Folhas

Foto de SeasonFall

Andarilha de Papel

Estou a escrever...
É muito chato viver e, neste mundo, não poder ser aquilo que realmente gostaria.
Ver que aqui as coisas se realizam sem que eu perceba sequer um pequeno vestígio do meu ser nelas.
Não pertenço a este lugar!
A recíproca é verdadeira, já que este lugar também não me pertence, não me preenche e, em meu coração, ele não ocupa espaço.

Quero me conhecer...e a única maneira de fazer isto acontecer é visitando o mundo do qual faço parte.
As folhas de papel em branco são os caminhos que tenho a trilhar em busca da realização e conhecimento pessoal.
Elas vão me indicar o lugar, mas...
Talvez não exista um lugar.
Meu ser é feito de caminhos.
Para que chegar?
Viverei como andarilha desses caminhos de papel que não têm fim.
Serei a cigana das palavras e com elas, construirei impérios, mundos, seres, hábitos, perguntas e respostas que não me levarão a destino algum.
Meu destino está em percorrer caminhos e fazer deles o meu lugar de viver.
O único lugar no qual eu posso ser.
E...se querer é poder.
Poderei por estas ruas trilhar, sem a algum lugar chegar.
Passarei o tempo a cantarolar os versos e canções que meu coração expressar.

Escrevo...escrevo porque quero que o mundo que me habita faça parte do mundo externo mais do que este me faz parte.

Foto de sonhos1803

te amo

Quis-te desde o primeiro olhar,
Meu rosto sorriu,
Eu senti,
Insisti,
Não resisti e procurei-te,
Dividi o melhor de mim,
Meu corpo, meus abraços e afagos,
Amei-te,
Transformei cada dia,
Cada gota de chuva em lembranças,
Tentei de varias formas,
Mas com o tempo,
A chuva tornou-se tempestade,
A dor me cegou,
Cheguei a implorar,
Mas meus pedidos se perderam no barulho dos teus passos,
Senti meus braços tremerem,
Cai em agonia,
Quantas folhas a ventania arrancou,
Quantos dias já se passaram?
Por mais que eu queira,
Por mais que limpe,
Ou o sol aqueça a minha pele,
Meu rosto insiste em chorar,
A implorar pra você voltar,
Espero-te.

Foto de joão jacinto

Verdejante jardim

No meu verdejante jardim,
descuidadamente abandonado,
crescem em desordem entrelaçados,
arbustos de urze, alfazema e alecrim.
Gladíolos e jarros esmagados,
sob a grandeza de patas de veado,
envolvidos com rebentos de jasmim.
Ervas daninas viçosas de orvalho,
manto de azedas, amarelo limão,
desenho sombreado de um carvalho,
projectado, em movimento lento, no chão.
Buchos não aparados cercam a hortelã,
trinco a maçã caída da fortalecida macieira,
debaixo dela, durmo em silêncio, a tarde inteira,
eternizando o sono quebrado, pelo romper da manhã.

Acácias, orquídeas, manjericão,
por borboletas constantemente beijadas,
sardineiras em vermelho misturadas,
com rosas virgens, ainda em botão,
desfolhadas por barulhento escarevelho,
que procura sobreviver à sua solidão.
Cardos de tristeza envelhecidos,
trevos de quatro folhas perdidos,
entre rastejantes craveiro e chorão.

De pétalas abertas, sorridentes,
brilhando a céu aberto, em cor garrida,
desnudada, aprumada, de corpo inteiro,
ornamentada de beleza de margarida.

Folhas rasgaram-me o caule e abraçaram-me,
impregnando-me a alma de doce cheiro,
preso à terra pela raíz da sua raça,
senti-me estame e em graça,
pelo sabor do seu atractivo e sensual gineceu.
Fecundamo-nos mutuamente,
para parir o fruto da sabedoria consciente,
que dentro do nosso ventre em união cresceu.

Senti a cor do verde, o azul do céu,
o odor da terra e dos medos,
senti a vida, medi o tempo, olhei para o fim,
perdido no caminho que estava traçado dentro de mim.
Dancei aos ventos, bebi da chuva, tremi de frio,
sofri de amor, sangrei de dor, guardei segredos...

No meu jardim pouco cuidado, de natura bravia,
germinaram poucas, mas fecundas margaridas.
Nunca murcharam.

Tenho dentro de mim várias vidas.

O buquê das minhas vidas
é composto por tinta e quatro margaridas.

Foto de angela lugo

Nosso Outono Amor!

È outono...
E quando olho através do vidro
Da janela do meu quarto

E ouço o vento soprando...
Olho as folhas amareladas
A caírem como plumas

E, eu a olhar...
Em cada folha que cai
Vejo o reflexo de seu rosto

Abro a janela...
E tento pega-la, mas que agonia...
É somente em meu pensamento

Quando a sinto na mão...
Sua imagem desaparece...
Como que por encanto

Mesmo assim continua a olhar...
Na esperança de teu rosto
Voltar a brilhar...

O tempo passou...
O outono se foi...
Como muitos outros...

O vento calou-se...
As folhas já não caem...
Olho a calçada tudo limpo...

Nada mais para olhar...
Apenas essa tristeza de...
Esperar... Esperar... esperar

Que logo chegue o outono...
E quem sabe ver teu rosto
Não nas folhas que caem

Mas bem juntinho ao meu
Para que possamos olhar
As folhas a caírem...

