Família

Foto de Sonia Delsin

MISSÃO

Antes que eu nascesse...
Antes que eu crescesse...
Antes.
Muito antes.
Eu era uma idéia.
Um projeto.
De lá eu pensava.
Quanto vale um teto?
Vale.
Vale muito.
Mais ainda quando nele existe amor.
Escolhi calmamente.
Meu nascer seria diferente.
E foi.
Antes que eu nascesse pensei.
Quanto importa uma família?
É o fundamento.
Vim preparada?
Aqui existe muito sofrimento?
E existe sentimento.
Uma hora é alegria, outra é tormento.
Mas eu pedi este coração.
Coração de poeta.
Eu pedi a pena.
Tudo vale a pena.
Se o mesmo caminho eu estaria disposta a seguir?
Creio que sim.
Foi a estrada da minha construção.
Antes que eu nascesse já conhecia minha missão.

Foto de Soélis

AMIGA.

AMIGA.

Autor: Soélis Sanches

Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis, porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.
A vida nos apresenta milhares de pessoas.
E cada uma delas vem cumprir um papel conosco.
Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados ...
E no meio de tudo que se sente de dor, ou de prazer.
Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida.
Tem as amigas da família, as primas, irmãs e tias, que sempre estão indo e vindo da sua vida, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam.
Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.
Tem aquela com quem você anda de braços dados pra todo canto. Aquela pra quem você contou sobre o primeiro garoto que você gostou. Aquela que te dá toques sobre roupas, pessoas, corte de cabelo e comportamento.
Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd e cdf que sabe de tudo e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.
E aquela com quem você dividiu a cama naquela viagem que foi o maior programa de índio da sua vida.
Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada. Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.
Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.
Aquela que apresenta os melhores caras. Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida. Aquela que liga todo dia.
Aquela intelectual, que te ensina milhares de coisas. Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.
Aquela que faz tudo que você pede e aquela egoísta. Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.
Tem também aquela idealista, com quem você discute horas os problemas existenciais da humanidade.
E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.
E aquela outra que exige a sua atenção.
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora. Aquela que te indica ginecologista.
Aquela que parece sua mãe, e vive pra te dar conselho.
Tem também aquela por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que viu.
Aquela de quem você sente muito ciúme. Aquela que você invejou secretamente.
Aquela que pede a Deus por você quando ora.
Aquela que você magoou porque a trocou por outra que não valia nada.
Aquela que te deu o conselho certo, mas que você não ouviu.
E aquela única com quem você divide o que tem de mais precioso.
Aquela que paga coisas pra você quando você está sem grana. Aquela de quem você arrumou o véu antes de ela entrar na igreja pra se casar.
Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube.
E aquela que é uma irmã pra você.
Tem quem não possui tantas amigas assim, mas tem aquela que vale por todas.
E tem também a melhor amiga. Aquela que é simplesmente aquela.
Aquela que é sempre uma companhia gostosa, mesmo que o programa seja não ter nada pra fazer ...
Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para as que não vão ler, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e para aquelas que eu esqueci.

Foto de Soélis

SER FELIZ É ...

SER FELIZ É ...

