Quando meu corpo tocou tua alma
Um sentimento quase perfeito
Nasceu de dentro de mim.
E nós, como cometas
Em rota de colisão
Entregamo-nos,
Num desejo crescente
Numa loucura desenfreada
Que já não conhece limites.
Nossa busca, quase terminou
Nossos anseios, nossos medos
Desapareceram, perante a magia que nasceu.
Nossos sentidos, já dispersos
Renasceram para mais um dia de amor,
Para mais uma vida, que já quer surgir.
Teus dedos, então, percorreram meu corpo
E eu, inebriada por essa sensação
Supliquei-te suavemente ao ouvido,
Num quase murmúrio silencioso,
"faz amor comigo".
Então, teu corpo começou a agir
Como que domado pelo destino
Por uma força invisível.
Todo o meu ser estremeceu,
Enquanto percorrias minha pele,
Com os teus suaves toques,
Com os teus doces beijos,
Que me deixaram num estado de puro deleite.
Minhas mãos, já tremulas,
Seguraram então as tuas,
E senti-me quase a flutuar
Acima do universo.
Nossas almas então falaram
Tocaram-se, numa pura magia.
E nossos sonhos e desejos
Misturam-se para se produzir
Um estado de pura cumplicidade.
Fizemos amor, suavemente,
Como se nossos corpos fossem um só.
Como se o mundo não existisse
E a paixão fosse a nossa única realidade.
Por fim extasiados, descansamos um no outro
Nossos corpos satisfeitos,
Permaneceram imóveis
Durante muito tempo,
Até por fim, descansarem,
Num sono profundo e mágico.