Da popa a proa eu navego ao cais!
Remo firme, na rota em mastro de leme;
Mas a deriva à nau pelas ondas treme,
Tentando controla-se dos temporais.
Desvario por todo o mar audaz...
O corpo todo, assim, pelo frio geme,
Na conseqüência da morte a alma teme...
Mas, sempre há novo dia, nova paz.
Em busca da esperança a vida brota,
E no mar feroz... Volta-se à calmaria;
A noite torna-se dia, numa nova rota.
E depois de tanta arrogância e covardia...
A valentia, do homem em fim se esgota,
E maestria a criação do mar a cada dia.