Autor: Soélis Sanches

Hoje me dei um tempo para falar do que é ser feliz.
Há tantas coisas lindas para sentirmos quando falamos da alegria de sermos felizes.
O ser feliz ocorre nos momentos mais simples, e sempre vem acompanhado de ótimas gargalhadas.
Ser feliz é ...
Antes de qualquer coisa, ser feliz é sorrir, é sonhar, é chorar, é se emocionar ...
Ser feliz é dar o braço ao amigo, principalmente nas horas de maiores desgostos.
Podemos ser feliz e sorrir ao ouvir a melodia de um pássaro cantando.
Ser feliz é correr descalço pela areia da praia, apreciando a imensidão do mar.
Ser feliz é brincar com os filhos, com os netos, receber um beijo e doar carinho.
Ser feliz é andar lado a lado com Deus, nosso maior e verdadeiro amigo.
Ser feliz é encantar com o sorriso de uma criança, que no berço descansa, se emocionando com a nova vida que surge.
Ser feliz é sentir o perfume da flor, e também o cheiro da terra depois da chuva.
Ser feliz não é andar com o bolso cheio de dinheiro, é andar com o coração recheado de amor.
Ser feliz é descobrir a beleza do luar no infinito, quando a noite chega trazendo junto o bailar das estrelas.
Ser feliz é entender que após a noite enluarada e estrelada, a vida renasce no raiar de um novo dia.
Ser feliz é apreciar o nascer do sol, e se encantar com a majestosa beleza da aurora.
Ser feliz é sentir o abraço gostoso de quem amamos, seja da família, seja do namorado(a), seja do amigo.
Ser feliz é acima de tudo ser você, conviver com a dor e as lágrimas, mas tirar de tudo isso o aprendizado para que a esperança renasça dentro do coração, afinal você é a razão da felicidade.
Que você seja feliz eternamente, e acredite, que o ser feliz você encontrará nas coisas singelas da vida, e que Deus lhe deu de presente.

Foto de Soélis

EU SINTO SAUDADE !

EU SINTO SAUDADE !

Autor: Soélis Sanches

Saudade de quando era criança...
Das brincadeiras, do tempo livre.
Saudade dos amigos...
Das festas, do tempo que já passou...
Saudade da família...
De casa, do tempo juntos...
Saudade do colégio...
De matar aula...
Do tempo que dormia na sala...
Saudade de um lugar...
De uma paisagem, de um tempo bom que não volta mais.
Saudade de um abraço...
De um beijo, do tempo que fez mudar tudo.
Saudade das noites em claro...
Saudade de quem já não está mais aqui...
Saudade de quem não é o mesmo, quando eu acreditava nas pessoas.
Saudade da adrenalina, de não nos preocuparmos com o futuro, do tempo que poderia acabar a qualquer momento.
Saudade do que foi e do que ainda será...
Saudade do amor que o tempo apagou...
Saudade da chuva que caía batendo no telhado.
Saudade de meus pais que se foram...

Enfim, eu sinto saudade!

Foto de Osmar Fernandes

Boca Maldita

Toda cidade tem sua Boca Maldita.
Toda família tem sua boca suja...
Notícias que viram manchetes.
Fofocas que maltratam a vida.
Muito desejada em bares e lanchonetes.
Tem morada em qualquer esquina, rua.

Falar da vida alheia é quase uma unanimidade.
Fato sine qua nom dos paparazzi de plantões...
Nem tudo que se fala é verídico, há muita inverdade.
Nem toda camisa tem os mesmos botões.
Há que se analisar os boatos.
Muita gente não tem cadarço no sapato.

A Boca Maldita é grande, está em todo lugar.
Ela anda à solta, doida para falar, falar, falar...
Quem já não pronunciou pitacos da vida dos outros?
Quando fica só no plano humorístico... Do contrário, é maldita!
O pior é quando vira caso de polícia!
Dela quero distância... Socorro!!!
Osmar Soares Fernandes

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de raziasantos

A cabana.

