

Em seus verdes olhos verei
Reluzir o brilho que dizia
Intensamente o que eu já sei
Claro como a luz do dia
Amor, eu sempre te amei

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