E nosso amor brilhar...
Assim como a lua ilumina nossas noites
E o sol ilumina nossos dias

Foto de Emerson Mattos

Você e as Estações

Autor: Emerson
Data: 08/04/06

Sentado eu contemplo
O belo pôr-do-sol
A brisa me faz sentir bem
Eu sinto o outono

Eu vejo as folhas caírem
O clima está agradável
Fico pensado na vida
Relembro belos momentos

É nesses momentos
Que eu tenho você
Na minha memória
Que eu não consigo apagar

Como posso eu apagar?
Um passado bonito
Vivido intensamente
Num verdadeiro amor

Eu acho que chorei
Porque a brisa é mais fria
Nas minhas bochechas
E os dedos testemunham
Ao secar minha face

As lágrimas saudosas
Correm pelo rosto
Sem qualquer pudor
Como se quisessem
Lavar a memória
Da nossa história

Às vezes procuro esquecer
Mas reluto em não esquecer
Me apego as lembranças
Esse é o meu alento

As noites de verão
As tardes de outono
Os dias de inverno
E também a primavera
São as nossas estações
Não posso viver sem elas
Não posso viver sem você

Foto de Mitchell Pinheiro

Labirinto

Lá no alto da colina
Meio à noite e suas belezas
Converso com a rainha da escuridão
Divido com a lua minhas carências
Busco com ela a solução.
Surge o amanhecer
Começa um novo reinado
Soa o suave canto dos pássaros
O vento terral ergue as folhas no ar
Tens mais uma batalha pela frente.
De volta as quatro paredes matinais
A cama vazia a me aguardar
O cenário silencioso e desmotivador
Vivenciando o tempo correr
Arquitetando superar os obstáculos
É chegado o entardecer
A união dos dois reinados
Até o domínio total da escuridão
Todos dormem e eu acordado
A filosofar com as estrelas
Soltando versos no ar
Gritando poesias
Seguindo a melodia
Esperando respostas
Aguardando um novo dia.

Foto de ingridj

Perfume da rosa

XI

Quem bebe, rosa, o perfume
Que de teu seio respira?
Um anjo, um silfo? Ou que nume
Com esse aroma delira?
Qual é o deus que, namorado,
De seu trono te ajoelha,
E esse néctar encantado
Bebe oculto, humilde abelha?
- Ninguém? - Mentiste: essa frente
Em languidez inclinada,
Quem ta pôs assim pendente?
Dize, rosa namorada.
E a cor de púrpura viva
Como assim te desmaiou?
E essa palidez lasciva
Nas folhas quem ta pintou?
Os espinhos que tão duros
Tinhas na rama lustrosa,
Com que magos esconjuros
Tos desarmaram, ó rosa?
E porquê, na hástia sentida
Tremes tanto ao pôr do Sol?
Porque escutas tão rendida
O canto do rouxinol?
Que eu não ouvi um suspiro
Sussurrar-te na folhagem?
Nas águas desse retiro
Não espreitei a tua imagem?
Não a vi aflita, ansiada...
- Era de prazer ou dor? -
Mentiste, rosa, és amada,
E tu também tu amas, flor.
Mas ai!, se não for um nume
O que em teu seio delira,
Há-de matá-lo o perfume
Que nesse aroma respira.

Foto de Rah Alves

Você

Tudo que eu tenho,é você em minha vida.
Tudo que eu quero,é você em minha vida.
Nossos momentos de amor,nossos momentos de paixão,cada detalhe está gravado em minha mente como um filme que jamais irei esquecer.

Você chegou mudando tudo,pôs minha vida no eixo,fez de mim outra mulher.
Me fez descobrir sentimentos que eu jamais senti antes.
Me fez entender que o amor é tudo na vida.
Me fez acreditar,ter esperança.
Me fez ver a vida de outra forma.

Te amei desde o primeiro momento,e vou te amar até meu último suspiro.
A vida nos traz surpresas,muitas vezes agradáveis,outras vezes nem tanto...
Mas posso dizer que a minha,foi maravilhosa,um presente de Deus,que quero que esteja presente sempre em minha vida.

Mesmo que tudo mude,mesmo que os dias se tornem frios,solitários,eu não deixarei de te amar.

Mesmo que as folhas fiquem secas e o vento as leve,não deixarei de te amar.

Pode vir o outono,o inverno,a primavera,o verão,eu não deixarei de te amar.

E mesmo que um dia,eu não exista mais,mesmo assim,não deixarei de te amar,porque você é minha razão de viver,e sem você não há vida...

Foto de Francisca Lucas

Fantoches e Deboches

Quando chega a paixão
O coração enlouquece
Converte-se em reação
puramente quimica

Tanto o homem,
Quanto a mulher
Ficam caidaços
Alguns viram até palhaços...

Voltam a ser criança
Com a cabeça
Cheia de sonhos!...

"Dizem que amizade
Tem cheiro de flor,
Dela as vezes nasce o amor!..."

Mas a paixão,
É como "tinhorão"
Perde as folhas no inverno
Sumindo chão a dentro.

Assim é a paixão
Chega toda avassaladora
Seja no coração
Do homem ou da mulher
Você faz o que não quer
Pelos carinhos do bem-querer

Perde a percepção
Sumindo coração a dentro,
Bagunçando as emoções,
Deixando as vitimas de quatro
Com a cabeça cheia de ilusão
No peito a dor e o amor
Brigando pelos carinhos
Do bem amado.

Foto de Bruce

Arrependimento

Lá fora o vento chama as arvores para dançar,
e arrasta pelo chão as folhas que derruba,
quão bom seria se ele te trouxe-se pra mim,
para poder novamente te beijar,
nem que fosse só mais uma vez
sentir teu cheiro e te acariciar,
e poder dizer, só mais uma vez,
EU TE AMO.

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