O outono esta terminando as folhas amareladas no chão, sentada a beira do pequeno rio com os pés na água o olhar perdido no nada: Não sei por quanto tempo permaneci ali.
O vento espalhava as folhas secas que batiam em meu rosto, a água fria do pequeno rio estava cristalina, era um lugar ermo distante de tudo... Um lugar lindo e solitário a pequena cabana cercada por um lindo jardim, na sala um lareira que permanecia sempre acessa, pois fora construída entre duas montanhas, por isso era fria mesmo no verão.
Estava casada há três anos meu marido era diplomata e vivia viajando por vezes me levava com ele, mas a maior parte dos dias eu ficava em casa.
A montanha era meu refúgio, os pássaros me faziam companhia.
Todos os dias eu acordava cedo, o nevoeiro era intenso, na parte da manhã para não me sentir tão solitária eu ocupava meu tempo pintando era um lugar ideal para inspirações pintava lindas paisagens flores, e pássaros.
Meu marido chegava há ficar um mês fora ou mais, quando voltava das viagens ia direto para montanha, mas logo voltava, nos amávamos ele era carinhoso, não sei se eu não me importava com sua ausência dele ou se estava resignada.
Eu sempre quis ter filhos, mas ele achava que devíamos esperar um pouco mais então...
O inverno estava chegando e a montanha era muito fria eu resolvi ir a cidade fazer umas compras de cobertores, e suprimento para resistir o inverno, eu tentei ligar o carro, mas o carro não pegou então tentei o radio, mas nunca aprendi usá-lo então eu desisti: Resolvi esperar meu marido voltar de viagem, ele traria o suprimento necessário: os dias estavam ficando longos e com a chegada do inverno o nevoeiro aumentava tornado o lugar triste minha solidão aumentava cada dia.
Eu esperava ansiosa a volta do meu esposo então enquanto ele não vinha eu pintava, e em cada quadro que pintava procurava colocar um pouco de vida assim as cores, fortes o brilho da luz retratado em meus quadros me alegrava um pouco.
Embora estas cores e luz fossem imaginaria, pois o lugar era sem vida e cinzento.
Em uma tarde eu estava passeando ao redor da cabana as flores estava cobertas por gelo, mal dava para ver as árvores devido o forte nevoeiro, o sol era tão tímido que só se via uma pequena fresta de luz que vinha do alto da montanha.
De repente eu ouço risos vindos da direção do rio era a voz de uma criança eu corri em direção ao som da risada, o nevoeiro me impede de ver, eu sigo em frente e pergunto quem esta ai?
Oi! Responda quem esta ai?
Chamei por varias vezes e nada de resposta logo o riso parou então eu pensei deve ser o som de algum pássaro fiquei curiosa, mas como o barulho parou, eu voltei para cabana estava tão frio que sentei ao lado da lareira peguei um livro e fiquei ali até adormecer.
Dormi direto até o dia amanhecer.
Quando acordei o frio estavam mais intenso os vidros das janelas estavam tão embaçados que não se via nada.
Levantei abri a porta e a cabana foi invadida pelo nevoeiro que entrava casa adentro cheguei até me assustar:
No meio daquela fumaça cinza e fria surge uma pequena luz vinda em direção à cabana eu tento ver quem esta chegando até que surge um rosto era meu marido que voltava para casa eu corro ao seu encontro e o abraço fortemente ele esta gelado seu casaco esta úmido então de mãos dadas entramos em casa ele senta em uma poltrona em frente à lareira flexiona as mãos, acende um cigarro, e com um sorriso tímido diz te amo meu amor.
Ele levanta vai abre a porta, e vai até o carro, pega um lindo buque de flores entra novamente pega o nosso retrato de casamento em cima da lareira e coloca as flores ao lado, e diz flores para meu jardim.
Ele toma um chocolate quente e vamos nos deitar ele esta calado seu olhar distante me acaricia olha em meus olhos e diz estou tão cansado preciso descansar então vira para o lado, em seus olhos a lagrimas ele chora eu fico sem entender, afinal já faz tanto tempo que não nos vemos e ele volta assim...
Penso comigo mesma amanhã conversaremos, ele vai estar melhor ai vou querer saber tudo que esta acontecendo.
O dia amanhece e quando abro os olhos ele já esta acordado sentado ao lado da cama me observando, tem em seus lindos lábios um sorriso maroto e um olhar doce me olha de um jeito tão lindo que me emociona:
Posso ver em seu olhar muita ternura e muito amor, então eu o abraço ele se deita lentamente e ficamos ali abraçados nos aquecendo, o coração dele bate forte nossos corpos se encaixam com tanta perfeição como uma forma sob medida.
Sem dizer nada ele levanta pega a chave do carro e sai, eu penso que ele vai pegar algo no carro, mas ele liga o carro e vai embora eu saio correndo em meio ao nevoeiro gritando por ele, mas ele não ouve, segue em frente até desaparecer na cinzenta fumaça: Me desespero caio de joelho entra as folhas molhadas pelo orvalho e choro copiosamente, naquele estande eu me vejo tão só sinto uma angustia tão grande que nunca sentira antes, em um lugar tão deserto em meio o forte inverno até os pássaros sumiram para se aquecer deixando-me na mais profunda solidão.
Neste instante eu ouço novamente o riso da criança agora esta perto de mim... Abro os olhos em meio o nevoeiro surge uma linda menina de cabelos loiro tão branca como a neve, ela esta na minha frente eu me surpreendo não tínhamos vizinhos então pergunto de onde você vem?
Quem é você, onde você mora? Ela sorrir e diz moro aqui, venha ver eu moro aqui!
Ela segura minha mão e me ajuda a levantar ela me puxa rápido sempre sorrindo diz vem, vem logo!
De repente para em frente um monte de folhas secas, então eu pergunto onde mora? Ela responde aqui com você, eu fico confusa e penso-a deve ser filha de alguém que mora perto da montanha tenho que encontrar sua família.
Eu olho para o rostinho dela e passo a mãos em seu rosto gelado, pergunto novamente, vamos meu anjo diga-me onde você mora? Entenda, está muito frio, seus pais devem estar preocupados com você, então ela me olha e diz não estão não, minha casa é aqui, a sua também: Neste instante eu sinto um frio subir na minha costa, ela começa a remover o monte de folhas, e vai surgindo algo branco ela olha par mim e diz vamos mamãe! Vamos para casa, logo surge um tumulo branco em cima um lapide escrito aqui descansa minha querida esposa e nossa filha que partiram em um terrível acidente de carro.

