Esquecimento

Foto de Zoom onyx sthakklowsky kachelovsky kacetovisk

Cura

O melhor remédio para se curar a dor de um amor é o esquecimento, nem sempre pode-se encontra-lo com facilidade, mas deve-se continuar a busca.

Foto de betimartins

Poeta, apenas!

Entre poeira, livros empilhados, folhas
No local frio e socado ao esquecimento
Entre sua secretaria, sempre desarrumada
A cadeira já desgastada, tão arrastada
Por momentos de breves inspirações
Deixadas ao acaso, escritos na folha
Que esta sem cor, sempre desbotada
O escritor, aquele que ama a sua escrita
Escreve sem conseguir parar a sua historia
Seus amores e desamores, suas tropelias
Bebedeiras, loucuras feitas, insano...
Faz gazeta a vida, entre desacatos
Impensados, doidos e arriscados
Por uma bela donzela, arisca
E o amor? E como ele ama
Chora e ri na sua fadiga
Entre seus sonhos e procuras
Nos colos bem avantajados
De mulheres apenas!
Apenas, mulheres
Ou as outras
Ao acaso
Da vida...

Betimartins
www.betimartins.prosaeverso.net

!7 de Março de 2011

Foto de Zoom onyx sthakklowsky kachelovsky kacetovisk

Lâmina.

Corto tua imagem com a lâmina afiada do esquecimento, lembro de mim e encontro a nobre simplicidade da alegria explicita. Conto com a cumplicidade dos amantes tortuosos, me embriago na saliva das bocas ansiosas e me alimento dos desejos das paixões maliciosas.

Foto de airamasor

Marcas da paixão

É como um rastro no corpo,
Digitais deixadas por toda parte,
Perfume que se espalha,
Desejos perdidos no tempo.
São marcas da paixão,
Chamas se ascendem
E os olhos alimentam um ao outro.
O coração acelera
O corpo se arrepia,
Uma paixão inexplicável
Marcas que não podem ser apagadas.
Paixão,
Desejos incontroláveis,
Loucuras de dois apaixonados,
Uma cena de sonho,
Um cenário de fantasias.
Marcas da Paixão,
Rastro de sentidos,
Perfumes inesplicáveis,
Olhares insubstituiveis,
Tempo de magia,
Perseguição do mundo
Esquecimento de fraquezas.
As marcas são fortes
São deixadas na alma,
São doces
Marcas da Paixão.
(Aira, 01 de Março de 2011)

Foto de Elenildo

Desejo de estar perto de você

Ah, como eu queria está perto de você, como eu queria poder te dizer
o que realmente sinto por você, falaria face a face e não esconderia
nenhuma palavra, mas a distância impede os meus desejos, ela conseguiu
impedir-me de fazer o que tanto almeijo,

a distância pode separar nossos corpos, nossas faces, nossas intenções,
mas não nossos corações, a distância pode causar saudades,carência, sofrimento, mas se for um verdadeiro amor não haverá esquecimento!

afinal, quem disse que para amar tem que estar perto? tem que estar abraçado? o amor é ilimitado, não guarda os fracassos do passado, antes busca a perfeição de uma sólida união
que nunca os separarão.

(Elenildo Soares)

Foto de airamasor

Venha sem medo...

Se acaso um dia pensares em nós
e sentires alguma saudade
E nessa saudade sentir minha falta
E se esse vazio que a minha falta faz
lhe provocar lágrimas
Venha, venha correndo para mim,
Venha sem medo, venha qualquer dia...
Se um dia folheando seu passado
Me encontrar por lá meio esquecida
E nesse esquecimento lembrar algo de bom
Venha, volte ao meu lado
Mesmo que ache tarde demais
Ainda que seja muito passado ou
Um futuro distante
Venha, me procure, me ache..
Me surpreenda com sua chegada...
Quando em seus olhos
já não mais existir o brilho dos meus,
Quando a sua canção
não for mais com meu nome
Quando seus poemas
não mais falarem de seu amor por mim
Quando em suas roupas
já não sentir mais meu cheiro
Quando achar que está tudo acabando...
Venha mesmo assim
Venha me buscar,
venha resgatar o que ainda existe
Venha acabar de sonhar nossos sonhos
Venha acabar de viver nosso amor
Venha viver nossas emoções
Venha completar em mim algo que perdi
Um pedaço de Você...
(Aira, 07 de fevereiro de 2011)

Foto de betimartins

Deixa falar-te sobre o meu amor.

Deixa falar-te sobre o meu amor.

Amor é algo maravilhoso, transcendental
Amor é poder voar sobre teus sonhos e devaneios
Amor é ser livre, mas tu aprisionas-te o meu coração
De tal forma que ele jamais pode libertar do amor.

Eu corri de encontro ao céu e trouxe todas as estrelas
Brilhando e reluzindo na tua vida, fazendo-se lembrar
Que jamais nosso amor ficará no escuro e no esquecimento
Das vidas que os dois corremos a nossa procura, do nosso amor.

Entre lagrimas e sorrisos de pura felicidade, juntos abraçados
Eu quero te contar o que sinto e como sinto ensinar como sou
Deixar minha alma viajar de encontro a tua, livremente e solta
Trazer o manto de jasmins para te refrescar e orientar...

Amor não tem corrente, nem amarras, nem sequer dor
Mas tem tanta cor que trouxe dentro do coração, calor
Quando teus lábios cruzam os meus, beijando, trazendo desejo
De saber a grandiosidade deste amor, deste nosso sentimento.