Foto de Osmar Fernandes

O mundo devia ser o melhor filme do cinema

As pessoas podiam viver como se vive em cidade pequena.
De manhã, buscar o pãozinho quente, dar bom dia, coisa normal.
O mundo devia ser o melhor filme do cinema.
O ser-humano podia deixar de ser anormal.

Na cidade pequena a vida demora passar, mas, é vivida.
Vivemos em família, tem lá suas confusões, mas há sempre perdão.
A vida assim é bem menos deprimida.
Aqui a pirâmide social é quase inexistente, todo mundo é irmão.

Assim devia ser todo o planeta, sem divisão.
Cumprimentos em qualquer lugar devia ser algo natural.
Há tanta desconfiança na cidade grande... Pensa logo que é ladrão!

Tem horas que penso que somos irracionais.
Tem gente que já acorda só pensando em fazer o mal.
Vivemos presos nos grandes centros com medo dos infernais.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Paulo Zamora

Vários poemas e reflexões do Poeta e escritor Paulo Zamora de Três Lagoas MS- Link para Baixar Cds de Poemas (MP3)

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O que você está fazendo

O que você está fazendo da sua vida? Como tem se comportado com seus semelhantes? Afinal de contas, quem é você diante da sagrada vida?

Todos os dias enfrentamos muitos desafios, além de termos que manter rotinas como, por exemplo, o trabalho, os filhos, a casa e outros, no entanto manter os equilíbrios seria tarefa desafiadora, mas é isso o que devemos fazer, equilibrar-nos.

As portas que se fecham são as mesmas que um dia se abriram. Como anda seu comportamento dentro de casa? Tem feito por onde ser respeitado e amado? Procura saber dos sentimentos dos outros? Importa-se?

Na dificuldade procure se empenhar na procura das melhores soluções, o desespero, a angústia e sofrimento nunca foram de ajuda. Muitas vezes nossos comportamentos ferem sem que ao menos percebamos; uma mudança nossa pode se transformar em vida para outros. Acredite; a vida é boa, dirigi-la é tarefa de muita responsabilidade. Jamais espere mudanças em casa se você não fizer a sua parte, é claro, você deverá reconhecer qual é a sua parte, enfim, seu papel.

De quem dependem os sorrisos? Das nossas atitudes...

Como você afeta outros? Já se perguntou?
Como você faz outros felizes? Já se perguntou?
Nada precisa ser perfeito para sermos unidos, sensatos e amáveis.

Pense comigo, escute o que as pessoas querem dizer, seria uma atitude bonita e ao mesmo tempo suficiente para consertar ambientes; você também pode estar errado, e a correção trará benefícios incomparáveis para sua vida. Dê o primeiro passo sem esperar pelos outros, você é capaz, e pode!

O que você está fazendo? O que você está fazendo com sua saúde? Com sua família? Com o seu próprio coração?

Note, quando você se comporta de uma forma bem aceita pelos membros da família, o ambiente se torna produtivo, deixando amadurecer idéias e ideais; mas quando seu comportamento interfere os bons pensamentos sobre você, então, fere-se a dignidade, e mostra-se outra estrada, até sonhos que não te pertencem. Consegue me entender? Não é possível ter bons momentos sem antes fabricá-los.

Conceitos alheios devem ser respeitados. Criticas também constroem. Amar também é chamar a atenção.

Não confunda a liberdade. Não voe com asas erradas. Me diz, o que você está fazendo no dia a dia? Como andam seus sonhos? Antigamente você não precisava de algumas coisas que hoje parece ter prioridade, é mesmo assim? Sabe me dizer?

Compreenda o perdão, respeite as pessoas, ame sem medir, viva todo bom momento com muito amor, cause a proteção, cuida da sua saúde, ame a vida. Confesse-se, dialogue com seu mundo interior; e veja o que você está fazendo...
(Escrito por Paulo Zamora em 18 de Junho de 2010)

Pensamento...

A vida é mesmo repleta de desafios, mas existe algo que sempre se deve levar a sério, são os sentimentos, como os de paixão, amizade, enfim, todo relacionamento envolvendo pessoas, e saber quando ferimos profundamente ou quando somos feridos. Sabe? Muitas vezes passam por nós pessoas que jamais deveriam ser perdidas, mesmo contendo defeitos. Viver é dar chances a quem merece, é reacender chamas quando elas na verdade não estão apagadas, apenas dormem, viva cada vão momento acreditando que lições acontecem, e que também podemos deixar a felicidade passar por não termos coragem de enfrentar os obstáculos...
Paulo Zamora- 18 de junho de 2010

Muito mais que os cristais
De repente não sei mais tirar sua imagem da minha cabeça, o mundo gira, pedras se encontram, mas estou longe de você...
É uma distância sufocante, onde a vejo passar por mim todas as manhãs, dá vontade de perguntar aonde vai. Mas não me foi dada tamanha liberdade. Chego ao ponto de acreditar que o sentimento mente, pelo menos para mim...
Essas lágrimas são minhas? Não as reconheço.
Nem a escuridão que dia a dia se aproxima, não aceito, meu coração é muito mais dos que os cristais...
A força inacreditável movendo-me ao sentimento desequilibra sem ao menos que eu perceba, volto para minha estrada, e ainda estou me vendo sem você. Não te esqueço, estou apaixonado, pela primeira vez estou amando, mas de que adianta? Você finge não saber, o meu cristal não pode se quebrar. Meu coração precisa de você; venha me ver aqui, rompendo a dor, chorando escondido, partindo o peito em mil pedaços, defendendo o coração, mantendo grande amor por você.
Amar sem ter a pessoa ao lado, sem tocar, sem beijar, é sofrer incomparavelmente, e manter os cristais inteiros é debater a solidão, e de repente aceitar amar-te assim, distante, ausente dos apegos, esperando o dia em que você possa me aceitar e dizer que já me ama!
(Escrito por Paulo Zamora em 13 de junho de 2010)

Não foi só ontem

Não foi só ontem, também pode ser hoje; tal qual o mesmo encontro de amor, onde juntos podemos amar sem ter medo, sem fugir, e sentir que amar é tudo na vida; porque eu não sei viver sem seu amor.

Sem você não sou capaz de escutar a voz da felicidade, nem mesmo ela consegue sorrir se você não estiver junto a mim. Não pode ter sido só ontem, terá que durar; quem sabe além do tempo nos levar ao eterno existente somente na mente do que amam.

Se olhar em meus olhos descobrirá como minha alma está.