O amor é paciente, prudente nos julgamentos, acreditando
Que tudo vale por amor, tudo vale a pena mesmo quando
Os outros não acreditam, não sintam, estejam cegos na vaidade
Onde aprendem a sentir a dor, as correntes e as amarras da vida.

O meu amor é o universo pulsando amor e vida, em vários planos
Plano que ninguém acredita ninguém enxerga na vida por desamor
Eu viajo até ao mais distante, o mais belo mundo, o nosso mundo
Onde só tu e eu podemos acessar e onde Deus sorri feliz por nós.

Deus acreditou na nossa força, na força deste amor, abençoando
Cada momento de luta, onde nossa união fica mais firme nas dificuldades
Caminhando os dois na mesma direção, caminhando sem medo de errar
Na luz do nosso grandioso amor, sublime amor que atravessou mares...

Mares e momentos de sofrimentos, perdas, mas firmes, caminhamos
Acreditamos em nós, dirigimos ao nosso Pai e fomos atendidos
E hoje eu posso dizer que sou feliz e posso sorrir de mão dada contigo
Entre agradecimentos ao supremo e falar-te da luz do nosso amor...

Entra a noite majestosa, entre as brumas da vida, entre as rosas vermelhas
Que plantaste em meu jardim, com amor e muita paciência eu me entrego
A ti, trazendo a minha alma pura, despojada de lembranças e tristeza
Deixando-a fundir na tua e assim escrever um mais belo poema de amor...

betimartins

www,betimartins.prosaeverso.net

Foto de Runa

7º Concurso Literário - Amores moribundos

Ouço ainda o rumor dos teus lábios de cinza
a espernear de encontro às tábuas gastas do meu peito,
e dou por mim, num delírio febril,
a murmurar as sílabas nostálgicas do teu nome,
que dançam, numa vertigem de fumo,
ensombrando os versos obscuros do poema.
Um pássaro de cera derretida,
pousado no luar arruinado dos meus ombros,
digere a ressaca de um eco distante,
no vazio destroçado do papel
onde tento fixar as últimas sombras
do teu sorriso desfeito.

Vozes escondidas murmuram nos recantos da memória
a litania decadente dos ventos,
invocando, num ranger de ossadas,
a réstia contaminada de remotos sonhos
enterrados dentro de mim.
Sacudindo o feitiço,
acendo as palavras efervescentes do teu nome
e deixo-as, a queimar, no rebordo encardido do cinzeiro,
entre duas baforadas de fumo baço
e a insónia lenta da tua ausência,
renegando para os confins do poente
aquilo que já não me serve.

Esta noite, num derradeiro gemido,
entrego o teu rosto calcinado
às chamas fugazes do esquecimento
e, definitivamente, te fecho a porta.

Foto de Eddy Firmino

AQUELE AMOR DO PASSADO

Pare e pense por um momento
A primeira vez que se apaixonou
Achou que era então verdadeiro
Quanto tempo realmente durou?

E as palavras de amor que disseram
Foram verdade ou pura mentira
Refletindo na realidade
Era o que realmente sentia?

Que dizer daqueles poemas
Que com lágrimas você escreveu
Ainda estão com você
Ou será que já pereceu?

E aquela canção que cantava
Que marcava um belo momento
Continua ainda cantando
Ou caiu no seu esquecimento?

Pare e pense por um momento
Olhe para dentro e exponha a razão
As lágrimas valeram à pena
Investiu bem toda aquela paixão?

Foto de Melquizedeque

Quarto mundo

São seis horas! Deitado estou em minha cova
Micro vida, micro mundo... Esse é meu refúgio, habitado por mim, visitado por ninguém
Quarto meu! Reduto de morcegos, animais peçonhentos. Retratos de sons e imagens feitas pelos ventos
Meu mundo de idéias, lamúrias e nostálgicos inventos
Casulo meu! Aqui vejo minha transformação, meus pés saírem do chão voando com o pó
Não sou só... Vivo com meus “eus”. Tecendo desejos que recobrem as palavras, desatam perguntas e criam estradas
Anátemas palavras! Não as domino, nem as domestico... Por que arrancam de mim sentimentos e emoções, desmatando minha floresta? Oh floresta de insinuações!
Quarto meu! Dias de glória... Noites perdidas, roubadas pelo esquecimento. Aprisionadas pelo tempo. No inverno surge a angústia, cria-se o vício brota a astúcia
Mudanças! Mobilhas novas; Velhas lembranças. Arte em tudo... Quarto ouvinte, quarto mudo
Um velho sábio, um bom observador. Astuto nos sorrisos; com padecente, um vingador
Um suspiro ele dá, roubando o meu ar. Janelas se fecham e ninguém pode entrar
A porta não abre a porta não fecha... Existe entre os tijolos, e ao lado uma mesa
Mesa de livros, sabres, conhecimentos. Mesa de paz, guerra, cóleras e embotamentos
Esse é meu quarto! Na terceira dimensão... Profundo, largo, espaçoso e tenebroso
Não há teto, não há piso. O telhado é formado de sonhos, e esse chão um belo sorriso
Entre se for capaz! Prepare-se com a dor. Vista-se com a ignomínia
Abra a porta e veja as coleções. Anjos, diabos, vultos e intenções
Não se assuste! Observe, debata, mas nunca discuta
Esse é o meu assim. Meu grito, minha dor, meu meio, começo... Meu fim!
(Melquizedeque de M. Alemão, 15 de dezembro de 2010)

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