Estou temendo perder a felicidade, não pode ser um momento, deve ser permanente, porque no brilho ausente não se tem o sol. Descobri que é para sempre, não foi só ontem, amor verdadeiro acompanha o coração, e vai além da vida. Ontem, hoje, amanhã e sempre, eu te amarei. Não foi só ontem...

(Escrito por Paulo Zamora em 13 de junho de 2010)

Foto de Osmar Fernandes

O pelado

A mulher se viu aflita. Bem na hora do almoço apareceu a parentada rica, e ela sem jeito e quietinha, solicitou ao seu esposo que corresse ao supermercado e lhe trouxesse carne moída para preparar o seu prato especial, o hit, para os hóspedes inesperados.
O marido saiu numa pressa tão grande que esqueceu de colocar as calças. E na rua, todo mundo o via correndo e pensavam que se tratava de um ladrão, um louco, um estuprador, e não tardou e apareceu expressamente a sirene da polícia.
Ele adentrou o supermercado como um tsunami que não se deu conta da perseguição policial. Foi direto para o açougue e pediu ofegante: “Quero dois quilos de carne moída, agora, urgente?!”. Mal ergueu a voz e os policiais lhe deram voz de prisão: “Levante as mãos, você está preso!”
Mas, de costas, nem imaginou que se tratava dele, e ouviu uma senhora idosa que estava na fila, logo atrás, lhe dizer: “Isso é uma vergonha! Um sujeito até boa pinta sai de casa pelado e ainda tem a petulância de vir ao Supermercado comprar carne! Ah meu Deus, que bunda mais feia e estrienta!!!” Ele respondeu: “Nossa, esse cara além de sem-vergonha é horrível mesmo!”
Antes que fechasse a boca, um dos policiais lhe segurou por trás, puxou-lhe os braços e o algemou.
Ele gritou: “Ta me machucando!!! O que foi que eu fiz pra me tratar assim como um animal?!” O policial lhe disse: “Você está preso!” Joaquim lhe disse imediatamente: “Mas que diabos de crime eu cometi?” E, o policial de supetão pensou que estava diante de um louco, e disse: “O Senhor por acaso tem problema mental?! Está sem calças... e me pergunta que crime está cometendo?” O senhor está bem encrencado, seu advogado vai ter um problemão!!!
O pobre do Joaquim recobra a consciência, procura sua calça, e nada... Olha-se repentinamente, e percebe que de fato está nu, e grita: “Aí meu Deus, tô frito!!!”
O policial, o baixinho, o conhecia de vista e percebeu que se tratava de um senhor de boa índole e o levou logo para a viatura.
Até chegar à viatura, alguns curiosos lhe proferiram palavras de baixo calão. Algumas moças ao verem assim, procuraram fechar os olhos, mortas de vergonha.
Notícia ruim chega a galope! E não foi diferente com a família dele. Sua esposa apavorada fez de tudo para que sua parentela não ouvisse os cochichos e os boatos que vinham da boca da rua. Tratou de dar um jeito, e escapou pelas portas dos fundos e foi até a delegacia. Ao chegar lá, disse ao delegado o ocorrido e o delegado comovido com a sua história, falou-lhe: “Dona Justina, vou soltá-lo, mas vou lá à sua casa comer o seu hit, é muito famoso por aqui também... Pode ser?”. Ela, que tinha levado uma calça para o seu Joaquim, viu-o morto de vergonha, e lhe disse: “Calma homem, lá em casa ninguém sabe nada, vamos logo!... Vamos passar no açougue do Branco, que, a panela está no fogo no ponto do hit, e agora tenho que aumentar o feijão porque o delegado vai almoçar lá também.”
Apesar de todo esse embaraço a Dona Justina estava rindo do marido, e lhe disse: “Você acabou com a minha raça... Eu sempre bati o maior papo lá no salão da Beth... Agora, tô frita!!!” Joaquim entendeu bem o que ela quis lhe dizer, e respondeu: “Larga de ser besta mulher! Nem tudo o que é grande é bom, mas tudo o que é bom é grande...”.

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